Your browser is out-of-date.

In order to have a more interesting navigation, we suggest upgrading your browser, clicking in one of the following links.
All browsers are free and easy to install.

 
  • in vitruvius
    • in magazines
    • in journal
  • \/
  •  

research

magazines

projects ISSN 2595-4245


abstracts

português
Iniciativa da Sehab-SP, a reurbanização da favela do Sapé atende 2500 famílias que viviam precariamente no Bairro do Rio Pequeno. Trata-se de ferramenta de inclusão ao apresentar chances de conexão, encontro, vivência e troca em espaço público urbanizado.

how to quote

PORTAL VITRUVIUS. Reurbanização da favela do Sapé. Projetos, São Paulo, ano 15, n. 170.03, Vitruvius, fev. 2015 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/15.170/5441>.


Desenho urbano

A reurbanização do Sapé é uma iniciativa da Secretaria da Habitação Municipal de São Paulo. Atende 2500 famílias em condições precárias de moradia no Bairro do Rio Pequeno. O conceito que estrutura o partido geral da urbanização da favela do Sapé é a costura urbana entre as duas margens do córrego a partir do desenho de espaços públicos. A leitura das condições físicas e sociais da comunidade denota uma descontinuidade urbana em vários níveis de precariedade.

Reurbanização da favela do Sapé, situação, Rio Pequeno, São Paulo, 2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge Pessoa
Imagem divulgação

Reurbanização da favela do Sapé, aerofotogrametria da área, Rio Pequeno, São Paulo, 2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge Pessoa
Imagem divulgação

Assim o projeto constitui-se como ferramenta de inclusão na medida em que suas ações desenham oportunidades de conexão, encontro social, vivência e troca no espaço público urbanizado. Ao unir em desenho urbano, infra-estrutura e habitação, o projeto cria espaços para melhorar a mobilidade urbana, a qualidade ambiental, a moradia, o lazer, o trabalho, possibilitando uma consciência de pertencimento que colabora para a manutenção e a melhoria da vida na cidade.

Reurbanização da favela do Sapé, situação anterior, Rio Pequeno, São Paulo, 2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge Pessoa
Foto divulgação

Reurbanização da favela do Sapé, situação anterior, Rio Pequeno, São Paulo, 2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge Pessoa
Foto divulgação

Os principais objetivos da urbanização são a remoção das famílias em situação de risco; a implantação de infra estrutura urbana para todas as moradias, e a construção de novas residências na própria área. Desta forma, foi a partir das áreas remanescentes das remoções obrigatórias que estudou-se as possíveis áreas de assentamento vinculadas ao caminho verde junto ao córrego do Sapé. A reurbanização criou três áreas para novos edifícios estruturando também os pontos de conexão da comunidade com o bairro, como junto às escolas potencializando o espaço público.

Reurbanização da favela do Sapé, plano de remoções, Rio Pequeno, São Paulo, 2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge Pessoa
Imagem divulgação

Reurbanização da favela do Sapé, implantação, Rio Pequeno, São Paulo, 2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge Pessoa
Imagem divulgação

O projeto do sistema de drenagem do córrego do Sapé adotou como referência o projeto implantado pela SVMA a montante do córrego. Ao desenvolver a geometria das seções do canal procuramos respeitar a topografia original do leito sem alterar substancialmente cotas de fundo e suas larguras, realizando um desenho com várias seções hidráulicas (em T, mista e reta). Esta estratégia aproxima visualmente o nível de água do passeio. Em ambas as margens a área non aedificandi foi utilizada para rearborizar o caminho, criar praças de encontro e atividades de lazer. Em função da baixa declividade de todo o caminho foi proposto uma ciclovia ao longo da margem esquerda que conecta-se à ciclovia projetada para a Av. Politécnica e ao C.E.U. Butantã permitindo uma integração longitudinal urbana aos 1800 metros de passeio.

Reurbanização da favela do Sapé, corte geral, Rio Pequeno, São Paulo, 2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge Pessoa
Imagem divulgação

Reurbanização da favela do Sapé, planta da ponte, Rio Pequeno, São Paulo, 2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge Pessoa
Imagem divulgação

Reurbanização da favela do Sapé, corte da ponte, Rio Pequeno, São Paulo, 2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge Pessoa
Imagem divulgação

No sentido transversal, o projeto estabeleceu duas novas conexões viárias, melhorou as vielas de pedestre e o acesso as casas remanescentes, e construiu sucessivas pontes para facilitar a transposição do córrego. Todas as ruas internas serão compartilhadas com pavimento intertravado, com guia rebaixada, como nos Woonerf ingleses priorizando o pedestre, e o carro circula controlado por elementos de desenho urbano e paisagismo.

Reurbanização da favela do Sapé, perspectiva do conjunto F-01, Rio Pequeno, São Paulo, 2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge Pessoa
Imagem divulgação

Reurbanização da favela do Sapé, perspectiva do conjunto F-02, Rio Pequeno, São Paulo, 2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge Pessoa
Imagem divulgação

Reurbanização da favela do Sapé, perspectiva do conjunto A-01, Rio Pequeno, São Paulo, 2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge Pessoa
Imagem divulgação

O projeto proporciona uma relação de permeabilidade entre as áreas públicas, coletivas e privadas. Frente a altas declividades e a necessidade de contenções construiu-se um elemento físico que articulou estes lugares, deu unidade ao passeio sem ser uma segregação e resolveu o sistema de contenções: uma mureta em concreto de até 120cm.

