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Concurso promovido pela Fundação Biblioteca Nacional e pela Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro, com organização do IAB-RJ, teve como objetivo selecionar o melhor projeto de arquitetura para o anexo da instituição.

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PORTAL VITRUVIUS. Concurso Anexo da Biblioteca Nacional. Organização do IAB-RJ. Projetos, São Paulo, ano 14, n. 168.02, Vitruvius, dez. 2014 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/14.168/5360>.


Um catalisador social

Lugar de conservação, difusão e transferência de conhecimento, a biblioteca, como edifício público, é uma referência de grande valor simbólico nas cidades – sua presença urbana prevalecente e destacada remonta a séculos.

Espaço tradicional da arquitetura, o patrimônio de seu acervo sempre engrandeceu o capital cultural, social e humano de uma comunidade, de um território ou de uma nação.

Na sociedade contemporânea, com a evolução das técnicas e dos meios de propagação do conhecimento, a biblioteca se transforma também em laboratório multimidial de informação. Essa condição, aliada à cultura do tempo livre e ao crescente valor que bens imateriais como informação, conhecimento e criatividade adquirem, permite à biblioteca ampliar suas funções e transformar-se em um catalizador social integrado de serviços destinados à cultura, informação, formação, estudo, encontro, entretenimento e lazer.

Contexto

A Antiga Área Portuária é um fragmento de cidade que se reconstrói.

Nesse contexto, o Porto Maravilha se apresenta como território estruturador de uma nova paisagem urbana, composta por novos edifícios, edifícios reciclados para novos usos e variados espaços destinados à interação e à convivência pública.

O Anexo da Biblioteca Nacional se localiza paralelo ao mar, contíguo a uma Praça Pública e entre o Binário do Porto, a Via Expressa e o Passeio de Pedestres. Juntamente com a Cidade do Samba, a Fábrica de Espetáculos do Teatro Municipal, o Aquário Marinho, o Museu de Artes do Rio de Janeiro e diversos edifícios e locais de relevância histórica, comporá um expressivo conjunto arquitetônico destinado à cultura e lazer.

Concurso Anexo da Biblioteca Nacional, croquis, Rio de Janeiro, 3º lugar, arquiteto Renato Dal Pian
Imagem divulgação

A singularidade dessa localização, aliada à sua inerente importância como edifício público e institucional, reafirmam e reforçam seu valor simbólico e representativo. Assim, acreditamos que seu projeto deva externar uma arquitetura que o referencie como signo urbano forte, legível e com identidade suficiente para ser reconhecido e assimilado na memória coletiva.

Para que sua presença também qualifique o território, essa arquitetura deve se harmonizar com a escala e o ritmo do lugar, estabelecendo com a paisagem envoltória e os fluxos da cidade uma relação espacial contínua, direta e consequente – um lugar urbano por excelência.

Edifício

O projeto ocupa toda a projeção do lote, respondendo a um programa denso para um terreno de geometria irregular que preserva sua parte central edificada.

A partir dessa ocupação se estabelece o desenho e a volumetria do edifício que, lançado em balanço em direção a Praça Pública contígua, recebe e absorve com generosidade os fluxos urbanos.

Concurso Anexo da Biblioteca Nacional, implantação, Rio de Janeiro, 3º lugar, arquiteto Renato Dal Pian
Imagem divulgação

Contando com térreo, pavimento inferior, mezanino e três pavimentos superiores, o edifício se unifica formalmente por uma pele metálica de proteção ambiental e revestimento externo. Um quarto e último pavimento de coroamento das Alas Leste, Oeste e Norte, proporciona variadas perspectivas da paisagem de entorno.

Dentro das prerrogativas funcionais e espaciais estabelecidas no Termo de Referência, o programa do edifício assim se organiza:

Ala Leste – voltadas para a Praça, encontram-se as áreas de grande fruição pública: a Biblioteca Pública, o Espaço de Eventos e o Bar/Restaurante.

Ala Oeste – com entradas e controles de acessos independentes, localizam-se os ambientes e setores administrativos e de serviços, apoio, suporte e infraestrutura da Biblioteca Nacional.

Ala Norte – área de transição entre os setores público e privado que concentra e setoriza por usuário as circulações verticais e os módulos de sanitários.

Biblioteca pública

Pensamos a Biblioteca Pública como um grande percurso arquitetônico. Um espaço integrado onde se combinam a Biblioteca Tradicional, de atmosfera serena e introspectiva, a Biblioteca Virtual, com informações disponíveis em rede de comunicação e a biblioteca interativa, multifuncional e, por vezes, informal, chamada por nós de Biblioteca Contemporânea.

