É uma zona particular de Milão aquela na qual se estabeleceu a Universidade Bocconi e à qual o escritório irlandês Grafton adicionou uma nova e importante ampliação. É uma zona da cidade externa às muralhas espanholas do século 16, pouco urbanizada até os primeiros anos do século 20, caracterizada por estabelecimentos produtivos e por áreas verdes definidas por planos reguladores e, acima de tudo, pelo parque Ravizza. A Bocconi constituiu-se no interior desta paisagem dispersa como uma ilha figurativamente reconhecível, que se expandiu e se consolidou no tempo.
São quatro os grupos de edifícios que pouco a pouco a constituíram. O primeiro núcleo é talvez a melhor obra de Giuseppe Pagano, realizada entre 1937 e 1941, em uma área retangular baseada em uma implantação “à suástica”, que recupera as sugestões da Bauhaus de Walter Gropius em Dessau. Um segundo e extenso grupo de edifícios é construído após a guerra, entre 1955 e 1965. Deste grupo, os edifícios mais importantes são obra de Giovanni e Lorenzo Muzio, especialmente os pensionatos e os refeitórios a norte, e a nova sede didática da Rua Sarfatti a oeste, aos quais se juntou a igreja de San Ferdinando, do arquiteto Ferdinando Reggiori e do engenheiro Aldo Favini (1961-1962). Um terceiro núcleo (sempre nas áreas a norte) é aquele da Escola de Direção Empresarial, do engenheiro Vittore Ceretti, de 1983-1985, e um quarto, o grande edifício de planta elíptica para escritórios e salas de aulas, de Ignazio e Jacopo Gardella, projetado entre 1991 e 1995 e inaugurado em 2001 (1).
Mesmo que estes edifícios sejam diversos entre si e relativamente distantes no tempo, existem entre eles características que os unem: de um lado o fato de serem realizados por núcleos isolados, a ponto de configurar uma particular “implantação em pavilhão”, organizados em torno a um largo arborizado e alongado que recebeu o nome de Angelo Sraffa; de outro um modo de articular-se e concatenar-se dos corpos, tal a englobar e subordinar os espaços abertos imediatamente adjacentes, ligando-os às feições e ao uso dos edifícios. É como se a escolha inicial de Pagano tivesse tido prosseguimento e ao mesmo tempo tivesse sido diversamente interpretada. Assim constituiu-se no tempo uma singular cidadela, descontínua mas com uma sua legibilidade.
A nova ampliação do escritório Grafton, a mais consistente até agora realizada, colocada em uma área a norte que chega ao limite das muralhas espanholas, obedece a critérios diversos. Não se articula em torno de um sistema de espaços públicos, mas os engloba no seu interior. Trata-se de uma tentação recorrente da arquitetura moderna: aquela de um edifício que se faz cidade e que da cidade quer incluir as relações e a complexidade de funcionamento e de espaços. Mas se trata também de uma propensão recorrente no trabalho do escritório Grafton: aquela de conceber os edifícios públicos como grandes organismos contínuos volumetricamente articulados. São a dimensão e a solidez aquilo que os distingue e ao mesmo tempo os impõe à paisagem. Talvez haja neles um eco da Dublin operária e industrial, no qual ao tecido minucioso das casas e dos edifícios menores se opunha a dimensão vasta e articulada das fábricas e de certos edifícios públicos. E se opunha através de um salto de escala e de uma diversidade de materiais, que se transformava no seu principal elemento de distinção.
