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interview ISSN 2175-6708

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O texto apresenta conversa entre o arquiteto brasileiro Paulo Mendes da Rocha e o pesquisador italiano Giacomo Pirazzoli, com o precioso suporte de Marta Moreira. O encontro aconteceu no dia 8 de setembro de 2017.

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PIRAZZOLI, Giacomo. Paulo Mendes da Rocha: sobre o edifício Sesc 24 de Maio. Entrevista a Giacomo Pirazzoli. Entrevista, São Paulo, ano 19, n. 075.01, Vitruvius, set. 2018 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/19.075/7107>.


Vista aérea do centro de São Paulo, edifício da Mesbla no canto inferior direito
Foto Werner Haberkorn (cortada) [Acervo Museu Paulista da USP]


Sesc 24 de Maio / Memorial
Arquiteto Paulo Mendes da Rocha
MMBB / Arquitetos Marta Moreira, Milton Braga e Fernando de Mello Franco

Acreditamos que o processo de transformação e desenvolvimento de cidades como São Paulo se faz acomodando-se lentamente às alterações dos costumes e modo de vida das sociedades que as constroem.

A nova unidade do Sesc – conjunto complexo de instalações de recreação e serviços – que ocupará o edifício sede da antiga Mesbla, localizado na esquina da Rua 24 de Maio com a Rua Dom José de Barros, centro de São Paulo, é um problema exemplar de transformação no patrimônio urbano construído.

Com estes horizontes, o projeto proposto pretende, além do simples aproveitamento e adaptação de instalações que originariamente atendiam a usos de natureza tão diversos aos que estão sendo agora propostos, contribuir de forma efetiva na desejada recuperação de área tão notável da cidade através da seguinte ordem de ideias básicas:

Loja Mesbla na Rua Vinte e Quatro de Maio, esquina com a Rua Dom José de Barros, em São Paulo
Foto divulgação

1. abrigar, com uma praça sob o edifício existente, a ideia de transformação do lugar. A “Praça do Sesc”, com caráter de galeria de passagem livre, ligada à animação da vizinhança;

2. transformar o antigo subsolo de garagem em Café e Teatro francamente ligados à Rua 24 de Maio;

3. criar um novo sistema de circulação vertical que além de atender as exigências de segurança previstas no Código de Obras seja, através do conjunto de rampas proposto, um circuito claro e contínuo, capaz de transformar, de modo arquitetônico, o largo espaço público do recinto da cidade nos diversos lugares de atividades específicas aos programas do Sesc de modo desencadeado e lúdico, um passeio;

4. distinguir o recinto Restaurante, de uso público livre, imediatamente acima do conjunto Praça e Administração do Sesc;

5. dispor alguns espaços em níveis estratégicos com o sentido de praças cobertas, sem vedação nas fachadas, jardins suspensos – Praça de Convivência, Jardim da Piscina;

6. adotar associações eventuais de dois níveis, com caráter de grande salão, parte com duplo pé direito, e galerias superiores e debruçadas, para alguns itens do programa, a fim de valorizar recintos e evitar a monotonia da simples sobreposição de andares tipo;

7. construir uma “Praça do Sol” na cobertura, com piscina;

8. deixar visível nas fachadas um caráter resultante da nova disposição para a massa do edifício, onde se vê esta inesperada sucessão de atividades superpostas, um novo e peculiar edifício na cidade com caráter próprio;

9. concentrar e isolar as instalações técnicas e principalmente mecânicas de apoio às diversas atividades sugeridas no programa da entidade, anexando-se, para tanto, a propriedade contígua na Rua Dom José de Barros – abandonada há alguns anos – para a construção de um complexo auxiliar de serviços e máquinas, Torre de Serviços.

Sesc 24 de Maio, obras de construção da piscina
Foto divulgação [Website MMBB Arquitetos]

Para realizar estas transformações que, de fato, caracterizam o projeto proposto e inauguram uma nova espacialidade, do ponto de vista das técnicas construtivas e previsão de instalações, foram adotadas as seguintes medidas:

1. a demolição oportuna de partes do conjunto existente, que não ofende a estrutura básica original, incluindo-se o saguão coberto da antiga Mesbla para criar um vazio no interior do edifício existente;

2. a construção de uma nova estrutura independente, apoiada em quatro pilares principais que atravessam o vazio central, que sustenta os grandes salões intercalados e o volume do solário com piscina na cobertura;

3. o rebaixamento, um tanto, da área da atual garagem no subsolo para completar o volume do Teatro e seus anexos, respeitando-se cuidadosamente os limites de proximidade e área de influência das fundações existentes e das construções vizinhas;

4. a viabilização dos andares duplos e das circulações abertas com a previsão de um elaborado sistema mecânico de controle de fumaça abrangendo todos os níveis do edifício que, por exigência do Corpo de Bombeiros, complementa os dispositivos usuais de segurança para um edifício destinado aos usos propostos.

Demonstrar as virtudes da vida futura da cidade, enquanto reivindica o privilégio de ocupar lugar tão nobre de São Paulo – Viaduto do Chá, Teatro Municipal, Barão de Itapetininga, Avenida São João, Praça da República – é o objetivo principal deste projeto.

Sesc 24 de Maio, piscina da cobertura
Foto Nelson Kon

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Daniela Abritta Cota

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