No Térreo (100.00), o Saguão Principal recebe e distribui os fluxos de público ao Espaço de Eventos e à Difusão Cultural (Pavimento inferior), ao Bar/Restaurante (voltados para a Praça Pública) e à Biblioteca Pública (escalonada nos Pavimentos Superiores). A independência desses acessos garante o funcionamento autônomo desses ambientes.

A Livraria, o Balcão de Informações e o Guarda-volumes da Biblioteca antecedem a triagem do visitante que, cruzando os espaços do Painel Digital e das Exposições Informais, (localizados entre a Grande Escada e os Elevadores de Público), se inteira das atividades e dos acontecimentos da Biblioteca.

Concurso Anexo da Biblioteca Nacional, esquemas, Rio de Janeiro, 3º lugar, arquiteto Renato Dal Pian
Imagem divulgação

No 1º Pavimento (106.70), se localiza a Biblioteca Virtual, onde o visitante encontra bancadas, terminais e espaços variados para a conexão com o acervo em rede da Biblioteca Nacional.

A Biblioteca Geral ocupa o 2ª e 3º Pavimentos (111.35/116.00), onde se mesclam espaços de grande visibilidade a ambientes reclusos e silenciosos, destinados ao estudo e às pesquisas individuais e coletivas – como em uma Biblioteca Tradicional. A luz natural interna, filtrada pelas aberturas zenitais da cobertura e pelos caixilhos protegidos pela pele metálica perfurada externa, proporciona boa luminância e preserva a atmosfera de introspecção necessária à concentração.

No 4º e último Pavimento (120.65) se localizam integrados a Biblioteca Contemporânea e o Deck de Convivência aberto, coberto e protegido da ação de chuvas, que oferece espaços de vivência ao ar livre, múltiplos, dinâmicos e de grande interação. A contígua Sala de Leitura das Coleções de Periódicos e de Periódicos Raros, envidraçada, porém acusticamente isolada e controlada no seu acesso, se integra visualmente a esses espaços.

Concurso Anexo da Biblioteca Nacional, planta térreo e imediações, Rio de Janeiro, 3º lugar, arquiteto Renato Dal Pian
Imagem divulgação

Contando com Mirante e Varandas em todo seu entorno, esse pavimento, transparente, iluminado e permeável ao olhar, proporciona perspectivas visuais variadas do interior da Biblioteca, assim como, da cidade, do porto e do mar.

Biblioteca Nacional

Os ambientes e setores administrativos e de serviços, apoio, suporte e infraestrutura da Biblioteca Nacional se distribuem rigorosamente de acordo com suas necessidades programáticas, funcionais e operacionais.

No Térreo (100.00/101.00), a triagem de funcionários, veículos funcionais e de serviço é seletiva e rigorosa - como requer uma Biblioteca Nacional.

Próximo aos acessos se concentram os Vestiários, os Serviços Gerais, a Garagem e as Docas que dão suporte direto ao CPT - Divisão de Manutenção Administrativa, Centro de Conservação e Encadernação, Coordenadoria de Microrreprodução, Laboratório de Microfilmagem e Laboratório de Digitalização.

No Mezanino (104.00) encontram-se a Estocagem Geral e o novo espaço destinados ao crescimento futuro do acervo do Arquivo BN – um acréscimo de área para o Armazém de Guarda de aproximadamente 25% em relação ao projeto original.

O conjunto Data Center e BN Digital se localizam no Pavimento Inferior (95.00) em área de acesso restrito e blindada por paredes e lajes de segurança.

Nos três Pavimentos Superiores (116.70/111.35/116.00) estão, respectivamente, o Centro de Processos Técnicos, a Divisão de Bibliografia Brasileira, a Coordenação Geral e as Divisões de Depósito Legal e de Serviços Técnicos e a Coordenadoria de Administração da COAD.

A Presidência, Diretoria e Coordenadorias, com acessos diretos, tanto pela ala de serviços quanto pela ala pública, ocupam o 4º Pavimento (120.65). Seus espaços de trabalho e reuniões se voltam para as Varandas e para o Deck da Presidência, destinado ao estar, ao trabalho e às reuniões informais ao ar livre.

Assim como no Deck de Contemplação da Biblioteca Contemporânea, o Deck da Presidência é aberto e coberto por envidraçados que o isolam das ações das chuvas e, consequentemente, reforçam os necessários isolamento e resguardo que o acervo contido no Armazém de Guarda da Biblioteca Nacional necessita.

Concurso Anexo da Biblioteca Nacional, perspectiva, Rio de Janeiro, 3º lugar, arquiteto Renato Dal Pian
Imagem divulgação

ficha técnica

autores
Renato Dal Pian e Lilian Dal Pian

colaboradores
Carolina Tobias, Henrique Zulian e Luis Taboada

consultoria engenharias e sustentabilidade
AFA Consult

source
Dal Pian Arquitetos Associados
São Paulo SP Brasil

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