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research

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architexts ISSN 1809-6298


abstracts

português
O artigo traz uma investigação das consequências do processo de metamorfose na centralidade urbana de João Pessoa sob a ótica da localização das atividades comerciais e de serviços, entre os anos de 1970 e 2006

english
The article presents a research on the consequences of the metamorphosis ocurred in the centre of João Pessoa concerning commercial and service activities, from 1970 to 2006

español
El artículo presenta una investigación sobre las metamorfosis sufridas por la ciudad de João Pessoa con respecto a las actividades comerciales y de servicios, entre los años 1970 y 2006


how to quote

ANDRADE, Paulo Augusto Falconi de; LEITE RIBEIRO, Edson; SILVEIRA, José Augusto Ribeiro da. Centralidade urbana na cidade de João Pessoa - PB. Uma análise dos usos comerciais e de serviços entre o centro tradicional e o centro seletivo – 1970/ 2006. Arquitextos, São Paulo, ano 09, n. 106.06, Vitruvius, mar. 2009 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/09.106/69>.

O objetivo deste trabalho é investigar as conseqüências do processo de metamorfose na centralidade urbana de João Pessoa, capital do Estado da Paraíba, sob a ótica da localização das atividades comerciais e de serviços, entre os anos de 1970 e 2006.

A abrangência espacial sobre a qual recai o foco da presente pesquisa é antiga área central da cidade de João Pessoa e dois territórios que nas últimas décadas tornaram-se redutos de comércio e de serviços em João Pessoa: a área litorânea e o setor Sudeste da cidade.

O centro tradicional de João Pessoa será denominado de Núcleo Central, compreendendo os territórios do Centro (Cidade Alta) e Varadouro (Cidade Baixa e Porto do Capim). Inserido nesses dois locais, encontra-se boa parte da delimitação do Centro Histórico da cidade (ver Figura 2).

Por sua vez, o subcentro litorâneo, terá a denominação de Núcleo Litorâneo, abrangendo os bairros do Cabo Branco, Manaíra, Tambaú e Bessa, locais que, atualmente, configuram o subcentro das camadas de alta renda.

Por último, configurarão o Núcleo Sudeste, os seguintes bairros: o Bairro de Mangabeira e o Conjunto dos Bancários (composto por Anatólia, Jardim São Paulo e Jardim Cidade Universitária).  

Flávio Villaça (2), em seus estudos sobre o fenômeno das mudanças na centralidade urbana, fez uso de quantitativos das atividades (comércio e serviços) tantos nos centros tradicionais como nos novos subcentros das principais cidades brasileiras.

Dessa forma, a metodologia empreendida neste trabalho considerou relevante para o estudo da centralidade de João Pessoa, a análise comparativa dos indicadores referentes ao número de atividades licenciadas de serviço e de comércio obtidas na Secretaria da Receita Municipal, no ano de 2005.

A classificação para os três núcleos urbanos estudados envolve diversos tipos de atividades entre as quais: serviços especializados, serviços não especializados, serviços financeiros, serviços turísticos, serviços de comunicação, comércio atacadista, comércio varejista, comércio varejista especializado, comércio de departamentos, comércio voltado ao turismo, ensino e hospitais (ver Figura 15).

Fig. 15: Núcleo central (Centro e Varadouro); núcleo Litorâneo (Bessa, Manaíra, Tambaú, Cabo Branco) e; Núcleo Sudeste (Mangabeira, e o conjunto dos Bancários). Comparação entre o número total de atividades licenciadas de serviço e comércio, 2005
[fonte: Prefeitura Municipal de João Pessoa/ SEPLAN, 2005]

Além disso, também reforçam a comparação entre as áreas estudadas: dados referentes ao faturamento anual da cidade, obtido na Secretaria da Receita Estadual, em 2005; a presença de órgãos e entidades públicas Federais, Estaduais e Municipais no Núcleo Central; a disponibilidade de vagas escolares nos bairros, entre outros.

