Que é autopoiese? Apesar de pouco conhecido, esse conceito já apresenta uma ampla utilização científica e foi recentemente apropriado pela literatura da arquitetura e urbanismo. Através de Patrik Schumacher, tal apropriação se deu com The Autopoiesis of Architecture, uma extensa obra em dois volumes proposta como base teórica para o parametricismo, técnica digital de projeto que marca a atuação desse arquiteto no escritório inglês Zaha Hadid Architects. No entanto, antes dessa apropriação, o conceito de autopoiese já apresenta outros desdobramentos que, ligados ao desenvolvimento sustentável, suscitam incongruências à obra de Schumacher, suspeita que deu origem à pesquisa Arquitetura, urbanismo e autopoiese: conceitos, contextos e críticas de um complexo campo ampliado, desenvolvida entre 2017 e 2019 na Pós-Graduação em Desenvolvimento Urbano da Universidade Federal de Pernambuco (1). Mais do que isso, ao lançar-se sobre essa problemática, a intenção da pesquisa foi a de apreender e fazer conhecer o conceito de autopoiese entre as ciências do espaço construído, investigando-se suas potencialidades em relação à arquitetura e urbanismo contemporâneos do século 21. Um conceito que, no mais, situa-se centralmente no dilema entre o paradigmático e o tecnicismo, e ligado à sustentabilidade, mostrando-se extremamente relevante nas discussões contemporâneas, como da 13ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, voltadas a temas como ecologia.
Originalmente, o conceito de autopoiese advém das ciências biológicas e foi criado pelos cientistas chilenos Humberto Maturana e Francisco Varela nos anos 1970, momento de grandes desenvolvimentos tecnológicos, mas também de crises econômicas que despertaram a preocupação mundial por um desenvolvimento sustentável. Envolvidos com questões concernentes à sustentabilidade, Maturana e Varela criaram a ideia de autopoiese, no âmbito da abrangente “Teoria de Santiago”. No livro A árvore do conhecimento, de 1995, por exemplo, eles indagaram se a humanidade estaria “diante do risco real de extinção, só porque o ser humano ainda não conseguiu conquistar a si mesmo, compreender sua natureza e agir a partir desse entendimento” (2). Como se vê, a preocupação maior destes autores está na tomada de consciência como essencial à efetivação de um desenvolvimento sustentável, o que os tem aproximado de abordagens paradigmáticas e epistemológicas que contribuem com as considerações mais objetivas e econômicas que marcaram o alvorecer da sustentabilidade.
Na base da preocupação central da Teoria de Santiago, a ideia de autopoiese foi criada como conceito que propõe a compreensão integradora entre as dimensões físicas e biológicas mais objetivas dos seres vivos e suas dimensões neuronais e cognitivas mais subjetivas. Junto à questão do desenvolvimento sustentável, incomodava aos autores o fato de a ciência não deter, à época, uma definição precisa sobre os seres vivos, buscando-a, ainda, em definições nunca totalizantes em torno de seus atributos essenciais, como a movimentação, a reprodução sexuada etc. Segundo João Fonseca, “uma lista de propriedades atribuídas a organismos vivos pode ser sempre ampliada [...]. Saber quando a lista estaria completa implicaria saber o que é um ser vivo, ou melhor, ter à partida uma definição completa e definitiva do conceito em causa” (3). Em face a essa defasagem, Maturana e Varela vislumbraram uma definição mais precisa e totalizadora sobre os seres vivos ao ligá-la não a suas constituições, mas a um processo constitutivo comum aos seres. A partir de investigações e análises, eles propuseram que a característica básica de um ser-vivo é capacidade de ser autopoiético (do grego auto, próprio, e poiesis, criação), isto é, de se autorrefazer, autorreconstituir-se em meio às adversidades do mundo (4). Com esta definição, eles se tornaram capazes de incluir no mesmo nicho de vida desde seres mais complexos, conscientes e autoconscientes, como o ser-humano, até seres mais simples, como os mixomicetos, microrganismos aquáticos que, embora unicelulares, reestruturam-se de acordo com estímulos do meio aquático: salinidade, acidez, temperatura...
