Curuzú Cuatiá é uma cidade que se acha implantada no sudeste da província de Corrientes, a 325 km da capital regional tomando como base às rodovias nacionais nº 12 e nº 119. É capital do departamento homônimo, que possui uma superfície total de 9.144 km2 e tem por limites ao norte e nordeste os córregos Cuenca, Villanueva, Molle, Aguay e Yaguarí; ao leste o rio Miriñay; ao sul, córregos como o Tunas, Basualdo e os rios Mocoretá e Guayquiraró, que o separam do departamento de Sauce e da província de Entre Ríos; e finalmente a oeste, o Guayquiraró, o rio Corrientes e vários obstáculos artificiais que o separam dos departamentos de Sauce, Esquina e Goya, respectivamente.
O departamento possui condições naturais que o tem feito ocupar desde sempre um lugar preponderante no desenvolvimento econômico de Corrientes, sendo a exploração da criação bovina e lanígera seu principal recurso produtivo.
O povoamento da área circundante a Curuzú Cuatiá começou a acontecer desde antes da época vice-reinal, quando as autoridades de Corrientes iniciaram a entrega de concessões de terras a partir de 1770. Assim se assentaram pequenas, médias e grandes fazendas, que praticaram a pecuária extensiva, e em 1796 seu número já era suficiente para que, movidos por interesse comum, solicitassem permissão para levantar uma capela já que alegavam encontrar-se muito distantes do curato de São Roque.
O juiz comissionado, don Tomás Castillo, foi o encarregado de encaminhar esta petição e também a pessoa que concretizou a construção da primeira capela em 1797, colocando-a sob a jurisdição de "Nossa Senhora do Pilar", antes que se conformasse um adensamento urbano (1).
Em 1799, o novo comissionado do partido de Curuzú Cuatiá, don José Zambrano, em carta remetida ao Vice-rei Avilés, informava que havia nas imediações estabelecidos oitenta vizinhos espanhóis e aproveitava a oportunidade para solicitar a nomeação de um sacerdote fixo para esta capela. Zambrano argumentou também que no futuro poderia chegar a formar-se ali uma grande povoação, dadas às características do solo e a opulência das estâncias próximas, portanto seria conveniente que se nomeasse um eclesiástico "que seja refúgio e socorro das urgências espirituais dos povoadores" (2).
Mesmo o pedido tendo uma acolhida favorável, ao chegar na burocracia de Corrientes os trâmites estancaram devido o litígio entre o povo de Yapeyú e o governo de Corrientes. De qualquer forma, durante este período de indecisões, Zambrano começou a organizar a povoação, repartindo 60 terrenos que se transformaram rapidamente em 15 casas.
Apesar das reiteradas petições para legalizar a fundação de um núcleo urbano, a situação se manteve praticamente sem mudanças por quase dez anos.
Em novembro de 1810, quando o então coronel Manuel Belgrano fez uma escala no local devido sua marcha para o Paraguai, acabou fundando no dia 16 o povo "Nuestra Señora do Pilar de Curuzú Cuatiá", ordenando a constituição de sua jurisdição e a delineação e demarcação de ruas e solares.
Na ata de fundação, Belgrano determinou que o povoado teria 14 quadras de largura por outras tantas de comprimento, com medidas de 100 X 20 varas, orientadas de noroeste, sudeste; e noroeste, sudoeste, e que a partir desse momento os proprietários rurais da jurisdição estavam obrigados a edificar suas casas no povoado, como também todos aqueles que possuissem ranchos dispersos deveriam mudá-los para a nova implantação urbana. Decidiu também que quando seus habitantes alcançassem o número de quatrocentos, Curuzú Cuatiá deveria ser elevada à condição de Vila, e quando se ultrapassasse a cifra de mil, deveria adquirir a categoria de cidade.
Ordenou também em seu decreto que os recursos adquiridos com a venda das residências deveriam ser investidos em parte para a construção de uma escola e fixou também o local onde deveria implantar-se a igreja matriz e a praça principal (3).