Assim, a nova universidade se constitui como um corpo alongado, criando no seu interior um sistema imponente de espaços públicos e de praças cobertas. É uma escolha que pode ser legítima. Pode ser legítimo romper com a lógica da implantação pré-existente e ligar ao grande edifício e as suas cavidades internas uma estratégia urbana. Aliás, deve ser recordado que se trata de uma escolha recorrente na experiência da arquitetura do século 20, que reencontramos nas obras de Berlage, de Wright, de Moser, de Aalto, de Kahn, para não citar mais que arquiteturas reconhecidas e relativamente distantes entre si. Essas se constituem em torno a espaços internos de grandes dimensões que estão entre a praça, o pátio, o salão e o grande átrio, em continuidade com as experiências da arquitetura antiga, mas usufruindo as novas possibilidades estruturais e os novos vãos que a arte construtiva da nossa época consente e torna habituais.
Logo, há sentido em ver a escolha da nova Bocconi dentro de uma tradição e como um episódio que pertence a uma seqüência que se desenvolve no tempo, porque coloca o edifício sob uma ótica diversa. Mesmo porque se trata de uma tradição na qual as “histórias” da arquitetura moderna têm dado escasso relevo, malgrado o seu peso e a sua continuidade. Além disso, não é um caso que à perda do controle formal da “grande cidade” corresponda a tentativa de “espelhá-la” dentro do edifício público. Os espaços internos da praça coberta ou do salão, não são outra coisa que a representação emblemática e “alusiva” de uma cidade que perdeu a capacidade de ordenar-se figurativamente em modo contínuo e unitário. E por outro lado eles são uma diversa continuidade da experiência do teatro e daquele jogo de inversões e ressonâncias com o qual esse continuou a permanecer ligado à cena urbana.
Os salões da Bolsa de Amsterdam de Berlage (1898-1903) imediatamente converteram-se em um ícone difuso seja no âmbito popular que acadêmico: todavia, se esquece que Berlage estudara no Politécnico de Zurique e que tivera como mestre Gottfried Semper, e que Semper realizara o grande pátio coberto da nova sede daquela escola (1863-1867) (2). Do mesmo modo que a Bolsa fixa na grandiosidade do interior a imagem da nação holandesa em uma época de expansão e esplendor particular, a arquitetura de Semper e o seu racionalismo acadêmico transformam-se no fundamento dos edifícios “federais”, em torno aos quais se constitui a nova imagem da Suíça como país. Por outro lado, poucos anos depois da Bolsa e na sua esteira, Karl Moser (contemporâneo de Berlage) projeta a belíssima Lichthof da Universidade de Zurique (1907-1914) (3). O que liga estes edifícios, para além das diferenças, é a escolha pela qual o espaço público se coagula e se reconstitui em um interior, encontrando ali novas possibilidades de representação – um interior que não é apenas elemento de organização material e distributiva, mas tema figurativo e elemento de forte reconhecimento. Mas isto pode acontecer em modos diversos.
Em Schinkel e em Mies o “grande vazio” assume imediatamente o valor de forma simbólica (4), definindo-se com tal grau de pregnância e de essencialidade a ponto de refutar o poder e as seduções da imagem. Na sua absolutez, isso se coloca como fato substancialmente “antinarrativo”. Em Wright, em Berlage, em Moser (5), a praça interna se define, ao contrário disso, como episódio denso de figuras, de alusões e de referências, construindo relações complexas entre os elementos e propondo uma idéia renovada de “decoro”. Trata-se de uma narração – seja esta nos modos da arquitetura –, que nos casos melhores assume força e dimensão épica.
De que modo tudo isto diz respeito ao novo edifício da Bocconi? Parece-me que o seu espaço interno se baseie em critérios de declarada e procurada informalidade; a planta, mas também as seções, se constroem com irregularidades estudadas e por jogos de desalinhamentos. Isto é possível pelo fato que, do ponto de vista estrutural, o edifício é “suspenso” a um sistema de grandes portais: uma lógica construtiva que permite criar um espaço contínuo no seu interior, irregular e imponente, com poucas intromissões de pilares e paredes. As escadas são numerosas e não têm continuidade. Os corpos suspensos dos departamentos e os poços de luz que os separam são sistematicamente deslizados e deslocados do eixo. O espaço é desarticulado e desfiado em episódios, a ponto de tornar-se de difícil leitura. O temor que guia o projeto é de que a escolha de um centro coincida com certo convencionalismo e certa retórica. O mito é de que o jogo das variações possa por si só constituir-se como um valor. É como se o projeto se dispersasse em suas partes e ao fim se baseasse em um excesso de narração. O resultado é uma espécie de “labirinto espacial”, análogo àquele de certos hipermercados ou de certos aeroportos. Mas eu acredito que a legibilidade dos espaços e a clareza de conformação de uma arquitetura continuem sendo qualidades importantes e a se perseguir: e que aqui estas sejam contestadas.
