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PORTAL VITRUVIUS. Concurso Público de Arquitetura para a Sede do Sebrae em Brasília. Projetos, São Paulo, ano 08, n. 089.01, Vitruvius, abr. 2008 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/08.089/2891>.


Partido

O terreno localiza-se fora do plano piloto projetado por Lucio Costa, em uma área na qual a estrutura linear da cidade foi quebrada. A topografia da quadra, marcada pelo declive em direção ao lago do Paranoá, o gabarito definido para o Setor de Grandes Áreas Sul com altura máxima de 9.50m e a desordem dos lotes vizinhos determinaram o partido do projeto. O novo prédio para a Sede do Sebrae é uma estrutura independente que ergue-se sobre o desnível do terreno condensando os usos em uma peça unitária que se abre em direção ao lago. Volume que em seu interior surpreende pela sua unidade volumétrica e espacial desenhando uma nova perspectiva, que evita o conflito com outras edificações. O gramado do terreno se levanta em um extremo, como uma folha de papel, dando forma a uma cobertura que envolve todo o programa, deixando entrever o acesso principal através de um rasgo na laje. Para evitar o acesso, o plano da cobertura foi elevado do chão. Esta solução, simples e econômica, cria uma barrera sem interferir na leitura do projeto. O prédio projetado se define com uma linguagem contemporânea: o plano superior dota de caráter ao conjunto, num gesto unitário e claro. Este plano proporciona inércia térmica devido à laje de concreto e à camada de terra sob a cobertura vegetal ajudando a vencer a alta amplitude térmica diária e garantindo atraso e amortecimento térmico dentro do edifício, reduzindo o uso intensivo do ar condicionado.

Trata-se de um prédio solitário, que resiste à integração formal com a estrutura urbana existente, para evocar de modo mais claro e desempenhar de forma mais completa, ao nosso ver, um importante papel: estabelecer uma relação particular com a paisagem, com a sua força natural e topografia. Partimos da idéia de criar espaços com vistas para o lago, protegidos pela edificação. A vista se escapa em todas as direções, ao mesmo tempo em que a luz entra pela frente, pelos lados e por trás, como quando estamos ao ar livre; a luz nos rodeia.

O programa é definido em um lote de superfície quadrada dividido em 4 pavimentos, dois sobre o nível da rua de acesso e dois sob a rasante do terreno. A posição do prédio em relação à topografia possibilita o acesso pela planta intermediaria (chamada de pavimento térreo) facilitando a conexão vertical (sobe um pavimento ou desce dois) a través de uma escada que assume o protagonismo do espaço interior, organizando de forma simples e fluida a separação entre os ambientes. Este fato diminui o percurso de saída de emergência, e permite o uso de escadas não enclausuradas.

O primeiro pavimento, mais nobre, com pé direito maior e embaixo da cobertura inclinada, é reservado à diretoria e possui um acesso privativo. O pavimento térreo abriga as unidades vinculadas à Presidência (PRESI) e à Diretoria Técnica (DITEC). O pavimento -1 recebe as unidades vinculadas a Diretoria de Administração e Finanças (DAF) assim como os setores de apoio. Nestes pavimentos foi adotado um layout com salas fechadas e estações de trabalho abertas. A forma estreita dos pavimentos permite alto desempenho da iluminação natural em todos os ambientes. Desta forma 100% dos funcionários tem acesso à vista externa e à iluminação natural. Outra característica importante deste tipo de ocupação é que, havendo necessidade de mudança por crescimento, redução ou reestruturação do departamento, mudam-se as pessoas de lugar e não o layout, configurando, portanto, um potencial grande de redução dos custos relativos as mudanças.

No andar inferior (pavimento -2) encontram-se as instalações do CFT (com acesso independente), os restaurantes, biblioteca e as diversas áreas técnicas. Esta posição independente, no nível da via setor embaixadas sul, facilita o seu funcionamento mais autônomo em caso de uso de terceiros, assim como uma maior facilidade de evacuação em caso de incêndio.

O estacionamento foi dividido em dois pavimentos (-1 e -2) que ocupam uma faixa de 30 m de largura e o comprimento da área edificável. O acesso é direto da rua paralela a Via L2. Sua posição, semi-enterrado, facilita a ventilação e a iluminação natural, criando um espaço agradável. Os dois pavimentos estão comunicados através de uma escada e um elevador. Foi criado também um estacionamento para a diretoria, com acesso direto ao prédio através de um elevador privativo. Referente à quantidade de vagas, a tabela IV da legislação edilícia local pede 1 vaga p/ cada 45m2 (222 vagas). O prédio dispõe de 208 vagas para carro e 27 vagas para moto na área coberta e 16 vagas externas para carro.