O interesse maior de Maturana e Varela estava em fazer ver que a vida não pode ser definida a partir de qualquer atributo ou capacidade vivente específica, mesmo as elevadas estruturas biológicas e suas condições correlacionadas, como sistemas nervosos complexos e capacidades mentais e conscienciais. Nesse sentido, os dois cientistas trazem a compreensão essencial da vida para o próprio ato de viver, isto é, a capacidade de autorreconstituir-se independentemente de como isso se dê. Assim, portanto, não só a Teoria de Santiago sugere uma primeira tomada de consciência ao colocar a espécie-humana no mesmo patamar conceitual de todo e qualquer ser vivo, como também sugere, ao aprofundar-se, um entendimento sobre o desenvolvimento e a complexificação da vida a partir de uma visão sistêmica e integradora entre seus aspectos físico-biológicos objetivos e suprabiológicos subjetivos, como são os sociais, cognitivos, éticos etc. Fica proposta, por fim, bases biológicas a uma indagada tomada de consciência sustentável.
Em seu esforço didático, a dissertação “Arquitetura, urbanismo e autopoiese: conceitos, contextos e críticas de um complexo campo ampliado” propõe um primeiro entendimento geral e sintético da Teoria de Santiago através de quatro aspectos que são abarcadas pelo conceito de autopoiese: as dimensões organizacional, cognitiva, interacional e ética dos seres-vivos.
A primeira dimensão – organizacional – diz respeito ao aspecto físico da autorreconstituição dos seres vivos. Fritjof Capra (5) propicia um entendimento prático sobre essa dimensão com o exemplo de uma bicicleta: se reunirmos fortuitamente suas peças, não haverá aí uma bicicleta, mas apenas quando as reunirmos segundo o padrão de funcionamento desse mecanismo. Assim também são os seres vivos: não são as suas estruturas fisico-biológicas que os definem, mas antes, são seus comportamentos vivos que moldam suas estruturas; mas estruturas que, sentido inverso, também influenciam seus comportamentos. A organização na autopoiese equivaleria precisamente a essa reciproca autorreconstituição entre as relações e estruturas de um ser vivo.
A segunda dimensão – cognitiva – diz respeito primeiro ao fato de que, devido a esse processo auto-organizativo, a realidade percebida por um ser-vivo é, a um só tempo, objetiva e subjetiva, superando assim considerações científicas anteriores à Teoria de Santiago, que enfatizavam ora a objetividade ora a subjetividade da percepção. Ela resultaria inevitavelmente da experiência direta com o mundo, ao mesmo tempo em que, incapaz de abster-se de sua autorreconstituição, seria a partir do próprio mundo interno que todo ser acumularia aprendizado e experiência em seu crescimento e evolução. Quanto a esse mundo interno e à capacidade cognitiva, muitas vezes a ciência apontou o cérebro e complexas estruturas nervosas como necessárias à existência da consciência e da autoconsciência. Aí também, a dimensão cognitiva da autopoiese estabelece uma nova perspectiva ao reconhecer a consciência como a mera qualidade perceptiva e reativa do ser em relação ao seu meio ambiente. Nesse sentido, segundo Maturana e Varela, o desenvolvimento dos sistemas nervosos seriam apenas especializações orgânicas voltadas para dotar uma espécie de cada vez mais capacidade de perceber e reagir aos estímulos do meio.
Na terceira dimensão – interacional – as relações autopoiéticas são observadas também nas relações dos seres entre si, considerando-se as sociedades e outros níveis de associação da vida como metassistemas autopoiéticos. Para Maturana e Varela, muito embora a Autopoiese seja um processo autônomo a cada ser, é na iteração não só com o mundo, mas também com outros indivíduos, que seres-vivos se expõe a uma diversificação de situações que estimulam em sua espécie o desenvolvimento e complexificação de capacidades neurocognitivas. Segundo esses pensadores, a interação autopoiética contribuiria assim para o desenvolvimento de atributos superiores como a linguagem, e, pela internalização desta, a consciência e a autoconsciência.
