História
O Brasília Palace Hotel (BPH) foi fundado em 1957, pelo então presidente Juscelino Kubitchek de Oliveira (JK), e projetado pelo consagrado arquiteto Oscar Niemeyer. Foi uma das obras pioneiras da construção de Brasília, juntamente com o Palácio da Alvorada, residência oficial do Presidente da República.
No início dos anos 60, o BPH se constituiu, de fato, como verdadeiro pólo cultural da nova Capital Federal, tendo contribuído, em grande parte, para sua fixação e desenvolvimento.
Lá eram realizados shows das mais variadas espécies, peças de teatro, bailes, etc. O hotel era o centro de lazer dos políticos, jornalistas e funcionários do governo.
A edificação é composta por diversos elementos do movimento Moderno como a planta e fachada livres, volumes puros, pilotis e modulação. Além disso, é uma síntese também de aspectos específicos do modernismo brasileiro e da própria obra de Oscar Niemeyer, entre estas a sinuosidade da vedação vítrea do salão, contraste entre formas curvas e ortogonais, e a leveza das fachadas.
Atribuir apenas a função hotelaria ao BPH é assaz simplista. O contexto de sua história revela uma função que a poucos hotéis é cabida, uma função monumental, uma espécie de vitrine de Brasília. É um hotel, um ponto de referência, um monumento, e possui valor tanto como testemunho histórico e arquitetônico, quanto por seu papel na identidade da cidade.
Após incêndio de 1978, passou a figurar na memória dos brasilienses como a carcaça às margens do Lago Paranoá. Tornou-se assim um abrigo de sem-tetos e, após algum tempo, foi redescoberto por uma parcela jovem da população como um espaço de lazer às margens do Lago Paranoá, principalmente pela prática do rapel.
Várias tentativas de restauro foram realizadas em vão por desacordos entre o proprietário e o arrendatário. O hotel foi construído com dinheiro público, pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil - NOVACAP, sucedida em 1972 pela Companhia Imobiliária de Brasília - TERRACAP. Esta empresa assumiu os direitos e as obrigações na execução das atividades imobiliárias de interesse do Distrito Federal (DF), objeto de utilização, aquisição, administração, disposição, incorporação, oneração, arrendamento e alienação de bens.
Finalmente, em 2001, a organização Paulo Octávio assumiu o projeto de reconstrução, arrendando por 15 anos, com possibilidade de renovação pelo mesmo período e direito a compra ao final do contrato.
O atual projeto de restauração e reconstrução foi desenvolvido pela equipe do arquiteto Oscar Niemeyer e equipe de arquitetos da Paulo Octávio.
Hoje, as obras continuam sendo executadas pela organização Paulo Octávio que manterá a edificação como um hotel, agora 3 estrelas, fazendo as adaptações necessárias para adequá-lo às normas de seguranças atuais, bem como atualizá-lo aos avanços tecnológicos que julgaram essenciais.
O projeto em execução apresenta poucas intervenções em relação ao projeto original, se diferenciando pelo acréscimo de ar condicionado central nas áreas comuns e individual em cada quarto, consumindo mais de 40% da demanda de energia elétrica do edifício. O “status” dado ao equipamento de ar condicionado, considerado sinônimo de conforto, reflete na própria legislação hoteleira (EMBRATUR, 1998), que o torna item obrigatório nos meios de hospedagem a partir da categoria 3 estrelas. Foram também propostos brises verticais para fachada oeste, que reduz a vista externa e tem pouca eficiência na proteção solar.
Assim, a partir do pressuposto de que a edificação ainda não sofreu as alterações feitas pela organização Paulo Octávio e encontra-se exatamente como estava no início do novo milênio (totalmente abandonado, mas com toda sua estrutura possível de aproveitamento), o desafio para uma intervenção no BPH seria a conciliação entre as diversas propostas de estratégias bioclimáticas que o adequariam ao clima de Brasília e a máxima preservação de suas características modernistas.
