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O artigo aborda os principais problemas enfrentados pela preservação do patrimônio cultural de Santa Bárbara d’Oeste.
english
The article addresses the main problems faced by the preservation of cultural heritage of Santa Bárbara d’Oeste City.
español
El artículo aborda los principales problemas enfrentados por la preservación del patrimonio cultural de Santa Bárbara d’Oeste.
ALBUQUERQUE, Paula Franco. Entre o abandono e a descaracterização. A crise do patrimônio cultural de Santa Bárbara d’Oeste. Minha Cidade, São Paulo, ano 20, n. 240.03, Vitruvius, jul. 2020 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/20.240/7849>.
Através de uma análise aprofundada da relação da arquitetura produzida em Santa Bárbara d’Oeste com o contexto histórico da época, brasileiro e mundial e, apoiada no referencial teórico da arquitetura produzida nos séculos 19 e 20, ficam conhecidos os pontos dessa arquitetura, suas origens e usos. Em outras palavras, através da visão do espaço como um todo e, conforme acontecia o crescimento urbano, determinavam-se diferentes características para as construções da cidade. O tempo também surgia como fator determinante para o destino destas edificações, pois, sua passagem, acabou por provocar uma marca transformadora em suas propriedades originais, identificando-se os problemas, resumidos basicamente em: abandono e descaracterização (1).
A produção arquitetônica de Santa Bárbara d’Oeste ficou assim marcada por construções significativas para a cidade, de diferentes épocas, as quais ocupam o território de forma singular, que podem ser definidas em: 1) Núcleo urbano central, cujo Estado empenhou importante papel na ocupação do território e na produção de arquiteturas expressivas para cidade; 2) Núcleos autossuficientes – as usinas açucareiras e suas colônias – com a arquitetura com papel fundamental para a convivência social e desenvolvimento da cidade; 3) Chácaras urbanas (2), as quais representam o modo de morar da média burguesia da primeira metade do século 20 que, apesar do apego à tradição, incorporaram o conforto da vida moderna.
Ainda que significativas, parte considerável das edificações da cidade encontra-se distante de suas características primárias, tanto relacionadas à origem, quanto ao uso. A descaracterização pode ser considerada como primeiro e mais evidente vilão dos patrimônios de Santa Bárbara d’Oeste, uma vez que grande parte das obras que foram modernizadas, ou receberam intervenções estão localizadas no núcleo urbano central da cidade, como se pode verificar na Igreja Matriz de Santa Bárbara e na antiga Casa de Câmara e Cadeia, projetada pelo arquiteto Victor Dubugras (década de 1890), que hoje funciona como Museu da Imigração.
Ainda assim, o problema que pode ser considerado mais relevante, é aquele que não é visto com frequência – ou que não se quer ver – e está relacionado ao abandono, que foi o que restou a grande parte das usinas açucareiras e suas colônias, inclusive à maior delas, a Usina Santa Bárbara, que, convenientemente, ou não, trata-se de um patrimônio tombado pelo município.
Por essa razão, muitos exemplares que poderiam ser considerados patrimônios, mesmo com modesta arquitetura, não existem mais, em favor de transformações urbanas, crescimento populacional, especulação imobiliária e constantes embelezamentos. O caso aqui se refere ao acesso à informação por meio da população e formação de uma consciência coletiva junto às organizações superiores, visando estabelecer quais elementos urbanos devem ser preservados para manter a história, orientação e interesses da cidade. Uma vez que a população se torna alheia aos interesses do próprio local que habitam e só se dão conta que tal edifício foi demolido, está em estado de abandono, ou passou por recuperação quando estas ações efetivamente já aconteceram.
Assim sendo, frente às noções de monumento de Riegl abordadas por Beatriz Kühl (3), a autora esclarece que toda e qualquer obra é digna de ser preservada, pois se trata de um documento histórico que possui determinada configuração, resultado também de seu próprio transcurso ao longo do tempo. Passagem que aqui deve ser considerada, uma vez que Santa Bárbara d’Oeste não possui grandiosas obras com grande valor estético, mas sim obras significativas para a cidade, que merecem perseverar pela documentação da arquitetura local e por suas próprias características.
Diante desta problemática que é lidar com as heranças do passado e sua transmissão para o futuro, o referencial teórico estudado abordou autores que elaboraram reflexões relacionadas a valores. John Ruskin atribuía às obras os “valores de aparência e de reverência” (4), ou seja, frente à constante renovação e descarte do antigo, a aparência está diretamente relacionada à valorização a partir da passagem do tempo na matéria, do envelhecimento como critério de valor. O ambiente, propício às modificações – em parte trazidas pela Revolução Industrial – se passava na segunda metade do século 19, assim, as novas tecnologias, materiais e a própria produção da nova arquitetura, impactavam de forma decisiva o que já existia anteriormente, logo, a reverência está ligada a condição do antigo de ser testemunha, de ser fonte de memória, valorização que a arquitetura do presente é incapaz de projetar, salvo recupere a essência e qualidade do trabalho da arquitetura do passado.
