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architectourism ISSN 1982-9930

Rio Caraíva. Foto Victor Hugo Mori

abstracts

português
Este texto relata a viagem de dois arquitetos à Itália através de detalhes dos locais visitados, sejam eles da arquitetura, das texturas, dos materiais ou da natureza.

english
This text describes the journey of two architects to Italy through details of sites visited, whether architecture, textures, materials or nature.

español
Este artículo describe el viaje de dos arquitectos a Italia a través de los detalles de los sitios visitados, ya sea arquitectura, texturas, materiales o naturaleza.


how to quote

NERES, Carmem Maria Oliveira Procópio; NERES, Rodrigo Morganti. Itália. As texturas de uma viagem. Arquiteturismo, São Paulo, ano 09, n. 099.01, Vitruvius, jun. 2015 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquiteturismo/09.099/5599>.


A viagem relatada a seguir foi a primeira de dois arquitetos à Europa, mais especificamente para a Itália. Um passeio de 22 dias regado à massa e vinho com pausas para apreciar a bela arquitetura da península. Rodamos aproximadamente 2.000 quilômetros entre viagens de trem e de carro, visitamos 24 cidades com características bastante distintas entre o norte e o centro do país: grandes metrópoles, capitais da arte, charmosas cidades pequenas, vilarejos incrustrados nas montanhas, cidadelas medievais e belos balneários com praias de águas transparente.

O roteiro teve início em Milão, continuamos pela província de Veneto, nas cidades de Verona, Vicenza e Veneza, e seguimos para Bolonha. Partimos então para a Toscana, onde visitamos Florença, Pisa, Lucca, Siena, San Gimigniano, Montepulciano e Cortona, incluímos durante esses dias uma viagem até a região da Liguria para conhecer La Spezia e as pitorescas Cinqueterre. Após uma breve estadia em Assis, rumamos à Campania, mais especificamente para Sorrento, para passear nas belas paisagens naturais de Capri e Costa Amalfitana. A viagem teve fim em Roma, a cidade eterna, uma miscelânea de mais de 2.000 anos de referências históricas.

Para eternizar essa viagem escolhemos, ou pelo menos tentamos, retratar a viagem através de detalhes arquitetônicos das cidades visitadas, ao invés das tradicionais fotos de paisagens e dos monumentos históricos valorizando o belo céu de primavera do hemisfério norte ou então das selfies tiradas com os celulares.

O objetivo dessas fotos é sair do lugar comum no registro de uma viagem com tamanho conteúdo de arquitetura e que irá eternizar em nossas vidas as referências visitadas. A memória em nossas cabeças será da obra completa, das suas cores, do seu cheiro, do seu espaço interior, da luz do sol refletindo nas fachadas e das sombras geradas, ao passo que o registro fotográfico será do pormenor, para nos avisar de que, se por um acaso a memória se for, a foto estará sempre ali para nos lembrar daquele momento. Só que será uma lembrança gradual, que vem aos poucos, a partir da essência do material utilizado e da textura da obra.

Se Deus está nos detalhes, como eternizou Mies van der Rohe, a Itália está repleta deles. As texturas das paredes, as tramas dos pisos, a vivacidade da grama, as cores dos materiais e a qualidade dos ornamentos representados nas fotos dão indícios inclusive da data de construção da obra e do movimento artístico a qual pertence.

As pedras características dos castelos, muralhas e fortalezas da idade média. O tijolo sem revestimento que nos remete à arquitetura românica e por vezes faz referência também ao exterior das belas igrejas renascentistas. Além dos frisos e ornamentos do gótico e do mármore reluzente do barroco.

Se as características das cidades eram bastante distintas, a carga histórica é algo em comum entre todos os locais que visitamos. A sensação de estar em uma época passada foi frequente, especialmente nas cidadelas medievais que parecem resistir teimosamente à passagem do tempo. O caminhar entre as ruínas do antigo Fórum Romano também causa uma sensação única de estar em duas épocas ao mesmo tempo. Em alguns casos as fotos registram a ação do tempo e do homem no decorrer da história, destacando o contato entre adições posteriores que podem passar em branco e vistas inusitadas das ruínas preservadas.

Em meio às obras arquitetônicas rodeadas de turistas de diversas partes do mundo se amontoando pela melhor foto com seus “paus-de-selfie” a tarefa de registrar o momento foi uma experiência de imersão e se tornou ainda mais divertida do que parecia quando planejamos enxergar os monumentos a partir deste ponto de vista, pois os registros dos detalhes também favoreceram um olhar mais intimista e pessoal em plena multidão de estrangeiros da alta temporada europeia.

sobre os autores

Carmem Maria Oliveira Procópio Neres é arquiteta urbanista (2009) pela FCT/UESP Campus de Presidente Prudente, com especialização em Arquitetura pelo Instituto Presbiteriano Mackenzie. Atualmente é arquiteta no escritório FGMF arquitetos e professora da UNIP – Universidade Paulista.

Rodrigo Morganti Neres é arquiteto e urbanista (2009) pela FCT/ UNESP Campus de Presidente Prudente, com especialização em Arquitetura pelo Instituto Presbiteriano Mackenzie. Atualmente é arquiteto na CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos e professor da UNIP – Universidade Paulista.

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