Finalmente na quarta dimensão – ética –, Maturana e Varela evidenciam na Teoria de Santiago o estabelecimento da desejada perspectiva biológica objetiva para as subjetivas questões sociais e epistemológicas com que a ciência constantemente lidou com dificuldade, apesar de se mostrarem cada vez mais caras para o estabelecimento de um desenvolvimento sustentável. Segundo a ideia de autopoiese, é tanto a partir de dimensões físico-organizativas como também interacionais, com o meio e demais seres, que um indivíduo adquire ímpeto para o crescimento e a evolução. Em outras palavras, seria a partir das relações com o mundo e com o outro que cada ser tornar-se-ia cada vez mais capaz de construir a si mesmo, não sendo possível separar assim o desenvolvimento como um todo das questões sociais e epistemológicas resultantes de toda essa interação. É desse modo, portanto, através da denominada “biologia do conhecer”, que Maturana e Varela conclamam a um autoconhecimento e demais fatores correlatos (a ética, o respeito, o amor...) como aspectos inseparáveis das noções de desenvolvimento e evolução.
Certamente, a Teoria de Santiago é bem mais analítica e aprofundada do que esta síntese aqui comentada. Todavia, fica claro com ela o peso paradigmático proposto pelo conceito de autopoiese e suas ricas contribuições para a ideia de desenvolvimento sustentável. Fritjof Capra, por exemplo, um importante teórico nessa temática, apropriou-se do conceito para conceber a síntese de uma nova visão ecológica de mundo. Segundo ele, a autopoiese seria o próprio “padrão da vida” (6), existente não só nos seres individualmente, mas em todo sistema vivo. Para explicar esse padrão, ele destaca três aspectos da ideia de autopoiese: a) padrão de organização, ou a configuração das relações de um sistema vivo; b) estrutura, ou a paulatina incorporação física do padrão de relações; c) processo vital, a atividade constantemente exercida ao longo da recíproca influência entre as relações e as estruturas de um sistema.
Este é um desdobramento dentre os vários oriundos das teorizações de Maturana e Varela. Ele oferece um suporte paradigmático significativo para a contemporaneidade ao tirar a atenção das estruturas – como foi comum à ciência moderna – e lança-la às relações de que aquelas resultam. Um processo que, na arquitetura e urbanismo, por exemplo, converge para o que já se aborda em vertentes como o urbanismo emergente e o próprio parametricismo. Essas experimentações (que se aproximam da ideia de autopoiese) buscam soluções espaciais concebidas a partir de suas relações, ao invés de preconcepções formalistas, e das quais vêm sendo resultadas ricas soluções arquitetônicas e urbanísticas para o espaço construído. Em paralelo, estas experiências também têm estado próximas de contribuições mais atuais para a questão da sustentabilidade.
Não obstante esses potenciais, e a intensidade teórica da obra The Autopoiesis of Architecture, as análises realizadas pela pesquisa aqui comentada se mostram relevantes porque revelam incongruências na apropriação teórica da ideia de Autopoiese realizada por Patrik Schumacher. Incongruências tais que resultam em incompletudes na apropriação do conceito, inconsistências para com objetos e objetivos pretendidos e incoerências no modo como o conceito é aplicado.
Vale ressaltar que a obra de Schumacher também tem forte inspiração nas teorias sociais sistêmicas do sociólogo alemão Niklas Luhmann, que, ele mesmo, já se apropria da ideia de autopoiese. Assim como este buscou criar uma teoria social geral que oferecesse autonomia teórica para a sociologia, também Schumacher buscou essa autonomia para a arquitetura e o urbanismo, defendendo o parametricismo como estilo contemporâneo de vanguarda que a estabeleceria com o auxílio de sua sistematização teórica. Em seu livro, no entanto, Schumacher faz referências diretas à concepção original do conceito de autopoiese em Maturana e Varela, o que permitiu a análise da obra a partir de uma confrontação direta com a Teoria de Santiago.
Percebe-se com a dissertação que o conceito de autopoiese não é apropriado na totalidade de suas quatro dimensões organizativa, cognitiva, interacional e ética. Segundo aponta a pesquisa, assim como Luhmann, interessa a Schumacher apenas a concepção de uma atuação disciplinar autônoma que se autorreconstitua no interior da sociedade. Isso permite sugerir também que ambos os autores focam seus argumentos teóricos apenas na dimensão organizativa da ideia de autopoiese, e, desse modo, se apropriam tão somente da qualidade de autonomia do conceito.