Walter Benjamin trabalhou os “valores de culto e de exposição” (5). O “valor de culto” surge através da criação de imagens que servem ao culto, trata-se do primeiro objetivo determinado pelas origens históricas da arte, ou seja, está relacionado às cerimônias ritualísticas ao qual o objeto pode ser inserido. Neste valor, as obras são mantidas como praticamente secretas, pois sua submissão à exposição geraria desvalorização de seu caráter sagrado, tais obras, únicas e em geral de difícil acesso, são dotadas do que Benjamin chamava de “aura”, fato ligado intimamente à autenticidade, portanto, algo que não está presente nas cópias e reproduções posteriormente executadas (6).
Conforme o homem criou meios de reproduzir a imagem, a autenticidade tornou-se praticamente banal. O caráter sagrado, ritual e até mesmo mágico diminuíram, diminuindo também a aura anteriormente atribuída às obras, como consequência, aumentaram as ocasiões para que sejam expostas. Walter Benjamin considerava a indústria a precursora dessa mudança que, em prol do lucro e juntamente com a capacidade de reprodução, tirava a essência daquilo que era exclusivo. Tal processo de reprodutibilidade trouxe à tona a necessidade da posse, frente à ruptura da aura e, portanto, à facilidade do acesso. A estas mudanças e funções inteiramente novas, Benjamin conferia o valor de exposição.
Por fim, Alois Riegl, dividia seus valores entre rememoração e contemporaneidade. Os valores de rememoração dividem-se entre “valor de antiguidade, histórico e rememoração intencional” (7). O primeiro valor apresentado trata-se do “valor de antiguidade” (8) que se revela a partir da degradação e conservação mínima que faça a obra resistir. Um ponto importante acerca deste valor é que Riegl considerava o aspecto do edifício a fim de que pudesse ser percebido por todos, ou seja, tal aparência não ficaria clara apenas para as classes mais instruídas, mas inclusive às massas.
O valor histórico, contrariamente, busca impedir toda a degradação. O monumento, identificado como documento histórico requer ser mantido o mais fielmente ao seu estado original, pretendendo, assim, paralisar a degradação, ainda que as transformações já impostas pelo tempo façam parte da história da obra.
A rememoração intencional está relacionada às obras, ou edificações que já foram concebidas com a finalidade de se tornarem monumentos. E, segundo Riegl, trata-se do valor mais próximo aos valores da contemporaneidade, por exigir do monumento a imortalidade e a perenidade do estado original.
Os valores de contemporaneidade (9) resumem-se a valor de uso e valor artístico que, por sua vez, subdivide-se em valor artístico relativo e valor de novidade. O valor de uso está relacionado às necessidades materiais do homem e deve ser atribuído aos monumentos na atualidade, em outras palavras, são os usos que serão conferidos aos monumentos na contemporaneidade.
As necessidades do espírito do homem são atendidas pelo valor artístico. O valor artístico relativo trata-se de uma valorização que varia de pessoa para pessoa e de momento para momento, o que, segundo Riegl seria atendida à medida que satisfizesse o kunstwollen de cada um, ou seja, sua vontade, querer artístico. O valor de novidade espera do monumento sua aparência recém-criada, portanto, ainda que atualmente exista um crescimento exagerado acerca da preservação dos antigos monumentos, isto não ocorre por seu valor de antigo, resultando em uma sociedade contemporânea que sempre irá exigir que se apresentem como novos (10).
É válido citar brevemente os patrimônios efetivamente tombados de Santa Bárbara d’Oeste e como esta classificação a partir de valores abrange cada edificação. Como primeiro exemplar destaca-se a Escola Estadual José Gabriel de Oliveira (11) que se localiza no núcleo urbano central da cidade e cumpre o plano de intervenção do Estado na construção de escolas públicas entre 1890 e 1920.
Na figura acima, a construção, já inserida no meio urbano que se principiava, é cercada por um muro. Entretanto, a partir da década de 1940, não é mais possível observá-lo através das fotografias da época (12). A retirada do muro fez o edifício ser visto em sua totalidade, revelando a grandeza do seu projeto. Ele se voltou para a cidade, integrando-se totalmente à malha urbana, e a cidade ganhou ainda uma praça. Ou seja, a retirada do muro não prejudicou o projeto original, ao contrário, apresentou toda sua plenitude.