Assim acontece também na relação entre espaços e estrutura. É sofisticada a lógica estrutural do edifício, mas esta permanece “oculta”. Não se trata de exumar mitos consumidos, como aqueles da “verdade” estrutural ou da exibição da trama construtiva. Permanece, todavia, o problema das continuidades e das concatenações que deveriam seguir existindo entre construção e forma, entre elementos estruturais e elementos arquitetônicos. E vice-versa, o edifício tende a desvincular a forma, em particular aquela da “cavidade” interna, de seus nexos construtivos, até quase torná-la abstrata e autônoma.
Malgrado estas reservas, penso que a arquitetura da “Grafton Architects” seja, em geral, de qualidade. A Bocconi não é a sua primeira prova fora da Irlanda, mesmo sendo até agora a mais importante, pois o seu trabalho tem há tempos sucesso internacional. Certamente não podemos lamentar a internacionalização do trabalho dos arquitetos, já que se trata de uma condição que pertence aos tempos atuais e à qual seria vão opor-se. Deve ser discutido, no entanto, o modo no qual esta se realiza e os seus êxitos com respeito às transformações das cidades. E os êxitos foram, nos últimos tempos em Milão, profundamente negativos, por um acúmulo de projetos e, agora, de primeiras realizações ligadas puramente aos modismos, estranhas a qualquer capacidade de interpretar a cultura urbana: onde os nomes das grandes “firmas” internacionais são usados como cobertura para operações imobiliárias e especulativas gigantescas, contrárias a qualquer interesse coletivo. Além disso, Milão sempre teve uma sua vocação internacional autêntica; sempre teve uma sua singularíssima capacidade de absorver e de fazer próprias as contribuições de culturas que vinham de longe, reconvertendo-as à própria história e absorvendo-as dentro da própria fisionomia e da própria aparência. Foi assim com o grande acontecimento internacional da catedral (6) e com muitos dos melhores arquitetos que trabalharam em Milão, provindos de outras experiências e de outros contextos, de Filarete a Bramante, de Tibaldi a Piermarini, e em época recente a Rogers e a muitos outros.
Assim, o caso da nova Bocconi se distingue de acontecimentos e lógicas que devemos refutar. Distingue-se, antes de tudo, pelo valor civil do tema, que é aquele da ampliação de uma “cidadela” universitária, em continuidade com os acontecimentos não só da Universidade Bocconi, mas da Escola Politécnica, da Universidade Estatal, da Universidade Católica. Algumas destas intervenções sobre a universidade, como aquela de Muzio na Católica, foram de extraordinária importância na história da Milão moderna (7). Mas se distingue também pela estranheza ao gosto do gesto surpreendente e clamoroso e pela distância da vulgaridade que assinalam muitos dos projetos milaneses recentes. E todavia, distinguir as diversidades é um ato que não pode ser eximido da observação crítica e não nos priva do direito de não nos reconhecermos.
