O texto relata o projeto elaborado por um pequeno grupo de arquitetos e estudantes de arquitetura que foi agraciado com uma menção honrosa, entre 126 projetos submetidos a um concurso de ideias promovido pela Switchcompetitions.
O Oslo Museum of Design fica de frente para o fiorde, como se estivesse atracado. Os dois volumes principais – o maior que ampara as funções do museu; e o menor que recebe as funções do centro de ensino e treinamento e do laboratório de design – têm como referência antigas tradições marítimas da Noruega: enormes barcos. Sua estrutura metálica lembra uma rede de pesca. Os edifícios flutuam sobre uma plataforma, abaixo da qual o restante do programa arquitetônico do complexo se desenvolve. Lá estão o estacionamento, um grande depósito, o hall de entrada e recepção, o hall para convenções e eventos, a biblioteca, o restaurante, a praça de alimentação e sanitários. O complexo é totalmente rodeado por natureza, com os edifícios se elevando acima das árvores. No lado de fora, há ainda um deck de verão, um espaço público com piscinas e outras diversões; na laje superior, por fora, há muito espaço para atividades culturais diversas. Acesso para esses espaços pode ser feito tanto por dentro do edifício, como por fora, pelos caminhos da mata.
O Oslo Museum of Design, não obstante seu complexo programa, é um espaço de leitura fácil, com espaços amplos e abertos e ambientes adaptáveis. O hall de entrada é por onde se dá o acesso para os edifícios principais (o museu e o centro de ensino) e onde outras estruturas de apoio estão localizadas (livraria, bilheteria etc.). A biblioteca, na forma de uma espiral, divide o hall de entrada do hall de convenções e eventos. Neste último, há espaços para salas de convenções, salas de apoio e sanitários em ambos os lados. O restaurante e a praça de alimentação estão localizados no final do hall, conectando o edifício à paisagem, ao deck externo e ao fiorde. O teto do hall de convenções e eventos tira vantagem de sua estrutura em forma de tabuleiro de xadrez, formando quadrados e deixando tudo a vista. Alguns quadrados serão cobertos, não com laje, mas com vidro, permitindo que a luz do terraço acima entre no hall.

Oslo Museum of Design, implantação, Oslo, Noruega, 2000. Arquitetos Anne Vital Brustolin, Lorena Petrovich Pereira de Carvalho, Márcio Moraes Valença, Nilberto Gomes de Souza e Yuri de Souza Duarte
Imagem divulgação/ Disclosure image [Switchcompetition]
A vida cultural de Oslo, o fiorde, a cobertura das árvores, as muitas funções do novo complexo e todo o espaço disponível dentro e fora para programações de entretenimento e diversão, ao longo de todo o ano, em suma, tudo isso irá contribuir para adicionar mais atratividade para esta parte da cidade de Oslo, situada na borda do centro mais dinâmico da cidade.

Oslo Museum of Design, planta térreo, Oslo, Noruega, 2000. Arquitetos Anne Vital Brustolin, Lorena Petrovich Pereira de Carvalho, Márcio Moraes Valença, Nilberto Gomes de Souza e Yuri de Souza Duarte
Imagem divulgação/ Disclosure image [Switchcompetition]
O Oslo Museum of Design é um dinâmico complexo de edifícios, que estabelece um diálogo harmonioso com seu contexto imediato, com a cidade de Oslo e com as tradições norueguesas. O volume maior, com alusão à forma de um grande barco, estabelece uma conexão entre o passado e o presente; o volume menor, que contém o centro de ensino e treinamento, estabelece uma conexão entre o presente e o futuro. Além disso, a forma arquitetônica contemporânea do complexo de edifícios oferece à cidade de Oslo mais um motivo para contemplação e diversão.
ficha técnica
projeto
Oslo Museum of Design
Menção honrosa no Oslo Museum of Design Competition
instituição promotora
Switchcompetition
jurados
Manuel Navarro Zornoza; Michael Neumann; Adrian Welch e Thor Olav Solhjor
ano
2020
arquitetura
Anne Vital Brustolin, Lorena Petrovich Pereira de Carvalho, Márcio Moraes Valença, Nilberto Gomes de Souza e Yuri de Souza Duarte (equipe de projeto); Janilson Torres (arte do banner); Jessé da Paz Góis (modelo parametrizado); Layse Mendes (renderização); Marcos Gonçalves de Oliveira (modelagem do corte do terreno)