No tocante à inconsistência da obra de Schumacher, a pesquisa demonstra que não se alcança a construção de uma relação factual entre o conceito de autopoiese e o parametricismo. Embora essa técnica digital propicie concepções arquitetônicas e urbanísticas de ricas relações com condicionantes do lugar – fluxos, zonas, gabaritos, expansões – compreende-se que, enquanto técnica, ela ainda não se constitui como processo “autônomo” – “auto” tal como a autopoiese propõe em relação aos sistemas vivos – por ser ainda muito submetida a crivos de decisão e valores de seus projetistas. O próprio Schumacher, não conseguindo sustentar uma correlação direta, acaba por relativizar sua sugerida ligação entre autopoiese e parametricismo, dizendo que podem ser apartados e ter valores independentes de qualquer compromisso entre eles (7).
Já no que se refere à incoerência da obra de Schumacher, a pesquisa aponta um significativo contraste entre a essencialidade da ideia de autopoiese, proposta como padrão da dinâmica existencial dos sistemas vivos em geral, e um abrupto seccionamento que Schumacher sugere ao universo do espaço construído. Muito embora almeje uma disciplina autônoma e autopoiética, ele parece definir como sendo a arquitetura e o urbanismo aquelas realidades construídas capazes de serem atendidas pelo parametricismo, excluindo, por exemplo, espaços e construções vernaculares, auto-construídos e concebidos por arquitetos pouco conhecidos (8).
A partir dessas incongruências centrais, e ainda outros apontamentos e questões apresentados pela pesquisa, observa-se como a teoria de Schumacher (9) busca atender a interesses profissionais do autor. Nesse ínterim, a ideia de autopoiese parece ser equivocadamente apropriada, talvez como no intuito de se dotar The Autopoiesis of Architecture com o poder teórico do conceito, sua concomitante abrangência e síntese filosófico-científica e seu valioso peso paradigmático.
A pesquisa se firma na atualidade da arquitetura e urbanismo por apresentar esta aprofundada análise das proposições de Schumacher e preservar o potencial teórico da ideia de autopoiese junto a outras perspectivas, em especial as contribuições ligadas à questão da sustentabilidade. Permite, desse modo, o entendimento de que o conceito pode sim ser apropriado pelas ciências do espaço construído, ao mesmo em que oferece uma oportunidade para ser melhor conhecido.
notas
1
CARMO, Alison Jorge Alves do. Arquitetura, urbanismo e autopoiese: conceitos, contextos e críticas de um complexo campo ampliado. Orientadora Maria de Jesus de Britto Leite. Dissertação de mestrado. Recife, Centro de Artes e Comunicação PPGDS UFPE, 2019 <https://bit.ly/3q9yJgb>.
2
MATURANA, Humberto; VARELA, Francisco; SANTOS, Jonas Pereira dos (1987). A árvore do conhecimento – as bases biológicas do entendimento humano. Tradução Jonas Pereira dos Santos. Campinas, Psy, 1995, p. 14.
3
FONSECA, João D. Autopoiésis – uma Introdução às ideias de Maturana e Varela. Belo Horizonte, Edição do Autor, 2008, p. 20.
4
A semântica do termo autopoiese aproxima-se de outros termos que se mostram úteis para explicá-la. Em português e inglês, por exemplo, vê-se na literatura atual interpretações como autocriação (self-creation), autorrecriação (self-recriation), autoprodução (self-production), autorreprodução (self-reproduction), autorreconstituição (self-reconstitution), autorrefazimento (self-remaking) etc. Embora todas estas sejam definições aproximadas, acreditamos que “autorreconstituição” é o termo que melhor interpreta a ideia de autopoiese.
5
CAPRA, Fritjof. A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. Tradução Newton Roberval. São Paulo, Cultrix, 1996.
6
Idem, ibidem, p. 135.