Os detalhes construtivos do projeto garantiram a solidez do edifício. Pode ser citado o embasamento, mais espesso que as paredes, o que impede patologias na construção, e as saliências nos parapeitos das janelas, que não permitem o acúmulo de água da chuva, contribuindo para que não haja umidade e nem apodrecimento dos caixilhos. Atualmente, os problemas relativos à preservação do edifício dizem respeito à conservação do forro de madeira – parte interior do prédio – que possui focos de umidade e fissuras, e alguns trechos do piso externo que compõe a praça, que apresentam buracos e desníveis. Apesar disso, a edificação apresenta-se conservada.
É válido apontar ainda que a escola não passou por grandes descaracterizações, salvo constantes colorações das fachadas externas e a retirada do ornamento situado acima da entrada principal. Sendo assim, é possível considerar que a Escola Estadual José Gabriel de Oliveira mantém preservados os valores histórico, artístico relativo e o valor de uso.
Outro exemplar trata-se da Estação Cultural (13), antiga Estação Ferroviária Cia. Paulista que, além do edifício principal, apresenta em seu conjunto um edifício retangular localizado ao lado do principal. Estas edificações passaram por um processo de restauração, sendo inauguradas em 2007, com a transformação do local em um espaço cultural e de eventos, denominado “Estação Cultural”, que hoje é mantido pela Fundação Romi.
No processo de restauração, grande parte das características e componentes originais dos edifícios foram mantidos, houve a recuperação de trechos que anteriormente estavam danificados procurando assegurar a distinguibilidade entre os materiais novos e antigos, ou seja, o que era original e o que não era. Também foi realizada uma intervenção no espaço da Estação, a qual é possível ser identificada nas fotos apresentadas abaixo.
Atualmente, ambas edificações qualificam-se como conservadas, apresentando pequenos problemas referentes a umidade e esfoliação das fachadas externas. Tais construções preservam valores como o valor histórico, o valor artístico relativo e o valor de uso.
A antiga Cia. Fiação e Tecelagem Santa Bárbara (14) por sua formação peculiar, testemunho histórico e por tratar-se de uma peça fundamental na compreensão do desenvolvimento da cidade merecia a preservação, entretanto, todo conjunto que compunha a indústria foi destruído. A localização do terreno em uma área central da cidade possibilitou ao proprietário a chance de aumentar seu lucro, visto que se trata de uma área particular cedida pela prefeitura. À vista disso, praticamente todos os galpões e edificações industriais foram demolidos, demolição que foi completada no primeiro semestre de 2017 e que, conforme tombamento municipal preservou apenas o antigo edifício de escritórios e a murada que cerca a estrutura, sendo acompanhada de um processo de renovação de tais elementos.
Dito isto, a partir da classificação dos motivos que podem causar a destruição dos antigos monumentos elaborados por Máx Dvořák (15), entende-se que no caso particular da antiga Cia. Fiação e Tecelagem influíram diretamente a ignorância, as ideias equivocadas de progresso, as falsas demandas do presente, a equivocada mania de embelezamento e, principalmente, a cobiça.
É conveniente lembrar que a Cia. Fiação e Tecelagem Santa Bárbara foi a primeira indústria têxtil instalada na cidade, em 1922, tendo suas atividades finalizadas apenas no início dos anos 2000.
O último e maior patrimônio arquitetônico a se considerar trata-se da Usina Santa Bárbara (16), que mediante a visão desenvolvimentista do Coronel Luiz Alves, um dos grandes empreendedores da cidade, foi construída como uma cidade em miniatura, revelando-se como a razão de grande parte do progresso trazido ao município.
As colônias e parte dos equipamentos que compunham o local foram demolidos já na década de 1970. E, atualmente, pode-se qualificar a Usina Santa Bárbara como em um estado de ruína parcial. É conveniente recordar que a Usina trata-se de um complexo industrial, em outras palavras, um conjunto de variadas edificações dentro de um mesmo espaço que possuem um sentido construtivo entre ambas e que, isoladas, perdem esta significação.
Logo, cabe aqui explanar a condição destas edificações remanescentes: a maior parte dos galpões que compunham a peça chave do local está em ruínas e o restante dos elementos encontra-se em um mau estado de conservação (residência sede, residência do engenheiro, antigo G. E. Cel. Luiz Alves, capelas, entre outros). Em contrapartida, parte da área onde estão localizados os galpões – trecho que faz frente à estrada de acesso principal – recebeu um processo de revitalização, estabelecendo uma praça e espaço que, hoje, é palco de shows e eventos da cidade; as antigas residências dos funcionários do escritório continuam servindo de moradia para poucas pessoas que vivem ali. Estes fatos não garantem a preservação, já que, como apresentado, o restante dos galpões e outros elementos significativos para a conformação do conjunto continuam à mercê do tempo.
Em resumo, a Usina Santa Bárbara coloca-se como um referencial de importância da consciência em relação aos patrimônios locais, pois, o homem seja qual for sua condição, é a maior ameaça ao patrimônio e sua única salvação (17), já que, no caso da Usina, sem tal consciência o abandono persistirá, ainda que o tombamento exista. O valor que contempla a Usina está puramente pautado na reverência.