O decreto de criação do povoado foi cumprido no dia 1º de dezembro de 1810 pelo representante do governador de Corrientes, don Elías Galván, e recebeu a aprovação da junta de Buenos Aires. Em janeiro de 1833 se erigiou em curato independente a nova Vice-paróquia de "Nossa Senhora do Pilar de Curuzú Cuatiá", separándo-se assim do curato de São Roque (4).
Por lei provincial do ano 1862, Curuzú Cuatiá foi elevada à condição de Vila e em 1864 o governo provincial dispôs uma nova medida para fixar os tecidos de sua planta urbana ampliada, tarefa que foi encomendada ao agrimensor Ramón Figueroa. Em setembro de 1888, coincidindo com a inauguração da atual igreja de "Nossa Senhora do Pilar", passou à categoria de cidade por meio de uma lei. Em 1914 ganhou o estatuto de Comissão Municipal e em 1920 passou finalmente a ser uma municipalidade autônoma (5).
A incorporação do equipamento
A partir da fundação legal da cidade em 1810, a estrutura urbana se conformou sobre um traçado de ruas em tabuleiro, ao mesmo tempo em que se edificavam, em torno da então "Praça de Maio", os edifícios representativos, igreja e escola. A malha urbana foi implantada na área comprendida entre os córregos Sarandí, ao norte dos atuais Marote e Curuzú Cuatiá, e o Castillo ao sul, de maneira que as ruas teriam um contato natural com estes.
Até 1895 e quando Curuzú Cuatiá contava com 5.107 habitantes, um levantamento oficial revelava que somente 1.800 habitantes viviam em casas de material nobre, enquanto que o resto da vizinhança ocupava casas de adobe e palha. No entanto, das 262 casas de material contabilizadas, 210 dispunham de algibes e latrinas bem construídas, mas não havia esgoto e as águas servidas eram despejadas em pátios ou nas ruas. Mesmo levando em conta que as roupas se lavavam nos córregos circundantes – Castillo, Marote, Sarandí e Curuzú Cuatiá –, não estava ainda difundida o costume de fazê-lo num lugar determinado, motivo pelo qual era habitual que se efetivasse costumeiramente nos mesmos locais aonde a população de baixos recursos extraía a água para consumo, hábito que se manteria apesar da epidemia de varíola que há três anos havia ceifado a vida de mais de cem pessoas (6).
No entanto, quando o século XX apenas iniciava, novos levantamentos mostravam certa evolução quanto às condições urbanas da cidade. As ruas já estavam melhoradas com cascalho em sua maior parte, e quanto à imagen da cidade, Benjamín Serrano em seu "Guia de Corrientes" publicado em 1901 dizia que Curuzú Cuatiá rivalizava em beleza com a vizinha cidade de Mercedes.
Nas primeiras décadas deste século, dentre as edificações se destacavam a primeira estação de estrada de ferro que foi inaugurada em 1890 e estava situada a quatro quadras da praça central, o edifício municipal, a Escola Popular, as sedes do Clube Social, a Sociedade Italiana, o Banco da Nação e o Hospital de Caridade, sustentado pelas damas de beneficência (7).
O povoado tinha na ocasião três praças bem cuidadas, onde se sobressaía a então denominada "Constituição". Ao sul do povoado existia um parque arborizado denominado "Los Sauces" (hoje "Parque Mitre"), que se achava bem conservado e era utilizado para passeios e recreação dos paroquianos.
Sobre os equipamentos, pode se dizer que havia o necessário no começo do século 20, tendo um hospital importante e bem dotado, duas casas bancárias (Banco Nação e Banco Coletivo Industrial), um hotel bem construído e em geral, edifícios públicos de bom aspecto. Mesmo que não haja dados precisos, é possível que também tenha funcionado o mercado municipal, cuja construção foi sucessivamente autorizada e suspendida por diversos motivos pela H.C.R. de Corrientes entre os anos 1884 e 1888, em medidas que prejudicavam também a edifícios similares para Mercedes e Monte Caseros (8).
