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A autora promove uma reflexão acerca do planejamento urbano das cidades brasileiras e seus aspectos teóricos e físicos, sob a luz do trabalho de Igor Guatelli.

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RUBANO, Lizete Maria. Pensar o Pensamento. Reflexão sobre o planejamento urbano brasileiro e os fatores que o influenciam direta ou indiretamente. Resenhas Online, São Paulo, ano 12, n. 134.01, Vitruvius, fev. 2013 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/12.134/4657>.


A arquitetura e o urbanismo no Brasil têm, como uma das especificidades nossas, aparecido como disciplinas pouco influentes nas transformações das condições urbanas das cidades brasileiras. As cidades se fazem pelo mercado privado, pelo sobretrabalho das pessoas e pelas políticas compensatórias do Estado, muito independentes de estratégias que as leiam, as interpretem, as elejam como questão e para elas sugiram possibilidades outras, novas, reforçadoras de situações existentes ou motivadoras de apropriação, enfim.

O papel estrutural que essas disciplinas desempenham ou poderiam desempenhar é tema longo e precisamente discutido por alguns autores que constituíram uma importante crítica a esse afastamento da realidade ou ao “ajuste” oportunista destas disciplinas à lógica hierárquica do mundo (TAFURI,1985; ARANTES, 2000; SANTOS,1996).

Tentar reconhecer possibilidade nas referidas disciplinas não é tarefa fácil. Principalmente quando nos damos conta do descompasso teórico em que nos encontramos em relação às condições contemporâneas, às dinâmicas que se fazem presentes no cotidiano das cidades, representando situações de nova ordem, imponderáveis às vezes, surpreendentes quase sempre.

A ausência de construções teóricas tem reduzido a ação projetual a esquemas consagrados, porém inadequados ao nosso tempo: composição, técnica, agenciamento espacial, programa, aparecem distanciados de uma cartografia dinâmica do lugar, de observações que reconheçam apropriação e invenção no uso do espaço, de outras, novas, perspectivas programáticas.

A construção teórica de Igor Guatelli tem se dado no sentido da aproximação às situações reais da cidade, reconhecendo potência no “suplemento”, observando apropriação e atribuição de significado ao lugar, propondo que os processos de ocupação e uso do espaço urbano sejam percebidos e valorados, sem representações prévias.

Longe, entretanto, de uma tangência à realidade pela intuição apenas, Igor utiliza-se do aporte teórico da filosofia para, com ele, compor hipóteses à própria ação pelo projeto.

O trânsito entre as disciplinas, entre as diversas áreas do conhecimento, tem sido um recurso dos intelectuais na contemporaneidade, principalmente, com perspectivas de discernimento de processos, reconhecimento de atores e de mecanismos presentes nas “novas” lógicas do mundo no capitalismo pós-industrial.

A cidade (e suas espacialidades) tem sido reconhecida como agente e lócus de uma desejada “vantagem competitiva” a ser criada. Entretanto, vista como “um valor de uso civilizatório” é o tempo todo recomposta por ações que se desencadeiam no sentido da sobrevivência ou da transgressão.

Essa “revanche” e as “micro-políticas” são objetos de interesse no presente trabalho: opondo-se à “cidade genérica”, as ações de resistência são importante matéria prima e, associadas a conceitos (possibilidades teóricas), ganham sentido na construção da crítica ao ambiente construído e no reconhecimento de potencialidades presentes.

Dada a outra dimensão de tempo que vivemos, mais veloz e quase desumanizado, o “adiamento” faz-se necessário, recomenda-nos Igor Guatelli.

Adiamento para que se pense o pensamento... e para que se faça da atividade projetual uma reflexão ampla, crítica e atual.

referências bibliograficas 

ARANTES, Otília; MARICATO, Ermínia e VAINER, André. A cidade do pensamento único. Desmanchando consensos. Petrópolis: Vozes, 2000;

SANTOS, Milton; SOUZA, Maria Adélia A.; SILVEIRA, Maria Laura. (orgs). O retorno ao território in Território, globalização e fragmentação. São Paulo: Hucitec, 1996;

TAFURI, Manfredo. Projecto e utopia. Lisboa: Editorial Presença, 1985.

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resenha do livro

Arquitetura dos entre-lugares

Arquitetura dos entre-lugares

Sobre a importância do trabalho conceitual

Igor Guatelli

2012

134.01
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134

134.02

Hospitais. Arquitetura da linha da sombra

Reflexão acerca do papel da arquitetura hospitalar na história mundial

Roberto Segre

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