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architectourism ISSN 1982-9930

Praia do Rio Vermelho, Salvador. Foto Guilherme Maia

abstracts

português
Abordagem sobre projeto cultural de Juiz de Fora que busca promover um painel colaborativo sobre a cidade contemporânea através da internet e vem desenvolvendo, também, outras ações conjuntas.

english
Approach on a cultural project of Juiz de Fora that seeks to promote a collaborative panel about the contemporary city through the internet and is also developing other joint activities.

español
Enfoque en un proyecto cultural de Juiz de Fora que busca promover un panel de colaboración sobre la ciudad contemporánea a través de la internet y también está desarrollando otras actividades conjuntas.


how to quote

GAMONAL BARRA DE ALMEIDA, Lucas; SANTOS, Michele Faria. #JFpramim. Um painel colaborativo sobre a cidade de Juiz de Fora. Arquiteturismo, São Paulo, ano 09, n. 106-107.02, Vitruvius, jan. 2016 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquiteturismo/09.106-107/5871>.


Com inspiração no projeto Un jour de tweets à Paris, realizado na capital francesa, surgiu a criação do #JFpramim, proposta cultural financiada pela Lei Murilo Mendes de Incentivo à Cultura da Prefeitura de Juiz de Fora (1). O principal intuito da iniciativa foi fazer com que as pessoas voltassem seus olhares para Juiz de Fora e lançassem suas expressões através das redes sociais.

A ação francesa utilizou apenas o Twitter como plataforma e o período de 24 horas para que se pudesse participar. O grande intuito foi reunir testemunhos de pessoas comuns sobre a “cidade luz” do século 21. Posteriormente, então, a Secretaria de Turismo do município organizou um livro com cerca de 300 tweets e diversas fotografias, a fim de divulgar o resultado desses olhares para o grande público.

Assim, com base nesse modelo, a criação a respeito de Juiz de Fora incluiu outras redes sociais, como o Facebook e o Instagram, além do Twitter. Durante o decorrer das ações ainda surgiram participações em redes especialmente dedicadas à fotografia, como o Flickr. A principal ferramenta também seria a hashtag, agora adaptada à realidade local e com um chamado afetivo.

Captura de tela do website do projeto #JFpramim exibindo parte do painel colaborativo no endereço www.jfpramim.com.br, 19/07/2015
Imagem divulgação

A ideia principal consistiu na realização de uma homenagem ao aniversário de 165 anos de Juiz de Fora, celebrado no mês de maio de 2015. Mais uma vez privilegiando os olhares de pessoas comuns, a grande serenata composta não deveria privilegiar apenas patrimônios históricos e locais icônicos do espaço citadino, mas também aqueles que fossem especiais para os diversos sujeitos. A intenção era – e ainda é – fazer com que o usuário da urbe volte seu olhar para o que lhe caracteriza e torna especial, pensando, ainda, na valorização e replicação desse sentimento positivo para os todos que compartilham o espaço urbano.

Reunidas em um website, as colaborações permitem (re)construir e promover uma imagem contemporânea da cidade de Juiz de Fora, tendo como perspectiva o olhar dos múltiplos sujeitos que nela (con)vivem. Além disso, temos a formação de um produto artístico/cultural colaborativo, produzido por pessoas da cidade que, influenciadas ou não pelas produções dos demais indivíduos, pretendem contribuir com conteúdo expressivo para a identidade juiz-forana.

Aliado ao projeto inicial, realizamos uma intervenção no calçadão da Rua Halfeld, considerada como o “coração” da cidade por muitos de seus moradores e visitantes. A via é emblemática, palco de diversos acontecimentos históricos para o município e região. Além disso, concentra grande fluxo de transeuntes, em razão do diversificado comércio ali existente. Escolhemos o local para tal performance justamente por esses motivos, buscando uma grande visibilidade.

#JFpramim, fotos de Rodrigo Souza selecionadas para a intervenção do “Corredor Cultural”, 30/05/2015
Foto Rodrigo Souza

Então, no dia 30 de maio de 2015, montamos uma exposição interativa, como parte do evento “Corredor Cultural”, também organizado pela prefeitura municipal. Além dos passantes poderem admirar as fotografias produzidas por diversas pessoas, eram convidadas a escreverem textos sobre a cidade. Não eram controladas quanto ao conteúdo ou proporção dos textos, mas havia o pedido para que falassem o que desejassem sobre Juiz de Fora, celebrando o espírito da data.

