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PORTAL VITRUVIUS. Concurso Público Nacional de Anteprojetos de Arquitetura para a construção do edifício-sede do Crea Mato Grosso. Projetos, São Paulo, ano 08, n. 095.01, Vitruvius, set. 2008 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/08.095/2928>.


pú.bli.co adj (lat publicu). 1 Pertencente ou relativo a um povo ou ao povo. 2 Que serve para uso de todos. 3 A que todos têm o direito de assistir. 4 Comum

O projeto tem como diretriz a retomada do espaço público como elemento de redesenho da cidade e da construção do espaço comum. As intervenções, ordenadas de acordo com o programa, basearam-se nos espaços livres, manifestando o propósito democrático. Capturando os espaços, configurando o vazio, tudo é envolvido em um leque de ações que se uni ao verdadeiro e único gesto original: a reconstrução da tradição coletiva.

A proposta busca trazer conceitos intrínsecos a um órgão público que rege e transforma o espaço da cidade, desenvolvendo um caráter transparente, dinâmico e ágil que dele se espera.O projeto recoloca esses conceitos nos edifícios, explora a tecnologia e alinha a imagem do CREA como instituição democrática que projeta o futuro das cidades e do país.

Partido

Duas linhas principais, perpendiculares entre si definem o projeto. Convertendo-se em grandes eixos, o CREA se desenvolve como resposta direta aos limites físicos do território, determinações da legislação, orientações e demandas programáticas propostas no edital.

Do eixo que atravessa parte do terreno, que se inicia na rua 04, surge a alameda de acesso (cota 204,00) a todo o complexo. Elemento norteador de todo o projeto tem como função principal definir o átrio da entrada. Estendendo-se por todo o edifício é dela que se inicia a definição dos espaços e sua distribuição. Caracterizada como passagem, junto com a cobertura do átrio adquire a função de espaço de convívio. Lindeira ao edifício Administrativo e sobreposto ao edifício Auditório / Plenário, aproveita a declividade do lote e reforça o espaço público como extensão da cidade, propondo a redefinição da relação público e privado.

Perpendicular ao eixo da alameda de acesso surge o eixo de circulação principal do edifício, otimizando o acesso de visitantes e funcionários. É nele que a distribuição programática se define ordenando os espaços.

Proposta

Simples e essencial são propriedades que a princípio são concomitantes e complementarias, de propriedades próprias que se assemelham. Porém uma distinção no valor agregado a cada termo é importante ressaltar: o simples é uma peça que carece de ingredientes e portanto de composição. Simplicidade tem a virtude do imediato, da aparente facilidade perceptiva, mas que se esgota em si mesmo, encerra-se em sua própria forma. Já o essencial surge da composição de alguns elementos seguindo certas regras, diferentes em seu conteúdo que torna-se fundamental na construção do objeto. Essencial tem a ver com necessário, indispensável e característico e definir o edifício do CREA passa pela a idéia de criar identidade e refletir a sobriedade da instituição pública. Nasce da necessidade programática e da essência que um órgão público deve transparecer. Seus espaços se organizam em volta do vazio, do átrio receptivo que se caracteriza como um buraco que penetra na massa construída.Como elemento ordenador, o átrio estabelece a relação com a cidade.

O edifício está estruturado em duas partes: de um lado um bloco de 3 pavimentos que recebe as funções administrativas e operacionais e do outro um bloco enterrado, aproveitando o declive da topografia, que recebe as funções coletivas e de serviços.Entre eles é criada uma faixa de vegetação que intensifica a idéia de formar um espaço aberto e de uso flexível. Um volume de estrutura metálica independente da estrutura do restante é implantado nessa faixa, funcionando como elemento de circulação e distribuição coletiva. Tem como característica o vazio entre pilares e vigas, reforçando a leveza que determina o caráter da sede, ao mesmo tempo em que busca o aspecto da transparência, tornando-o claro e evidente.Caracterizando o átrio, a estrutura de chapa perfurada e vidro na cobertura, dobra-se em direção ao espelho d´água delimitando o espaço e definindo todo edifício.Trata-se de uma casca que cobre o vazio e transforma-o em espaço construído. Elemento único, de gesto simples e forte expressão, faz a relação entre exterior e interior se diluir em uma transição ligeira e sem obstáculos. Caracterizado por uma chapa metálica perfurada que envolve e cria identidade aos edifícios, uma estrutura metálica auxiliar e autônoma à fachada, permite que esse elemento funcione como organismo independente que se solta do corpo do edifício e se estrutura por uma malha de perfis metálicos que se apóiam na cobertura. Dessa malha se distribuem os montantes que sustentarão a chapa perfurada tornando-a um elemento flexível e multifuncional que ajuda na construção da imagem da instituição, cria espaços públicos além de permitir o controle de iluminação natural, garantindo o conforto ambiental adequado. Da mistura desses elementos, os resultados são volumes de proporções coerentes e contemporâneas, renovando a imagem da instituição perante a sociedade.

Projeto

O projeto busca a otimização dos espaços de circulação e atividades exigidos pelo programa. A racionalização dos fluxos internos, definidos em principal (saguão interno) e periférico (acesso às salas) permite o bom funcionamento das áreas de trabalho. Dois blocos de instalações bem como duas escadas de emergência, cada um em uma extremidade do edifício, permitem a distribuição equilibrada de todo o programa, tanto em relação ao numero de sanitários que atendem cada pavimento como em rotas de fuga emergenciais.

O térreo (cota 204,00) é o nível de acesso que recebe as funções de atendimento ao público visitante, facilitando o acesso e concentrando em um pavimento todas as atividades que prestam serviços a associados. Nele também se encontra o Café, localizado em uma plataforma sobreposta a faixa de vegetação, formando um espaço de convívio em meio a elementos naturais.

No 1º pavimento (cota 208,00) encontram-se as áreas destinadas a Presidência e Superintendência Operacional e todas as áreas que possibilitam seu pleno funcionamento.

Um grande talude fornece luz natural ao 1º subsolo do edifício (cota 200,25 / 199,00) criando um espaço de conforto térmico e visual mais adequado, descaracterizando a idéia de espaço enterrado. Nesse pavimento estão concentradas as áreas de Superintendência Administrativa e todos seus setores, Coordenadorias Financeira e de Contabilidade e as Câmaras que dão suporte ao Plenário.

Já no volume adjacente ao edifício, seguindo o eixo de circulação principal, estão concentradas as áreas de uso coletivo como Auditório, Plenário e as áreas de serviços internos e de manutenção.Tanto o Auditório, de 252 lugares e Plenário, independem do funcionamento do restante, flexibilizando a utilização do espaço para outras atividades e eventos não ligados diretamente às funções administrativas e operacionais do CREA.

No 2º subsolo (cota 195,00) estão concentradas os setores técnicos de instalações hidráulicas, elétricas e mecânicas. Um elevador privativo atende a esse pavimento, preservando o contato com publico visitante. Ao todo 80 vagas para veículos completam o restante do subsolo.

ficha técnica

Escritório
ALN Arquitetos

Autor
Marcus Ricco La Motta

Co-autores
Paula Andrade e Ivan Nishihata

Colaboradores:
Ataliba Pagoto (Estrutura)
DM3 Engenharia (Instalações)
Marcelo Bissacot (Estimativa de custo)
Fernando Tuma ( Perspectiva 3D)
Cecília Bonafé (Estagiária)

source
Equipe premiada
São Paulo SP Brasil

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original: português

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Organização do concurso
Cuiabá MT Brasil

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