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PORTAL VITRUVIUS. Concurso de Estudantes do IX ENEPEA. Projetos, São Paulo, ano 09, n. 107.01, Vitruvius, nov. 2009 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/09.107/2990>.


Guarituba coberta de mananciais

E possível tornar em um modelo sustentável um território com graves e complexos problemas ambientais e sociais?

Como integrar esse modelo como eixo de desarrolho para uma cidade com alto nível de ocupação irregular de baixa renda, com mais de 45% de sua população baixo a linha de pobreza?

De que maneira se poderia incorporar a paisagem como ponto clave de identidade e ensino de estas questões?

Como isso influi no desenho e geração dos parques a ser pensados?

Localizada em uma área de extrema fragilidade ambiental, Guarituba é o maior assentamento em área de manancial no Brasil, e é, além disso, um território estratégico, já que abastece grande parte da Região Metropolitana de Curitiba. Três importantes rios que desembocam no Iguaçu marcam o recorte territorial deste trabalho.

O nosso projeto tem como premissa tomar partido desse cenário de contrastes e suposta incompatibilidade, ocupação humana em área de grande interesse ambiental. E por isso que a solução do problema hídrico é o fator de maior importância neste trabalho.

Problema = Assentamento humano em uma área de suma fragilidade ambiental.

Estratégia = Tomar partido dessa aparente contradição, tornando o conflito em potencialidade / solucionar o problema hídrico como desencadeante do projeto.

Como solução a principal problemática, a questão hídrica, propomos o uso do dispositivo hidráulico criado pelo arquiteto italiano Giussepe Volpe. Esse sistema alternativo de captação de água de chuva tem o fim de aproveitar ao máximo a água, antes que essa chegue a um curso hídrico.

Fazendo alusão formal a um guarda chuva invertido, esses capta-chuva se conformam numa estrutura "simples", porém eficientes neste contexto, permitindo a solução a múltiplos problemas do território. O sistema e pensado para o máximo reaproveitamento da água limpa recolhida pelos capta chuvas. Esta será reusada ou armazenada segundo o volume chuvas. Existem diversas atividades que precisam de água não necessariamente tratada, essas se abasteceram diretamente pela red hídrica pensada, desde os capta-chuvas ou logo de se armazenar em cisternas . O resto se transportara a uma estação de tratamento localizada num ponto estratégico da cidade para sua ótima distribuição. Só em casos de desbordes a água se trasladara pela represa Piraquara II.

Planta geral esquemática
Imagem: Agustina Tiemo

Existe em Guarituba um grave problema de saneamento. Alem de contar com uma frágil rede de saneamento, atualmente em vias de melhoramento, e um área sumamente inundável, com solo freáticos elevados e por tanto desbordando a sua capacidade em dias de chuva.

O sistema adotado diminui o impacto das fortes chuvas da região no saneamento da cidade, captando e transportando água desde pontos altos do território, que drenariam todo este volume a pontos baixos, mais inundáveis. E por isso que os desbordes são atenuados assim como o Ascenso da água de saneamento. Pero também a água limpa de chuva se protege, não entrando em contato com essa água poluída e altamente contaminante pela saúde humana, facilitando ademais o tratamento posterior da mesma.

Planta geral dos parques
Imagem: Agustina Tiemo

De estrutura leviana, é construído com materiais altamente resistentes: PVC, teflon e nylon. A membrana que envolve o capta-chuva tem uma cavidade, entre a camada exterior e interior, contendo gás Helio.

A estrutura interna se sustenta sob o ar à cota variável e a estrutura externa pela força que exerce o gás sob essa. O cálculo da força que o gás exerce é simples.

Pelo Teorema de Arquimedes se conhece a força que atua na estrutura, o que permite que ela se sustente no ar, em equilíbrio estático com uma carga prefixada.

Esse princípio físico justifica como a estrutura se sustenta a uma cota “h” do solo e se deriva de que um corpo imerso em um fluido recebe uma força igual ao peso do volume,nesse caso o ar.

A fixação na terra é um sistema adaptável que consiste em uma fina cavidade de aço que funciona tensionada. Desse modo é simples obter estabilidade complementar, principalmente da força do vento. Na parte baixa do elemento se engancha um tubo de polipropileno que permite a passagem da água, transportando-a diretamente à rede hídrica ou a uma cisterna sob a terra.

Pela forma e disposição essa instalação permite a captação e transporte de água, sem contato com o solo, a diversos pontos do território e sem sistemas mecânicos de traslado.

A intervenção proposta gera um espaço social e dialoga diretamente com a população que se beneficia dele. A cidade se transforma em um Ícone, uma esperança, um território que progride e se desarrolha, gerando também possibilidades de crescimento econômico mediante as distintas aplicações em que o sistema deriva.

Elevações
Imagem: Agustina Tiemo


Também, e uma forte landmark, que estabelece uma particular relação com o espaço e tempo, conformando uma clara referência de lugar, uma imagem de fácil reconhecimento e entendida pela população. Ainda, se transforma em uma referência de educação madioambental, os cidadãos incorporam e se vem envoltas no próprio sistema e entendem assim a importância do cuidado aos ecossistemas e do território e ajuda a virar a sua conduta neste caminho. Reativa se desta maneira um território com uma forte conotação de fragilidade e insustentabilidade, de suma importância municipal e regional. Este inverte a sua condição com um sistema leve pero forte e consistente em sua solução, tornando a cidade toda num exemplo de cuidado ao ambiente e sustentabilidade.

ficha técnica

Autoras
Agustina Tierno, Lucia Barreto

Colaboradoras
Renata Andreia, Joana Milano

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Equipe vencedora
Curitiba

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107.01 Concurso
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original: português

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Organização do concurso
Curitiba PR Brasil

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107

107.02 Concurso

Concurso de Anteprojetos de Arquitetura Parque Cultural de Valparaíso

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