Acessos e fluxos

O projeto e seus acessos (ver esquema 1)

Acesso 1
Ë o acesso principal das pessoas que chegam a pé, de ônibus ou de carro. Realiza-se através de uma praça de caráter público, que se enquadra na tradição dos átrios descobertos, um lugar de reunião, constituindo um espaço ideal para facilitar o acesso e a espera de veículos. A praça, apesar da dureza dos materiais, permite ao seu usuário andar, passear, divagar, brincar com a água das fontes, correr, deitar no banco, descansar... A presença de água aumenta a umidade relativa do ar, ajudando no conforto térmico.

A praça encaminha o pedestre até uma passarela sobre o pátio interno que controla a privacidade, assim como a ventilação e iluminação dos espaços do pavimento inferior. Um grande átrio interno, que permite ver com clareza os ambientes que definem o programa, recebe o visitante e o direciona às diferentes áreas. Uma vez dentro do prédio a recepção e o controle através de catracas distribuem e separam os diferentes fluxos. (funcionários, visitantes e CFT)

Acesso 2
Ë o acesso das pessoas que chegam de carro. Realiza-se pelo pavimento -1. A saída do estacionamento está provida de uma recepção e controle para direcionar as pessoas. O percurso entre o estacionamento e o prédio é através de uma passagem coberta, entre os espelhos de água.

Acesso 3
Ë o acesso para as autoridades. Foi criado um estacionamento exclusivo para a diretoria, numa área aberta, com iluminação e ventilação natural e acesso direto ao prédio a traves de um elevador privativo.

Acesso 4
Trata-se do acesso para o Centro de Formação e Treinamento (CFT). Foram criados dois acessos:

1. O acesso do pedestre realiza-se através do pavimento térreo (acesso 1) pela escada do vazio central.

Os visitantes descem direto no pavimento -2 na área de convívio, restaurantes e café.

2. O acesso através do estacionamento se realiza pela recepção e controle do pavimento -2. O visitante chega ao foyer do auditório e das salas multiuso em contato direto com a área de convívio, restaurantes e café.

Ambos não interferem no fluxo diário dos funcionários facilitando o seu uso simultâneo.

Acesso 5
É o acesso de serviço para carga e descarga, inclusive para os funcionários de manutenção. Realiza-se pela via de ligação. Ele é totalmente independente, sem interferir no funcionamento diário do Prédio.

Todos os acessos permitem a entrada para os portadores de deficiências físicas diversas.

Fluxos internos

Visitantes
Uma vez dentro do prédio, a recepção direciona o visitante às diferentes áreas. Só tem acesso interno depois de passar pelo controle. A escada de três lances do vazio tem caráter quase exclusivo para visitantes e para o acesso ao CFT.

Funcionários
Os funcionários têm acesso livre pelo prédio. Dois núcleos de escadas e 4 elevadores com capacidade para 11 pessoas  permitem a circulação vertical, facilitando o acesso aos diversos andares do edifício.

Diretoria
A diretoria tem acesso livre pelo prédio. Um elevador privativo com acesso independente prevê o acesso dos presidentes e das autoridades com discrição.

Especificações gerais
Nesta etapa enfocamos as questões técnicas e de custo. O projeto optou por conferir uma geometria simples ao edifício, adequada a construção com estrutura de concreto e a geração de recintos regulares, própios a desejada flexibilidade dos espaços de trabalho. Um prédio simples e compacto, uma construção consciente de que a máxima flexibilidade somente é possível dentro de uma ordem.

Para prover flexibilidade de espaços, a estrutura está modulada em vãos de 7.50 x 7.50 m e de 9.00 x 9.00 m nas pontas, prevendo shafts para as instalações de elétrica e hidráulica e salas para ar condicionado. Foi prevista uma estrutura de lajes maciças e vigas, a mais econômica, tanto para a modulação de 7.50 x 7.50m como para a de 9.00 x 9.00m.

A cobertura, ponto importante do projeto é uma estrutura formada por lajes maciças e vigas situadas paralelas ao fluxo natural das águas. Uma grande calha da a volta em toda a cobertura captando a água na parte inferior da cobertura, em duas caixas enterradas. Este sistema evita condutores de água pluvial dentro do prédio. Esta água captada e armazenada vai ser reaproveitada na lavagem das áreas externas, e irrigação e o excedente será reutilizado apos tratamento adequado como água não potável para os vasos sanitários. O projeto dos sistemas elétricos e hidráulicos será concebido para dotar a edificação de todos os conceitos de sustentabilidade, particularmente visando o bem estar do usuário e o menor impacto ao meio ambiente onde estará inserido. Buscará o menor consumo dos insumos básicos e visará a operacionalidade dos sistemas de forma integrada, com o máximo desempenho. Será concebido para garantir funcionalidade, segurança, durabilidade e menores custos na manutenção destes sistemas para o edifício. Também para permitir grande flexibilidade na evolução do uso dos espaços, ao longo da vida útil da edificação, estando preparado para o retrofit de materiais e sistemas, com completa possibilidade para incorporar novas tecnologias.

