A Associação Comunitária Monte Azul tem sua sede próxima a estação de metrô Giovani Gronchi. Nasceu de uma iniciativa pedagógica fundamentada na Antroposofia pela Professora Ute Craemer.
Na busca em ter um espaço verde para as crianças se vitalizarem a associação adquiriu há 37 anos atrás uma chácara na periferia da Zona Sul da cidade de São Paulo, no Bairro Horizonte Azul (1). Este espaço recebeu o nome de Núcleo Horizonte Azul. Com o passar dos anos mais e mais moradores chegaram a esta região: pessoas simples que trabalhavam na cidade, saindo cedo de suas casas e voltando tarde da noite. Eram, na maioria, moradias de pessoas que estavam chegando de vários estados e do interior paulista para trabalhar nas fábricas que se instalaram em Santo Amaro (2).
O bairro perdia seu tom esverdeado recebendo um colorido de almas humanas. Moradias de tijolos sem revestimento e tapumes eram construídas, a paisagem se transformava, e uma nova comunidade ali se formava. Estas moradias simples e compactas acolhiam, muitas vezes em um único terreno, crianças, tios, pais, avós, comadres e compadres que chegavam da zona rural em busca dos anseios e promessas de uma melhor qualidade de vida passados pela imagem dos grandes centros urbanos.
Devido a este crescimento houve a necessidade da implementação de infraestrutura, como creches, escolas, postos de saúde, linhas de ônibus, entre outros. O crescimento desta região também resultou nas problemáticas de segurança e saneamento básico comumente encontradas nas áreas periféricas das cidades, sendo o distrito no qual está inserido, o Jardim Ângela, considerado em 1996 pela Organização das Nações Unidas, o bairro mais violento do mundo (3). Hoje os bairros Horizonte Azul e Vera Cruz juntos tem cerca de 38 mil famílias.
Durante a pandemia Covid-19, vídeo do anoitecer no bairro Horizonte Azul / Vídeo Patrícia dos Santos Melo
Em 2010 a Associação Comunitária Monte Azul inicia o projeto da Escola de Resiliência (4), e com alegria, fui selecionada para ser a primeira professora a assumir as atividades letivas desta iniciativa, que se concretizou como uma das primeiras escolas periféricas de cunho social da pedagogia Waldorf. Em 2011, outra grande conquista, a Escola de Resiliência é reconhecida e oficializada pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.
Antes da pandemia Covid-19, vídeo da chegada das crianças da Escola de Resiliência na horta / Vídeo Benjamin Santana de Oliveira
As diversas atividades educacionais e culturais desenvolvidas nesse Núcleo transformaram o Horizonte Azul em um Bairro Educador. Hoje, este núcleo recebe crianças, jovens, adultos, senhores e senhoras nos seus programas de atendimento à comunidade. Sendo eles:
- Creches: para crianças pequenas até 4 anos – 200 crianças;
- Jardins: para crianças pequenas até 6 anos – 45 crianças;
- Escola de Resiliência Horizonte Azul com o Ensino Fundamental I – 125 crianças;
- Centro da Criança e Adolescente – CCA: Complementação Escolar para crianças que frequentam o Ensino Fundamental em outras escolas e são acolhidas no “contra turno” – 210 crianças;
- Centro de Desenvolvimentos Social e Produtivo – Cedesp: para jovens, adultos, senhores e senhoras com menos de 59 anos com cursos profissionalizantes em marcenaria, informática e auxiliar administrativo – 140 pessoas.
Na soma destes stakeholders, circulam pelo espaço em média 740 educandos por dia, além dos colaboradores (funcionários), voluntários e visitantes.
Antes da pandemia Covid-19, vídeo feito durante a visita das crianças da Escola de Resiliência à horta / Vídeo Benjamin Santana de Oliveira
lém de ser um oásis verde do atual bairro o Núcleo Horizonte Azul possui duas áreas agrícolas somando 3 hectares. A primeira, a horta biodinâmica, foi fundada com objetivo de suprir as necessidades alimentares de hortaliças e frutas em nível local, daqueles que por ali se encontravam. A biodinâmica, como é chamado seu princípio de manejo, é uma agricultura orgânica ecologicamente consciente da harmonia entre a terra, as plantas, os animais, o homem e o cosmo. Leva em consideração os quatro elementos da natureza terra, água, fogo e ar; e, as influências planetárias e estelares sobre o nosso Planeta (5). Aqui gostaria de observar que todas as crianças envolvidas nos projetos acima, durante atividades letivas, têm suas refeições produzidas com estes produtos. A segunda atividade agrícola é da horta educativa, que trabalha com as vivências de processos, permacultura (6) e agrofloresta (7). É um projeto 100% social onde o que é produzido é distribuído para comunidade, e está inserido dentro das atividades de ensino da Escola de Resiliência.
