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projects ISSN 2595-4245

Introdução Ata 1º Lugar

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PORTAL VITRUVIUS. Concurso Fechado de Estudos Preliminares para a nova sede da Comunidade Shalom. Projetos, São Paulo, ano 07, n. 081.02, Vitruvius, set. 2007 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/07.081/2833>.


A construção de um mundo solidário e pacífico só será possível com a reunião das ‘pedras’ de todos.

Dois grandes muros de concreto (ciclópico na aparência), construídos com as mais variadas pedras das mais variadas procedências e cores - arenito, granito, basalto, mármore, calcário, etc. - estruturarão física e simbolicamente o novo Centro Comunitário Shalom. Pedras que perpetuam a memória do tempo (ou o tempo da memória), trazidas dos mais variados recantos por todos aqueles que participam das atividades da comunidade Shalom.

Ao longo da obra, essas pedras carregadas de significados, serão agregadas à construção dos dois muros que suportam o edifício e emolduram a Sinagoga. Em contraste com a textura e a cor, resultantes da mistura de pedras, todo o restante do Centro será edificado em concreto branco e vidro.

A implantação

Implantamos o edifício no sentido longitudinal do terreno, com entrada principal pela Rua das Fiandeiras e entrada secundária pela Rua Cavazzola, alinhado com o muro das casas adjacentes, com o objetivo de liberar o máximo de espaço de jardim no recuo junto ao belo arvoredo da Rua Ribeirão Claro.

O pavimento térreo, incluindo o jardim gramado, será implantado numa cota elevada 1,20m acima do nível das ruas circundantes, como um platô flutuante. Abaixo, dois pavimentos de garagens e algumas áreas de apoio; acima, três pavimentos para abrigar o programa proposto; na cobertura, duas quadras esportivas descobertas.

Implantação
Imagem dos autores do projeto

A Sinagoga

A Sinagoga ocupará o pavimento térreo e poderá encampar toda a área externa de jardim em determinadas cerimônias e festas ao ar livre, através da abertura de uma grande porta de vidro central, entre os muros de concreto e pedra.

Um forro de aço rebaixado cobrirá toda a área central de pé direito duplo da Sinagoga e se prolongará em balanço para o exterior (também entre os muros de pedra), conformando uma grande marquise sobre o gramado.

A Sinagoga será flexível em suas dimensões. Num primeiro momento, um núcleo central com galerias superiores, terá lugar para 240 assentos. Com a abertura das paredes laterais, compostas por painéis corrediços, este núcleo receberá o acréscimo das áreas laterais destinadas à convivência, e passará a contar com cerca de 500 assentos. Uma grande festa poderá incorporar a área externa do jardim, acomodando cerca de 800 pessoas.

Todo o interior da Sinagoga, de forma quadrangular, receberá painéis acústicos (incluindo os corrediços) de tapeçarias (‘Kilins’ e ‘Repassos’ de algodão e seda do Triângulo Mineiro) que, com elegante combinação e variação de cores, representarão o dia, a noite, o amanhecer e o entardecer. Novamente, utilizamos sutilmente a idéia do Tempo - nesse caso, um dia - como elemento simbólico/arquitetônico.

Esquemas de usos da sinagoga
Imagem dos autores do projeto

Os jardins

Os jardins têm um papel fundamental e estruturador no projeto, que é o de ancorar o edifício no plano horizontal e vertical, como um “L” verde.  No plano horizontal é o gramado elevado que dá continuidade ao térreo e à Sinagoga, nas mais deferentes atividades, Em dias de festa, este espaço poderá receber coberturas leves (velarium de tecido, por exemplo) para proteção contra o sol ou o sereno. No plano vertical, o jardim – como uma cortina verde formada por espécies vegetais trepadeiras e caideiras –, será sustentado por uma estrutura metálica ‘entelada’ que atingirá o nível da cobertura.