A cidade não tinha água potável e electricidade, mas os planos do município previam na ocasião o estabelecimento de uma usina elétrica.
Los projetos para o suministro de água potável e corriente comenzaríam a tomar impulso durante a década do veinte, logo de que o Ministério de Obras e Serviços Públicos da Nação acordara com o governo provincial um plam para dotar de este serviço e o de cloacas, às cidades de Goya, Mercedes e Curuzú Cuatiá.
A energia elétrica surgirá nos finais da mesma década como serviço prestado pela "Companhia Suiça de Eletricidade", e em 1935 a mesma empresa já fazia o fornecimento para 798 clientes. Por sua vez, os serviços telefônicos eram prestados na mesma época pela "Companhia Internacional de Telefones", da mesma forma que em outras cidades de porte médio da província (9).
No ano de 1937 Curuzú Cuatiá tinha demarcadas 350 quadras, uma povoação em torno de 15.000 habitantes, e um recente levantamento municipal havia contabilizado mais de 2.000 casas bem construídas no perímetro urbano.
Além da tradicional atividade pecuária que sustentava à povoação, havia se iniciado nas imediações a exploração uma caleria, que proporcionava cal de muito boa qualidade. O comércio em sua maioria se dedicava aos ramos gerais, contabilizando-se então em torno de 266 casas de diversos tipos dentro da cidade e estabelecimentos industriais, além de selarias, padarias e fábricas de caramelos, mas nada de maior importância.
Na paisagem urbana sobressaíam já as grandes instalações do regimento 9 da cavalaria, que cubriam boa parte de ambas as margens do atual acesso principal à cidade, e a fisonomía edilicia também se havia modificado com a construção de bairros para suboficiais e pessoal do Exército.
Como parte do equipamento urbano se haviam incorporado também as sedes de vários edifícios educativos, como o do Colegio Nacional, a Escola Nacional de Artes e Ofícios, a Escola "Sarmento", a Escola Graduada "Belgrano", o Colégio "Nossa Senhora do Pilar" pertencente às irmãs Carmelitas Descalças, e outras instituções de menor importância.
Havia um teatro, um cine, uma biblioteca popular e se editavam vários periódicos, como "Ação", "Cultura", "Crítica", "Justiça", "A União", "Renovação" e "Inquietude".
Entre as entidades sociais mais importantes se destacavam a Sociedade Rural, a Sociedade de Beneficência, o Clube Social, o Clube San Martín, A Sociedade Italiana, A Sociedade Espanhola, o Centro Cultural "Eirete" e a Sociedade Católica. Havia também vários clubes desportivos, como a "Sociedade Esportiva", o Clube "General Belgrano", o "Club Atlético Huracán", o clube "Defensores de Belgrano", o clube "Sol de América F.C.", "Esportivo Barracas" e "Esportivo San Lorenzo".
As comunicações da cidade com outros centros urbanos estavam suficientemente cobertas no que diz respeito às rodovias, e desde logo estavam em pleno funcionamento as duas linhas ferroviárias (F.C.N.E.A. e F.C.C.N.A.) que partindo de suas respectivas estações, uniam Curuzú Cuatiá com a capital Corrientes e com o resto do país.
Existia além disso um campo de pouso defrente aos quartéis do Regimento 9 de cavalaria, onde posteriormente o governo nacional construiria a base aérea (10).
A expansão da cidade nas últimas décadas
Quanto à evolução da estrutura urbana nos últimos anos, devemos assinalar que até a década de sessenta estava já bem delineada a fisonomia geral de Curuzú Cuatiá e poderia entrever-se claramente a direção para onde deveria expandir-se a cidade, que unicamente poderia fazê-lo para o oeste, já que à norte e à noreste havia os córregos Marote e Curuzú Cuatiá, e à sudeste e sul, o córrego Castillo.
