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Introdução Ata 1ª menção honrosa

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PORTAL VITRUVIUS. Concurso de Idéias para a Revitalização da Frente Ribeirinha do Porto na Zona de Intervenção Prioritária. Projetos, São Paulo, ano 08, n. 089.02, Vitruvius, set. 2008 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/08.089/2898>.


A nova Frente ribeirinha
Cidade aberta

Nossa proposta prevê a inserção de um novo elemento que transforma o lugar, sem descaracterizar ou confundir-se com o patrimônio existente. Desta sobreposição deverá surgir a nova Frente: cidade aberta; local de confluência para habitantes e visitantes; para a cidade e as águas.

Este novo elemento incrementa a superfície plana na ribeira e cria uma ampla seqüência de espaços públicos que, integrada ao já existente circuito animado da cidade, potencializa a oferta de lazer e cultura, particularmente para as artes de rua.

O estabelecimento de um passeio longitudinal contínuo na orla, atua como conector dos diversos “trechos” urbanos e cria a possibilidade de um virtuoso fluxo contínuo, potencializando o desenvolvimento equilibrado da Frente.

Porta de chegada continental, a nova Frente amplia e organiza a capacidade de ancoragem de embarcações além de contribuir para alçar a visibilidade do Porto no âmbito internacional.

A cidade visível e a cidade inteligível

A surpreendente convivência da matriz medieval, que ocupa as encostas íngremes do vale do rio Douro, com as pontes; grandes infraestruturas viárias, confere à paisagem do Porto qualidade única.

Por um lado temos a cidade medieval com uma rede espaços vazios recortados, com seus meandros, que nos leva a uma experiência fragmentada, parcial: a idéia de cidade como um todo é apenas inteligível.

Por outro lado, no vale, temos a vivência instantânea, veloz, extremamente visual, marcada pela presença de grandes elementos transversais.

Motivados por esta belíssima coexistência pensamos estabelecer através de um gesto simples um novo dialogo entre as duas percepções. A inserção de um novo elemento infraestrutural, desta vez disposto no sentido longitudinal ao vale, e que ao se encaixar aos meandros da cidade medieval, revela-se também (no sentido transversal) uma extensão de sua rede de vazios.

Estratégia de intervenção

A estratégia adotada prevê a Inserção de um grande aparato conector, uma esplanada que se desdobra, acomodando-se à topografia acidentada do vale. Provida de escadas rolantes; elevadores; rampas de varagem e cais flutuantes, interliga praças e passeios públicos existentes a novos equipamentos.

Esta esplanada, composta por estruturas leves que se sobrepõem ao existente praticamente sem necessidade de alterá-lo, constitui uma intervenção de baixo impacto e que pode ser implementada em inúmeras fases.

Provida de galeria de serviços urbanos esta estrutura, é também responsável pela distribuição de novas redes de comunicações, dados e serviços de domótica; nova rede de distribuição de gás natural além da criação de rede coletora para águas residuais e seu tratamento.

Pensado como um conector o novo elemento está apto a incorporar outros projetos urbanos que coexistem ou virão a ser feitos. Tomemos o exemplo da escadaria metálica do Cais da Ribeira: integrada de tal forma que resulta difícil saber se o novo elemento a absorveu ou se é desdobramento desta.

A inserção

Para melhor observar a boa relação entre o existente e a intervenção organizamos a Frente ribeirinha em cinco unidades, buscando realçar as características e potenciais de cada trecho:

UB1- À jusante do viaduto do Cais das Pedras.UB2- Miragaia, a montante do Cais das Pedras.UB3- Centro histórico; Cais da Ribeira.UC1- Escarpa das fontainhas.UC2- Bairro da Capela e Fábrica da Loiça.

UB1 – Terminal Intermodal de Passageiros

Como uma porta continental esta estrutura é um importante ponto de confluência. Conectado ao sistema de transporte público local e a um novo parque de estacionamento subterrâneo o terminal deverá acolher ao turismo marítimo internacional e ao fluvial do alto do Douro.

Fará parte deste complexo a antiga bolsa do pescado. Para que este terminal possa receber os cruzeiros marítimos será necessário o rebaixamento localizado da calha do rio.

UB2 – a) Casa de espetáculos

O projeto aproveita-se da grande margem que resta entre o canal navegável e a ribeira e estabelece a Casa de espetáculos com um importante restaurante em sua cobertura que gozará de privilegiada vista. Sua fachada externa pode funcionar como um grande écran que divulga para a cidade seus acontecimentos internos. Nesta unidade outros imóveis contíguos tais como o Convento de Monchique ou Queiroz e Lancastre podem acolher programas afins e integrarem o pólo de lazer e cultura.

UB2 – b) Complexo de eventos/negócios

O platô existente deverá ser escavado para abrigar parque de estacionamento no subsolo. Sobre este será criada ampla esplanada que acolherá eventos de rua, como feiras ou festas tradicionais da cidade. Sobre a esplanada um amplo pavilhão que conectado ao edifício da Alfândega e aos Armazéns de Miragaia formarão um complexo de eventos de porte, que deverá também abrigar o Centro Nacional de Artes de Rua. Neste ponto será criada uma comunicação para peões e automóveis com o cais de Gaia.

