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PORTAL VITRUVIUS. Concurso de Estudantes do IX ENEPEA. Projetos, São Paulo, ano 09, n. 107.01, Vitruvius, nov. 2009 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/09.107/2990>.


Memorial Justificativo

De que forma um sistema de parques pode transformar uma região frágil ambientalmente e socialmente? Como recuperar a auto-estima de uma população historicamente marginalizada? Esses foram os primeiros questionamentos feitos pela equipe, e a partir deles é que chegamos ao conceito criado por Kevin Lynch de Paisagens Participativas que guiaria todo o nosso processo de criação, tentando ao todo tempo aliar aspectos antrópicos e naturais em um desenvolvimento de longo prazo e sustentado. Mais do que apenas lazer e espaços de convívio as pessoas que ali habitam necessitam de infra-estrutura básica, oferta de serviços, acesso a informação, ou seja, a base para que se sintam cidadãos de fato. Com isso, a primeira idéia foi criar não só áreas de lazer e convívio, mas sim uma rede de equipamentos, na tentativa de inicialmente atender necessidades básicas da população, e de fazer que as pessoas que ali habitam se apropriassem dos parques não só como um mero local de descanso,mas que esse tivesse um papel importante e fundamental na sua formação. Fazer com que os parques façam parte da vida delas,que sintam orgulho de si mesmas e do local onde vivem, e melhor do que isso, fazendo parte do processo de funcionamento dos parques. Acabar com o estigma, quebrar as fronteiras sociais por meio da paisagem, esse é o objetivo.

1 - Presença (direito de acesso): Os parques e as praças criados têm a função de gerar espaços representativos para a comunidade, organizando o sistema de espaços livres em uma sinergia com aspectos sociais e ambientais da região. Cada parque concentra atividades de recreação e lazer para todos os públicos, e também edifícios e equipamentos que gerem atividades e tratem das necessidades dos moradores.

2 - Uso e Ação (direito de utilização ao longo do tempo): É garantir com que as pessoas se sintam a vontade nesses parques, que não se sintam estranhas ali. Dessa forma a idéia de espalhar equipamentos pelos parques funciona como mais um atrativo, de forma que os parques servindo como pontos de trabalho, educação, lazer e serviços teriam grande apelo de utilização para a população. Dessa forma as relações entre usuário e espaço se dão de forma recíproca. O usuário pode tanto usar o espaço como pode agir nele e com ele.

Corte Parque Linear
Imagem: Fabio Faria


3- Apropriação (simbólica e de fato): Talvez o principal dos pontos, a apropriação é o mote do nosso projeto: transformar uma comunidade estigmatizada por problemas sociais e ambientais em uma região de orgulho, tratando os espaços públicos de maneira individualizada e compartilhada. Propomos que a própria comunidade desenvolva o parque e seus futuros projetos, para que ao longo do tempo ele seja construído e utilizado pelos moradores de maneira efetiva.

4 - Modificação (direito de transformação): Apesar de manter uma unidade em todos os parques, através do seu tratamento, cada espaço gerado pelas superfícies tem um caráter, que é planejado para se desenvolver ao longo do tempo junto com a comunidade, na intenção que ele nunca esteja pronto, mas sempre mantenha a flexibilidade de mutação para atender às necessidades variantes ao longo do tempo.

5 - Disposição (desfazer-se de um espaço público): Ao contrário do senso comum, nem todos os espaços devem ter uma intervenção antrópica. Propomos manter áreas vazias, com tratamento paisagístico natural e que gerem espaços de apreciação, mas que, seguindo os outros princípios, possam adquirir novo caráter, com diferentes usos e - dependendo da necessidade do bairro - deixar de ser espaço de parque para se transformar em espaços sociais.

Relevo e vegetação

Áreas úmidas são ecossistemas frágeis, de alta complexidade ecológica, que, por estarem em relevos planos ou abaciados, se encontram freqüentemente com elevados níveis de saturação hídrica, o que, impede o surgimento e desenvolvimento da maioria das espécies de vegetação.Sendo assim partindo do processo natural de desenvolvimento de matas ciliares que permitem o crescimento de uma grande diversidade de espécie arvores.

A formação da mata ciliar é favorecida pelas excelentes condições dos terrenos próximos dos rios. Os rios fornecem a água e os nutrientes, que são levados através deles, se depositam em suas margens e ajudam as plantas a crescer. Modificando a topografia de forma a criar pequenos morros de sedimentos, nutrientes, que permitem também um controle da saturação hídrica afastando-a superfície dos lençóis freáticos, a proposta permite o desenvolvimento de uma vegetação mais diversificada e de hortas comunitários.