Não obstante esse fato, as estradas de ferro já haviam constituído antes que os córregos mencionados um limite restritivo para o avanço da cidade para leste e sul, e nesta época somente havia sido parcialmente aberto o ramal que chega a leste, resultando que frente à velha estação foi sendo ocupado por casas de baixa qualidade.
O núcleo principal de Curuzú Cuatiá já estava definido entre as quatro praças – Belgrano, Sam Martín, Alvear e General Paz – e contava com uma estrada central, a avenida Berón de Astrada, continuação do acesso principal à cidade que ainda se denomina República Oriental do Uruguai. Nesta rua ainda se concentra a atividade sócio-comercial e se encontram os principais centros de lazer e edifícios públicos, entre os quais se inclui a câmara municipal e o comissariado.
De modo que ao final da década de sessenta o centro de Curuzú Cuatiá estava compreendido entre as então ruas Sarmento, Don Bosco, Juam Pujol e Mitre. Neste perímetro predominavam as casas altas mais antigas, que contrastavam com as novas que iam sendo erguidas para oeste, que eram bem mais baixas e sem estilos definidos.
Desde a rua Sarmento até o oeste se situavam também as casas que abrigavam à população castrense, certamente numerosa por estarem assentadas na cidade unidades de Exército e da polícia. Precisamente neste setor, de ambos os lados do acesso principal, se extendiam por várias quadras as grandes instalações do Exército, que ainda permanecem ativas. Tanto estas dependências como as casas para o pessoal são de boa construção.
Nesta época já existiam todos os serviços, mas os mesmos não eram extensivos a todos os habitantes. Por exemplo, só o 60% da povoação tinha água potável, as fossas só cobriam 30% do serviço, os telefones estavam reduzidos ao uso domiciliar de 363 abastados e 45 quadras com suas ruas pavimentadas, pouco diante das 172 quadras melhoradas com cascalho e das 291 sem nenhum tipo de melhorias.
Existiam amplos setores, especialmente no norte e no oeste da cidade, que não contavam com nenhum dos serviços básicos essenciais (11).
Em 1985 se firmou um convênio entre a municipalidade de Curuzú Cuatiá e a Direção de Planejamento do Ministério de Obras e Serviços Públicos da província visando expandir a cidade para oeste e noroeste dados os condicionantes naturais existentes no norte, leste e sul.
Esta expansão se realizou mediante a construção de bairros Fonavi e vilas militares no setor noroeste da cidade, dotando-os de todos os serviços, e tal crecimento se extendeu de maneira que na atualidade a urbanização do setor se encontra ante uma nova barreira a romper – a rodovia nº 119.
Quanto à atual rede de serviços, pode se notar a ampliação da pavimentação – construída quase sempre em concreto armado –, e o cascalhamento das ruas, melhora que hoje alcança à maior parte das artérias.
Não ocorre, sem dúvida, o mesmo no que diz respeito à provisão de água potável, serviço que até hoje continua sendo deficitário. Um dos últimos dados sobre esse serviço data do ano 1985, época onde havia registradas 3526 conexões domiciliares, que serviam a cerca de 14.500 pessoas. Se se tem em conta que para 1986 a povoação da cidade era de 27.622 pessoas, pode deduzir-se que 47% da população não tinha na ocasião água corrente em casa.
Hoje Curuzú Cuatiá é uma cidade que denota à primeira vista sua antiguidade por suas características edilicias, exibindo numerosos edifícios centenários, dentre os quais não são poucos os que se encontram medianamente conservados e em sua maioria ainda habitados. Suas ruas estreitas reafirmam sua condição de cidade antiga, com quadras largas e com calçadas estreitas, que parecem ainda menores pela presença de velhos arvoredos.
