about the book

Divididas entre os desafios lançados por um mundo cada vez mais tecnológico e responsabilidade de participar ativamente do processo de desenvolvimento social, grande empresas têm orientado suas diretrizes no sentido de harmonizar essas duas vertentes.

O nosso desafio é encontrar o ponto de equilíbrio entre a visão de mercado e atendimento às necessidades sociais. Ser uma empresa moderna, aberta e competitiva, voltada para o cliente e inserida em um mercado onde é cada vez maior a concorrência, sem perder de vista a nossa missão de prestadora de um serviço universal, que deve atender a todo o povo brasileiro.

Quem observa a trajetória dos Correios brasileiros, por certo, há de notar dois movimentos de sentidos opostos que se completam entre si: um de reforma, outro de preservação. Um conectado aos vertiginosos avanços das comunicações, do mundo globalizado; outro voltado para a conservação da memória nacional e do valioso patrimônio arquitetônico e cultural que lhe serve de suporte.

Assim, paralelamente ao movimento de constante adaptação ao mundo moderno, não há como ignorar um outro movimento igualmente importante e mais do que justificado, que é o da preservação de nosso acervo histórico. Afinal, não é toda empresa que tem atrás de si um passado de mais de três séculos e meio de história.

Acompanhando a trajetória desta instituição, que é a mais antiga do País, podemos constatar a estreita relação entre o desenvolvimento dos serviços de correios e a organização de uma nova ordem no sistema de trocas econômicas e culturais e, assim, rastrear os acontecimentos mais importantes de nossa história.

Da concessão do serviço de Correio-Mor ao incremento das trocas comerciais entre a Metrópole e a Colônia, ocorrido no chamado Ciclo do Ouro. Dos esforços de municipalização dos serviços postais no Brasil Independente aos primeiros sintomas de modernização do sistema de comunicações, verificados juntamente com a expansão econômica do Segundo Império.

Percorrendo as páginas que se seguem temos oportunidade não só de conhecer um pouco mais da história dos Correios e de sua relação com a nossa história social, como também de observar esses fatos por um novo ângulo. Acompanhar, por exemplo, a integração do território nacional a partir da expansão das redes telegráficas encetada por Rondon, ou a política de construções e demolições, tão emblemática do Estado Novo, por intermédio da multiplicação de nossas agências.

Fruto de exaustiva pesquisa, este livro, que temos o prazer de trazer a público, ilustra a preocupação dos Correios em preservar um patrimônio histórico que é de todo o povo brasileiro. Sua publicação está baseada no mesmo princípio que fez nascer o Museu Postal e Telegráfico em Brasília e tem inspirado a restauração e reforma de prédios históricos em diversas capitais brasileiras, transformando-os em importantes centros de preservação e promoção cultural.

(Egydio Bianchi, Presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos)

about the author

Margareth da Silva Pereira
Arquiteta Urbanista pela FAU-UFRJ, Urbanista pela Université de Paris VIII, DEA em Études Urbaines e Doutora pela École des Hautes Études en Sciences Sociales. Realizou pós-doutorado na França e na Inglaterra. É professora do PROURB-UFRJ.

how to quote

comments