Machuca era um pueblito abandonado, que foi revigorado como apoio e parada obrigatória, no retorno de um dos Best Sellers do Atacama, a imperdível visita aos geisers.
A micro vila situada logo abaixo de uma antiga igreja, de 1890, chama a atenção pela sua existência quase invisível na paisagem desértica e pelas construções quase monocromáticas em pedra, adobe e palha.
Destacam-se no alto de todas as casas, convivendo com aquecedores solares, pequenas cruzes de madeira, recobertas por lãs e peles colorizadas de alpaca e lhama, para dar a sincrética proteção católica e ancestral ao local.
Uma população mínima, com cerca de 20 pessoas durante o dia, e apenas 3 residentes noturnos, resiste ao clima rigoroso do deserto, com altitude de 4000 metros, convivendo com levas diárias e intermináveis de turistas, para quem vendem churrasquinhos de lhama, empanadas, refrigerantes, artesanato e plantas medicinais altiplânicas (com nomes curiosos como copa copa e rica rica), coletadas no entorno.
sobre o autor
Michel Gorski é arquiteto e co-editor, com Abilio Guerra, de Arquiteturismo.