A cidade não aparenta um cuidado tão esmerado como a próxima Mercedes, mas ostenta sem dúvida alguns lugares públicos que lhe conferem uma estética agradável, como o grande parque Mitre, que além de ser um importante pulmão para a cidade, é o principal local de recreação da localidade.
É uma cidade onde também pode se perceber um forte apego às tradições criollas, já que é muito comum observar o uso de utelnsílios típicamente rurais na povoação masculina. A numerosa presença de efetivos militares oferece também traços distintivos a esta cidade, onde é habitual o deslocamento de uniformizados no espaço urbano (12).
Conclusões
Curuzú Cuatiá talvez seja o exemplo mais eloquente na província de Corrientes, da fundação formal e organizada de uma cidade sobre um núcleo já povoado e com construções preexistentes.
Este centro surge no final do século XVIII com meia centena de fazendeiros que decidiram reunir suas casas em torno da capela "Nossa Senhora do Pilar", construída também por iniciativa comum.
Ainda que tenham transcorridos mais de dez anos de frustradas petições para legalizar esta povoação, a fundação efetiva se realizou somente quando Manuel Belgrano em sua marcha até o Paraguai redigiu o ata respetiva, na qual ordenou o casario disperso com base num traçado reticulado, determinando as dimensões, os locais públicos e as condições que deveriam ser cumpridos por este núcleo para alcançar a uma hierarquia maior.
Durante vários anos Curuzú Cuatiá permaneceria como um bastião solitário na custódia da fronteira centro-sul de Corrientes, como sede das autoridades civis, militares e eclesiásticas que tinham como missão a atenção de uma vasta região.
Além de ter sido durante a primeira metade do século XIX o ponto de apoio para a fundação de vários povoados no sul e no leste da província, até finais deste século a cidade teria um forte crescimento com a chegada da estrada de ferro desde Monte Caseros, incremento que se reiteraria no transcurso das quatro primeiras décadas do século XX, movido em grande medida pela instalação de unidades militares.
Esta cidade se extenderia indefectivelmente até o oeste e noroeste devido aos condicionantes naturais (córregos) que a limitam a norte, a leste e a sul, como também pelo limite restritivo que significou o traçado das estradas férreas que circunvalam o território nas mesmas direções. Boa parte desta expansão se realizou mediante a construção de vilas militares e ultimamente também através de bairros do Fonavi, sempre até o setor oeste.
Atualmente Curuzú Cuatiá é uma cidade que denota à primeira vista sua antiguidade por suas características edilicias e pelo apego às tradições por parte de seus habitantes, e do mesmo modo revela a função que desempenha, que continua sendo a de provedora de bens e serviços a uma comunidade dependente dos recursos pecuários, e do conjunto de forças de segurança aqui instaladas.
notas
1
Labougle, Raúl. Orígenes y Fundación de Nuestra Señora del Pilar de Curuzú Cuatiá. Buenos Aires. 1961, p. 44.
2
AGN. IX-36-9-6. División Colonia. Sección Gobierno. Citado por: Poenitz, Alfredo Erich. Poblamiento y Evolución Demográfica de Curuzú Cuatiá. En: Cuarto Encuentro de Geohistoria Regional. Resistencia. IIGHI-CONICET. 1983.
3
Gómez, Hernán. Divisiones Administrativas, Judiciales y Municipales de la Provincia de Corrientes. Corrientes. 1929. p. 164-167.
4
Gómez, Hernán. Divisiones Administrativas, Judiciales y Municipales de la Provincia de Corrientes. Op. Cit. p. 170-172.
5Archivo General de la Provincia de Corrientes (A.G.P.C.) Sala Manuel Mantilla. Pastas com documentação sobre povoados de Corrientes. Maço correspondente a Curuzú Cuatiá.
6
Coni, Emilio R. La Provincia de Corrientes (República Argentina). Descripción General, Higienización, Saneamiento, Profilaxia Práctica, Climatología Médica, Epidemiología, Demografía y Estadística Sanitaria, Asistencia Pública y Beneficencia, Etc. Buenos Aires. Coni. 1898. p. 317-318.