Projeto Original
Os 3.000 m² do edifício foram concebidos em cima do repertório arquitetônico tradicional de Oscar Niemeyer: um prédio em lâmina repousando sobre pilotis, com uma marquise térrea no centro e um volume semi-enterrado de serviços anexo.Os veículos chegam por uma via que cruza o pilotis da edificação, liberando o passageiro em frente à recepção do hotel.
A recepção, que fica num pavimento semi-enterrado, é acessada por uma rampa desde o acesso de carros no pilotis. O pavimento térreo só é acessado após a passagem pela recepção, por meio de uma escada. A ventilação da recepção é feita somente por janelas basculantes quase do nível do teto.
No pavimento térreo há a laje em T, que é um saguão decorado com um mural de azulejos do artista Athos Bulcão, esculturas e pinturas parietais também do mesmo artista, e delimitada a leste por uma vedação de vidro sinuosa, que rendeu a esse ambiente grande parte dos registros visuais hoje guardados da edificação antes do incêndio de 1978.
Neste saguão funcionam um restaurante e uma boate, separados por paredes curvas. A boate foi, nos anos 60, famoso ponto de encontros políticos, diplomáticos e lazer da cidade.
O pavimento tipo compõe-se de um longo corredor que dá acesso aos quartos, 135 no total do hotel sendo 45 por andar. As fachadas são de cobogós e vidro para o poente e grandes esquadrias de vidro para o nascente. O edifício é uma lâmina orientada no eixo norte-sul, o que tornam críticas as soluções para controle térmico.
O quarto tem uma varanda, cuja separação é feita pela diferenciação de nível entre os pisos e separação por uma cortina. O fechamento é feito por uma esquadria de vidro, do chão ao teto. Há registros de reclamações quanto ao desempenho térmico devido ao pé-direito baixo, ao pouco controle luminoso e à ventilação insuficiente. O corredor de acesso é vedado por vidro e há exposição direta para o sol poente.
Nos primeiros anos do hotel, lhe faziam companhia apenas o Palácio da Alvorada (residência oficial do Presidente da República) e o Lago Paranoá. Para aproveitar a locação privilegiada, os quartos do BPH tinham visão para o Lago. Hoje, pode-se visualizar de uma de suas fachada o Complexo Blue Tree Alvorada, e na outra Quality Hotel & Suites Lakeside. Ambos são hotéis de luxo, com “flats”, limitando as visuais para o lago, principalmente a partir dos quartos do BPH.
O BPH está localizado no SHTN – Setor de Hotéis e Turismo Norte.
Projeto de intervenção
Buscando adequar o projeto às novas necessidades, foram feitas alterações visando a melhoria das condições climáticas do edifício, de modo que reduza ou até anule a necessidade de sistemas ativos de climatização, diminuindo gastos de energia, bem como iluminação natural para a economia da luz elétrica durante o dia. Foram também desenvolvidas estratégias para o uso racional da água e sistema fotovoltaico integrado à rede pública.
Na proposta, a recepção passa para o nível térreo, sendo acessada por uma rampa ascendente. O antigo local da recepção é agora destinado a três auditórios de paredes removíveis para oferecer maior versatilidade. Estes auditórios são acessados pela antiga rampa da recepção e, por conta da insuficiência das janelas basculantes, foram totalmente climatizados por ar-condicionado. Este é o único ambiente do hotel onde se utiliza climatização artificial.
O antigo saguão contém agora a recepção, o restaurante nas mesmas dimensões e um espaço multiuso, no lugar da antiga boate. A cozinha, que se situa próxima ao restaurante, terá um sistema de circulação de ar forçado.
