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O Parque Olímpico de Deodoro, projetado em uma área de 2,5 milhões de m², possui palco para 11 modalidades olímpicas e três paralímpicas. O projeto teve como objetivo o legado olímpico, focado em gerar áreas de lazer para a população.

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VIGLIECCA, Héctor. Projeto Parque Olímpico de Deodoro. Projetos, São Paulo, ano 17, n. 197.01, Vitruvius, maio 2017 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/17.197/6521>.


1. Estádio Olímpico de Canoagem Slalom

Estádio Olímpico de Canoagem Slalom, Parque Olímpico de Deodoro, Rio de Janeiro, RJ, Escritório Vigliecca & Associados
Foto Renato Sette Camara

O Estádio Olímpico de Canoagem Slalom, que é uma instalação nova e permanente, considerado a estrutura de maior complexidade da RIO 2016. De autoria do escritório de arquitetura Vigliecca & Associados com consultoria da Whitewater Parks International, o projeto teve como objetivo criar um dos melhores canais de competição de Canoagem Slalom do mundo e um dos mais econômicos para se operar em legado. Trata-se do primeiro curso artificial de águas bravas do Brasil.

A obrigatoriedade da utilização de um circuito artificial para a prática da Canoagem Slalom nos Jogos teve início na Olimpíada de Sydney, em 2000, diante da necessidade de se estabelecer parâmetros para o esporte.

Em vez de se opor à difícil topografia do local, o projeto do Estádio Olímpico de Canoagem tira partido dela. O equipamento foi implantado na área de menor declividade do terreno a fim de equilibrar o movimento de terra. Já as arquibancadas, que foram instaladas para os Jogos Olímpicos, se adaptaram à inclinação natural do terreno. Essa inclinação funciona como “arquibancada natural” do parque.

Um dos principais desafios foi criar corredeiras rápidas, com inclinação ideal para o esporte. A grande questão é que, para obter corredeiras com essas características, seria necessário bombear água de uma altura aproximada de 10 m, o que oneraria excessivamente a operação.

Com o intuito de atender aos Jogos e também garantir o uso sustentável, o Vigliecca & Associados em conjunto com a Whitewater Parks fez uma análise minuciosa para viabilizar o bombeamento da água para a menor altura possível e ainda assim ter corredeiras de qualidade. A solução, já utilizada na Olimpíada de Londres 2012, foi aprimorada e refinada. Essa análise incluiu testes hidráulicos realizados na Universidade de Praga, referência em pesquisas na área, para avaliar o comportamento da água em corredeiras e em obstáculos móveis projetados. A análise foi feita por meio de modelos hidráulicos tridimensionais e uma maquete hidráulica de grandes dimensões, que levaram a um detalhamento profundo das superfícies e dos obstáculos.

Esses estudos também comprovaram que seria possível operar todo o sistema com menos água do que o previsto. Isso gerou economia de água e contribui para a redução da obra, como um todo.

Estádio Olímpico de Canoagem Slalom, Parque Olímpico de Deodoro, Rio de Janeiro, RJ, Escritório Vigliecca & Associados
Foto Renato Sette Camara

O Estádio Olímpico de Canoagem Slalom conta com dois canais: um de competição de 280m e um de treinamento de 210m. A profundidade varia de 1,80m a 2,40m. A estrutura dos canais de competição é em concreto pré-moldado, o que permite maior controle de qualidade sobre o acabamento do concreto. O lago/reservatório, com capacidade de 25.000 m³, a casa de bombas e as piscinas de largada são em concreto armado in loco. Os obstáculos foram fixados em trilhos concretados na laje de fundo dos canais.

O lago do Estádio Olímpico de Canoagem Slalom, utilizado para aquecimento dos atletas durante os Jogos, foi adaptado para ser utilizado como piscina pública. Sua utilização em legado foi antecipada – precedeu os Jogos Olímpicos – depois que jovens da região invadiram o local ainda em obras. Permaneceu aberta à população de dezembro de 2015 a março de 2016 e chegou a receber 27 mil pessoas em um único final de semana. Após a Rio-2016, foi reaberta no feriado de 7 de setembro, Dia da Independência.