Começaremos narrando as experiencias da primeira iniciativa, da horta biodinâmica. Em uma conversa com o agricultor responsável pela Horta Biodinâmica, o Sr. Benjamin, que é parceiro do Monte Azul, ele nos conta como a produção funciona, ou ao menos funcionava antes e durante a pandemia:
“Aqui a terra é arrendada da Associação Comunitária Monte Azul, sendo que a mesma Associação assume a compra de minhas verduras alimentando os colaboradores e educandos [...] desta maneira tenho um escoamento fixo dos alimentos criando uma maior estabilidade na minha humilde vida de agricultor. Também posso vender para fora, para os moradores do bairro ou até para outros bairros”.
Antes da pandemia, toda segunda-feira o Sr. Benjamin levava as verduras para as cozinhas das creches, do CCA e do Cedesp. A Escola de Resiliência a incentivo do segundo projeto aqui a ser apresentado – da Horta Educativa, desde o ano passado, busca as verduras na horta do Sr. Benjamin. Ele gosta de ver as crianças chegando:
“Elas vêm com os educadores. Em média, quatro crianças com cada educador. Elas vão revezando, não sendo sempre as mesmas. Elas são muito curiosas e tem muita vontade de ajudar. Nós as ensinamos como colher a alface, a cenoura, os brócolis, a cebolinha, dependendo o que a terra oferece durante as diferentes estações do ano. Colhem em média 10 itens. Na segunda-feira minha horta está sempre muito alegre e movimentada. Desde as crianças do jardim, pequenas que só até os maiorzinhos de onze anos. Um tal de entrar e sair com brincadeiras, momentos de atenção e cuidado e a despedida. Até a próxima semana!”
Além da escola o projeto do Sr. Benjamin está vinculado a um movimento internacional de Comunidade que Sustenta a Agricultura (Community Supported Agriculture) denominada CSA, que apresenta uma prática de sucesso para um desenvolvimento agrário sustentável e o escoamento de produtos orgânicos de uma forma direta ao consumidor, criando uma relação próxima entre quem produz e quem consome os produtos. Colaboradores que apoiam esta causa contribuem com uma cota mensal, recebendo em contrapartida uma cesta de verduras, raízes e frutas por semana contendo sete itens. Desta forma, o produtor tem menor pressão do mercado, pode se dedicar de forma livre à sua produção. E os consumidores recebem produtos de qualidade, sabendo quem os produz e aonde são produzidos (8). Para Seu Benjamin, são colaboradores que confiam na qualidade do alimento que ele produz, e confiam a ele uma estabilidade financeira:
“Estamos juntos nas alegrias dos momentos de fartura e nas tristezas dos momentos de escassez”.
Mas isto foi em 2019. Chegamos a este momento de crise, de escassez. Este ano a partir de março tudo mudou: veio a pandemia, a Covid-19. Muitas portas e janelas se fecharam. Das salas de aula, das cozinhas. As crianças, os colaboradores, os voluntários e as visitas foram para suas casas e ainda não voltaram.
O Sr. Benjamin conta como a partir de abril deste ano o CSA e a Associação Comunitária Monte Azul contribuíram com a mobilização para venda de 151 cestas. Neste tempo de pandemia o Sr. Benjamin ainda entregou cestas para a comunidade:
“Foi bom pois me senti feliz em ter feito estas cestas para doar para as famílias necessitadas e por outro lado agradeço os doadores que colaboraram pagando estas cestas”.
A pergunta foi como estes colaboradores souberam da Horta Biodinâmica, e o Sr. Benjamin explica que através de um movimento que surgiu da iniciativa da nutricionista do Núcleo Horizonte Azul, a Gabriela, para gerar renda a ele e manter a Horta Ativa. Pessoas que acreditavam na proposta, contribuintes, depositaram o valor de quatro cestas para o projeto da Horta Biodinâmica. Uma lista de famílias da comunidade escolar que precisam de ajuda foi feita pela associação, e assim as cestas foram doadas a estas famílias.
