A intervenção em um território urbano como estratégia de continuidade e hiper-conexões

Simetria e continuidade urbanaA estratégia desta intervenção foi concebida como uma fresta escavada no solo, de geometria simétrica à praça interna do mercado, configurando-se como uma extensão natural da mesma. Desta forma não se cria uma outra arquitetura, independente, a ser acrescida ao conjunto. O novo espaço não existe como volume sólido, é um espaço que se caracteriza como um grande hall urbano rebaixado, integrando todo o conjunto através de interfaces de acessos de escala metropolitana.Assim, se configura um bulevar pedestre formatado sobre este plano rebaixado, num novo acontecimento urbano, estabelecendo uma continuidade espacial, (pela cor e materialidade) que abre novas perspectivas no usufruto do espaço urbano restabelecido.

Desenho esquemático
Imagem dos autores do projeto [Equipe premiada]

Detalhe volumetria escavada
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Vestígios de memóriaA construção da fresta proposta recupera o antigo traçado da borda do cais e restabelece um suporte visual da fachada oitocentista, agora totalmente evidenciada.

relação com fachada oitocentista
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Desdobramento do solo urbanoO plano rebaixado se configura como uma duplicação do solo urbano, que se desdobra tangencialmente nos pontos de conexão em franca continuidade.

Modificamos o traçado viário para uma geometria menos “rodoviarista” e mais adequada à proposta do plano urbano rebaixado, que funciona, além de estacionamento de veículos, como: acesso às lojas de conveniência e ao mercado; local de concentração dos serviços de táxi, vans de turismo, bicicletário; áreas de serviços das lojas, sanitários, depósitos e áreas técnicas.

esquema do solo urbano duplicado
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Praça / “lanternas”Abrem-se, desde a nova praça, frestas de acesso ao plano inferior, com declinações transferidas dos diferentes traçados da malha urbana consolidada do entorno. Estes acessos se identificam à noite como “faróis” – uma “carga cultural” ponderada e contemporânea no marco histórico do lugar.A praça define também ilhas de vegetação, “capões de mato”, áreas de sombreamento e estar.

Acessos
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A derivaO projeto oferece uma continuidade dos fluxos de pedestres e veículos nos dois níveis através de inúmeras opções de conexão, soma de possibilidades num jogo de acontecimentos.

fluxos e conexões
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SustentabilidadeControle do nível do lençol freático sem rebaixamento do mesmo (para não afetar as construções históricas) através de sistema de ação sinfônica de pressão induzida pela gravidade (sem uso de bombas e sem necessidade de caimentos nas tubulações)-Caixa de armazenamento de águas pluviais para reuso na utilização de serviços de limpeza, jardinagem e sanitários;-Uso da temperatura da água do subsolo no sistema de ar refrigerado das áreas internas das lojas;-Isolamento da radiação direta na laje da praça;-Coberturas das “lanternas” com células fotoelétricas como complemento de energia para a iluminação básica do plano rebaixado.

Sistema para controle do nível do lençol freático
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ficha técnicaAutores
Arq. Héctor Vigliecca
Arq. Luciene Quel 

Co-Autores
Arq. Ronald Werner Fiedler
Arq. Neli Shimizu
Arq. Caroline Bertoldi
Arq. Thaísa Fróes
Arq. Fabio Pittas
Arq. Kelly Bozzato
Arq. Aline Ollertz
Arq. Sergio Faraulo
Pedro Ichimaru
Bianca Riotto

Colaboradores
Fabio Farias Galvão
Amanda Rodrigues

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Equipe vencedora
São Paulo SP Brasil