A Comissão Especial, constituída através de Instrução de Serviço n. 388 de 10 de novembro de 2006, reuniu-se para o julgamento dos trabalhos que tem como objeto a criação de um projeto de um Centro de Convivência da UFMS em acordo aos termos contidos no Edital PREAE n. 001 21 de agosto de 2006. A comissão foi formada pela Pró-Reitora de Extensão Cultura e Assuntos Estudantis, professora Rosa Maria Fernandes de Barros, pela técnica-administrativa Marineide Cervigni, pelo arquiteto-convidado Fayez José Rizk, pelos professores do Departamento de Estruturas e Construção Civil, os arquitetos Gutemberg dos Santos Weingartner e José Alberto Ventura Couto (que presidiu a comissão julgadora). O julgamento dos trabalhos realizou-se no dia 13 de novembro de 2006, das 14 horas às 18 horas, na sala de reuniões do Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
Antes do início do julgamento, a comissão reuniu-se com o consultor e o vice-consultor do concurso, respectivamente, os professores Ângelo Marcos Vieira Arruda e Dary Werneck da Costa, para o recebimento e conferência dos trabalhos apresentados pelas equipes participantes (total de quatro trabalhos). A comissão também fez a conferência do cumprimento das normas do concurso por essas equipes. Exceto o trabalho recebido sob n.4, todos os demais atenderam as exigências de formatação, total de pranchas e layout. Nessa oportunidade foi observado pelo consultor que o trabalho n.4 foi entregue sem embalagem apropriada e após o horário de término de recebimento das propostas especificado no item 12.1 do edital do concurso. Em face do aspecto observado, a comissão de modo unânime decidiu por desclassificar o trabalho n.4 conforme o que é definido no item 13.7 desse mesmo edital.
A comissão analisou objetivamente cada um dos projetos das equipes considerando os critérios contidos nos itens 6, 11 e 13.5 do edital. Após a avaliação individual dos trabalhos, procedeu-se nova análise comparando-se todos os trabalhos. Concluída a análise comparativa, a comissão definiu seu parecer e a classificação final dos trabalhos como se segue no relatado abaixo.
Considerações a respeito do desenvolvimento dos trabalhos:
Grupo 3
Apesar de ter apresentado uma proposta compatível com o programa estabelecido pelo edital de concurso, alguns aspectos relevantes prejudicaram a sua classificação. Os principais aspectos observados são:
- Existência de elementos geométricos desarticulados e visíveis na implantação;
- Representação gráfica incompleta, prejudicando a compreensão do projeto;
Grupo 1
Essa equipe apresenta uma proposta uma boa solução espacial geral, proporcionada principalmente pela solução construtiva da cobertura, por seu ritmo de modulação e da permeabilidade visual que ela confere ao conjunto arquitetônico, dotando-o de uma sensação de leveza e de um efeito plástico interessante. Observa-se ainda a equipe teve uma preocupação com plantio vegetal e a seleção de espécies, consideradas próprias para o local apesar de serem em sua maioria essências exóticas. Contudo, a comissão também observou outros aspectos que prejudicam a arquitetura do conjunto:
- Praça Central (Ágora) apresenta uma configuração que não favorece o amplo aproveitamento dos espaços para o público durante um evento que utilize o palco, por sua situação em relação ao palco há pouca profundidade para os espectadores;
- Fragmentação dos espaços da área destinada às lojas;
- Sub-dimensionamento do espaço do mini-auditório;
- Alocação da entrada principal muito próxima à área do palco, prejudicando a circulação em dias de evento com grandes aglomerações de público;
- E, no conjunto, consideramos que houve prejuízo na formação de um todo harmônico, inclusive em relação ao Campus da UFMS.