7
Serrano, Benjamín P. Guía General de la Provincia de Corrientes. Corrientes. 1901. p. 581-590, y Serrano, Benjamín P. Guía General de la Provincia de Corrientes. Corrientes. 1910. p. 930-945.
8O tratamento destas autorizações e os motivos das suspensões na construção de mercados para estas três cidades podem ser seguidos pela documentação presente em: A.G.P.C. Sala Manuel Mantilla. Pastas com documentação sobre povoados de Corrientes. Maço correspondente a Curuzú Cuatiá.
9
A.G.P.C. Sala Manuel Mantilla. Carpetas con documentación sobre pueblos de Corrientes. Legajo correspondiente a Curuzú Cuatiá, y De Bossini, José Francisco. Guía General de la Provincia de Corrientes. Años 1934-1935. Corrientes. Imprenta del Estado. 1934.
10
Dados tomados do Folheto informativo publicado pela municipalidade de Curuzú Cuatiá em 1937. Arquivo da municipalidade de Curuzú Cuatiá.
11
Informe Coyuntural de las Estructuras Urbanas en la Provincia de Corrientes. Corrientes. Gobierno de Corrientes. Subsecretaría de Obras Públicas.Departamento de Planeamiento Urbano. Tomos I a IV. (Inclui planos e croquis das estruturas urbanas e do entorno geográfico imediato às mesmas). 1967
12
Para a realização deste comentário foram utilizadas fontes documentais acervadas no arquivo da municipalidade de Curuzú Cuatiá, ainda que as mesmas se achem dispersas e sem ordem alguma. A informação adicional, assim como os planos da cidade correspondentes a diversas épocas e com os distintos serviços assinalados nos mesmos, tem sido suministrados especialmente pelo pessoal da Direção de Cadastro desta municipalidade. Tem sido de utilidade também a consulta da siguente documentação: Informe Coyuntural de las Estructuras Urbanas en a Provincia de Corrientes. Corrientes. Gobierno de Corrientes. Subsecretaría de Obras Públicas.Departamento de Planeamiento Urbano. Tomos I a IV. 1967 y Lineamientos para las políticas de desarrollo urbano de la provincia de Corrientes (1978-1980). Tomo II. Gobierno de Corrientes. Corrientes. Editorial Nueva Etapa. 1981, documentação esta que foi complementada por uma inspeção ocular e um levantamento fotográfico efetuado durante o mês de agosto de 1999. Como dado de interesse deve ressaltar-se a quantidade de habitantes de Curuzú Cuatiá em sua implantação urbana, segundo cifras dos correspondentes censos nacionais: 1869 (1.824 hab); 1895 (5.107 hab); 1914 (10.709 hab); 1947 (15.440 hab); 1960 (16.656 hab); 1970 (20.636 hab); 1980 (24.955 hab); 1991 (28.806 hab).
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-Planos Catastrales y de Obras Públicas de la ciudad de Curuzú Cuatiá correspondientes a los años 1933, 1934, 1967, 1979, 1988, 1993, 1997 y 1999. Proporcionados por las Direcciones de Catastro y de Obras Públicas de la municipalidad.
-Relevamiento documental y fotográfico propio realizado en la ciudad de Curuzú Cuatiá en el transcurso del año 1999.
sobre o autor
Oscar Ernesto Mari é Doutor em História pela Universidad del Salvador (Buenos Aires) 1999; Licenciado em História pela Universidad del Nordeste (1994). Professor de ensino Médio, Normal e Especial em História. Atualmente é bolsista de Pós-doutoramento em pesquisa do CONICET e Profesor Adjunto A/C da cátedra História Argentina Colonial na Faculdade de Humanidades da Universidad Nacional del Nordeste (Chaco-Argentina).