Mas, para explicar com a evidência de uma arquitetura, à nova Bocconi eu gostaria de opor outro edifício universitário: a sede da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Vilanova Artigas em São Paulo (8). Também esta é organizada ao redor de um espaço interno imponente, análogo a uma praça; também esta é iluminada do alto, com uma luz homogênea que desce da cobertura modular em modo uniforme; também esta é sustentada por grandes estruturas alçadas e suspensas. Mesmo que as paredes laterais e a organização dos desníveis sejam complexas, permanece forte o senso de unidade, seja pelos materiais que pela continuidade do desenho. “Sempre achei que a obra que eu fazia não era para ser olhada do lado de fora, mas era para ser um espetáculo para quem desfruta dela...”. “A sensação de generosidade espacial que sua estrutura permite, aumenta o grau de convivência, de encontros, de comunicação. [...] Este prédio acrisola os santos ideais de então: [...] o queria como um templo, onde todas as atividades são lícitas” (9). O que falta na nova Bocconi são aqueles valores emblemáticos do interior, aquela profundidade de ressonâncias, aquela qualidade polifônica e a sacralidade das formas, que desde sempre pertenceram à grande ou à boa arquitetura.
notas
NE
Texto escrito originalmente em italiano para “Aión: rivista internazionale di architettura”, Firenze, v. 18, Fevereiro de 2009, p. 44-51. (ISSN: 1720-1721). Traduzido para o português por Aline Coelho Sanches para o portal Vitruvius. Notas adicionais de Daniele Vitale especialmente feitas para esta publicação no portal Vitruvius. Seleção e organização das imagens por Aline Coelho Sanches e Daniele Vitale. Ensaio fotográfico de Lucas Corato.
1
Falta uma história exaustiva e ordenada do desenvolvimento da implantação do conjunto e uma cronologia das obras. Pode-se, todavia, consultar: Gino Levi-Montalcini, Paola Levi-Montalcini, Saggio critico sull’Università Bocconi, in Giuseppe Pagano Pogatsching. Architetture e scritti, a cura di Franco Albini, Anna Castelli, Giancarlo Palanti, Editoriale Domus, Milano, 1947, pp. 36-39; Enrico D. Bona, Ampliamento dell’Università Bocconi a Milano, in «Casabella», n. 312, gennaio febbraio 1967, pp. 46-65; Aa.Vv., Storia di una libera università; vol. I, L’Università Commerciale Luigi Bocconi dalle origini al 1914, EGEA, Milano, 1992; vol. II, L’Università Commerciale Luigi Bocconi dalle origini al 1915 al 1945, EGEA, Milano, 1997; vol. III, L’Università Commerciale Luigi Bocconi dal 1945 ad oggi, EGEA, Milano, 1997; Enrico Resti, L’università Bocconi: dalla fondazione a oggi, EGEA, Milano, 2000; Luigi Spinelli, Una sommatoria di architetture all’interno della città. Nuova architettura per l’Università Bocconi, supplemento a «domus» n. 846, marzo 2002, pp. 4-7; Aa.Vv., Un cuore di cristallo per Milano. La nuova Università Bocconi/ A crystal heart for Milan. The new Bocconi University, a cura di Stefano Casciani, introd. di Kenneth Frampton, Domus, Milano, 2008. Além disso, podem-se consultar os muitos textos dedicados a cada intervenção.
2
Hendrik Petrus Berlage, Bolsa de Amsterdam, 1898-1903. Gottfried Semper é convidado em 1855 a ensinar no Politécnico Federal de Zurique (o nome Polytechnikum será mudado em 1905 para ETH, Eidgenössische Technische Hochschule), da qual constrói a sede entre 1859 e 1868.
3
A nova sede da Universidade de Zurique na Rämistrasse n. 71 foi projetada por Karl Moser e construída entre 1907 e 1914.
4
Aludo, entre as outras obras, a Karl Friedrich Schinkel no Altes Museum de Berlim, 1822-1830, e a Ludwig Mies van der Rohe na Neue Nationale Galerie de Berlim, 1962-1968.
5
Para Frank Lloyd Wright, refiro-me em primeiro lugar ao Larkin Building di Buffalo, Nova York, 1904-1905.