Atitudes bioclimáticas
O saguão terá uma escada em espiral para acessar à cobertura da laje, agora com tratamento de vegetação, conhecido como “Green Roof”, que aumenta sua inércia térmica e trabalha como um excelente impermeabilizante, fazendo com que a laje apresente uma maior resistência a mudanças de temperatura. A alta inércia térmica é, particularmente, benéfica em regiões de clima mais seco, como o de Brasília, onde há uma grande diferença entre as temperaturas diurnas e noturnas externas. Além disso, em uma cobertura vegetal sempre irrigada ocorre uma dissipação de calor, através do fenômeno de resfriamento evaporativo durante o verão. A camada de terra, por conseqüência, recebe um ganho de calor bastante reduzido. A massa térmica de sua camada de terra reduz as variações de temperatura diárias, tanto no verão quanto no inverno. A laje terá então duas funções: espaço contemplativo do lago com caminhos em meio ao novo paisagismo, e cobertura vegetal para o aumento da inércia térmica da laje e impermeabilização da mesma.
No pavimento tipo as principais alterações estão relacionadas à criação de quatro átrios ao longo do corredor que melhoraram a iluminação natural e a ventilação do edifício. Estes átrios cortarão o edifício do pavimento térreo à cobertura, onde se localizam suas torres.
Em praticamente todas áreas de circulação há mecanismos para aproveitamento da iluminação e ventilação natural.
Na fachada oeste serão utilizados painéis de madeira de alto grau de durabilidade, formando um módulo que se repete ao longo de todo edifício, composto por brises horizontais e montantes verticais. Os montantes serão direcionados para o noroeste, melhorando a visibilidade para o lago, aumentando área de ventilação.
Na localização dos átrios existem módulos sem os painéis de madeira que deixarão à mostra as esquadrias e as jardineiras de concreto pré-moldado. Estas jardineiras foram projetadas para se localizarem entre o corredor de acesso aos quartos e as esquadrias mencionadas, umedecendo a entrada de ar no corredor e tornando-o mais agradável. No projeto original, as esquadrias eram fixas o que impossibilitava seu manejo para permitir a entrada de ar, enquanto que as novas esquadrias serão móveis, de fácil abertura e manutenção.
No quarto haverá de fato uma varanda, com brises protetores no na fachada e separada por uma esquadria com um sistema de persiana sanfonada externa . A ventilação do quarto foi melhorada estabelecendo uma generosa área de abertura para circulação no forro do teto, propiciando uma constante ventilação cruzada . Na varanda, junto aos brises horizontais de madeira, haverá um sistema de resfriamento evaporativo com equipamentos para minimizar o uso da água, como medidores de temperatura e umidade e aeradores.
A linguagem adotada na fachada oeste com os painéis de madeira busca harmonizar a horizontalidade e aparência geral do edifício original que era composto por cobogós de concreto.
Na cobertura do edifício principal, há o uso de painéis fotovoltaicos para captação solar, aquecimento de água, captação e armazenamento de águas pluviais. No edifício semi-enterrado a cobertura terá jardins e painéis foto voltaicos.
Quarto
Análise das simulações térmicas (software ECOTECT)
Parâmetros da simulação do quarto
Ventilação natural
Ocupação:
9-18h – 1 pessoa
18-9h – 2 pessoas
Equipamentos:
19-23h - 20 w/m²
23-2h - 6 w/m²
infiltração: 1 volume/h
quarto original x quarto modificado
redução da carga de radiação solar direta em 90% devido as estratégias de proteção solar - temperaturas internas dentro da zona de conforto, redução de 3º a 4º C nas horas mais quentes, com relação a situação original
Ventilação Natural
ventilação considerando ventos predominância leste (anual) considerando uma abertura de 3 m² de entrada (piso térreo) e 0,40 m² de saída (duto)
?= X.Ae.Var
X= 0,20
Aentrada=2 m2
Var= 3m/s
Asaída=0,40 m2
?=0,2.3.10800 = 4320 m3/hora
140 renovações/hora
Átrios
Ventilação Natural
Ventilação áreas circulação considerando somente o efeito chaminé através do atrio considerando uma abertura de 5 m² de entrada (piso térreo) e 10 m² de saída (átrio)
Qc= Cd.A.[2gH (To Ti)/T]0,5
g=9,8 m/s2
Cd=0,67
A= média ponderada área abertura
Qc = 22608 m3/h
62,8 renovações/hora
Sistemas de Instalações Racional
Uso racional da água
Hotéis são edificações que exigem alta performance no uso de água, principalmente quando lotado. Hóspedes são exigentes em relação ao uso de água quente e consomem acima da média de uma edificação residencial. Sendo assim, adotamos algumas estratégias que visam diminuir o consumo de água buscando alterar o mínimo possível os hábitos de seus usuários. Buscamos aproveitar a água pluvial, reciclar a água menos suja, usar equipamentos que diminuem o consumo, otimização do dimensionamento, aquecimento da água por sistema híbrido solar-gás, tratamento dos efluentes gerando gás, gerando um final sustentável.