O Sr. Benjamin termina a entrevista contando que continua com sua produção diante da pandemia, e espera a escola voltar com as atividades:
“Hoje eu continuo plantando. Não parei. Tenho salada para 150 cestas. Tem abacate, chuchu, alho porro, couve, brócolis, cenoura, beterraba, banana, repolho e muito mais. Sempre penso que a escola vai voltar amanhã então deixo minha horta cultivada esperando as crianças. Para mim, é um sonho ver as crianças da região terem uma alimentação saudável!”
Para os interessados nos produtos da Horta Biodinâmica do Sr. Benjamin, ele atende através:
- pacote de longo prazo através do Comunidade que Sustenta o Agricultor – CSA. Então, você colabora com estes pequenos agricultores impulsionando-o por um determinado período.
- vivência na Horta Biodinâmica onde você pode retirar seu produto da terra e escolher o que irá compor a sua cesta, para esta você precisa ir até a comunidade Horizonte Azul no Jardim Ângela.
- cesta, disponível toda quinta feira no ponto de entrega próximo ao terminal João Dias (9).
A segunda iniciativa que viemos aqui apresentar é a da Horta Educativa, embasada nos princípios pedagógicos desenvolvidos desde o nascimento da Associação Comunitária Monte Azul, que teve o plantio de uma semente como marco desta jornada, esta foi colocada na terra e foi cuidada. Talvez este tenha sido o grande segredo: saber cuidar, vivenciar e acreditar.
No tempo que a associação foi criada não havia quem limpasse as salas, as crianças vivenciavam todos os processos de manutenção e preparação do espaço com os educadores. Para além, todos os lençóis, toalhas e panos de prato eram lavados nos finais de semana pelos familiares da comunidade escolar. Todas as salas tinham uma copa pois não havia refeitório, nem cozinha comunitária. Cada educador preparava o lanche da manhã, o almoço e o lanche da tarde junto com as crianças.
Então, em 2010, quando a Escola de Resiliência nasceu no núcleo Horizonte Azul, esta experiência de envolvimento dos alunos nas diferentes atividades logo foi incluída na rotina do aprendizado infantil. A escola recebeu um orientador, o Professor Peter Guttenhoefer que insistia: “As crianças de hoje têm precisão em vivenciar os processos da vida” (10). Os processos na alimentação, desde a colheita até o momento da comunhão do alimento nas refeições. Os processos na vestimenta, desde a colheita do algodão, no nosso caso, até a confecção do fio e a manufatura das roupas, e também, ajudar na manutenção do espaço. Algo que acontecia dentro de nosso espaço, mas de maneira menos consciente.
E assim foi acordado. Processos de vivências atribuídos para as crianças e aplicados de acordo a sua faixa etária. No início, nas primeiras salas do ensino fundamental, as crianças vivenciavam o processo do cozinhar e manter a sala de aula limpa com muita naturalidade, pois seguiam o fluxo do que já haviam vivenciado no Ensino Infantil, nas creches da Associação. Contanto, esta proposta ainda deixava a desejar se equiparada com a proposta do nosso orientador, pois a comida era ali preparada, mas as vivências de plantio e colheita deste alimento estavam a desejar uma vez que os alimentos eram comprados no Ceasa da cidade de São Paulo.
Então, demos conta que cada sala de aula tinha em seu entorno um bom pedaço de terra. Estes espaços foram transformados em canteiros, e começaram a ser valorizados, plantados e cuidados. Surgiram os primeiros compostos. E o entorno começou a germinar. Esta iniciativa deu muito certo, mas mais uma vez tivemos uma mudança. A escola recebeu uma área de 1 hectare para aprender e compreender com ela. Um grande presente para os professores, para as crianças, para o bairro. Desde 2012, os portões deste local que hoje é a Horta Educativa da escola estiveram abertos para comunidade, para quem quisesse entrar e para quem quisesse sair. Este espaço foi olhado com carinho aproximando-se das práticas da permacultura, agrofloresta e bioconstrução, que então foram incluídas no projeto, pelos colaboradores envolvidos.
Embasados em nosso orientador, Peter Guttenhoefer (11), começamos a vivenciar os processos com um novo olhar, de modo a tratar o conhecimento popular da comunidade local e criar um vínculo com sua memória e identidade originária, predominantemente do interior do pais, do norte e nordeste. Inserimos o processo de plantio e preparo de derivados da mandioca, do café, do urucum, do algodão, da cana de açúcar. E por que não acrescentar no cardápio as plantas Plantas Alimentícias Não Convencionais – PANCs (12) tão manipuladas pelos povos tradicionais de nosso pais? Tudo isso começou a ser considerado.
