Critérios de Projeto
“ A premissa básica é que o edifício da sede do CREA-PR seja um marco arquitetônico quanto às questões ambientais, de acessibilidade e também como construção de excelência tecnológica.”
(Trecho extraído do Termo de referência do concurso)
É com base nesta premissa que desenvolvemos o projeto arquitetônico proposto.
As questões ambientais de sustentabilidade foram incorporadas ao projeto desde o lançamento do partido, na implantação.
A orientação solar bem definida e a morfologia do terreno geraram uma proposta longitudinal, aberta para as fachadas norte e sul e fechada para o leste e oeste.
Foram analisadas todas as condições climáticas da cidade de Curitiba, relacionadas ao terreno e seu entorno para gerar uma solução com amplo desempenho energético e de conforto.
A criação de um átrio voltado para a fachada norte atende a estas exigências e gera uma integração espacial de todos os setores do programa.
Este átrio constitui o ponto principal da proposta, criando um acesso claro, organizando os fluxos e valorizando a área verde proposta ao seu lado, liberando ao máximo a ocupação do terreno e preservando a área permeável estipulada pela normativa.
Grandes balcões/floreiras se distribuem em cada pavimento criando um ambiente de trabalho com mais qualidade.
As soluções de fachadas respondem às exigências de conforto ambiental (térmico e de iluminação). A combinação de materiais opacos, com brises e grandes áreas envidraçadas resultam em uma proposta de linguagem contemporânea.
O Programa
Atender às necessidades programáticas e funcionais requeridas de forma clara e eficiente é uma das premissas para alcançar uma solução arquitetônica coerente com o seu uso.
O programa vai além de um edifício administrativo. Envolve todo um sistema de relações funcionais e pessoais que tem que ser atendidas de forma espacial para incentivá-las.
O programa de necessidades requerido foi organizado a partir dos diferentes níveis de acesso e relacionamento.
No pavimento térreo foi localizada a Regional de Curitiba com uma recepção específica e outra para o público geral.
Através deste pavimento se tem acesso diferenciado ao Plenário e Salas de Eventos (dois primeiros pavimentos), no grande átrio envidraçado, por escadas com escala compatível com a importância destes setores e acesso exclusivo, sem interferência com o fluxo das atividades administrativas.
Nos três pavimentos subseqüentes ficam organizadas as Diretorias e Assessorias, em planta livre com fácil readequação.
No último pavimento situa-se a Presidência com a Secretaria Geral que se relacionam com uma grande área de cobertura jardim.
Foram criados dois subsolos. O primeiro, com pé-direito de 5m abriga o almoxarifado do DESUS e a área de carga e descarga. Por sua altura diferenciada, foi feito um mezanino onde se localizam as áreas de serviços e apoio, do DESUS, como vestiários, copa e área de convivência.
Todo este pavimento possui iluminação natural por causa da diferença de nível do jardim lateral. No restante da área fica a garagem, dividida em dois setores, um menor no primeiro subsolo e outro no segundo.
A setorização de circulações e serviços repete-se em todos os pavimentos, proporcionando uma organização espacial, construtiva e técnica.
A clareza da organização interior reflete-se na volumetria do edifício. Uma solução única de brises resolve as fachadas com maior incidência solar, destacando-se do embasamento e átrio envidraçados, permeável à cidade.
ficha técnica
Autores
Arq. Marcos Alexandre Jobim e Arq. Silvana Carlevaro
Colaboradores
Arq. Maria Andrea Triana
Arquitetura Bioclimática
Arq. Rogério Versage
Arquitetura Bioclimática
Eng. Olavo Kücker
Pré-orçamento
Rosana Debiasi
Estudante de Arquitetura
Juliana Guidi Ourique
Estudante de Arquitetura
Consultores
Eng. Ricardo Cherem de Abreu
Conforto Ambiental
Arq. Tuing Ching Chang
Cálculo Estrutural
Eng. Marcello Campelli
Instalações Elétricas
Eng. José Henrique Fontes
Instalações Hidrosanitárias
Eng. Ane Denise Piccinini
Instalações Hidrosanitárias