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PORTAL VITRUVIUS. Concurso Público de Arquitetura para a Sede do Sebrae em Brasília. Projetos, São Paulo, ano 08, n. 089.01, Vitruvius, abr. 2008 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/08.089/2891>.


Sede do Sebrae em Brasília-DF

“Pátio, céu canalizado.
O pátio é o declive pelo qual se derrama o céu na casa.”
Jorge Luiz BorgesO partido adotado no projeto responde a um só tempo às condicionantes urbanísticas de Brasília - incluindo as características topográficas do terreno - e ao caráter da arquitetura que se pretende para a sede do SEBRAE. O que se propõe não é um edifício, mas um conjunto arquitetônico com: 1) ênfase na espacialidade interna, objetivando a integração dos usuários assim como da paisagem construída e natural; 2) máxima flexibilidade para a organização dos escritórios; 3) preocupação em se obter ótima performance ambiental e econômica.

O pátio

Todo o conjunto se desenvolve a partir desta espacialidade interior. Desenvolvido em planta, o vazio adquire grande presença no interior do conjunto, na forma de pátio onde se localizam as atividades mais públicas. Ao redor desta praça interna, no térreo inferior encontra-se o espaço do Centro de Formação e Treinamento (CFT) e os restaurantes, enquanto no térreo superior estão os principais acessos do conjunto, com varandas e a cafeteria abertas à cidade e ao lago.

Corte esquemático
Imagem do autor do projeto


A topografia e o sentido espacial. o térreo multiplicado

São dois os térreos. Optou-se por abrir um plano construído abaixo do nível da soleira, integrando-o verticalmente ao nível dos acessos, como térreos multiplicados, iluminados e ventilados pelo espaço livre que os circunscrevem, o que lhes concede expressão arquitetônica. O chão do edifício, público, é construído, portanto, distinto do terreno natural que o circunda, destinado às áreas verdes permeáveis.

A distribuição do programa

O arranjo do programa está diretamente ligado com a disposição das peças edificadas no terreno. Na base do conjunto (térreo inferior e superior) encontram-se as funções coletivas, as atividades que por vezes recebem colaboradores ou público externo, CFT e restaurantes. Estes espaços estão organizados e articulados pela Praça de Estar, marcada ainda pela presença do auditório. As funções administrativas, CDN e o corpo diretivo estão concentrados nos pavimentos superiores. No subsolo está organizado em um único pavimento a garagem e atividades relacionadas à manutenção predial.

Corte transversal 1/2
Imagem do autor do projeto


Os escritórios: modularidade e flexibilidade

O projeto prevê facilidades para alterações constantes de arranjos, tanto para os espaços, quanto para os componentes de instalações prediais e de infra-estrutura – piso elevado, forro e ausência de pilares no meio dos pavimentos. A área disponível para os escritórios é, realmente, livre.

Articulação, circulação e infra-estrutura

Para conectar todos os setores, criou-se uma estrutura periférica dupla - dois castelos de circulação vertical, infra-estruturas e apoios diversos - com múltiplas possibilidades de ligação: escadas protegidas ou comuns, varandas, passarelas e elevadores coletivos ou privativos promovem a comunicação entre os diversos espaços.  A circulação incorpora no desenho do percurso cotidiano o vazio central, acentuando sua presença. Todas as redes de infra-estrutura se distribuem para o conjunto a partir de lajes com instalações (forros e pisos elevados) e dutos verticais especializados (shafts).

Corte longitudinal 1/2
Imagem do autor do projeto


Acabamento e expressão arquitetonica

A expressão arquitetônica do conjunto arquitetônico proposto está estreitamente vinculada às decisões de projeto que concorrem no sentido de proporcionar uma obra organizada e eficiente com redução estratégica das ações construtivas. As estruturas serão tratadas e permanecerão aparentes, evidenciando-se a plasticidade do aço e concreto. Os painéis metálicos quebra-sóis brancos garantem a integridade do conjunto. Em linhas gerais o edifício contrastará o branco hegemônico dos acabamentos, com os pisos em pedra ou concreto, o azul do céu e o verde da paisagem envoltória.

Conforto ambiental e eco-eficiência

Presta-se atenção a todas as discussões contemporâneas sobre práticas de projeto e construção que possam reduzir ou eliminar significativamente os impactos negativos dos edifícios em seus ocupantes e no meio ambiente, em cinco grandes áreas: 1)Planejamento sustentável do site; 2) Proteção e uso eficiente da água; 3) Eficiência energética e energia renovável; 4) Conservação de materiais e recursos; 5) Qualidade do ambiente interno.

O conjunto, se edificado, com o térreo aberto permitirá visuais alongadas, sublinhando a possibilidade de extensão do chão público sem comprometer o gabarito que resguarda o céu de Brasília e que estará presente no grande espaço central conformado. Finalmente, a delicada curva do castelo de serviços na face norte, além de ceder parte do terreno para cidade marca a singularidade desta construção, nem pretensamente palácio nem isolada, mas superfície convergente e multiplicadora da urbe, sua historia, sua vida.