O complexo de Canoagem Slalom está sendo parcialmente utilizado, pois serão necessárias intervenções para que seja aproveitado em sua plenitude. Os canais de competição e de treinamento, onde há bombas d´água que geram corredeiras, foram mantidos para treinamento e formação de novos atletas. A arquibancada da Rio-2016, com 8.000 assentos, foi desmontada, mas um talude, às margens do canal de competição, funciona como arquibancada natural.

Oferece uso recreativo à comunidade e esportivo aos atletas. Já foi utilizado concomitantemente pela população e por atletas durante os campeonatos Sul-Americanos e Pan-Americanos que aconteceram de 14 a 16 de outubro de 2016 no local. A disputa dos atletas ocorreu no canal de competição enquanto a população desfrutava da piscina pública e também podia acompanhar o campeonato de perto. Após o término das competições, o público pôde descer o canal de treinamento em botes de rafting, acompanhados por atletas, reafirmando o uso esportivo e social do equipamento.

ficha técnica

modalidade olímpica
Canoagem Slalom

capacidade de público
8.000

área construída
35.500 m²

2. Centro Olímpico de BMX

Centro Olímpico de BMX, Parque Olímpico de Deodoro, Rio de Janeiro, RJ, Escritório Vigliecca & Associados
Foto divulgação EBC

O objetivo foi criar a pista de BMX, uma instalação nova e permanente, mais atualizada e desafiadora da atualidade. O projeto foi elaborado pelo escritório de arquitetura Vigliecca & Associados com consultoria da empresa Elite Trax, a mesma que construiu a pista de BMX dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, quando o esporte estreou na Olimpíada, e a pista dos Jogos Pan Americanos de Toronto 2015.

A pista de BMX dos Jogos Rio 2016 foi projetada considerando a situação topográfica e os ventos predominantes, características que podem interferir na performance dos atletas, e confeccionada em saibro com asfalto de massa extremamente fina nas curvas. As ondulações foram colocadas com intervalos de 10 metros para dar opções de percurso ao atleta, como saltar de 10 metros em 10 metros com velocidade maior ou seguir o traçado sempre no solo, com velocidade menor. A pista oferece percursos de 350 metros [circuito feminino] e 400 metros [circuito masculino] e ocupa uma área de cerca de 4.000 m².

A rampa de largada, diferentemente de outras pistas de BMX pelo mundo, foi construída em caráter permanente com grande impacto visual, forrada de madeira e acabamentos como adesivos antiderrapantes.

Entre as pistas foi utilizada grama sintética em áreas íngremes, para evitar a erosão. Ao redor da instalação, em áreas de suporte, foi utilizada grama natural. O circuito conta com uma arquibancada temporária com 7.500 lugares nos Jogos Olímpicos. Em legado, a pista profissional de BMX é mantida, mas com uso restrito a atletas. Para atender ao público, foi criada uma pista para iniciantes.

ficha técnica

modalidade olímpica
BMX

capacidade de público
7.500

área construída
4.000 m²

3. Parque Olímpico de Mountain Bike

Parque Olímpico de Mountain Bike, Parque Olímpico de Deodoro, Rio de Janeiro, RJ, Escritório Vigliecca & Associados
Foto divulgação

Vigliecca & Associados realizou o projeto de infraestrutura do Parque Olímpico de Mountain Bike, uma instalação nova e permanente, que abrange conexões do local com outras áreas do Parque Olímpico de Deodoro, o fluxo de pessoas, a interação com a pista, a definição das áreas de overlay e back of house, o estudo das arquibancadas e o circuito inicial da pista (largada/chegada). A pista foi elaborada com consultoria do ex-ciclista sul-africano Nick Floros e do especialista em construção de pistas de Mountain Bike, Rogério Bernardes.

O circuito de Mountain Bike tem 4,9 km de extensão e está localizado em uma área de 19,2 mil m². Este circuito deve ser totalmente redesenhado após os jogos. A parte da pista que está em terreno de propriedade do Exército será desmontada; já a outra parcela, cedida pelo Exército à Prefeitura do Rio de Janeiro, será reconfigurada para se tornar um minicircuito de Mountain Bike.

ficha técnica

modalidade olímpica
Mountain Bike

capacidade de público
27.500

área de intervenção
450.000 m²

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197.01 Edifício para eventos
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