6
A nova catedral ou Duomo de Milão foi iniciada, segundo a tradição, em 1386, em um momento de grande expansão do estado milanês, com dimensões grandiosas e em formas góticas, com a afluência de engenheiros e mestres de proveniências variadas e freqüentemente estrangeiros. A catedral permanece por mais de cinco séculos o grande laboratório experimental da arquitetura milanesa, ocasião para organizar teorias e textos, terreno privilegiado de confronto entre tradições locais e culturas externas. Mas a dialética entre experiências diversas, e o confluir de arquitetos e contribuições estrangeiras, permanece também em sentido geral um dos caracteres fortes da arquitetura milanesa.
7
Giovanni Muzio (1893-1982), grande protagonista da arquitetura milanesa, projeta a nova sede da Universidade Católica no antigo monastério de Santo Ambrósio, cujos claustros foram projetados por Bramante. Ele restaura o monastério e também o amplia adicionando novos edifícios. Muitos monumentos milaneses atravessam o tempo com episódios construtivos complexos e com adições e reformas. A Universidade Estatal também se implanta depois da guerra em um grande monumento, o Hospital projetado por Filarete no século 16, construído lentamente nos séculos e bombardeado no período da guerra. Por um lado, portanto, universidades implantadas em complexos monumentais cuja história deve ser continuada; por outro, cidadelas universitárias construídas no século 20 às quais devem ser adicionadas novas partes.
8
João Batista Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi, nova sede da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP), São Paulo, 1961.
9
Textos de Vilanova Artigas, extraídos de Vilanova Artigas. Arquitetos Brasileiros/ Brazilian Architects, Instituto Lina Bo e P. M. Bardi, Fundação Vilanova Artigas, São Paulo, 1997, p. 33 e p. 101.
sobre o autor
Daniele Vitale estudou arquitetura no Politécnico de Milão onde se formou em 1969, sendo Aldo Rossi o orientador de sua "tesi di laurea". Iniciou a carreira acadêmica na mesma cidade como assistente de Rossi (1969-1971) e desde 1976 é professor de Composição arquitetônica. Desde 1987 é titular da cátedra, ensinando nos Politécnicos de Turim e Milão, mas também em universidades estrangeiras e em particular como “visiting professor” na Graduate School of Design de Harvard nos Estados Unidos e na Universidade de São Paulo, no Brasil, mas também em universidades portuguesas e espanholas. Sempre colocou lado a lado o estudo da cidade, dos monumentos, das tipologias edilícias ao trabalho de projeto e à elaboração teórica. Com Ignazio Gardella, um dos mestres da arquitetura italiana, colaborou em alguns projetos (em particular para o centro histórico de Gênova em 1969-1974 e para a Villa Eremo em Lecco em 1984-86) e com Aldo Rossi trabalhou em duas exposições: a XV e XVI Trienais de Milão (Architettura internazionale de 1973 e Architettura/Idea de 1981). De 1978 até 1981 foi redator de Lotus international, uma das principais revistas da cultura arquitetônica européia. Com Carlo Olmo dirige desde 1998 a coleção de textos teóricos “I testimoni dell’architettura”, da editora Allemandi, de Turim. Publicou ensaios, artigos e pesquisas em numerosos livros e nas principais revistas internacionais, e entre estes, estudos sobre a cidade européia, sobre a arqueologia e a arquitetura do racionalismo. Foi responsável por várias pesquisas financiadas pelo Ministério da Universidade (Murst, e hoje Miur) e desenvolveu estudos para entes e instituições, e em particular para o Conselho da Europa. De 1996 a 2000 fez parte do colégio docente do Doutorado em Composição arquitetônica de Veneza e desde 2000 é coordenador do Doutorado em Composição arquitetônica do Politécnico de Milão. Venceu concursos de arquitetura, inclusive internacionais e é autor de projetos para cidades italianas e estrangeiras, em particular espanholas.