Manuel de Oliveira
Manuel Cândido Pinto de Oliveira (Porto, 12 de dezembro de 1908) ainda jovem participou da Escola de Atores de Cinema, de Rino Lupo. Em 1931 estréia com o filme mudo Douro, faina fluvial no V Congresso Internacional da Crítica, despertando reações polêmicas, tanto negativas como positivas, que o acompanha por toda sua carreira. Seu primeiro longa-metragem, Aniki-Bóbó, é de dois anos depois. Obtém consagração internacional décadas depois, com as homenagens no Festival de Locarno (Itália, 1964) e Cinemateca de Henri Langlois em Paris (França, 1965). Realiza a seguir filmes consagrados, como O passado e o presente (1971), Benilde ou a virgem mãe (1975), Amor de perdição (1978) e Francisca (1981). Em 1985 ganha o Leão de Ouro no Festival de Veneza com o filme Le soulier de Satin e diversas homenagens nos anos seguintes: Veneza (1991), La Carmo (1992), Tóquio (1993), São Francisco e Roma (1994), culminando com o Prêmio Carreira, outorgado pela Sociedade Portuguesa de Autores (1995).
Ana Sousa Dias
Jornalista portuguesa, com longa experiência em entrevistas com personalidades na imprensa escrita e televisão.
Entrevista
A entrevista foi publicada originalmente na revista Linha, encarte do Jornal Expresso, Lisboa, 23 maio 2004, p. 68-72. A entrevista foi disponibilizada em Vitruvius em novembro de 2004.