As divisórias e os caixilhos foram modulados em vãos de 1.25 x 1.25m oferecendo uma máxima flexibilidade. O piso elevado para passagem da fiação elétrica e cabeamento para as redes de telecomunicações, sistema de iluminação artificial com lâmpadas e luminárias de alto desempenho com a possibilidade da existência de sensores que propiciarão a otimização (e conseqüente economia de energia) da luz artificial em relação à luz natural, ar condicionado adequado, permitem o uso de um mobiliário auto portante com painéis divisórios mais leves, suspensos do piso para melhorar a circulação do ar e a eficiência dos serviços de limpeza, tornando o ambiente de trabalho mais saudável e agradável. Não foi previsto forro em placas contínuas, criando um visual diferente com a laje de concreto aparente, iluminação pendurada modulada a cada 1.25m, tubo de ar condicionado tipo giroval aparente e placas acústicas penduradas nos espaços de trabalho abertos.

O fechamento externo do edifício recebe caixilhos e vidro incolor em todo o perímetro exceto na fachada Noroeste. Proteções solares exteriores garantem o controle da radiação solar que atinge as fachadas, assim como o excesso de luminosidade e o ofuscamento.

A fachada Noroeste vai receber um vidro de alto desempenho que garante o controle da radiação solar na área de circulação do edifício. Trata-se de uma fachada importante, onde o brise acabaria com a transparência requerida no projeto e minimizando o seu caráter institucional

Materiais

O prédio será construído predominantemente em estrutura de concreto, vidro, alvenaria para áreas molhadas e divisórias modulares para os ambientes de trabalho. Nas áreas de trabalho as placas de piso elevado vão ser revestidas com carpete em placas. Na circulação, e nos sanitários com placas elevadas de granito cinza andorinha. A praça de acesso vai ser com placas elevadas de concreto sobre bases de concreto, permitindo a permeabilidade do solo. No pavimento -2, o piso vai ser também com placas de granito nas áreas mais nobres, e concreto desempenado em requadros com junta cortada nas áreas de manutenção e serviços. Fora os blocos de serviço e circulação vertical dos pavimentos e a área de manutenção no pavimento -2, em alvenaria, o restante das paredes vai ser tipo divisória de gesso cartonado entre as salas e divisória de vidro na parte frontal permitindo uma maior flexibilidade no caso de modificações de layout. Todas as fachadas, exceto a Noroeste vão receber brise de alumínio perfurado em réguas de 3x2,66 cm com angulo de 30º  para obter uma melhor proteção da fachada.

Conforto ambiental

O edifício apresenta-se como um prédio bioclimático que se adapta ao clima local, consumindo desta forma menos energia e favorecendo a ventilação e a iluminação naturais. A orientação, forma, situação do edifício e as características de seus componentes – geometria e orientação das janelas, aberturas, cobertura e paredes – respondem a direção dos ventos e à posição do sol, garantindo um bom comportamento climático do edifício permitindo a ventilação cruzada dos ambientes.

O edifício foi concebido de forma a enquadrar-se no conceito de Green Building, ou Edifício Sustentável, tendo como parâmetro o manual da certificação americana LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), hoje adaptado à realidade brasileira pelo Green Building Council do Brasil.

A aplicação deste conceito traz grandes benefícios para a qualidade ambiental do edifício e do seu entorno, que se inicia por um rígido controle das atividades de construção minimizando impactos no solo. A permeabilidade do solo a grande parte das águas pluviais, a boa qualidade do ar e da temperatura externa, são obtidos por meio da utilização de espelhos de água, de laje com cobertura vegetal adaptada ao clima local e pisos externos permeáveis. A densidade de massa da cobertura ajardinada tem propriedades térmicas significativas permitindo que o interior do edifício seja menos susceptível a variações de temperatura. Além disso, a massa fornece um excelente isolamento acústico e a evaporação gradual da água da chuva retida pela vegetação, fornece uma refrigeração natural nas altas temperaturas. Foi escolhida a grama amendoim como forração na cobertura. Ë uma herbácea reptante, perene, nativa do brasil que se comporta muito bem a pleno sol e em áreas inclinadas, dispensando podas periódicas.

O espelho de água ajuda e garante o aumento da umidade relativa do ambiente central do prédio e a proteção solar afastada das fachadas ajuda a criar a convecção dando-se o efeito de sucção.

