O espaço foi o que me atingiu quando entrei na Bienal, um pavilhão a se perder no horizonte projetado por Oscar Niemeyer no coração do Parque do Ibirapuera. Essa estrutura moderna é emblemática na arquitetura de São Paulo e, apesar de seu aspecto exterior um tanto severo, a Bienal em seu interior é um espaço harmonioso para a celebração da arte. Eu acredito que o local revela muitas almas que pertencem à cidade mas consegue ainda manter os aspectos negativos, o caos, do lado de fora. Se a Bienal trouxer a arte brasileira mais próxima de uma audiência internacional, e vice versa, o pavilhão de Niemeyer terá alcançado seu objetivo.
31ª Bienal de São Paulo – Como falar de coisas que não existem, 6 de setembro a 7 de dezembro de 2014, Parque do Ibirapuera, portão 3, Pavilhão da Bienal, São Paulo, Brasil.
sobre o fotógrafo
Tomasso Protti, italiano, fotógrafo documentarista freelance, é formado em Ciências Políticas em Roma, com mestrado em Fotojornalismo e Fotografia Documental no London College of Communication. Seu trabalho foi exposto em Londres, Milão, Roma e Zagreb e recebeu os prêmios International Photography Award e The National Geographic Award. Radicado em São Paulo, trabalha para The New York Times, The National Geographic, Le Monde, The New Yorker, Esquire, entre outros, e faz parte do coletivo Reportage da Getty Images Emerging Talents.