Inicia-se a resolução do projeto a partir da implantação, quando identificamos o potencial da calçada da Rua Elis Regina como grande eixo de ligação com as edificações existentes do Instituto de Artes e com o Ginásio da UNICAMP. Traça-se então um grande boulevard na Rua Elis Regina, que encaminha a descida do fluxo ao Teatro Laboratório – está definida a posição do foyer.
No nível do foyer distribuem-se as salas de aulas práticas, com as de Artes Cênicas agrupadas numa linha, e as de Artes Corporais numa outra, voltadas a uma grande praça descoberta, rebaixada ao nível do palco do teatro.
Do desnível entre o foyer e a praça, faz-se uma grande arquibancada, de onde ludicamente se assiste o movimento, o pulsar da escola. O olhar de quem está na arquibancada é dirigido à uma caixa envidraçada, com arquibancada do lado interno e palco reversível à praça, de modo a funcionar como arena informal.
O palco do teatro principal é reversível pela lateral, abrindo-se também para a grande praça. Assim, a possibilidade de explorar palcos múltiplos de encenação e performance englobando a platéia externa, faz denominar o espaço como Grande Praça Cênica.
Desta praça, o ponto focal arquibancada acima é a biblioteca, ou midiateca nos dias atuais – espaço simbólico na escola como centralizador do conhecimento.
Numa circulação mais reservada distribui-se a administração da escola, com as secretarias e salas de professores, ainda no nível do foyer e das salas de aulas práticas.
No nível rebaixado da praça, próximo à arquibancada está o bloco das salas de aulas teóricas. Circundando a caixa cênica e fechando a praça estão dispostos os laboratórios e oficinas, espaços de atividades diretamente relacionadas ao palco, como montagem de cenários e figurinos.
A escola gira em torno de um espaço que permite diversas possibilidades performáticas. Dos corredores abertos das salas de aulas fazem-se platéias, e dos palcos da praça, fazem-se áreas de convívio.