Com base nessas relevantes informações, foram estruturadas tabelas e gráficos acerca das atividades de comércio e de serviços licenciados, com o intuito de revelar comparativos entre os três núcleos em questão, fornecendo respostas ao fenômeno da centralidade urbana da de João Pessoa.

Nesse caso, para o antigo núcleo central da cidade, considerou-se o somatório das atividades licenciadas nos bairros do Centro e Varadouro; para o núcleo litorâneo, foi considerado o montante das mesmas atividades nos bairros do Bessa, Manaíra, Tambaú e Cabo Branco; por sua vez, Bancários e Mangabeira determinam o núcleo Sudeste na cidade.

O mesmo processo metodológico foi realizado com base nos dados de faturamento por bairro obtido na Secretaria da Receita Estadual, no ano de 2005, por meio da elaboração de tabelas que revelaram respectivamente a colocação por bairro e o somatório do faturamento das três áreas.

Atualmente, admite-se que o centro urbano não necessariamente corresponde ou circunscreve-se à centralidade geográfica de uma determinada área. Ele é produto de um processo funcional, entendido como a concentração de certas funções e sua eqüidistância com relação ao todo. O centro urbano é, então, a ligação dessas funções que se estabelecem na comunicação entre os elementos de uma estrutura urbana (3).

Para Villaça (4), a origem da nova centralidade urbana não está ligada aos palácios, catedrais ou bancos, mas está associada à locomoção dos seres humanos que buscam controlar o tempo de deslocamento. Assim, nessa ótica, um novo centro surge a partir da necessidade de disputa dos indivíduos pelo controle do tempo e da energia gastos nos deslocamentos humanos.

No decorrer de sua evolução, os antigos centros urbanos receberam variadas adjetivações dentre as quais se destacam as seguintes: centro histórico, centro de negócios, centro principal, centro tradicional, centro antigo, centro de mercado, ou simplesmente centro (5).

A definição de centro quando associada ao ponto de convergência física dos trajetos ou de ações que facilitem o encontro, o descanso e o abastecimento, tornando-o, dentro da história, o lugar das trocas comerciais remete a definição de centro de mercado.

À medida que são inseridas outras características como funções religiosas, lazer, políticas, culturais, atividades financeiras e de administração, subtende-se a definição de centro de negócios, mais conhecido como Central Business District - CDB.

Já o conceito de centro histórico está atrelado à origem do seu antigo núcleo urbano, à simbologia que esta área carrega desde o passado, a importância que ela representa, enquanto elemento inicial no processo de formação do espaço urbano.

A visão funcional do centro, vinculada à hierarquização espacial das atividades urbanas diz respeito a definições como centro principal, ou até mesmo subcentro e centros regionais de acordo com o seu raio de influência das atividades que atuam nessas áreas.

Para Villaça, o conceito de centro principal ou de centro tradicional corresponde à maior aglomeração diversificada de empregos, ou a maior aglomeração de comércio e de serviços. Correspondem às antigas áreas centrais que deram origens as cidades brasileiras.

Por sua vez, a expressão subcentro é utilizada para designar aglomerações bastante diversificadas e equilibradas de comércio e de serviços não enquadrados como centro principal. É o caso dos Núcleos Litorâneo e Sudeste da cidade de João Pessoa, que ao longo das últimas décadas cresceram trazendo consigo boa parte do comércio e de serviços que outrora permaneciam nas ruas do antigo centro da cidade (6).

Para o referido autor, estes subcentros são desenvolvidos tantos em áreas de moradia das camadas de alta renda como em núcleos destinados as populações de baixa renda. O subcentro do Brás, em São Paulo foi o primeiro a surgir no Brasil, na década de 1940 e era destinado às classes populares.

Uma diferença em relação ao centro tradicional resulta no fato de que os subcentros atendem apenas a uma parte da cidade enquanto que os centros tradicionais suprem a cidade como um todo.