Água pluvial
Segundo os dados climáticos dos diferentes períodos analisados desde a fundação de Brasília, a média anual da precipitação é de 1552,1 mm, variando por demais ao longo do ano. Percebe-se que durante o inverno há uma estiagem considerável, com poucas chuvas.
Considerando todas as coberturas da edificação e estacionamentos temos, aproximadamente, uma área de 10.000 m². Admite-se uma perda de 20%, assim temos um aproveitamento de 12.000 m³ de água possíveis de aproveitamento por ano. Aproveitando a água pluvial diminuimos a carga de drenagem e reduzimos o consumo de água tratada.
Há necessidade de um reservatório inerte com capacidade de estocagem pelo período de maior estiagem. Tal reservatório ainda receberá parte da água tratada do sistema de esgoto, formando um ciclo da água. Sendo inerte e com as devidas precauções é possível que este reservatório armazene água por longos períodos sem perigo de contaminação da água estocada. Prevendo o consumo da edificação, adotamos um reservatório de 450 m³, cisterna.
A água estocada no reservatório de água pluvial recebe água da chuva e da finalização do sistema de tratamento de esgoto secundário. Eventualmente pode ser abastecido por água da rede tratada, em casos de período de grande estiagem. Esta é bombeada para cinco reservatórios elevados distribuídos ao longo da edificação, otimizando o consumo.
Os pontos de consumo serão onde não há contato direto humano, como irrigação, limpeza da edificação e vasos sanitários.
Tratamento das águas para consumo
Tanto a água pluvial, a água proveniente do tratamento do efluente e a água tratada da rede de abastecimento passa por um tratamento preliminar, antes de seus reservatórios e consumo. Recebe tratamento por filtros e purificação por filtros de luz ultra-violeta, eliminando microorganismos sem modificar suas características principais.
Água da tratada
A água tratada será utilizada nos pontos onde há contato direto humano, como torneiras de banheiro, cozinha, chuveiros. Também permitirá o abastecimento eventual do sistema de água pluvial.
Dispositivos economizadores de água
Procurou-se adotar todas as tecnologias economizadoras disponíveis no mercado que mais se adequassem ao padrão de uso hoteleiro. Optamos pelo uso de arejadores e pulverizadores de vazão constante, torneiras de acionamento hidromecânico, mictórios de acionamento de descarga automática.
Os vasos sanitários a vácuo permitem uma economia de até 90%, consumindo 1,2 Litros de água por descarga. Esse sistema consiste em uma central de vácuo automatizada, que coleta dejetos através de uma rede de tubulação, baseando-se na diferença da pressão atmosférica quando o botão de acionamento do vaso é pressionado, sua válvula de descarga se abre, sugando o efluente em direção à unidade central e, ao mesmo tempo, um jato de água limpa o vaso sanitário.
Água quente
Adotou-se sistema de aquecimento da água com energia solar e gás. Os sistemas convencionais de aquecimento de água com energia solar geralmente pressupõem a utilização de uma fonte de energia auxiliar porque é quase impossível garantir uma continuidade diária de incidência de radiação solar em nível adequado.
