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Seu corpo será velado na quinta, na Igreja do Centro Administrativo da Bahia, até as 12h e o velório será em Brasília no Salão Nobre da Câmara dos Deputados a partir das 18h. O sepultamento ocorrerá às 10h de sexta no cemitério Campo da Esperança.
Lelé será velado em Salvador na capela do Centro Administrativo da cidade, projetado por ele nos anos 1970.
Seu corpo, após ser velado em Salvador esta manhã, chegará ao Congresso entre 18h. O caixão será conduzido pela rampa do Congresso até o salão nobre da Câmara dos Deputados, onde Lelé será velado até às 6h de sexta, 23/05. Em seguida, o caixão será conduzido até a capela No. 1 do Cemitério Campo da Esperança, para as últimas despedidas a Lelé. O sepultamento ocorrerá às 10h na ala reservada aos pioneiros de Brasília.
O enterro ocorrerá em Brasília, onde chegara pela primeira vez em 1957. Teve inestimável importância para a fundação da capital, através da pesquisa e da aplicação de técnicas construtivas originais.
Sua obra está distribuída em todo território nacional. Alguns de nossos melhores exemplos de uma arquitetura inventiva e tecnicamente avançada são seus: a rede hospitalar Sara Kubitschek, os projetos junto ao Centro de Planejamento da Universidade de Brasília, o Centro Administrativo, a Prefeitura e o restauro do centro histórico da cidade de Salvador.
Extraordinariamente sensível às necessidades do usuário e investigativo de processos construtivos industriais e no canteiro de obras, o conjunto de sua obra recebeu diversas homenagens e prêmios, como a participação na Bienal de Veneza, em 2000, junto a Paulo Mendes da Rocha e na de 2014, a acontecer em dezembro; o prêmio da Bienal Ibero-Americana de Arquitetura e Engenharia, em 1998; o Grande Prêmio Latino-Americano de Arquitetura da 9ª Bienal Internacional de Arquitetura, em 2001; e o Prêmio Jabuti 2013 pelo livro "Arquitetura. Uma experiência na área da saúde". Lelé era o mais forte candidato brasileiro ao Prêmio Pritzker.
Leia alguns depoimentos
“Quando chegar sexta feira próxima no SARAH Rio, para fazer hidroterapia nessa linda piscina, vou pensar no grande Arquiteto que a projetou, João Filgueiras Lima, o nosso Lelé que hoje nos deixou. A enorme perda que representa sua morte para a arquitetura brasileira e mundial só é amenizada pelas centenas de obras que projetou. Nelas o espírito desse grande artista, construtor de obras primas, nunca vai deixar de existir.” [Luiz Carlos Toledo, Arquiteto]
"Com aguda tristeza, cumpro a obrigação de comunicar que neste dia 21 de maio de 2014, às 12h15 em Salvador-BA, faleceu o Arquiteto João da Gama Filgueiras Lima – o nosso Lelé.
Como aprendiz e amigo, estive ao seu lado em seus últimos dias de vida. Como presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil estarei presente, representando os colegas em seu funeral.
O corpo do Lelé será velado na Igreja do Centro Administrativo da Bahia. De lá, seguirá para Brasília, cidade que ajudou a construir, onde receberá as homenagens de seus amigos e admiradores na Capela do Cemitério de Brasília.
Perde – o Brasil – um mestre na arte de construir, um artista de admirável talento. Um Arquiteto pleno, com elevado entendimento ético de sua condição profissional. Um humanista." [Haroldo Pinheiro, Presidente do CAU/BR]
"João Filgueiras Lima, nosso querido Lelé, conjugou características incomuns na prática profissional, sintetizando em espaço artístico a responsabilidade técnica e social, a indissociabilidade entre concepção e construção, apontando para um futuro possível de autonomia, simplicidade e avanço tecnológico.
Preferia, quando jovem, as artes, as coisas “mais amenas”. A partir da habilidade e interesse pelo desenho, torna-se “por uma série de acasos” arquiteto. Outro acaso o traz à Brasília e o joga, inexperiente, num canteiro de obras isolado e inóspito, onde a sociabilidade e o companheirismo têm que ser inventados da noite para o dia.