Corte Parque Lambarí
Imagem: Fabio Faria

Parque Linear

Composto por um trecho linear e um parque em uma de suas extremidades. Por sua localização próximo a rodovia, foi escolhido como porta de entrada do Sistema de Parques do Guarituba. No trecho linear a proposta foi criar um espaço de circulação, composto por ciclovias e calçadas largas ,e contemplação com áreas de sombra e extensas linhas de bancos. Junto ao parque linear passará a Via Parque com duas vias de rolamento e duas de estacionamento. No parque localizado junto a rodovia a estratégia foi concentrar os equipamentos de lazer do lado esquerdo da gleba, evitando ocupar a faixa alagada próxima a PR. Ao centro do terreno foram criadas quarto ilhotas que serão ocupadas pelas hortas comunitárias. E por fim , a implantação de uma área de apoio aos produtores rurais e o Living Machine, estufa de tratamento de esgotos de alcance regional, recuperando naturalmente a água que segue para o canal aberto ou tratamento na estação contígua. A matéria orgânica proveniente do tratamento de esgoto da Living Machine passará por um processo de compostagem para futuramente servir de adubo para as hortas comunitárias.

Parque Lambari

Parque composto de várias ilhas, funcionando como uma bacia de contenção em paisagem natural, tem seu caráter principal ser o núcleo de educação ambiental, valorizando o contexto onde a comunidade está inserida. Conta com o edifício-escola e também com o centro de reciclagem, onde propõe-se a criação de uma cooperativa de triagem de resíduos sólidos, gerando emprego, renda e principalmente a conscientização dos moradores sobre a questão ambiental à qual estão inseridos. Está localizado numa das áreas mais densas do bairro, se tornando um grande pólo de atração - e por isso contando também com espaços de lazer, recreação e esportes.

Parque Mandi

Para esse parque a estratégia foi dar ênfase a espaços de contemplação conectados por circulações entre os morros, de forma a forçar um trajeto que cause sensações diferentes a quem por ali circular, limitando em um primeiro momento o horizonte para dentro do parque mas possibilitando também visuais para fora dele,criando então uma paisagem dinâmica que instigue a interação e curiosidade dos usuários. Como equipamentos de lazer foram propostas apenas churrasqueiras sobre os morros mais próximos ao lago central. Sob os morros também a proposta é o plantio de árvores com o intuito de criar áreas de sombra. Para contrastar com essa paisagem foi criada uma grande praça seca no centro da gleba com o intuito de proporcionar um espaço que, embora pareça comum, tem um grande significado para uma população que sofre com constantes enchentes, passando assim uma sensação de “segurança” aos usuários. Nessa praça estarão localizadas a sede administrativa do bairro e um centro comunitário com oferta de serviços institucionais, assim como um auditório ao ar livre e um grande obelisco no centro da praça, como marco principal do Sistema de Parques do Guarituba.Na área logo a direita do parque serão a proposta é a implantação de um mercado central e área de lazer composta por duas canchas e uma pista de skate.

Corte Parque Mandí
Imagem: Fabio Faria


Parque Acará

Localizado no ponto de exultória da bacia do Guarituba, nessa área a prioridade é conter a descida da água que se dá de forma acentuada pelo relevo, sendo assim foram criados pontos de atração nas extremidades do terreno, esses equipamentos serão implantados em morros, que servirão de áreas de lazer e ao mesmo tempo de barreira para a água. Para as áreas de lazer foram propostas três canchas, um módulo de playground e churrasqueiras nas cotas mais elevadas do terreno. Mais uma vez a intenção é criar espaços dinâmicos que exijam a interação e a criatividade do público usuário, dessa forma surge o desenho tortuoso das circulações. Como espaço de serviço a comunidade e marco principal do parque a proposta é a implantação de uma unidade de saúde de escala regional.

Sistema viário e drenagem

Corte Parque Acará
Imagem: Fabio Faria

Cortes de ruas-arteriais


Trabalhados de forma a atuar em várias funções, os sistemas do projeto se interrelacionam de maneira sutil. O sistema de transporte foi planejado a partir de duas hierarquias principais: as chamadas vias locais, no interior das quadras, e as vias conectoras, que ligam as várias partes do bairro com os parques e a rodovia, principal eixo de ligação com a cidade de Curitiba e o centro de Piraquara. As vias conectoras foram dispostas de modo a estarem sempre a uma distância curta à pé de qualquer lote, proporcionando maior comodidade para os moradores. Ao mesmo tempo, são os principais meios de drenagem, pois possuem o sistema de bioswale em sua extensão, que atua como método de absorção de elementos poluentes presentes nas ruas, purificando a água e a conduzindo ao parque linear, onde receberá o devido tratamento.

ficha técnica

Equipe Alunos UFPR
André Vinícius dos Santos Ambrósio
Fabio Henrique Faria
João Gabriel Cordeiro
Robison Calaça
Thiago Albino Maso

Prof. Orientador
Emerson José Vidigal

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Equipe vencedora
Curitiba PR Brasil

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107.01 Concurso
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original: português

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Organização do concurso
Curitiba PR Brasil

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107

107.02 Concurso

Concurso de Anteprojetos de Arquitetura Parque Cultural de Valparaíso

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