Uma limitação do uso de energia solar para aquecimento de água para banho é a defasagem entre a disponibilidade da energia e a hora do consumo., Sendo assim, a utilização de um sistema híbrido com GLP torna-se a estratégia mais aconselhável, haja vista que é 2,5 vezes mais barato que a utilização de energia elétrica.
Com o tratamento dos esgotos dos vasos sanitários é possível a produção de gás pelo sistema de biodigestor, que terá uma eficiência maior que o convencional devido aos dejetos serem concentrados pelo sistema a vácuo, com menor quantidade de água, favorecendo a produção do gás, que tem um alto poder calorífico. Assim, temos o aquecimento da água com gás GLP e gás do biodigestor.
Para os painéis para aquecimento foi adotado um sistema passivo, ou termossifão, que permite a circulação natural da água, sem a necessidade do uso de bomba. Sua dimensão é de 1,90 m por 0,60 m, com inclinação de 20º, orientados com a face inclinada para o norte, permitindo a maior incidência de luz direta.
Assim como os reservatórios elevados de água tratada e de água pluvial, temos 5 reservatórios de água quente distribuídos ao longo dos 200 metros de edifício, sendo todos independentes. São 20 painéis por sistema, totalizando 100 painéis.
O reservatório de água quente deve ser mais vertical, permitindo a estratificação térmica. A estratificação de temperaturas atingida no interior do reservatório do sistema é desejável, estando a água mais quente para consumo, localizada nas camadas superiores e a água mais fria que vai para os coletores solares e para o aquecimento a gás, localizada no fundo.
Sistema de tratamento dos efluentes
Existem dois sistemas paralelos de tratamento dos efluentes, separando a água dos vasos sanitários captados pelo sistema á vácuo e o restante das águas servidas.
O sistema de tratamento após a bomba de vácuo consiste em tratamento anaeróbico com um biodigestor, que gera gás para consumo no aquecedor de água a gás, seguido de um tratamento preliminar, separando metais pesados e toxidade, gerando um lodo desidratado que vai para um aterro sanitário, tendo a parte líquida seguido para uma zona de raízes e inflitração no solo. A zona de raízes consiste num tanque biológico com espécies de junco regional, com aproximadamente 200 m², metade para cada sistema de tratamento.
A água oriunda dos demais lugares segue pelas mesmas etapas de tratamento em paralelo, porém, ao invés de infiltrada no final, a água é reaproveitada no reservatório de água pluvial, formando um ciclo.
Sistema de energia fotovoltaico integrado à rede pública
A energia solar fotovoltaica é uma fonte renovável e inesgotável de energia, não poluidor, não agride o meio ambiente, apresenta alta confiabilidade, tem facilidade de instalação e manutenção, permite sua produção no local de consumo, diminuindo as perdas no transporte de energia e permitindo sua expansão com facilidade.
Entre os diferentes sistemas de geração de energia fotovoltaica, a que melhor apresenta rendimento para aplicação neste hotel é o sistema integrado a rede de energia pública. Desta maneira o sistema fica simplificado e de menor custo, dispensando o armazenamento em baterias.
A energia gerada pelos painéis fotovoltaicos é convertido em energia alternada e colocado para consumo imediato, neste caso a rede pública é conectada como fonte supridora de energia em períodos sem geração fotovoltaica, como os períodos noturnos. O sistema fotovoltaico atua como uma central geradora de energia em paralelo com as centrais de sistema público. No caso de produção de energia fotovoltaica superior ao consumo da edificação, o sistema passa a fornecer energia a rede pública, passando a edificação de consumidora a fornecedora de energia, “rodando o relógio ao contrário”. Desta maneira não há perdas no processo de armazenamento, o excesso é injetado diretamente na rede, quando insuficiente (períodos de elevado consumo elétrico, ou baixa incidência solar, ou ainda a noite), a energia complementar é extraída da rede pública. O controle da tarifagem se faz-se através um medidor de energia, permitindo a concessionária fornecedora de energia da rede pública remunerar a produção de energia fornecida.