Fruto de sua conhecida afabilidade e humildade usa a música, que servira de sustento anos antes, como acalento das noites solitárias e longe do Rio de Janeiro, e vai conquistando a todos com sua verve artística, mas principalmente pela competência, correção e afinco.
Não tarda em se tornar indispensável à construção de Brasília, à Universidade e aos diversos chamados para espaços de responsabilidade coletiva, como o Centro Administrativo da Bahia. Lembrava-se, com serenidade e espanto, do dia em que Juscelino Kubitschek aparece na obra de casas geminadas nas quadras 700, então sob sua responsabilidade, querendo “conhecer o arquiteto que está construindo uma casa de cima para baixo.” Devido ao mal tempo e ao prazo exíguo, ele primeiro havia coberto a obra com estrutura leve, que seria posteriormente incorporada às paredes geminadas.
E assim seguiu, das obras pré-moldadas da UnB até se tornar o grande mestre brasileiro da construção industrializada. Primeiro com as fábricas de argamassa armada em Salvador e Brasília, depois com o belíssimo trabalho do Centro de Tecnologia da Rede Sarah.
Os hospitais da Rede Sarah são faces do Brasil das quais nos orgulhamos. A beleza, a dignidade e o amplo aspecto de soluções integradas, a humanização dos espaços sem concessões ao luxo, torna-os por isso mesmo, objetos ímpares e um necessário estudo de caso para hospitais do mundo inteiro.
Deixa a profissão órfã, mas não de luto, pois aponta para um horizonte aberto cheio de possíveis caminhos a trilhar.
Envolveu-se pouco com o ensino acadêmico. Mas não importou muito, Lelé é uma Escola." [Thiago de Andrade, Presidente do IAB-DF]
Lelé no Vitruvius
EKERMAN, Sergio Kopinski. Um quebra-cabeça chamado Lelé. Arquitextos, São Paulo, ano 06, n. 064.03, Vitruvius, set. 2005 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.064/423>.
PAZ, Daniel. Lele´s update. A apropriação da arquitetura como tecnologia e algumas reflexões sobre o tema – parte 1. Arquitextos, São Paulo, ano 07, n. 074.07, Vitruvius, jul. 2006 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/07.074/341>.
PAZ, Daniel. Lele´s update. A apropriação da arquitetura como tecnologia e algumas reflexões sobre o tema – parte 2.. Arquitextos, São Paulo, ano 07, n. 076.04, Vitruvius, set. 2006 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/07.076/320>.
ELISA COSTA, Maria. Sérgio Bernardes e João Filgueiras Lima (Lelé). Drops, São Paulo, ano 10, n. 030.04, Vitruvius, jan. 2010 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/drops/10.030/2112>
MARQUES, André. BACS Ribeirão Preto. Obras do arquiteto João Filgueiras Lima, Lelé. Drops, São Paulo, ano 11, n. 037.02, Vitruvius, out. 2010 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/drops/11.037/3609>
bibliografia sobre Lelé
LELÉ, João Filgueiras Lima. Arquitetura – uma experiência na área de saúde. São Paulo, Romano Guerra, 2012.<http://www.vitruvius.com.br/pesquisa/bookshelf/book/1387>
RISSELADA , Max & LATORRACA, Giancarlo (orgs.). A Arquitetura de Lelé: fábrica e invenção. São Paulo, Museu da Casa Brasileira e Imprensa Oficial, 2012.
LATORRACA, Giancarlo. João Filgueiras Lima, Lelé. Série Arquitetos Brasileiros, São Paulo, Blau, Instituto Lina Bo e P.M. Bardi, 2000.<http://www.vitruvius.com.br/pesquisa/bookshelf/book/106>
MARQUES, André Felipe Rocha. A obra de João Filgueiras Lima, Lelé: projeto, técnica e racionalização. Dissertação de mestrado. Orientador Abilio Guerra. São Paulo, FAU Mackenzie, 2012.
PEIXOTO, Elane Ribeiro. Lelé – O arquiteto João da Gama Filgueiras Lima. Dissertação de mestrado. São Paulo, FAU USP, 1996.