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PORTAL VITRUVIUS. Concurso de Estudantes do IX ENEPEA. Projetos, São Paulo, ano 09, n. 107.01, Vitruvius, nov. 2009 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/09.107/2990>.


Conceito Geral

O projeto tem como objetivo principal promover o desenvolvimento sustentável e a consciência ambiental da comunidade local através da requalificação urbana e do tratamento paisagístico, de forma a atuar na transformação dos espaços criados.

As atividades promovidas pelos parques procuram suprir necessidades ligadas ao lazer, cultura, esporte. A localização destes equipamentos dentro dos parques acontece de forma a instigar a relação entre faixas etárias compatíveis.

Os parques foram concebidos como extensão da rua. Desta forma tem-se o prolongamento e alargamento dos passeios que induzem os pedestres a acessarem os parques.

O principal desafio para a ocupação da área de manancial, ambientalmente frágil, foi resolver a problemática ligada ao sistema de drenagem e ao tratamento de esgoto.

A proposta para a drenagem envolve o projeto de uma bacia de contenção e de canais extravasores. Quanto ao tratamento de esgoto optou-se por um sistema que substituísse o convencional.

A técnica escolhida engloba o sistema de reatores anaeróbicos (tratamento primário) e o sistema de wetlands (tratamento secundário).

 Primeiramente a matéria orgânica biodegradável passa pelo reator anaeróbio de fluxo ascendente produzindo lodo e gás carbônico. O lodo passa por um pós-tratamento nas wetlands, ecossistema artificialmente projetado onde se tem o uso de plantas aquáticas (macrófitas) como filtradoras da matéria, removendo principalmente o fósforo e o nitrogênio.

O subproduto das wetlands funciona como fertilizante natural que serão utilizados nas hortas comunitárias propostas nos parques.

Os fatores que culminaram para a escolha deste sistema de tratamento foram: o baixo custo de implantação e manutenção; a sustentabilidade do sistema (baixo consumo energético); a possibilidade de reuso do lodo gerado pelo sistema; a flexibilidade e expansão.

Sistema viário

O sistema viário foi hierarquizado da seguinte forma:

Vias de acesso externo – vias de ligação entre o Guarituba e o entorno municipal e regional – uso de árvores da espécie Tipuana nos passeios como forma de conter parte da poluição;

Vias de ligação entre parques – vias que fazem conexão entre os parques projetados – uso de vegetação da espécie Jerivá como forma de identificação e da formação de perspectivas que enquadram os parques, também serão locados Jerivás nos passeios dos parques de forma a proporcionar a mesma leitura destas vias.

Via de ligação entre parques projetada – via marginal ao canal extravasor e que intercepta o Parque do Mandi, com o objetivo de favorecer a circulação dentro do parque – uso de árvores da espécie Mulungu;

Via Parque – vias estruturadas ao longo do parque linear com o objetivo de promover maior circulação de pedestres, com espaços de permanência e convivência, através de equipamentos urbanos - uso de árvores da espécie Mulungu;

Na interseção entre as vias de acesso externo e as demais, abre-se um nicho delimitado pela vegetação que marcam os principais pontos de acesso ao sistema de espaços livres do Guarituba.

Cortes do sistema viário: via 1 – via de ligação entre parques projetada; via 2 – via de acesso externo; via 3 – via de ligação entre parques; via 4 – via parque
Imagem: Mônica M. da Silva


Parque do Mandi

Conforme a localização da adutora e aproveitando o projeto de drenagem elaborado pela COHAPAR (Companhia de Habitação do Paraná), o foco principal do parque é a lagoa de contenção. O parque é cortado por um canal de drenagem, margeado por duas vias de circulação, com acessos em nível que fazem conexão entre as duas áreas.

Na porção direita localiza-se o estacionamento, dois campos de futebol e um bosque com áreas para churrasqueira. A porção esquerda destina-se a comunidade, enfocando a sustentabilidade tanto ambiental, como social e econômica. Esta função é atingida através de galpões didáticos e profissionalizantes, espaço destinado ao cultivo de hortas comunitárias e áreas previstas para a armazenagem e separação de materiais recicláveis.

No restante do parque localiza-se um grande vazio central como espaço de apropriação da comunidade e a lagoa de contenção. O desenho remete a uma leitura dos meandros hidrográficos do entorno. Como espaços de permanência foram previstos decks com pergolados sobre o lago e bancos sombreados por vegetação de grande porte, que delimitam o vazio central.

Planta - Parque do Mandi
Imagem: Mônica M. da Silva


Vegetação utilizada:

Jerivá (Syagrus romanzoffiana) – vegetação nativa que tolera baixas temperaturas e possui grande rusticidade e facilidade no transplante;
Aroeira (Schinus terebinthifolius) – vegetação nativa de solo argiloso com rápido crescimento e sombra farta;
Bouganville (Bougainvillea glabra) – vegetação nativa que atinge de cinco a dez metros de comprimento com potencial ornamental;
Leucaena (Leucena leucocephala) – vegetação nativa  com reprodução por auto-fecundação em solos úmidos e rápida regeneração;
Paineira Rosa (Chorisia speciosa) – vegetação nativa, com ciclo de vida perene, rápido crescimento, rusticidade e beleza;
Hetheranthera (Heterathera zosterifolia) – vegetação nativa de crescimento rápido e filtragem de matéria orgânica;
Jacinto D’água (Eichhornia azurea) – vegetação nativa de rápida reprodução e filtragem de matéria orgânica.