Grupo 2
O trabalho se qualificou considerando os seguintes aspectos:
- A linguagem formal proposta é inovadora e de caráter contemporâneo. Ela é adequada à arquitetura do campus, pois os elementos construtivos introduzidos estabelecem uma correlação com essa arquitetura sem ser mimético;
- Oferece uma organização espacial bem articulada, formando áreas de platéia bem distribuídas e também pela concentração de atividades públicas, lojas, lanchonetes e de espaço de exposição em conjunto único, aspecto que facilita o funcionamento cotidiano desses espaços;
- Ótima solução entre o palco e sua área de apoio, inclusive pela preocupação com a acessibilidade universal através da alocação de rampas de acesso;
- Boa articulação dos acessos do Centro de Convivência com o sistema de circulação do campus (em especial a circulação de pedestres).
No entanto, a comissão faz algumas observações para o aperfeiçoamento da proposta quando do desenvolvimento subseqüente do projeto:
- Quanto à implantação (1): considerando a legislação urbana de Campo Grande, recomenda-se que o estacionamento situado junto à via (curva) de acesso a rotatória tenha sua alocação reavaliada e modificada, pois os acessos (entrada/saída) não podem estar situados muito próximos a essa rotatória devido a segurança do tráfego viário. Sugere-se como opção a alocação na área livre situada a sudoeste do Centro de Convivência;
- Quanto à implantação (2): recomenda-se que a implantação da edificação central seja deslocada para a porção sul do terreno, pois isso possibilita a ampliação da área útil reservada para o público em eventos junto ao palco. Além do mais, tal situação proporciona uma hierarquia espacial melhor definida entre os espaços livres do conjunto;
- Quanto à implantação (3): considerando que a modificação do estacionamento citada acima seja aceita, recomenda-se dotar o espaço remanescente do estacionamento de um plantio e ajardinamento compatível ao que foi proposto para a área posterior a tela do antigo Auto Cine, buscando valorizar a percepção do conjunto arquitetônico proposto para a avenida;
- Quanto ao ajardinamento: sugere-se expandir o plantio arbóreo na porção oeste do centro visando ampliar os efeitos da projeção do som sobre as salas do bloco 6. Nesse objetivo, sugere-se utilizar extrato arbóreo heterogêneo, predominantemente composto por espécies nativas e de copa colunar;
- Quanto à acessibilidade (1): criar um acesso de veículos de apoio aos eventos realizados no palco através do estacionamento do bloco 6;
- Quanto à acessibilidade (2): incorporar ao projeto, uma baia de parada de transporte coletivo. Sugere-se como local o acesso situado a nordeste da área;
- Quanto à acessibilidade (3): melhorar a circulação entre o edifício principal e o de apoio ao palco, visando dar maior proteção aos usuários em dias de chuva;
- Quanto ao fechamento (1): delimitar a cerca de fechamento visando o maior controle sobre o espaço e a circulação de pessoas, principalmente, na realização de eventos que acarretem a concentração de grande público;
- Quanto ao edifício principal (1): incorporar ao projeto, mais duas lojas para comércio;
- Quanto ao auditório (1): a comissão julga que o melhor funcionamento do auditório resulta de uma situação mais próxima ao conjunto de lojas, lanchonetes e área de exposição. Assim, a comissão considera adequado sugerir a transferência da alocação do auditório para junto da edificação principal e a utilização do espaço reservado originalmente para ele (sob o palco), destinando-o a atividades como por exemplo, ensaios, montagem de cenário entre outras.
Face ao exposto, a comissão definiu a seguinte classificação final dos trabalhos:
Classificação
1º lugar
Grupo 2
2º lugar
Grupo 1
3º lugar
Grupo 3
Grupo 4
Desclassificado
Nada tendo mais para relatar, assinam a presente ata, os membros da comissão Especial.
Em 14 de novembro de 2006.
José Alberto Ventura Couto (Presidente)
Rosa Maria Fernandes de Barros (Membro)
Marineide Cervigni (Membro)
Gutemberg dos Santos Weingartner (Membro)
Fayez José Rizk (Membro)