7
“La crítica se focaliza en el Parametricismo: algunos críticos rechazan el que lo haya promovido dentro de mi tratado. Es cierto que, como teoría general de arquitectura, la autopoiesis puede ser separada del Parametricismo y tener un valor independiente de cualquier compromiso con este. Sin embargo, para mí, las referencias a este estilo proporcionan posibilidades concretas (inciertas pero convincentes). Las teorías necesitan ser fértiles, deben ser exploradas y conducidas para hacer diferencia en la práctica de diseño; esto significa que tienen que intervenir en el debate acerca de la dirección futura de la arquitectura. En el Volumen II, el compromiso con el Parametricismo se vuelve aún más explícito, ofreciendo además una guía específica para un desarrollo más innovador. Pero, una vez más, la mayor parte de los puntos de vista y argumentos expuestos pueden ser apreciados y defendidos sin adherir a mi compromiso con el Parametricismo”. Trecho de entrevista concedida por Patrik Schumacher. In: FLORES, Loreto. Entrevista, La autopoiesis de la arquitectura. Revista de Arquitectura, v.17, n. 23, Santiago de Chile, Universidad de Chile, 2011, p. 58-75 <https://bit.ly/2UjEwEb>.
8
“Buildings and spaces are communications within the autopoiesis of architecture only if they are architectural designs that can be attributed to a named architect-author and his/her oeuvre. Vernacular architecture is excluded from the definition of architecture proposed here. For a particular vernacular building or tradition to enter the autopoiesis of architecture a dedicated communicative effort is required, ie, there must be an architect or architectural theorist who poses as the spokesperson and point of reference for this particular vernacular building/tradition. (…) 5. In the same way all designed artefacts – if they can be attributed to a designer with a (potential) career within the design discourse – are to be theorized as communications, the key communications that variously service all the different social systems within society”. Nota de rodapé 3. In: SCHUMACHER, Patrik. The Autopoiesis of Architecture: A New Framework for Architecture. Volume 1. Londres, John Wiley & Sons, 2011, v. I, p. 3.
9
NE – sobre o pensamento de Patrik Schumacher, ver também: LIMA, Beatriz de Abreu e; SCHRAMM, Mônica. Patrik Schumacher. Entrevista, São Paulo, ano 04, n. 013.01, Vitruvius, jan. 2003 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/04.013/3339>.
sobre os autores
Alison Jorge Alves do Carmo é arquiteto e urbanista (UFPE, 2012), mestre em Desenvolvimento Urbano (PPGDU UFPE, 2019) e doutorando no mesmo programa de pós-graduação.
Maria de Jesus de Britto Leite é arquiteta e urbanista (UFPE, 1979), mestre e doutora em arquitetura e urbanismo (FAU USP, 2001 e 2007), professora da graduação de Arquitetura e Urbanismo e da pós-graduação em Desenvolvimento Urbano da Universidade Federal de Pernambuco. Cursou Neurociências no Institut Jean Nicod e na École Doctorale Cerveau Cognition et Comportment, Université Pierre et Marie Curie, Paris VI (2003). Atualmente faz parte do Comité Avaliador da SBPC, coordena as ações técnicas da Rede Brasileira de Estudos sobre Cidades Médias – REDBCM e coordena o Instituto Futuro da UFPE.
preâmbulo
O presente artigo faz parte de Preâmbulo, chamada aberta proposta pelo IABsp e portal Vitruvius como ação para alavancar a discussão em torno da 13ª edição da Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, prevista para 2022. As colaborações para as revistas Arquitextos, Entrevista, Minha Cidade, Arquiteturismo, Projetos, Resenhas Online e para a seção Rabiscos devem abordar o tema geral da bienal – a “Reconstrução” – e seus cinco eixos temáticos: democracia, corpos, memória, informação e ecologia. O conjunto de colaborações formará a Biblioteca Preâmbulo, a ser disponibilizada no portal Vitruvius. A equipe responsável pelo Preâmbulo é formada por Sabrina Fontenelle, Mariana Wilderom, Danilo Hideki e Karina Silva (IABsp); Abilio Guerra, Jennifer Cabral e Rafael Migliatti (portal Vitruvius).