A Fazenda Colubandê, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, saqueada representa o desprezo pela nossa História e deixa a Cultura do estado do Rio de Janeiro mais pobre!
Os resultados negativos do abandono e do descaso pelos nossos bens culturais ocorrem desde muito. Atentados constantes contra a Cultura e o Patrimônio não encontram respostas efetivas dos nossos governantes. Tampouco os saques ao patrimônio cultural representam motivo para protestos no Brasil!
O que acontece com a Fazenda Colubandê se repete nos incontáveis imóveis históricos tombados. Desculpas vazias, do tipo "o tombamento foi feito pelo governo federal, impossibilidade de fiscalizar, e desinteresse da juventude pela história" são argumentos que aumentam o problema e não indicam a solução.
No Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia, a grande quantidade de riquezas culturais tem alcance e visibilidade nacional. Essa condição exige os cuidados das três esferas de governo. A ação integrada seria a mais indicada, com o apoio aos artistas locais e intercâmbios com outras cidades.
O Instituto de Arquitetos do Brasil – IAB-RJ, compreende que o uso e a conservação dos imóveis tombados devem ser as prioridades das instituições de Cultura e Educação. Acredita que as atividades artísticas realizadas em imóveis tombados educam e reforçam as ações participativas, pois esses são os melhores espaços públicos para as trocas de experiências e transmissão de conhecimentos.
Portanto, defende a manutenção desses espaços para o convívio e implementação de programas culturais voltados para os jovens e crianças, grupos dos mais ativos da sociedade urbana. Carentes de lugares para lazer e entretenimento, necessitam de praças e parques, mas também de museus e centros culturais.
O IAB-RJ afirma: Somos todos Fazenda Colubandê!
sobre a autora
Cêça Guimaraens é vice-presidente de Relações Socioculturais do Departamento do Rio de Janeiro do Instituto de Arquitetos do Brasil – IAB-RJ.