E o rio poluído, começamos a pesquisar os motivos pelo qual aquele processo de fluidez havia se estagnado. Mas, processo tem fim? Porque não tentar fazer ele correr novamente? Hoje o rio está correndo limpo, com pequenos desafios ainda a vencer.
Neste modesto impulso nosso projeto foi crescendo e criando asas, como a dos pássaros que hoje aqui voam e cantam neste nosso céu em meio à comunidade: A saracura, o sanhaço, o bico de lata, a alma de gato, o anum, o pica-pau, o tucano e mais tantos. Outros animais nos rodeiam: o sapo, o mico, o saruê, o preá, o tié e a cobra. As abelhas são de nove espécies diferentes. Como surgiram? Não plantamos nada de especial para cada um deles, mas na diversidade vegetal eles encontraram o que buscavam. O nosso espaço verde se tornou o berço dos animais da região. Quanto mais olhávamos para estes fenômenos mais eles olhavam para nós. E não só olhavam, mas também sorriam, porque a horta se tornou um respiro verde em meio a construção de concreto da comunidade.
As crianças da região sorriam juntas, há muita satisfação em pegar os animais que aqui moram: um pintinho, um gato, um sapo, um gafanhoto. E as plantas? as crianças vem as tratando como companheiras. Elas vêem como diferentes espécies através do plantio em agrofloresta vivem juntas e misturadas, aprendendo com a natureza, como os povos indígenas de nosso país que assim fazem a gestão do seu território. Desta maneira conseguimos envolver a comunidade local em nosso projeto e minimizar os impactos ambientais, como o solo exposto ao sol do verão, o clima seco do inverso devido à estiagem, e evitar o estrago que poderia ser causado pelas enxurradas. Podemos dizer que a terra sorriu, seus recursos foram florescendo, inclusive fontes de água surgiram.
No que se refere a tratativa das águas, além da revitalização dos recursos naturais desenvolvemos um sistema de captação de água da chuva de 30 mil litros, implantamos um filtro de bananeiras para as águas cinzas, e uma fossa de bananeira para o banheiro do Jardim de infância.
Contanto, muita coisa mudou a partir de março, a pandemia do Corona vírus bateu forte em nossa porta gerando uma crise não só de saúde pública, mas de desemprego e aumento da pobreza e desigualdade social. Em junho de 2020 o Jardim Ângela liderava com o maior número de hospitalizados por síndrome respiratória na cidade de São Paulo (13), sendo o número de mortos pela doença nesta região 5 vezes maior do que outros bairros, como Alto de Pinheiros (14).
Ao meu ver foram fatores influenciadores para a disseminação do vírus no nosso distrito a composição espacial do Jardim Ângela, pelas muitas comunidades periféricas e suas pequenas e sobrepostas moradas familiares, muitas vezes sem iluminação e ventilação natural adequadas e, que abrigam uma população que faz uso predominante do transporte público, em soma as políticas pouco eficientes do município e estado de São Paulo para contenção da disseminação deste vírus. Aqui sim, a crise do Covid-19 refletiu diretamente nas áreas da saúde e economia, acentuando desigualdades sociais em nosso pais (15). Vale lembrar que o estado de São Paulo está no topo das estatísticas de disseminação do vírus no país com 558.685 casos confirmados e 23.317 mortes decorrentes a doença, conforme os dados de 3 de agosto de 2020 (16).
O nosso portão que vivia aberto para todos que se sentissem chamados para entrar foi fechado e chaveado. Os atendimentos a comunidade que buscavam alimentos e chás medicinais (das tradições populares) se tornaram mais distantes, através do portão de ferro, com uso de máscaras.
Muitos chás foram distribuídos para a comunidade, eles eram mais do que simples chás considerados medicinais pela cultura popular, eles se transformaram em esperança acima de tudo que ameaçava o homem naquele momento. In loco as iniciativas de combate às consequências da pandemia pareciam escassas. Neste momento, os produtos da época foram colhidos, cestas com muitos abacates foram distribuídas, complementando as cestas com verduras que estavam sendo partilhadas pelo projeto associado, da Horta Biodinâmica, acima citado.
De repente algo mudou: pontes sociais começaram a ser construídas. Homens do lado de lá deste bairro, que não conheciam o lado de cá, estavam a contribuir. Primeiro um restaurante de Moema entrou em contato oferecendo ajuda, foram nos oferecidas marmitas todas as terças e quintas-feiras para os desamparados do lado de cá. Novos colaboradores começaram a surgir, e assim sem ninguém esperar surgiu um fluxo de cooperação.
