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PORTAL VITRUVIUS. Edifício Sede do CREA-PR. Concurso Público Nacional. Projetos, São Paulo, ano 09, n. 103.01, Vitruvius, jul. 2009 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/09.103/2959>.


Memorial Descritivo

O termo sustentabilidade pode ser traduzido por otimização de recursos. Recursos estes que vão além do material, do objeto que utilizamos para construir. Quando projetamos, fazemos uso de inúmeros recursos intelectuais que são traduzidos em eficiência para a edificação, ou seja, sustentabilidade. Sustentabilidade é inerente à boa arquitetura e é alcançada nos gestos iniciais de projeto, no partido, agregando-se a isto conhecimento sobre tecnologias de materiais e processos construtivos.

O projeto CREA-PR nasce de dois gestos sustentáveis: o primeiro diz respeito ao emprego de uma técnica construtiva adequada ao seu terreno, que parte da não escavação de subsolos dado o nível elevado do lençol freático e conseqüente custo; o segundo, tange a criação de um conjunto bioclimático harmônico aos usuários do edifício a partir de uma correta orientação solar norte-sul e da ampliação dos espaços de convívio.

Dado o declive natural do terreno de aproximadamente 1,80m desde sua frente, e a possibilidade de elevação do nível do térreo para até 1,20m a partir da cota média de sua testada frontal, torna-se possível a não escavação de subsolos para estacionamento coberto.  Apenas 30cm de terra teriam que ser removidos, não causando danos ao lençol nem à tubulação que passa pela linha não edificável. Esta atitude possibilitaria, também, a implantação de um canteiro plano, limpo e rápido para o aparato de guindastes, caminhões e funcionários envolvidos em um grande processo de montagem.

Cabe então salientar o uso de processos industrializados de construção. Estruturas leves, desmontáveis e recicláveis em sua maioria. O prédio é totalmente modulado a cada 60cm e montável, garantindo assim um processo ágil e eficiente de construção.

A orientação norte-sul foi alcançada, voltando-se uma praça de acesso para norte integrada aos recuos obrigatórios de altura e de faixa de acumulação de veículos, por meio da utilização de uma estrutura metálica leve e móvel que recobre a faixa não edificável, possibilitando passagem, estacionamento de veículos e, também, eventuais acessos para manutenção da tubulação ou mesmo sua total remoção, temporariamente, sem danos ao prédio ou mesmo aos acessos. (ver detalhe página 2)

A ampliação de áreas de convívio tornou-se possível, uma vez não amplamente prevista no programa básico de necessidades, a partir da otimização de espaços com simples gerenciamento de horários. Inúmeras salas de reunião utilizadas simultaneamente apenas em dias de câmara foram sobrepostas ao salão fechado de 300 pessoas, que neste projeto passa a ser uma área de usos múltiplos, modulável. Desta forma, foi possível criar uma ampla praça foyer-eventos, integrada ao térreo para atividades culturais abertas ao público e aos profissionais representados pela instituição, sem, contudo, conflitar com atividades internas.

Circulações amplas, voltadas para as visuais do prédio e da cidade, são ventiladas naturalmente e interligadas por escadas abertas. Um convite ao uso sustentável.

Esta é a sustentabilidade que propomos.

Forma

É nítida a desconfiguração espacial do entorno do terreno proposto para a sede do CREA-PR. Trata-se de uma diversidade ainda em processo de evolução que não deve ser tomada por regra, mas sim instigada ao crescimento, ao desenvolvimento, dada sua importância de localização na cidade, e de um primeiro passo para uma reconfiguração espacial do local, mesmo porque todos os índices e recuos são respeitados.

A forma é conseqüência de um pensamento voltado à economia, mas não associada à pobreza de informação, e sim à síntese, à otimização.

Esta economia de esforços é fruto de gestos simples de sustentabilidade já referidos, que se unem em um bloco simples com nove pavimentos, entretanto com proporções horizontais, voltado para Norte e Sul.

O fechamento proposto na fachada oeste, repetido na leste, além de servir como proteção solar poente, serve como marco hierárquico de fachada, ressaltando o caráter institucional da edificação. O deslocamento deste bloco opaco para a direita enfatiza um “rasgo” vertical que convida o pedestre ao acesso.

O restante são “muros”; mesmo o volume anexo, que abriga funções de serviço.

Uma vez que é possível colar o prédio nas testadas de fundo e laterais, dada sua altura limitada a dois pavimentos (com um mezanino), o propomos em uma posição que não compromete o primeiro volume, mas sim o emoldura no lote.

A primeira vista de quem adentra o prédio certamente é o teto inclinado, que serve como piso do plenário (ver fig. 2). Este gesto abre o espaço de foyer, marcando a importância deste espaço para a instituição desde o primeiro encontro com o usuário. São as decisões ali tomadas que “sustentam” o prédio acima de nós e ajudam na construção de nossas cidades.

ficha técnica

Autor

S.O.G Arquitetura e Urbanismo
Arquitetos Jean Grivot Avancini, Carolina Flach Souza Pinto e Lucas Rocha Obino Martins

Colaboradores
Bianca Pimentel Antunes
Acad. Arquitetura e Urbanismo – UFRGS

Cícero Guzzo Mondadori
Acad. Arquitetura e Urbanismo – UFRGS

Leandro Cavalheiro da Silva
Acad. Arquitetura e Urbanismo – UFRGS

Consultor técnico estruturas
Eng. Cláudio Faraó Souza Pinto

source
S.O.G Arquitetura e Urbanismo
Porto Alegre RS Brasil

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Organização do concurso
Curitiba PR Brasil

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