Parque Linear

A principal função do Parque Linear é promover a conscientização ambiental através de um espaço para a aprendizagem e valorização de áreas de mananciais hídricos, enfatizando e fomentando na comunidade a importância da água no habitar.

Através do mirante, o ponto focal para quem adentra o parque, é estabelecido o contato com o entorno, explorando a visual da serra do mar e das sinuosas áreas de Wetland.

Como forma de conter a poluição vinda das vias de grande circulação e dos odores da Estação inicial de Tratamento de Esgoto, foi proposta uma grande barreira, composta por um maciço de vegetação adequada a esta função.

O Parque possui também um eixo paralelo ao canal e a via parque, delimitando, através de caminhos sinuosos, espaços para atividades físicas e de conexão ao lado oposto do canal.

Planta - Parque Linear
Imagem: Mônica M. da Silva


Vegetação utilizada: Mulungu (Erythrina falcata) – vegetação nativa que prefere solos úmidos e têm potencial ornamental;
Jerivá (Syagrus romanzoffiana);
Aroeira (Schinus terebinthifolius);
Bouganville (Bougainvillea glabra);
Leucaena (Leucena leucocephala);
Jacinto D’água (Eichhornia azurea);
Hetheranthera (Heterathera zosterifolia).

Parque Lambari

A premissa básica que norteou a elaboração do desenho do Parque Lambari foi a sua localização. Além de estar situado na região de maior consolidação Urbana do bairro Guarituba (esquina entre duas vias principais de ligação) o parque localiza-se defronte a uma escola pública.

Assim sendo, o parque foi estruturado sobre um caráter mais urbano com o traçado de caminhos e pisos seguindo um desenho mais racional. A vegetação foi utilizada como forma de delimitar espaços e rotas, bem como de formar cenários para a contemplação do parque.

Devido à proximidade à Escola, foi proposta uma continuidade do passeio que intermediasse o equipamento público e o espaço livre, e a locação de usos que atendessem às necessidades do público local.

O parque é subdividido em quatro áreas, sendo estas delimitadas por dois eixos principais de circulação. Cada área é destinada a um determinado uso: espaço destinado a atividade esportiva, área de recreação infantil, espaço de contemplação e área livre com possibilidade para instalação de feiras.

Os acessos do parque coincidem com os eixos de circulação sendo que um destes termina no ponto focal do parque: o anfiteatro ao ar livre.

Plantas - Parque do Lambari / Parque Acará
Imagem: Mônica M. da Silva


Vegetação utilizada:

Copo de Leite (Zantendeschia aethiopica) – vegetação de origem africana, com ciclo de vida perene e cultivada em lugares brejosos;
Mulungu (Erythrina falcata);
Jerivá (Syagrus romanzoffiana); Aroeira (Schinus terebinthifolius);
Bouganville (Bougainvillea glabra);
Leucaena (Leucena leucocephala).

Parque Acará

O projeto do parque Acará aproveitou sua condição topográfica mais elevada em relação aos demais parques para implantação de equipamentos esportivos com um bosque de maior biodiversidade.

Para um uso permanente do parque, foi projetada uma área coberta que abriga quadras poliesportivas com flexibilidade de uso. Na esquina o passeio se prolonga em direção ao parque formando um largo onde está locada uma pista de skate.Devido a demanda por áreas livres para prática de atividades infantis, foi previsto um espaço aberto entre a área construída e a pista de atletismo.

Vegetação utilizada:

Chorão (Alix humboldtiana) – árvore de grande porte com potencial ornamental;
Mulungu (Erythrina falcata);
Jerivá (Syagrus romanzoffiana);
Aroeira (Schinus terebinthifolius);
Leucaena (Leucena leucocephala).

ficha técnica

Projeto
Paisagismo em Área Sócio-Ambiental Frágil
Ocupação do Guarituba, Município de Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba

Titular
Mônica Máximo da Silva
Estudante de Arquitetura e Urbanismo - Universidade Federal do Paraná

Autores
Estudantes de Arquitetura e Urbanismo Mônica Máximo da Silva, Adriana Cadena Von Bahten, Adriane Cordoni Savi, Pamela de Braga Pacheco Zardo

Colaboradores
Fábio Henrique Conceição
Estudante de Arquitetura e Urbanismo

Orientador
Professor Doutor Paulo Chiesa

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Equipe vencedora
Curitiba PR Brasil

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Organização do concurso
Curitiba PR Brasil

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107.02 Concurso

Concurso de Anteprojetos de Arquitetura Parque Cultural de Valparaíso

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