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projects ISSN 2595-4245


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Projeto de estudo preliminar vencedor do concurso promovido pela Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, organizado pelo IAB-RJ e vencido por Silvio Oksman, Vito Macchione, Beatriz Vicino e Marjorie Nasser Prandini / Metrópole Arquitetos.

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PORTAL VITRUVIUS. MIS Rio de Janeiro. Projetos, São Paulo, ano 15, n. 169.02, Vitruvius, jan. 2015 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/15.169/5387>.


Memorial

A proposta de um edifício para gestão do acervo cultural do Museu da Imagem e do Som – MIS PRO, na Lapa, vai ao encontro das atuais intenções de qualificação das áreas centrais da cidade do Rio de Janeiro. Neste sentido a proposta apresentada pretende estabelecer uma relação franca entre o edifício e o espaço público no seu entorno.

O edifico atual do MIS, na Rua Visconde de Maranguape, é um dos remanescentes históricos que compõe o tecido urbano desta área e deve ter sua volumetria e fachada preservados. Seu gabarito será adotado para as novas construções na parte posterior do terreno. Uma avaliação dos demais edifícios construídos no lote levou a conclusão de que não há maiores interesses na sua preservação, principalmente, por não atender aos novos usos propostos.

O nível de acesso do MIS PRO é uma extensão da calçada, livre de controles. O piso público invade o interno, como uma rua, num convite ao espaço expositivo, à loja, ao café, e aos demais programas. Este partido dialoga com o projeto em construção em Copacabana, no qual a fachada é uma extensão do calçadão.

Programa

A relação direta da fachada com a rua definiu a implantação da administração e das residências no edifício existente. Esta solução também permite o uso deste edifício independente dos demais programas.

Na sequência do percurso, uma grande galeria de exposições que permite a visualização geral do conjunto, cuja cobertura translúcida possui um sistema de brises que atenuam a incidência direta de luz e calor. No piso inferior – subsolo – está implantada toda a parte de recepção e triagem do acervo, com acesso controlado. Neste mesmo subsolo, com acesso independente, estão o auditório e as salas de aula. Para que essas salas possam ser integradas, suas paredes duplas recolhem os painéis divisórios, configurando um único espaço.

No fundo do terreno implanta-se o restante do programa em dois edifícios de seis pavimentos: um que abriga os programas de trabalho outro o acervo.

Estes edifícios foram projetados considerando as especificidades de guarda e tratamento do acervo do MIS, objeto principal do conjunto.

O primeiro, que abriga os laboratórios de conservação e restauro, tem estrutura metálica leve, fechamento em vidro favorecendo a iluminação natural.

O segundo, do acervo, tem estrutura em concreto, paredes cegas que contribuem para o controle ambiental das reservas. Seu fechamento está afastado do muro de divisa. Nesta fresta , que funciona como um grande shaft,  será instalada toda a tubulação de infraestrutura – elétrica, água, ar condicionado, gases especiais, exaustão. Esta solução contribui para a segurança do acervo.

A última laje do edifício de acervos será, num primeiro momento, uma laje técnica com todos os equipamentos necessários para o funcionamento do conjunto. A eventual necessidade de ampliação das áreas de guarda pode ocupar essa laje.

As diretrizes para Preservação de acervo deste projeto serão norteadas e embasadas em estudos e parâmetros internacionais atualizados. Estes são especificados por instituições-referências na área de Preservação, Conservação e Restauro.

Os objetos do acervo são sensíveis ao meio ambiente em que estão armazenados e/ou expostos, alguns extremamente sensíveis, como no caso de filmes. Luz, calor, umidade e poluentes, a combinação destes elementos produz reações químicas que afetam destrutivamente itens de um acervo. Tais reações dobram a cada elevação de temperatura de 10C. Em busca da excelência na preservação de acervos, o ideal trabalhado neste projeto é a criação de ambientes estáveis, evitando grandes variações de temperatura e umidade relativa, principalmente nas reservas técnicas.

O ideal para este acervo é que se definisse,em conjunto com a equipe do museu, uma faixa em que manterá a umidade relativa do ar e a temperatura constantes, 24 horas/dia, 365 dias/ano. Essa constância é considerada mais importante na preservação de acervos do que atingir padrões ideais,  mas que, em casos de acidentes, eles mudem abruptamente. De maneira geral, sugerimos que as reservas técnicas sejam mantidas a baixas temperaturas, 21C ou menos e a umidade relativa entre 30 a 50%, exceto a de audiovisual, que está especificada a seguir.