Tais valores não servem para enquadrar estrategicamente os monumentos em determinados grupos, mas ao atribuir estes valores é ainda mais justificada a importância de se preservar, fato que não depende de um único estilo, mas de formas artísticas universais que se unem com características locais e individuais somadas ao ambiente e a tudo o que ao longo da história transformou o monumento em símbolo (18).
Apesar da consciência em relação à preservação dos antigos monumentos caminhar a passos lentos, é importante que as cidades conservem o que caracteriza o seu aspecto local, preservando esta arquitetura própria quase que como uma marca. Pois, como afirma Giovannoni (19) o aspecto típico das cidades e seu essencial valor de arte e história residem na manifestação coletiva, na vida arquitetônica expressa nas obras menores, daí vem a importância da preservação, como no caso de Santa Bárbara d’Oeste.
notas
NA – Artigo elaborado pela autora durante o desenvolvimento de pesquisa de Iniciação Científica apresentada no 25º Congresso de Iniciação Científica da 15ª Mostra Acadêmica da Unimep em 2017.
1
Pesquisa completa: ALBUQUERQUE, Paula Franco. Patrimônio cultural em Santa Bárbara d’Oeste: origens, usos e problemas. Orientadora Mirandulina Maria Moreira Azevedo. Relatório Científico Final. 25º Congresso de Iniciação Científica da 15ª Mostra Acadêmica da Unimep, Santa Bárbara d’Oeste, 2017.
2
Sobre as chácaras urbanas, ver: FARACO, André Frota Contreras. Chácara Wolff: entre a modernidade e a tradição. Anais do 6º Encontro Senac de Conhecimento Integrado: criatividade e colaboração. Piracicaba, Senac, v. 1, 2017, p. 708-715.
3
KÜHL, Beatriz Mugayar. Observações sobre as propostas de Alois Riegl e Max Dvořák para a preservação de monumentos históricos. In DVOŘÁK, Max. Catecismo da preservação dos monumentos. Cotia, Ateliê Editorial, 2008, p. 33-62.
4
AZEVEDO, Mirandulina Maria Moreira. Patrimônio cultural e rememoração: notas preliminares sobre o valor de antiguidade. Revista CPC, n. 11, São Paulo, nov. 2010/abr. 2011, p. 12-20.
5
Idem, ibidem, p. 12-26.
6
BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. Os pensadores, Rio de Janeiro, Abril Cultural, 1955 <https://bit.ly/2E1Px56>.
7
AZEVEDO, Mirandulina Maria Moreira. Op. cit., p. 12-28.
8
AZEVEDO, Mirandulina Maria Moreira. Valor de antiguidade, conservação e restauro. Pós, n. 32, São Paulo, dez. 2012, p. 38-61.
9
CUNHA, Claudia dos Reis e. Alois Riegl e o culto moderno dos monumentos. Resenhas Online, São Paulo, ano 05, n. 054.02, Vitruvius, jun. 2006 <https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/05.054/3138>.
10
Para maiores informações sobre o tema, ver: RIEGL, Alois. O culto moderno dos monumentos: a sua essência e a sua origem. São Paulo, Perspectiva, 2014.
11
Tombamento: CONDEPHAAT (nº 24929/86; resolução 60 de 21 de julho de 2010; inscrição nº 377, p. 103 a 110, 05 de setembro de 2011).
12
Para acesso ao acervo histórico da Fundação Romi: CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO HISTÓRICA. Santa Bárbara d’Oeste, Fundação Romi <http://cdoc.fundacaoromi.org.br/>.
13
Tombamento: DECRETO MUNICIPAL (nº 5018 de 29 de abril de 2010).
14
Tombamento: DECRETO MUNICIPAL (nº 4058 de 03 de dezembro de 2009).
15
DVOŘÁK, Max. Catecismo da preservação dos monumentos. Cotia, Ateliê Editorial, 2008, p. 68-84.
16
Tombamento: DECRETO MUNICIPAL (nº 3828 de 11 de abril de 2008).
17
Idem, ibidem.
18
Idem, ibidem.
19
GIOVANNONI, Gustavo. Textos Escolhidos. São Paulo, Ateliê Editorial, 2017, p. 66-67.
sobre a autora
Paula Franco Albuquerque é arquiteta e urbanista pela Unimep e pós-graduanda do curso de especialização em Conservação e Restauro Arquitetônico da Universidade Santa Úrsula. Base de aprendizado na área da Preservação do Patrimônio Cultural através do desenvolvimento da Iniciação Científica financiada pelo Fundo de Apoio à Pesquisa da Unimep – Fapic, vinculada ao grupo de pesquisa “Cultura, Tecnologia e Cidade”.