Junto à comunidade Recicla Vera Cruz e voluntários do bairro a Horta Educativa de portões fechados se viu diante a um novo cenário, de novas necessidades: já que a comunidade não poderia mais adentrar nosso território decidimos por nós, bem equipados, adentrarmos o território da comunidade, de família em família, para ajudar aqueles que agora tinham novas necessidades, e enfrentavam desafios diversos. Homens e mulheres com fome, sem trabalho, mas que continuavam sorrindo em frente a suas crianças. Neste momento, cestas básicas atravessavam a ponte e chegavam a nossa comunidade, neste momento, o projeto da Horta Educativa tomou esta forma de ponte, recebendo as doações, adentrando a comunidade e distribuindo-as. A rede de colaboradores cresceu. Aqui chegaram cobertores, meias e gorros para aquecer as pessoas no inverno. De onde vieram estas doações? Acreditem, do Japão! De lá também chegaram máscaras costuradas para nós brasileiros. Foram muitas ações criativas criadoras de laços, vínculos com aqueles que estiveram se preocupando com o lado de cá.
O projeto da Horta Educativa permitiu se adequar à pandemia, em vez de abrir suas portas abriu-se para fora do seu cotidiano. As vivências continuaram criando processos. Processos que fluíam devido às mudanças impostas pela crise. Mais uma vez, cuidamos, vivenciamos e acreditamos.
Aqui os portões ainda estão fechados.
Será que, quando abrirem novamente, terão um novo sentido?
Quanto ainda a ser compreendido!
notas
NA – Este trabalho está relacionado a atividade profissional da autora junto a Associação Comunitária Monte Azul. Agradecimento a colaboração na escrita deste artigo a Ana Carolina Brugnera, Diretora Científica do Instituto Pequi do Cerrado e Arquiteta, Doutoranda pela RWTH Aachen e FAU Mackenzie.
1
Associação Comunitária Monte Azul, Histórico <www.monteazul.org>.
2
Prefeitura de São Paulo. Subprefeitura de M’Boi Mirim, Histórico <https://bit.ly/3m03yAy>.
3
RDH (1996), Relatório do Desenvolvimento Humano: Crescimento económico para propriar el desarrollo humano? PNUD/ONU.
4
Associação Comunitária Monte Azul, Histórico <www.monteazul.org>.
5
STEINER, Rudolf. Fundamentos da Agricultura Biodinâmica. 8 palestras dadas em Korberwitz, 7-16/6/1924, GA (Gesamtausgabe, catálogo geral) 327. Tradução Gerard Bannwart. São Paulo, Editora Antroposófica, 1993.
6
MOLLISON, Bill. Introduction to permaculture. Tasmânia, Tagari, 1991.
7
WOJTKOWSKI, Paul Anthony. Agroecological Perspectives in Agronomy, Forestry, and Agroforestry. Enfield, Science Publishers, 2002.
8
Comunidade que Sustenta a Agricultura <www.csabrasil.org/csa>.
9
Para mais informações, contatar o Seu Benjamin via WhatsApp: +55 11 99872.3975
10
GUTTENNHOFER, Peter; HARTKMEYER, Tobias; SCHULZE, Manfred (Org). Das pflügende Klassenzimmer: Handlungspädagogik und Gemeinschaftsgetragene Landwirtschaft. Munique, DBUUmweltkommunikation, 2014.
11
Idem, ibidem.
12
KINUPP, Valdely F.; LORENZI, Harri. Plantas alimentícias não convencionais (PANC) no Brasil: guia de identificação, aspectos nutricionais e receitas ilustradas. São Paulo, Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2014.
13
Jardim Ângela lidera com mais hospitalizados por síndrome respiratória na cidade de SP; Grajaú tem mais casos de Covid-19 <https://glo.bo/345gj74>.
14
Bairros de SP com maioria da população negra apresentam mais mortes por Covid-19, aponta pesquisa <https://glo.bo/3k8NvAf>.
15
Como o novo coronavírus acentua as desigualdades no Brasil <https://bit.ly/35bkGfV>.
16
SP contra o novo coronavirus <https://bit.ly/3kcbSg8>.
sobre a autora
Carmen Margaret Brugnera é Engenheira Agrônoma e Pedagoga, especialista na Pedagogia Waldorf. Professora da Escola de Resiliência Horizonte Azul e colaboradora no projeto Horta Educativa da Associação Comunitária Monte Azul. É agente social e residente da comunidade Horizonte Azul, localizada na Zona Sul de São Paulo no bairro Jardim Ângela.