Especificações para as reservas técnicas

– ambientes estáveis: longe de porões e coberturas, evitando assim alterações bruscas de temperatura e/ou umidade relativa, assim como vazamentos e inundações;

– distante de encanamentos, caixas d’água, também para evitar possíveis danos decorrentes de vazamentos e inundações;

– iluminação específica, controlada;

– reserva técnica para acervo audiovisual: suportes de natureza frágil, extremamente sensíveis ao meio ambiente em que estão mantidos. Portanto, armazená-los adequadamente é a ação de preservação indicada pelas instituições que são referência em pesquisa na área. Está prevista antecâmara para aclimatação. Como não temos especificação se as obras do acervo são em suporte de nitrato de celulose (auto-combustível) e/ou acetato de celulose e, se dentro destes há alguns com ‘síndrome do vinagre’, previmos espaço flexível que possa ser subdividido; manter umidade relativa do ar entre 30% e 50% e temperatura de 10C para  matrizes coloridas e a 15C os de preto e branco;

– proximidade aos laboratórios de conservação-restauro;

– segurança: acesso fisicamente controlado e restrito. Controle contra roubos, vandalismo assim como ambiental-poluentes e ataques biológicos;

– quarentena: isolada, evitando possíveis descontroles em caso de infestação biológica.

– as reservas serão mobiliadas com arquivos deslizantes adequados conforme os suportes;

– controle da qualidade do ar, evitando ao máximo a entrada de poluentes atmosféricos (gases e particulados);

– utilização de materiais que não absorvam água, principalmente nas reservas técnicas;

– será utilizado sistema de ar condicionado vrf (“variable refrigerant flow”), sistema que não utiliza água para refrigeração e permite diversas ligações em uma máquina externa, podendo cada uma dessas ligações ser controlada individualmente.

Especificações para os laboratórios de conservação-restauro

– Durante trabalhos de conservação e preservação há necessidade de grande acuidade visual.  Para melhor fidelidade de cor, o emprego de iluminação natural (indireta) nos laboratórios de conservação é usual, necessária e bem vinda, exceto nos de audiovisual e discoteca. As eventuais superfícies envidraçadas serão fisicamente protegidas de radiação solar – receberão películas filtrantes de raio UV além de  cortinas, persianas. Estes elementos também contribuem para o controle térmico do edifício;

– fácil acesso para as reservas técnicas;

– ótima circulação/mobilidade de objetos e pessoas;

– segurança: acesso fisicamente controlado e restrito.

Especificações para o acervo

Obras em suporte papel, material higroscópico, (Iconografia, Textual, Partitura) são sensíveis ao ambiente em que se encontram. Testes de envelhecimento indicam que quase dobra a taxa de deterioração da celulose a cada aumento de 50C, mesmo sem outros fatores de degradação como luz ou poluentes. Os demais suportes do acervo, à exceção do audiovisual, são quimicamente mais estáveis, de maneira relativa.

– iconografia: obras impressas, fotografias, desenhos trazem uma variedade de técnicas empregadas na produção de alguns dos itens deste acervo. Previsão de armazenagem em mobiliário adequado, de acordo com dimensões das obras, por exemplo, devem ser consideradas, como mapotecas, arquivos deslizantes, gaveteiros.

– textual, partitura: previsão de armazenagem adequada para livros, panfletos, jornais, folhetos, revistas, entre outros. Possivelmente o acervo possui obras somente em suporte papel, mas prever armazenagem para obras em suporte sensível como pergaminho, por exemplo, extremamente higroscópico.

– discoteca: previsão de armazenagem adequada para obras em suportes diversos – vinil, CD, blue-ray, etc.

– audiovisual: filmes em película são extremamente sensíveis às condições ambientais, vide texto das reservas técnicas acima.

– tridimensional: mobiliário, pequenos objetos, entre outros, compõem a variedade morfológica e de suporte deste acervo. Previsão de armazenagem em mobiliário adequado, de acordo com dimensões das obras entre outras especificidades.

– indumentária: previsão de armazenagem adequada conforme acondicionamento das obras. Previsão para armazenagem de outras obras em suporte tecido, como painéis utilizados em cenário, por exemplo.

Ficha tecnica

arquitetura
Silvio Oksman, Vito Macchione, Beatriz Vicino e Marjorie Nasser Prandini / escritório Metrópole Arquitetos

conservação
Ana Paula Tanaka

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