UB3 – Cais da ribeira

Aqui a intervenção prevê apenas a criação de cais flutuante que organiza o atracamento de pequenas embarcações, oferece fácil transbordo e acesso ao cais seco ao mesmo tempo em que da continuidade ao novo passeio da orla. A Casa do Infante representa ótima oportunidade para expansão das atividades consolidadas como a gastronomia e a enofilia e sob esta será alojado um novo parque de estacionamento subterrâneo.

UC1 – Novo pólo Universitário

Implantada em importante nó do novo sistema, o pólo universitário, é também um grande equipamento de transição de nível público e está ligado à rede pública de transportes. Integra o novo Parque urbano como uma das atividades-âncora. Neste pólo sugere-se a instalação de uma universidade aberta, relacionada ao meio ambiente e ao turismo e uma escola técnica para instrução e formação de profissionais ligados ao turismo. Em sua cota intermediária está previsto novo parque de estacionamento.

UC2 – Parque urbano

Aproveita-se a existência de extensa área livre e cria-se um parque urbano, arborizado e pleno de atividades. Com a cobertura do leito ferroviário criam-se superfícies para o convívio e a prática de esportes ao ar livre. Além das instalações esportivas estão previstas edificações para fins habitacionais, provavelmente ligadas ao pólo Universitário.

Pontos

Pequeno cais flutuante associado à torre de elevador e passarelas, dispostos a, aproximadamente, cada 350m. Estes pontos abrigam também, em suas bases, pequenas estações de tratamento de efluentes sanitários, ligadas à nova rede de coleta.

Impacto econômico e financeiro e rentabilidade social

Entendemos que o projeto como está proposto caracteriza-se basicamente como uma operação infraestrutural e como tal capacita o território como um todo para o aquecimento econômico que se espera para a região.

A intervenção torna o local apto para o assentamento de atividades associadas tanto ao turismo cultural quanto ao turismo de negócios. Sua associação com o parque arquitetônico disponível estende significativamente a área impactada pelos novos investimentos.

Além das atividades de alcance internacional, que certamente motivarão a participação do capital estrangeiro, prevê-se grande aquecimento das atividades locais tais como as livrarias; alfarrabistas; o artesanato e as empresas de turismo em geral, que passarão a absorver mais e mais mão de obra capacitada. Para este fim será fundamental a implantação de programas de formação e treinamento (previsto no projeto: “pólo universitário”).

Sendo considerado “o fenômeno econômico” de nosso século é de se aguardar que além da geração de empregos o turismo seja importante gerador de divisas para a região. A realização de Parcerias público-privadas ou a criação de consórcios internacionais para execução, exploração e manutenção deste patrimônio devem ser os formatos mais prováveis para a viabilidade do empreendimento.

A estrutura

Programas ancora indutoresConexões de nívelEsplanada/ passeio da orlaRede de infraestrutura urbana

Pontes x estrutura

Estrutura age como transformador do espaço, associando projetos indutores ao parque edificado disponível e insere-se na Frente sem interferir no macroviário existente, preservando a continuidade da costa no âmbito supramunicipal.

Animação

A grande esplanada criada é por definição o lugar da animação urbana, associada tanto a grandes equipamentos tanto a pequenos lugares do lazer e da cultura, é capaz de acolher a grande indeterminação programática. Isto permite aos gestores a criação de uma permanente e mutante agenda de eventos. Sua associação com diversos eventos que ocorrem na cidade cria um circuito urbano de animação de rua.

Equipamentos (infraestrutra)

Novas redes de serviços urbanos deverão servir tanto estruturas novas como as edificações existentes, capacitando todo o parque edificado da Frente.

Fluxos

A criação de grandes parques de estacionamento no subsolo, e a conexão com paradas de VLT (implementado no leito do eléctrico), metro e transporte fluvial local além das transposições de nível mecanizadas, cria um fluxo virtuoso para pedestres e ciclistas.

Animação

A criação de duas esplanadas na nova Frente amplia e organiza o espaço para os eventos de rua. As esplanadas são, por definição, o lugar da animação urbana, associadas aos espaços que tradicionalmente acolhem a estas atividades na cidade acaba por criar um claro circuito urbano de animação de rua.

Programas urbanos

A implementação de novos programas-ancora no parque edificado existente bem como a criação de novas estruturas na Frente ribeirinha nos permite consolidar uma rede de serviços urbanos cuja distribuição estimula a integração entre atividades assim como um novo equilibro  no uso do território urbano.

Parques e vazios urbanos

A implementação de um longo passeio na Frente ribeirinha apresenta-se como uma excelente oportunidade para conectar os parques e vazios da matriz existente, criando um sistema de vazios urbanos integrados. Este sistema, que passa a ter porte compatível com a escala da cidade é composto por percursos com distancias caminháveis, respeitando a escala do pedestre.

ficha técnica

Local
Porto - Portugal

Arquitetura
Andrade Morettin ArquitetosVinicius Andrade, Marcelo Morettin

Colaboradores
Marcelo Maia Rosa, Marcio Tanaka, Marina Mermelstein, Merten Nefs e Renata Andrulis

source
Equipe premiada
São Paulo SP Brasil

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089.02 Concurso
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original: português

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Organização do concurso
Cidade do Porto Portugal

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089

089.01 Concurso

Concurso Público de Arquitetura para a Sede do Sebrae em Brasília

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