Sergio Camargo
Sergio Camargo
Ronaldo Brito
Coleção Espaços da Arte Brasileira
Cosac Naify, São Paulo; 1ª edição, 2000
edition: português
paperback
128 p
23 x 28 x 1,1 cm
760 g
illustrated
B&W
photos
ISBN
978-85-750-3026-4
(escultura)
about the book
No final da década de 80, o crítico de arte Ronaldo Brito publica um importante ensaio sobre a obra do escultor Sérgio Camargo (1930-1990). Nele, Brito traçava o percurso da obra de Camargo, passando pelos relevos em madeira da década de 60, pelo mármore de carrara dos anos 80 e pelo negro belga, uma espécie de fóssil de cor negra, da década de 80. Este trabalho é agora reeditado no livro Sergio Camargo, um dos seis novos títulos da série Espaços da Arte Brasileira, da Cosac & Naify, com novas imagens, uma cronologia do artista e um prefácio de Rodrigo Naves, coordenador dessa série, no qual ele destaca a importância desse ensaio.
Segundo Naves, Brito percebeu, no final dos anos 80, que "chegara o momento de confrontar o experimentalismo contemporâneo – e, nesse ponto, a inclinação de Hélio Oiticica e Lygia Clark para experimentos mais sensoriais e psicológicos do que propriamente artísticos deve ter tido o seu peso – com trajetórias que, sem abandonar a radicalidade e inquietação, haviam constituído uma experiência que se afastava da diluição que uma certa retórica da unidade entre arte e vida insistia em defender".
Brito faz uma profunda análise da obra do escultor carioca, vinculando- à tradição moderna, a partir de seus primeiros trabalhos. Ele começa pelos bronzes pós-cubistas da década de 50, marcados pelas influências do francês Henri Laurens, do holandês Vantongerloo e do romeno Constantin Brancusi. Este último, segundo Brito, será uma referência constante na obra de Camargo. Depois, o crítico destaca as obras realizadas nas décadas de 60 – época em que o escultor participou de importantes exposições em museus e galerias da Europa e do Brasil –, 70 e 80, quando o método combinatório desenvolvido por Camargo chegam às misteriosas peças na pedra negro-belga.
Entre outras obras, Camargo realizou várias esculturas em logradouros públicos, como Homenagem a Brancusi, na Faculdade de Medicina de Bordeaux, Muro estrutural, para o auditório do Palácio Itamaraty, em Brasília e o muro de concreto para o Centro Empresarial Itaú, em São Paulo. Após sua morte, a obra de Sergio Camargo continua a ser apresentada em retrospectivas no Brasil e na Europa.
about the author
Ronaldo Brito
Professor no curso de especialização em História da Arte e Arquitetura no Brasil e do programa de pós-graduação em História Social da Cultura na PUC do Rio de Janeiro.