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A Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas – Abap divulga nota pública sobre tragédia ambiental em Brumadinho e reivindica que as ações de contenção e reparação dos danos socioambientais sejam divulgados publicamente.
ABAP, Assoc. Brasileira de Arquitetos Paisagistas. Sobre a tragédia ocorrida na barragem de Brumadinho MG. Nota oficial. Minha Cidade, São Paulo, ano 19, n. 222.08, Vitruvius, jan. 2019 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/19.222/7240>.
Não sem pesar a Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas se une às vozes nos país que lamentam a tragédia ocorrida agora na barragem da Mina do Córrego do Feijão que se rompeu na sexta feira dia 25 d`e Janeiro de 2019.
Em Janeiro de 2016 a Associação, por iniciativa da direção e Associados da Abap Rio havia escrito a Carta de Mariana, disponível no site da Abap (1), lamentando a tragédia ocorrida no Rio Doce que comprometia seus ecossistemas e abastecimento de água potável, que destruía suas atividades econômicas como a pesca e o turismo e, deixando um rastro de 700 km de lama que se estendia até o Espírito Santo, destruía em especial, sua Paisagem, patrimônio material e imaterial.
Uma vez mais a Abap, entidade nacional que reúne Arquitetos Paisagistas, reivindica que as ações de contenção e reparação dos danos socioambientais sejam divulgados, que haja presteza nas ações de resgate e mitigação, e transparência no processo de apuração das informações, em especial, que os responsáveis recebam o tratamento legal condizente que, no entanto, não dissipará o drama que se apresenta.
A partir desse quadro desolador, uma grande questão se coloca: é a da necessidade de planejamento e projeto; da capacitação profissional rigorosa e comprometida que nos põe a pensar acerca da necessidade urgente de se rever essa agenda que desmonta escolas e ensino, que aparta professores e alunos do convívio, da construção do conhecimento como questão fundamental de uma Nação.
O círculo vicioso que descola formação, atribuição profissional, responsabilidade técnica, respeito pelo conhecimento e rigor na concepção e construção, esse sim, precisa ser rompido. Não podemos nos acostumar às tragédias, naturalizar a barbárie como algo que esperamos ocorra de tempos em tempos. Que essa cicatriz de lama na paisagem não deixe nossa memória, que ela nos inspire à mudança.
nota
1
ABAP. Carta de Mariana. Rio de Janeiro, Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas, jan. 2016 <www.abap.org.br/sites/default/files/docs/carta_mariana.pdf>.
sobre o autor
Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas – ABAP tem como principais metas assistir, promover, apoiar, incentivar e desenvolver ações científicas, tecnológicas, educacionais, culturais, sociais e ambientais que visem o desenvolvimento, a divulgação e a valorização profissional da arquitetura paisagística no país.