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architectourism ISSN 1982-9930

Skyline de São Paulo. Foto Abilio Guerra

abstracts

português
Visita de estudos à cidade goiana de Pirenópolis resultou no ensaio fotográfico e texto explicativo de Fabio Lima, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora.

english
Study visit to the Pirenópolis, city of Goiás, resulted in photographic essay and explanatory text by Fabio Lima, professor at the Federal University of Juiz de Fora.


how to quote

LIMA, Fabio Jose Martins de. Pirenópolis, Goiás, Brasil. Derivas pelas cidades. Arquiteturismo, São Paulo, ano 08, n. 088-089.01, Vitruvius, jul. 2014 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquiteturismo/08.088-089/5243>.


As origens desta localidade remontam ao ano de 1727, no processo de penetração para a exploração do território, particularmente na busca de novas jazidas de ouro, esta desencadeada pelos portugueses. Inicialmente, como ponto de parada de tropas e garimpeiros, o arraial conhecido como Minas de Nossa Senhora do Rosário de Meia Ponte se consolidou em torno da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, tendo sido deslocada a sua ocupação, posteriormente, com a construção das igrejas do Bonfim e do Carmo. O traçado delineado revela trama constituída por vias consolidadas em função de velhos caminhos que se cruzavam, entre os córregos Pratinha e Lava-pés, afluentes do rio das Almas. Do outro lado, na expansão posterior para os lados do Carmo, nas proximidades do córrego Vagafogo, o traçado ortogonal demonstra intenção mais racional para o controle da ocupação. Na segunda metade do século XVIII, a economia entra em crise com o esgotamento da exploração do ouro, tendo sido alterado este processo com os novos rumos proporcionados pelas atividades agrícolas, pecuárias e de comércio.

Itinerário para Pirenópolis pela BR 153, partindo de Anápolis
Foto Fabio Lima

Pirenópolis, cuja denominação foi adotada em 1890, está situada nas franjas dos Pirineus, cuja origem do nome remonta ao promontório localizado entre a França e a Espanha. A cidade se encontra em uma posição muito privilegiada, próxima de grandes centros, como Goiânia, a Capital do Estado de Goiás, que dista 120 quilômetros, Anápolis, a 56 quilômetros, e Brasília, a Capital Federal, a 150 quilômetros. A cidade é protegida por tombamento, no âmbito federal desde 1988, e tem a economia assentada, na atualidade, na agropecuária, na exploração de pedras do tipo quartzito, no comércio e no turismo. O centro histórico é repleto de lojas de artesanato diversificado, incluindo também inúmeros bares e restaurantes, com culinária para todos os gostos, desde o regional até o internacional, além de hotelaria composta por pousadas e hotéis, que oferecem serviços de muita qualidade. Outra opção para hospedagem são os campings distribuídos pela região.

Iluminação pública
Fabio Lima

A cidade se encontra em um vale por onde serpenteia o rio das Almas tendo, no seu entorno, morros com vegetação que fazem o fundo para o cenário enraizado no passado colonial. O Parque Estadual dos Pireneus, localizado a 20 quilômetros do centro urbano, e a Reserva Ecológica Vargem Grande, a 11 quilômetros, apresentam natureza exuberante e inúmeras cascatas e cachoeiras que se distribuem pela região. As pessoas em Pirenópolis demonstram muita hospitalidade e curiosidade, com relação aos visitantes, cuja origem e profissão são motivos de interrogação. A Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis, que ocorre no mês de Maio, durante as Cavalhadas, é um dos principais eventos, que aliada a outros, ao longo do ano, movimentam a cidade. Vale mencionar que o excesso de veículos e motocicletas, com motoristas um pouco agressivos, constitui um grande incômodo.

Vista noturna da ponte em estrutura de madeira de acesso ao Carmo, sobre o rio das Almas
Foto Fabio Lima

O centro histórico é bem delimitado, com pavimentação em pedra composta em filetes maciços de granito e capistranas em quartzito. O conjunto urbano apresenta composição, na qual se revelam os vários tempos da ocupação, desde o colonial de matriz portuguesa, com destaque para a monumentalidade de alguns edifícios, como o da Igreja Matriz e outros com fins religiosos e institucionais. Além destas tipologias originais, outros tempos se somam, como exemplares ecléticos e o Art Deco, que tem no cinema Pirineus um exemplo marcante. A modernidade inserida com a mudança da Capital Federal, Brasília, também pode ser percebida em trechos específicos lado-a-lado com as tipologias mencionadas anteriormente. Para além do centro protegido, a cidade expandiu os seus horizontes, mantendo, no entanto, a mesma escala do conjunto, com inserções que revelam a complexidade das opções tipológicas nos dias de hoje, sem o apelo estético e o rigor tecnológico, que marcaram a sua urbanística nos séculos XVIII e XIX. Nesta expansão mencionada, se colocam inúmeros problemas de infra-estrutura urbana, bem como a falta de regulamentações de uso e ocupação do solo e a necessidade da definição de diretrizes para o desenvolvimento urbano qualificado. Neste sentido, Pirenópolis deve ser pensada na sua globalidade, com os vários “layers”, que compõem a sua historia, protegidos, estes revelados por meio de fotografias em cartões postais, que trazemos, nas lembranças que guardamos desta parte do “chão goiano”. O ensaio aqui retratado, cuja visita foi guiada pelo Professor Wilton Medeiros da UEG, se insere nas “Jornadas de Planejamento e Patrimônio Cultural”, vinculadas ao Núcleo Urbanismo.mg/UFJF, que coordenamos, com o apoio da FAPEMIG, CNPQ e CAPES.

sobre o autor

Fabio Jose Martins de Lima nasceu em Belo Horizonte, em 2 de setembro de 1961 e fotografa desde 1983. Professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora, a partir de 1999 é graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (1989) com Mestrado em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (1994) e Doutorado em Estruturas Ambientais Urbanas pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (2003). Entre os anos de 2011 e 2012, desenvolveu com aproveitamento Estágio Pós-Doutoral no IUAV Università di Venezia, com o apoio da CAPES, sob a orientação dos Professores Donatella Calabi e Guido Zucconi. Em Juiz de Fora coordena o Núcleo de Pesquisa e Extensão Urbanismo.MG/UFJF que desenvolve atividades de pesquisa e extensão com o apoio da CAPES, CNPQ, FAPEMIG, Ministério das Cidades e Ministério da Cultura.

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088.01 ensaio fotográfico
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