A reação das pessoas foi imediata. Mesmo antes de finalizarmos as montagens já buscavam descobrir do que se tratava tudo aquilo – as fotografias dispostas em um varal chamavam a atenção dos passantes, que queriam tocá-las e leva-las como recordação. Muitos também destacaram a metalinguagem da ação: estávamos abordando as imagens da cidade em um de seus espaços mais significativos e, portanto, não poderia haver lugar melhor. Ao mesmo tempo, em frente ao Cine-Theatro Central – prédio com belíssima arquitetura, inaugurado em 1929 e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, com alto valor simbólico – víamos diversas fotografias que exaltavam a construção e seus detalhes.

Ao final, distribuímos as fotografias impressas, em troca das contribuições em formato de texto. Fomos realizando a substituição gradativa em nosso varal, até o fim da intervenção. Posteriormente, através das mesmas redes sociais utilizadas para as postagens, as pessoas começaram a se manifestar, especialmente pedindo que outras ações como essa fossem realizadas, talvez com maior tempo de duração.

Estrutura da exposição #JFpramim, parte do evento JF Foto 15, Centro Cultural Bernardo Mascarenhas, Juiz de Fora, 08/08/2015
Foto Lucas Gamonal Barra de Almeida

Esses pedidos, então, também deram substância ao plano de uma exposição permanente, com duração de um mês – de 07 de agosto a 07 de setembro de 2015 – em um dos principais centros culturais do município, o Centro Cultural Bernardo Mascarenhas, como parte do evento cultural “JF Foto 15”.

Este evento reuniu 16 exposições de fotógrafos locais e visitantes, de forma individual e coletiva, contemplando vários temas e abordagens, além de intervenções fotográficas que foram realizadas em vários pontos da cidade. A amplitude do evento e o local onde ocorreu – com a estrutura de #JFpramim instalada no espaço externo do centro cultural – permitiram que todo tipo de público tivesse acesso, de forma gratuita e ilimitada, às obras expostas.

Abarcar a diversidade de públicos das diferentes áreas da cidade com o conteúdo produzido por moradores de vários bairros e dar visibilidade aos diferentes olhares foi nossa principal intenção. Além disso, acreditamos na capacidade de influenciar outras pessoas, além de artistas, fotógrafos e escritores a também se expressarem acerca da poética urbana que nos cerca.

A construção desse painel colaborativo e em constante ampliação através da internet é bastante significativa. O próprio cidadão tem que atuar como um estrangeiro na cidade, de modo a olhá-la para além de percepções cotidianas. Essa percepção do público, refletida nas postagens, pode levar o leitor/observador a ter, também, um outro olhar de seu dia a dia e fazer o cidadão pensar sobre a realidade que o cerca. Certamente esse conjunto de ações permitirá trazer à tona diversas camadas da memória do município, bem como ressignificar os sentidos do contexto atual que, em consequência, terá reflexos sobre o imaginário presente e futuro.

Metalinguagem: exposição sobre a cidade realizada no próprio espaço urbano, Rua Halfeld, Juiz de Fora, 30/05/2015
Foto David Azevedo

nota

1
Informações sobre o projeto: #JF Pra Mim, website oficial, Prefeitura de Juiz de Fora <www.jfpramim.com.br>; #JF Pra Mim, comunidade no Facebook, Prefeitura de Juiz de Fora <www.facebook.com/jfpramim>; #JF Pra Mim, página no Instagram, Prefeitura de Juiz de Fora www.instagram.com/jfpram; #JF Pra Mim, website interativo, Prefeitura de Juiz de Fora <www.jfpramim.com.br>.

sobre os autores

Lucas Gamonal Barra de Almeida é professor Substituto no Departamento de Turismo da Universidade Federal de Juiz de Fora. Bacharel em Turismo e Mestre em Comunicação, ambos pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Vice-coordenador do Núcleo de Estudos e Práticas em Performances e Narrativas de Viagens (PeNaVia) e integrante do grupo de pesquisa Comunicação, Cidade e Memória (CNPq/UFJF).

Michele Faria Santos é bacharel em Ciências Humanas e Graduanda em Turismo, com ênfase em Patrimônio e Gestão de Destinos Turísticos, ambos pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Bolsista do Núcleo de Estudos e Práticas em Performances e Narrativas de Viagens (PeNaVia).

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