A circulação

Toda a circulação vertical e horizontal será concentrada numa lateral avarandada, voltada para o jardim vertical, objetivando liberar todo o restante dos pavimentos para suas funções específicas, ordenadas e de fácil reconhecimento e acesso. Além disso, essa varanda, aberta à ventilação e iluminação naturais e ao verde, criará uma atmosfera gentil.

Elevação noroeste
Imagem dos autores do projeto

Elevação sudoeste
Imagem dos autores do projeto

Elevação nordeste
Imagem dos autores do projeto

Os materiais

O concreto será utilizado em toda a estrutura do edifício – lajes e paredes, e será executado com ‘cimento branco estrutural’ quando aparente.

As pedras variadas, trazidas e oferecidas pelos membros e simpatizantes da Comunidade Shalom, darão a aparência final às duas empenas verticais. Estas, por serem feitas a muitas mãos, deverão surpreender no resultado final.

Os pisos serão de cimento polido (com pequenas pedras roladas, granilhas brancas e pretas) para facilitar a manutenção diária e o uso intenso. Esse piso, apesar da simplicidade aparente, é bastante resistente e também elegante em sua neutralidade.

As paredes internas serão de alvenaria (revestidas de argamassa nas áreas secas ou cerâmica nas áreas molhadas).

Os caixilhos serão delgados e executados em alumínio anodizado em painéis  com vidros laminados, afixados por sobreposição às vigas externas de concreto.

As varandas da circulação terão suas faces voltadas para as ruas e as laterais das escadas protegidas por panos de elementos vazados de concreto de 40 x 40 cm, com vidros, também sobrepostos externamente às vigas de concreto, afixados e estruturados por perfis metálicos.

As tapeçarias serão utilizadas internamente na Sinagoga em todas as paredes, com claros objetivos decorativos (cores, padrões e desenhos), e funcionais (aconchegância e conforto acústico).

Estudo cromático das tapeçarias
Imagem dos autores do projeto


O subsolo

Os dois pavimentos inferiores abrigarão estacionamentos para 122 carros, o Cambuza e a cozinha completa, vestiários, ambulatório, depósitos etc. É importante salientar que, com a elevação do térreo para a cota 1,20 acima da calçada e o rebaixamento dos jardins nos recuos de frente e fundo, teremos ventilação e luz natural nos dois níveis subterrâneos.

Estrutura

As duas grandes paredes de concreto compõem uma linha de apoio  complementada por outra linha se repete nos volumes do outro lado, com um vão central de 16 m, vencido por uma laje nervurada protendida, com altura de vigas de 60 cm. Longitudinalmente, esta laje avança em balanços de 7 m para a rua das Fiandeiras e para a rua Cavazzola. Com seu vão central livre, o edifício tem seus espaços internos inteiramente flexíveis, adaptáveis para novoslay outs eventualmente desejáveis no futuro. Esta configuração estrutural, nos pavimentos de subsolo, resultam numa modulação de 8 x 8 m, bastante econômica e adequada para seu uso como garagem.

Planta pavimento térreo
Imagem dos autores do projeto


Planta primeiro pavimento
Imagem dos autores do projeto

Planta segundo pavimento
Imagem dos autores do projeto

Planta terceiro pavimento
Imagem dos autores do projeto


Corte AA
Imagem dos autores do projeto

Corte BB
Imagem dos autores do projeto

ficha técnica

Escritório
Brasil Arquitetura

Arquitetos
Francisco Fanucci, Marcelo Ferraz

Colaboradores
Anne Dieterich, Carol Moreira, Cícero Ferraz Cruz, Fabiana Paiva, Gabriel Grinspum, Luciana Dornellas, Marcos Cartum, Pedro Del Guerra, Thomas Kelley, Vinícius Spira, Victor Gurgel

Consultorias
Acústica: Davi Akkerman
Estrutural: Fábio Oyamada
Luminotécnica: Ricardo Heder
Artista convidado: Edmar de Almeida

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Equipe premiada
São Paulo SP Brasil

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081.02 Concurso
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original: português

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Organização do concurso
São Paulo SP Brasil

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