Marcio Cotrim e Mónica Cruz Guáqueta: Como se deu a incorporação de Damián Ribas ao escritório em meados dos anos 1990. Que contribuiu seu ingresso?
Francisco Ribas Barangé: Seguramente contribuiu com um frescor que já não tínhamos, possivelmente por termos ficado distantes da discussão gerada com as Olimpíadas. Primeiro ele trabalhou com Bach e Mora, e logo se integrou ao escritório, formamos assim o Ribas Arquitetos. Não houve problemas de critérios gerais, mas sem dúvida um impulso motivado pela diferença geracional.
MC/MCG: Surgiram outros tipos de clientes e áreas de atuação com a chegada de Damián?
FRB: Sim, ainda que eu ache que o tipo de cliente seja o mesmo, somente são mais jovens. Pode ser que tenham interesses distintos, mas são muito parecidos.
MC/MCG: Como se enfrentou o escritório aos últimos 20 anos, em que, mesmo mais consolidado, os modelos a seguir são muito mais difusos que os dos anos 1950 e 1960; e o marketing empresarial é uma necessidade real?
FRB: Seguimos fazendo o mesmo que fazíamos nos anos 1960, no entanto, com mais controle e paciência; o que sim houve foi a expansão das regiões aonde intervimos, implicando em duas coisas: a expansão do mercado pela diversificação das regiões onde trabalhamos, fato que possibilitou nos mantermos distante de um tipo de marketing que não seja o pessoal; e a transformação de alguns aspectos de nosso trabalho devido às características distintas destes novos entornos.