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architectourism ISSN 1982-9930

Fortim do Góes, Guarujá SP. Foto Victor Hugo Mori

abstracts

português
O artigo de Denise Geribello apresenta um roteiro de visita à Vila de Itatinga, localizada em Bertioga, Estado de São Paulo. Este vilarejo, situado no sopé da serra do mar, conta com a centenária Usina Hidrelétrica de Itatinga e mais de 70 residências

english
Denise Geribello's article presents a visit guide to Itatinga Village, located in Bertioga, São Paulo State. This village, which is situated in the foothills of Serra do Mar, has a century-old hydroelectric plant called Itatinga and more than 70 houses

español
El artículo de Denise Geribello presenta una guía de visita al pueblo de Itatinga, en Bertioga, São Paulo. Este pueblo, a los pies de la Serra do Mar, cuenta con una planta hidroeléctrica centenaria y más de 70 casas


how to quote

GERIBELLO, Denise Fernandes. Vila de Itatinga. Arquiteturismo, São Paulo, ano 04, n. 042.03, Vitruvius, ago. 2010 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquiteturismo/04.042/3531>.


Depois de diversas viagens a Bertioga, litoral sul do Estado de São Paulo, fiquei sabendo sobre o roteiro turístico da Vila de Itatinga. Como arquiteta, a possibilidade de visitar uma usina centenária ainda em funcionamento e sua vila operária com mais de setenta residências despertou interesse imediato. Além do interesse arquitetônico, a bela paisagem da serra do mar também motivou a viagem.

Por se tratar de uma usina ativa e localizada em uma área de proteção ambiental, os programas de visitação são restritos e organizados por agências de turismo credenciadas pelo município. Os passeios ocorrem duas vezes por mês, sempre no primeiro domingo e terceiro sábado de cada mês.

O roteiro se inicia nas margens do Rio Itapanhaú com uma bela paisagem composta por pequenas embarcações e jet skis navegando frente à serra do mar. A travessia do rio é feita em um pequeno barco, que leva os passageiros a uma acanhada estação. Da estação parte um bonde que os transporta até a vila. O trajeto percorrido pelo bonde, de aproximadamente sete quilômetros, é marcado pela vegetação abundante e pelo perfume do lírio do brejo.

Ao chegar à vila, depara-se com um grande espaço aberto delimitado, nas laterais, por casas em renque e, ao fundo, pela usina. A vila é cercada pela densa vegetação que se estende pela serra do mar, onde é possível avistar diversas cachoeiras. Antes de explorar o formoso conjunto arquitetônico, é feita uma trilha na Mata Atlântica. Ao longo da trilha, que dura em torno de meia hora, podem ser vistas bromélias de cores e tamanhos variados em meio ao verde. Para observação de pássaros, o local é um prato-cheio. A trilha é finalizada com um mergulho nas águas frias da Cachoeira dos Três Poços.

Após a trilha, nada mais apropriado que o almoço. Como o vilarejo conta somente com uma venda que serve apenas salgados, pizzas e bebidas, é recomendável levar algum tipo lanche no passeio. Durante o almoço, em mesas e muretas sob as árvores, muitas as aves podem ser vistas, entre elas tucanos.

Depois do almoço, é iniciada a visita à vila propriamente dita. Em meio a conservadas residências de madeira verde-amarelas, há enfermaria, venda e anfiteatro. Em áreas mais elevadas se situam as residências de engenheiros, a escola e a Capela Nossa Senhora da Conceição, de onde é possível avistar grande parte do conjunto. Hoje em dia, algumas destas residências funcionam como alojamento de funcionários e outras estão desocupadas. Na capela ainda são celebrados serviços religiosos periodicamente.

Atravessada a vila, chega-se à Usina Hidrelétrica de Itatinga. Construída há mais de cem anos, esta usina ainda abastece o Porto de Santos. A eletricidade é gerada a partir das águas do Rio Itatinga. Por meio de cinco dutos, a água escoa de mais de 600 metros de altitude e move as rodas d’água das turbinas. É fascinante ver toda esta estrutura em funcionamento.

A visita à usina, entretanto, não encerra o passeio. Após caminhar ao redor do edifício de pedras onde se localizam as turbinas, é feita uma trilha em direção ao local em que o Rio Itatinga deságua no Rio Itapanhaú. Esta trilha, tão rica quanto a primeira, se encerra com um banho de rio.

O regresso no bonde das quatro é um lento “até logo”, pois, definitivamente, haverá uma segunda visita à Vila de Itatinga. Além de ser muito interessante por si só, este roteiro turístico leva à reflexão a respeito da preservação do patrimônio industrial e da possibilidade de vinculação de atividades turísticas e industriais com a preservação do meio ambiente.

sobre a autora

Denise Fernandes Geribello é arquiteta e urbanista formada pela PUC-Campinas e mestranda em História pela Unicamp.

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042.03 Na Estrada
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