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PORTAL VITRUVIUS. Concurso Público Nacional Complexo Hotel Paineiras - Parque Nacional da Tijuca. Projetos, São Paulo, ano 09, n. 106.01, Vitruvius, set. 2009 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/09.106/2984>.


Um novo corpo

”…uma restauração também significa dar uma nova imagem ao edificio” (Eduardo Souto de Moura)

A privilegiada situação existente – natural e construída – fez-nos pensar um projeto capaz de assimilar o novo programa proposto sem causar grande impacto na paisagem. A partir da clara distinção entre o antigo e o novo, buscou-se dar nova imagem ao local por meio de uma proposta organizada em três atos:

Um: Estação de transferência

Um prisma retangular encravado no terreno conforma um novo embasamento em contraponto à topografia pré-existente, permitindo que a própria inclinação da Estrada das Paineiras possibilite o acesso a cada um dos pavimentos de garagem, de modo a minimizar a utilização de rampas para automóveis.

Essa estrutura – ora enterrada, ora suspensa – possibilita a criação de um espaço na cota 751,20 destinado ao transbordo de passageiros, criando o necessário controle de acesso à Estrada do Corcovado.

Posicionada na cota 760,20, sua cobertura toma o nível do pavimento térreo do hotel como referência, criando um espaço aberto mas protegido, capaz de abrigar o comércio, os sanitários públicos, a bilheteria e o acesso à estação de trem.

Seu piso de madeira, ladeado por um  espelho d’água, configura uma esplanada que se estende à outra extremidade do complexo, junto ao alpendre pré-existente, possibilitando acesso a todos os programas e conferindo unidade ao conjunto.

Dois: Centro de Convenções

Posicionado ao lado do Edifício do Hotel, o volume suspenso destinado ao Centro de Convenções segue a lógica de implantação linear dos edifícios pré-existentes, localizados ao longo da mesma curva de nível.

Além de abrigar o Auditório, Salas de reunião, Foyer e demais espaços de apoio, sua estrutura permite a criação de uma cobertura sobre um trecho significativo da esplanada, sem causar qualquer interferência estrutural nos níveis de estacionamentos.

Tirando partido da inclinação da platéia do auditório, a projeção do volume suspenso se estende sobre a linha do trem, definindo o espaço da praça coberta e das plataformas da estação sob um único teto.  

Passarelas em diferentes cotas criam a desejável conexão com o Edifício do Hotel, tanto para o acesso direto dos hóspedes ao foyer, como também para a interligação do Centro de Convenções com os espaços da lanchonete e do restaurante.

Três: O Restaurante, o Hotel e o Museu

A intervenção realizada no edifício do antigo hotel pretende valorizar sua volumetria externa original a partir da demolição do acréscimo realizado no último pavimento e de transformações significativas em seus espaços internos.

Nesse espaço, privilegiado ponto de observação para toda a paisagem, foi instalada uma leve construção em estrutura metálica e fechamento em vidro capaz de abrigar a lanchonete – destinada aos turistas do complexo – e o restaurante do hotel.

Distribuídos nos andares intermediários, os quarenta dormitórios foram redesenhados de modo a ampliar o aproveitamento das janelas e a relação dos dormitórios com o exterior, ação possibilitada pelo novo arranjo dos sanitários, módulos inseridos na estrutura pré-existente ao longo da circulação horizontal central.

Essa nova disposição dos dormitórios permite criar um vazio contínuo do pavimento térreo à cobertura, espaço que organiza a circulação vertical do edifício e que permite ampla iluminação natural a todos os pisos.

O pavimento térreo, livre de paredes internas e perimetrais, foi ocupado apenas por um volume de vidro – responsável por abrigar administração, recepção e espaços de estar do hotel – que possibilita a livre circulação de pedestres em direção à Sede da Fundação Chico Mendes, à piscina e à escadaria de acesso ao Museu.

Este último, aproveitando a privilegiada localização geográfica do subsolo, transforma uma área abandondada da antiga construção em um programa público de grande importância simbólica. Semi-enterrado, o espaço expositivo possibilita diferentes formas de ocupação e é iluminado por clarabóias localizadas nas extremidades e por uma grande janela central que, desenhada em continuidade à esplanada do pavimento térreo, permite o enquadramento de inesperadas vistas da mata e da cidade.

ficha técnica

Autores
Arq. Anita Freire
Arq. Anderson Freitas
Arq. Carlos Ferrata
Arq. Cesar Shundi Iwamizu
Arq. Júlio Cecchini
Arq. Pedro Barros
Arq. Pedro Ivo Freire

Ilustração
Arq. Vallandro Keating

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