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architectourism ISSN 1982-9930

Piazza del Campo, Siena, Itália. Fotos Michel Gorski. Fotomontagem Victor Hugo Mori

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As fotos de Tuca Vieira na exposição Berlinscapes evocam uma Berlim desconhecida, noturna, cheia de mistérios no meio das sombras profundas


how to quote

VIEIRA, Tuca. Berlinscapes. Registrando a Berlim noturna. Arquiteturismo, São Paulo, ano 05, n. 053.02, Vitruvius, jul. 2011 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquiteturismo/05.053/3981>.


Se alguém chegasse de repente e me dissesse: “quero conhecer a história do século XX mas tenho apenas uma tarde”, eu lhe diria sem medo de errar: vá a Berlim.

E se ele fizesse uma caminhada de Alexanderplatz ao Kurfürstendamm, iria encontrar vestígios inequívocos dessa história: opulência imperial, genialidade artística, avanços científicos, insanidade fascista, utopia comunista, capitalismo desenfreado, projeção futurística.

A cidade parece ser a encruzilhada onde os protagonistas do século resolveram se encontrar. E com o tempo foram deixando marcas que tornaram a cidade uma grande galeria das belezas e desgraças da humanidade. Os diversos monumentos (voluntários e involuntários) de Berlim são tão expressivos que tanto maravilham quanto assustam. Berlim e a memória de Berlim muitas vezes se confundem.

A forma com que uma cidade se expressa e o significado que ela tem para cada pessoa sempre me fascinou. Fui a Berlim tentar transformar minha impressão da cidade em imagem.

E decidi fotografar a noite. Para além dos motivos de ordem prática (escurece rápido no fim de outono e eu não sou de acordar cedo) me interessava a atmosfera da cidade, mais do que a cidade em si. A noite é mais teatral, menos descritiva, mais sensual, menos dispersiva. Interessava-me estar no limite entre a cidade reconhecível e a cidade particular.

Passei três meses em Berlim, percorri a cidade de bicicleta e isso foi fundamental. A bicicleta cria uma relação mais íntima com a cidade, próxima da rua, mas com mobilidade e velocidade. Fiz pesquisa em livros, fotos, filmes e Google Earth.

Estando por ali, também quis dialogar com a tradição formal e descritiva da fotografia alemã. Por isso o rigor das verticais, das frontalidades e das perspectivas. Queria também fazer um pouco do caminho inverso, tantas vezes que fomos fotografados pelos estrangeiros. O que sairia do encontro entre nossas culturas visualmente tão distintas?

nota

NE – Texto do autor para Berlinscapes, exposição de fotografias de Tuca Vieira. Fauna Galeria, de 29 jul. a 30 ago. 2011. Catálogo com 20 exemplares: VIEIRA, Tuca. This is not Berlin. Design gráfico de Elisa von Randow.

sobre o autor

Tuca Vieira é fotógrafo.

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