Reurbanização da favela do Sapé, perspectiva do conjunto A-02, Rio Pequeno, São Paulo, 2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge Pessoa
Imagem divulgação

Reurbanização da favela do Sapé, perspectiva do conjunto E-01, Rio Pequeno, São Paulo, 2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge Pessoa
Imagem divulgação

Reurbanização da favela do Sapé, perspectiva do conjunto E-02, Rio Pequeno, São Paulo, 2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge Pessoa
Imagem divulgação

Ele conteve, em arrimo, as bases das construções junto ao córrego e ao caminho verde, acomodou jardins, escadas e rampas no desenho urbano, e ao mesmo tempo estabeleceu o limite dos condomínios de novas edificações. Com esta estratégia de desenho e construção o projeto urbano procurou transpor as diferentes escalas da intervenção levando os conceitos do espaço público de mobilidade e lazer para a borda das construções, para dentro das vielas e das pequenas praças internas conformadas com as obras de infraestrutura.

Reurbanização da favela do Sapé, planta do quintal, Rio Pequeno, São Paulo, 2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge Pessoa
Imagem divulgação

Reurbanização da favela do Sapé, viela, Rio Pequeno, São Paulo, 2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge Pessoa
Imagem divulgação

Reurbanização da favela do Sapé, viela, Rio Pequeno, São Paulo, 2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge Pessoa
Imagem divulgação

O diagnóstico social revelou a precariedade econômica da população e as ações urbanísticas voltaram-se também para levantar vocações e oportunidades. Nesta direção, o projeto urbano considerou a diversidade de usos e criou espaços ao longo do caminho verde para que usos relacionados aos serviços e comércios existentes e ainda aos novos de lazer e a ciclovia, possam constituir oportunidades de renda e ferramentas urbanas de integração física e social. Mesmo durante as obras já foi possível perceber que o alargamento dos passeios oferece esta oportunidade.

Reurbanização da favela do Sapé, obra, Rio Pequeno, São Paulo, 2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge Pessoa
Foto divulgação

A escala do edifício

O projeto de arquitetura para a favela do Sapé está amparado por duas premissas assim definidas:

Reurbanização da favela do Sapé, obra, Rio Pequeno, São Paulo, 2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge Pessoa
Foto divulgação

Da unidade para o edifício: O projeto contempla sete tipologias de unidade habitacional: dois dormitórios, três dormitórios, duplex e unidade de acessibilidade integral, entre 50 e 46m2, além das unidades de comércio e serviços. A quantidade de cada tipo foi definida com o levantamento das famílias ao longo do trabalho. O sistema construtivo adotado foi otimizado com a padronização dos vãos para portas e janelas, das paredes hidráulicas com prumadas fixas e proporcionou a ventilação cruzada. A circulação horizontal avarandada coletiva transpôs para o pavimento um espaço de convivência existente nas vielas da favela, criando a oportunidade de troca entre as famílias de um mesmo andar.

Reurbanização da favela do Sapé, unidades, Rio Pequeno, São Paulo, 2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge Pessoa
Imagem divulgação

Da cidade para o edifício: A separação estrutural dos volumes da circulação horizontal, da vertical, e do volume das unidades nos permitiu criar uma flexibilidade para implantar os edifícios. Resultou das diversas articulações entre estes três elementos uma implantação que acomodou-se a cada particularidade de cada terreno, da relação com o entorno, da situação do lote na paisagem. Ao incorporarmos a paisagem do caminho verde com sua vegetação nos vazios entre os volumes integramos estes espaços modulando a passagem das áreas públicas para as privadas, neste sentido procuramos sempre proporcionar uma entrada pela rua e outra pelo caminho verde para todos os condomínios. Neste exercício de acomodação topográfica, o edifício pousa no terreno originando unidades no subsolo mais ligadas espacialmente ao caminho verde.

Reurbanização da favela do Sapé, obra, Rio Pequeno, São Paulo, 2014. Base 3 Arquitetos, arquitetos Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge Pessoa
Foto divulgação

ficha técnica

projeto
Reurbanização do sapé

área de projeto
82.000m2

população
6.700 habitantes

total de famílias beneficiadas
2.500

data de projeto
2010 a 2014

coordenação geral
Prefeitura do Município de São Paulo / Secretaria Municipal de Habitação

colaboração
Secretaria Municipal de Habitação, Secretaria de Obras Públicas, Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, Sub Prefeitura do Butantâ, Sabesp, Caixa Econômica Federal

projeto urbano e arquitetônico
Base 3 Arquitetos – Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge Pessoa

projeto paisagismo
Base 3 Arquitetos e Oscar Bressane

fotografias
Pedro Vannucchi

execução de obra
Consórcio Engelux Galvão e Etemp Croma

gerenciamento projetos
Consórcio Domus

gerenciamento social
Cobrape

comments

170.03 habitação social
abstracts
how to quote

languages

original: português

source

share

170

170.01 projeto conceitual

Projeto São Paulo

170.02 infraestrutura

Bayer – Passarela sobre o Canal Guarapiranga

newspaper


© 2000–2024 Vitruvius
All rights reserved

The sources are always responsible for the accuracy of the information provided