O projeto prevê a minimização do uso da água potável da rede pública, por meio da captação e armazenamento de águas pluviais para fins de reaproveitamento na lavagem das áreas externas e irrigação. Equipamentos que utilizam a água de forma racional como o duplo acionamento de bacias sanitárias (3 e 6 litros), torneiras com temporizadores e mictórios secos reduzem o consumo de água e a quantidade de esgoto gerado.

Ar condicionado
O objetivo das instalações de Ar Condicionado, Ventilação e Exaustão Mecânica é manter as condições necessárias e suficientes para conforto humano, controlando a temperatura e a poluição nos diversos ambientes.  

O uso racional da energia elétrica está presente nas estratégias passivas, tais como o aproveitamento da luz natural, da ventilação natural, nas proteções solares exteriores, nos vidros de alto desempenho, assim como na escolha de um Sistema de Resfriamento Evaporativo nas áreas de circulação, biblioteca, restaurantes e cafeteria minimizando o uso intensivo dos sistemas de ar condicionado. Este sistema umidifica o ar do ambiente e funciona com ar externo. Ajuda a reduzir a temperatura do ambiente melhorando a umidade, atua como lavador do ar retirando as partículas sólidas e tem baixo custo inicial, manutenção quase zero e baixo consumo elétrico.

Nas áreas de escritório e na sala multiuso vai ser usado um Sistema de Resfriamento Indireto através de dois resfriadores de líquido com condensação à ar e diversos condicionadores do tipo Fan & Coil. No auditório o Sistema de Ar Condicionado será completamente desvinculado do Sistema de água gelada e será atendido através de dois condicionadores do tipo Self-Contained com condensação à ar, integrado.

Iluminação
Desde o exterior, o prédio é como uma lâmpada. Absorve as diferentes tonalidades da luz do sol; reflete luz e cor e tem um aspecto diferente dependendo do lugar de onde você olha, da luz do sol ou do tempo. A própia luz interior (componente de luz indireta muito grande) vai funcionar como uma grande lanterna filtrada pelo brise.

A praça vai receber iluminação a traves de balizadores. A escultura terá uma iluminação especial de baixa voltagem na água, complementada com refletores de vapor metálico na laje.

Nas áreas de escritório o sistema de iluminação artificial prevê lâmpadas e luminárias de alto rendimento com possibilidade de dimerização para controle da luz. Foram previstas linhas contínuas de fluorescentes com sistema direto indireto com lâmpada T5 de última geração com modulação de 1.25x1.25m permitindo total flexibilidade.

Na sala multiuso e no auditório, as luminárias vão ser fixadas entre as nervuras da laje. São downlights para lâmpada alógena dimerizada. Esta iluminação de teto poderia ser complementada com iluminação nas paredes. O palco vai ter uma iluminação especial para pequenas apresentações.

O partido arquitetônico contempla também a boa qualidade do ambiente interno por meio de sistema natural e artificial de troca e filtragem do ar, iluminação natural e visão do exterior em grande parte dos ambientes de trabalho, conforto térmico, conforto acústico e uso de materiais e revestimentos com baixo índice de volatilidade de substâncias tóxicas.

Dispõe sobre a utilização de materiais provenientes de reciclagem e reutilização, a fim de que seja priorizada a utilização de materiais locais e de produtos de baixo impacto ambiental.

ficha técnica

Arquitetura

Autor
Claudio Libeskind

Co-autores
Sandra Llovet
David Libeskind

Colaboradores
Mario Lotfi
André Procópio
David Ruscalleda

Comunicação Visual

Autor
Arquiteta Cristina Maria Loureiro Sion

Paisagismo

Autor
Claudio Libeskind

Co-autores
Sandra Llovet
David Libeskind

Colaboradores
Mario Lotfi
André Procópio
David Ruscalleda

Cálculo estrutural

Autor
Dr. Engº Mario Franco

Instalações prediais

Autor
Engº Luiz Olimpio Costi

Co-autor
Alberto Toshio Shibayama

Colaboradores
Eduardo Vitor Koller
Fabio Parada Ortiz

Conforto ambiental

Autora
Arquiteta Lúcia Fernanda De Souza Pirró

Orçamento

Autor
Engº Ricardo Straub

Co-autora
Arquiteta Daniela Straub

Iluminação

Autor
Arquiteto Gilberto Franco

Co-autor
Carlos Antonio de Souza Fortes

Ar-condicionado

Autor
Engº mecânico Nivaldo Pinto de Camargo Bósio

Co-autor
Christian Hendrik Scheepmaker

Colaborador
Antônio Celso Pereira Correa

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Equipe premiada
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