O moderno já passado, o passado no moderno
O moderno já passado, o passado no moderno
Reciclagem, requalificação, rearquitetura
Carlos Eduardo Comas, Marta Peixoto and Sergio M. Marques (Orgs.)
Cadernos de Arquitetura Ritter dos Reis
Editora UniRitter, Porto Alegre; 1ª edição, 2009
CDD 727.3h M691
edition: português
paperback
428 p
16 x 23 x 2,7 cm
800 g
illustrated
B&W
photos
drawings
ISBN
978-85-601000-33-0
(restauro, patrimônio)
about the book
Quando o International Committee Documentation and Conservation of Buildings, Sites and Neighborourhoods of the Modern Mouvement foi fundado em 1988 na cidade de Eindhoven pelos arquitetos holandeses Hubert-Jan Henket e Wessel de Jonge ninguém poderia imaginar – nem mesmo seus fundadores – que em apenas duas décadas teria uma difusão tão grande em vários países do mundo com a sintética sigla Docomomo.
O Docomomo chegou ao Brasil em 1992, pelas mãos de Anna Beatriz Ayrosa Galvão e Ângela West Padrão, que fundaram o núcleo brasileiro no Mestrado da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia e foram as coordenadoras nos primeiros anos de funcionamento. A dubiedade dos propósitos – documentar e conservar – fez com que profissionais distintos fossem aos poucos participando da instituição: professores e pesquisadores ligados às universidades e arquitetos vinculados à preservação, em especial os ligados aos órgãos de patrimônio. Nesse primeiro período o crescimento ocorreu paulatinamente, mas de forma segura e consistente.
A ampliação da pesquisa acadêmica em nossas faculdades de arquitetura com a multiplicação dos cursos de pós-graduação durante os anos 1990 se tornaria um fator vital para crescimento do Docomomo pelas diversas regiões do país. Parte significativa dos pesquisadores se ocupou do patrimônio moderno excepcional que possuímos e eles precisavam divulgar sua produção. Os seminários regionais e nacionais do Docomomo surgiram então como um dos espaços mais adequados para a apresentação e discussão destes trabalhos, transformando-se rapidamente em momento privilegiado de encontro dos estudiosos da arquitetura moderna. A publicação posterior dos anais dos encontros mostrou-se uma eficaz correia de transmissão e retroalimentação das pesquisas.
A multiplicação dos eventos e dos trabalhos apresentados foi constituindo um conhecimento amplo e sólido sobre a arquitetura moderna dispersa por todo o país e tem permitido mais recentemente focos mais precisos e especializados. O seminário nacional ocorrido em Porto Alegre em outubro de 2008 é uma comprovação da afirmação ao eleger o tema “O moderno já passado | o passado no moderno: reciclagem, requalificação, rearquitetura”. Ao tratar da intervenção na arquitetura moderna agora entendida como patrimônio cultural, o evento pôde colocar frente a frente, como poucas vezes tem ocorrido em nosso país, o arquiteto projetista e o pesquisador acadêmico. Agora finalmente podemos dizer que Henket e Jonge tinham razão em juntar verbos que pareciam participar de universos distintos: documentar e conservar.
Abílio Guerra
Professor da FAU Mackenzie, Editor do Portal Vitruvius e Romano Guerra Editora
about the author
Carlos Eduardo Comas
Arquiteto, professor da FAU-UFRGS e crítico de arquitetura.
Marta Peixoto
Arquiteta formada pela UFRGS, mestre em Arquitetura pelo PROPAR-UFRGS e doutora em Arquitetura pelo PROPAR-UFRGS.
Sergio M. Marques
Arquiteto (FAU Uniritter, 1984), mestre (Propar UFRGS, 1999) e doutor (Propar UFRGS/ETSAB UPC, 2012). Professor da graduação e pós-graduação da FA UFRGS e sócio do Moojen & Marques Arquitetos Associados.