Your browser is out-of-date.

In order to have a more interesting navigation, we suggest upgrading your browser, clicking in one of the following links.
All browsers are free and easy to install.

 
  • in vitruvius
    • in magazines
    • in journal
  • \/
  •  

research

magazines

architectourism ISSN 1982-9930

Rampa do Pavilhão da Bienal de São Paulo. Foto Victor Hugo Mori

abstracts


how to quote

GUERRA, Helena; GUERRA, Caio; SCHILLING, Ludovico. Voluspa Jarpa, histórias de aprendizagem. Montagem de trabalho. Arquiteturismo, São Paulo, ano 08, n. 090.04, Vitruvius, ago. 2014 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquiteturismo/08.090/5279>.


Quando os Estados Unidos revelaram os arquivos secretos sobre a participação do seu governo nas ditaduras dos países latino-americanos, os documentos chegaram ao público com partes dos textos censurados com tarjas negras. Esta é a matéria prima usada pela artista chilena Voluspa Jarpa, que toma partido do apagamento da memória resultante do documento rasurado: uma imagem que expressa tanto a construção do que é visível como seu anverso, o mundo de sombras e lapsos de um presente cujos fundamentos foram sequestrados.

Histórias de aprendizagem, a obra de Voluspa Jarpa para a Bienal, é uma instalação composta por dois conjuntos de documentos sigilosos referentes a períodos duros da história brasileira: os arquivos da CIA sobre a ditadura brasileira (1964-1985), revelados há alguns anos pelo governo dos Estados Unidos, e os documentos dos serviços secretos brasileiros produzidos durante os mandatos dos presidentes Getúlio Vargas (1951-1954) e João Goulart (1961-1964). Deste último, Jarpa inclui também registros sobre o exílio do presidente deposto no Uruguai e do seu suposto assassinato na Argentina, em 1976, como parte do plano coordenado entre as ditaduras do Cone Sul conhecido como Operação Condor.

Nascida em 1971, a artista passou a infância e a adolescência em um Chile dividido entre apoiadores e resistentes ao governo ditatorial de Pinochet, divisão que se prorroga até hoje, onde as sombras do passado sanguinário e um renitente conservadorismo católico convivem com uma sociedade dinâmica e uma economia neoliberal vigorosa. Ao tencionar e articular distintas representações da história presentes nos meios de comunicação ou na arte, a obra de Voluspa Jarpa fala do Brasil com uma aproximação “estrangeira”, não solidária ao hábito brasileiro de esquecer o que não pode ser esquecido.

sobre a artista

Voluspa Jarpa 1971, Rancagua, Chile. Vive e trabalha em Santiago, Chile. Formada pela Facultad de Arte de la Universidad de Chile, Voluspa Jarpa construiu sua trajetória por meio da investigação teórica e conceitual sobre a pintura e as técnicas de representação. Recentes mostras individuais incluem Secret/Sensitive Eyes Only (2013), Mor Charpentier Galerie, e L’Effet Charcot (2010), Maison de l’Amerique Latine, ambas em Paris, França. Já as exposições coletivas abrangem History’s Mine (2012), Les Abattoires, Toulouse, França; 3ª e 8ª Bienais do Mercosul (2001 e 2011), Porto Alegre, Brasil; e 12ª Bienal de Istambul (2011), Turquia.

sobre os autores

Helena Guerra e Caio Guerra, diretores e roteiristas, sócios da produtora Irmãos Guerra Filmes, são autores de documentários para exposições e curtas de ficção.

Ludovico Schilling é sound designer e produtor de musica eletrônica. Nascido em Milão, atualmente desenvolve pesquisa em Londres.

ficha técnica

texto / vídeo
Helena Guerra

edição
Caio Guerra

som
Ludovico Shilling

comments

090.04 31ª bienal de sp
abstracts
how to quote

languages

original: português

share

090

090.01 31ª bienal de sp

A Bienal e seu pavilhão

Tommaso Protti

090.02 31ª bienal de sp

Éder Oliveira

Giovanni Pirelli, Helena Guerra, Caio Guerra and Ludovico Schilling

090.03 31ª bienal de sp

Coisas que não existem

Bruno Schiavo

newspaper


© 2000–2024 Vitruvius
All rights reserved

The sources are always responsible for the accuracy of the information provided