Paisagismo
Imagem do autor do projeto


Estrutura

O primeiro elemento de organização do sistema construtivo é a própria estrutura periférica dupla. As duas empenas que constituem os “castelos de serviços” - com circulação vertical, infra-estruturas e apoios diversos - serão em concreto moldado in loco.

Demais elementos da estrutura seguem modulação de 9.00 x 7.50 metros, que rege e organiza todos os espaços. Para o subsolo, térreo inferior e térreo superior optou-se por concreto moldado in loco com lajes protendidas de 25 cm apoiadas diretamente nos pilares e providas de capitéis. Para as lajes do pavimento térreo superior serão adotadas vigas de 60 cm de altura.

O auditório tem estruturação independente com vigas protendidas espaçadas 2.50 metros, com 16.50 metros de vão e apoiadas nas paredes laterais, sem qualquer interferência com a estrutura do subsolo.

Para os dois pavimentos de escritórios optou-se por um sistema de estrutura em aço. Tratam-se de duas treliças longitudinais espaçadas 18 metros entre si e solidarizadas por pórticos transversais com modulação de 7.5 metros. As treliças são apoiadas a cada 15 metros sobre pilares de concreto que advém dos níveis inferiores e são vinculadas às empenas. Os panos de piso serão executados com pré-laje apoiadas em vigas secundárias e nos pórticos principais distanciados 2.5 metros entre si, complementadas por laje moldada sobre pré-lajes, formando sistema misto e solidário. A execução desta etapa dispensará quaisquer cimbramentos e formas.

A interligação entre os dois blocos em nível se faz através de passarelas de concreto vinculadas às vigas superiores dos castelos por meio de pendurais.

A estrutura da nuvem é resolvida com duas vigas vagão e vigamento secundário em aço. As vigas vagão possuem 3.60 metros de altura que vencem o vão principal de 36 metros travadas entre si no plano dos montantes.

Esquema construtivo
Imagem do autor do projeto

Diagrama construtivo
Imagem do autor do projeto


Paisagismo

O projeto de paisagismo não é complementar ao edifício, pelo contrario, é o componente vegetal que faz o nexo entre o ambiente construído e o natural.  O edifício interpreta as normativas de Brasília e trata com desvelo não somente o céu mas o chão público da cidade, sua a “facies diferenciadora” .

O projeto de paisagismo proposto, portanto, interpreta o existente, enfatizando os seus aspectos mais importantes e reconstrói relações.

A manutenção dos percursos peatonais é um das considerações do projeto que oferta estas possibilidades de caminhos como gentileza urbana.

1. Complementação da vegetação arbórea existente no entorno: apropriação da paisagem extra muros para definição do limite visual, incorporando a paisagem envoltória no projeto; adoção da área do canteiro junto a Via L2 Sul para preservação como indicativo de uma ocupação mais coerente com os preceitos urbanísticos do plano original de Brasília, preservando sua feição de cidade-parque;

2. Bosques, barreira vegetal e corredor verde: tanto para formação dos pequenos bosques nas faces nordeste e sudeste, quanto para criação da barreira vegetal proposta na divisa sudoeste e no corredor verde será utilizada vegetação arbórea típica do cerrado brasileiro;

3. Estacionamento: proposição de vegetação arbórea junto a face noroeste do edifício, sombreando o estacionamento descoberto (piso permeável);

4. Jardins de pré-arquitetura: utilização de massas arbustivas em parte dos taludes, valorizando os pontos de abertura visual para o Lago Paranoá e o cinturão verde proposto;

5. Áreas gramadas ou relvadas: utilização de forrações nos taludes e nas coberturas do auditório e dos escritórios, contribuindo com o isolamento térmico desejável;

6. Espelhos d´água: proposição de jardins aquáticos nos dois espelhos d’água que estão  localizados no térreo superior.

Implantação/ cobertura/ máquinas
Imagem do autor do projeto

Planta nível 90.50 - Subsolo/ Garagem/ Manutenção
Imagem do autor do projeto

Planta nível 93.50 - Térreo inferior/ Restaurante/ CFT/ Acessos
Imagem do autor do projeto

Planta nível 97.00 - Térreo superior/ Acessos
Imagem do autor do projeto

Planta nível 100.50 - 1º pavimento/ Escritórios
Imagem do autor do projeto

ficha técnica

Arquitetura
Alvaro Puntoni
Luciano Margotto
João Sodré
Jonathan Davies
[gruposp+nucleo de arquitetura]

Colaboradores
Rafael Murolo
André Nunes
Julia Valiengo
Isabel Nassif

Estrutura
Jorge Zaven Kurkdjian

Paisagismo
Fernando Chacel
Sidney Linhares

Conforto ambiental
Luis Chicherchio

Climatização
Eizo Kosai

Instalações
Ulisses Tavano
Wang Suong

Transporte vertical
Moacyr Motta

Orçamento
Mauro Zaidan

Maquete
Gaú Manzi
Fabio Gionco
José Paulo Gouvêa

Fotografia
Nelson Kon

source
Organização do concurso
Brasília DF Brasil

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089.01 Concurso
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original: português

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Organização do concurso
Brasília DF Brasil

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089

089.02 Concurso

Concurso de Idéias para a Revitalização da Frente Ribeirinha do Porto na Zona de Intervenção Prioritária

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