A expansão da cidade e o conseqüente aparecimento de subcentros constituem peças importantes para se entender a metamorfose física que vem ocorrendo na centralidade de João Pessoa, nas últimas três décadas.

A cidade de João Pessoa, ao longo de seus 420 anos de existência, experimentou, da mesma forma que outras cidades brasileiras, uma grande mobilidade de seu espaço central, fenômeno que se intensificou, nas últimas três décadas, por meio de influências externas e pelo aumento da concentração de renda.

A conjuntura contemporânea e o processo de expansão urbana possibilitaram o surgimento de aglomerações de comércio e de serviços, mais conhecidas como subcentros ou centros secundários, em novas áreas da cidade.

Os interesses das classes de alta renda, durante o processo de expansão da cidade, possibilitaram a criação de um subcentro na área litorânea, inserido no espaço intra-urbano de João Pessoa (ver Figura 2).

Ao ocuparem os bairros litorâneos do Cabo Branco, Tambaú, Manaíra e Bessa, dentro de um processo recente de transformação urbana na cidade, tais camadas trouxeram consigo escolas, mercados, lojas, consultórios, restaurantes, butiques, profissionais liberais e outros serviços, mais típicos da alta renda.

Entretanto, na tentativa de evidenciar um centro que atendesse as suas intenções, provido de propriedades semelhantes ao centro principal, acabaram desenvolvendo um centro seletivo, cujas principais peculiaridades são o comércio e serviços especializados, a fragmentação do espaço, os simulacros centrais e a associação com as áreas residenciais de alto padrão.

Por meio desse panorama, a imagem mais visível dos tipos de simulacros que se configuram no espaço urbano, em especial no “novo subcentro”, é a do shopping center. Estas edificações representam o locus de consumo das camadas de média e alta renda, concentrando lojas de vestuário, calçados, eletrodomésticos, artigos de luxo, entre outros, simulando um verdadeiro centro diversificado.

Estes shoppings, quando situados nos subcentros de alta renda, indicam uma participação significativa no processo de esvaziamento dos centros das principais cidades brasileiras, apesar de o declínio das áreas centrais ser anterior à proliferação daqueles. Baseados em um comércio variado e sofisticado, esses simulacros do consumo buscam uma localização que facilite a acessibilidade dos detentores de poder aquisitivo e que, fisicamente, podem se deslocar através do uso de automóveis.

A variedade equilibrada de atividades de comércio e serviços que encontramos tanto nos centros principais como nos novos subcentros representa reduzir ao mínimo o número de deslocamentos de seus usuários. Dessa forma, quanto maior a oferta dessas atividades num centro, menor a quantidade de viagens que o consumidor precisa fazer para ter todas suas necessidades atendidas.

Nesse contexto, o centro considerado, dentro da economia e cultura seletiva contemporâneas, não é mais o centro geográfico ou o das acessibilidades isotrópicas. Passa, então, a configurar o centro “da lucratividade de mercado”, resultando em uma centralidade altamente contraditória.

Por meio da segregação social no espaço urbano, o “centro” deste sistema desigual e excêntrico vem assumir um caráter dispersivo, mais associado às localizações das camadas de mais alta renda.

Afinal, em uma sociedade regida pela má distribuição da renda, a “centralidade” urbana, vista sob o paradigma de um capitalismo seletivo, das griffes, da cultura yuppie, realmente não possui relação com a centralidade urbana sob o ponto de vista igualitário. Paralelamente a esse fenômeno, na região Sudeste de João Pessoa desenvolveu-se um subcentro com novas potencialidades e voltado para as camadas de baixa renda: o Núcleo Sudeste.

Os investimentos públicos e privados concentram-se, de forma desproporcional, em setores excêntricos da cidade, ocasionando uma verdadeira “deformação” estrutural.

Durante a primeira metade do século XX, já se podia observar na área central de Nova York, a perda da diversidade de seus usos em ruas e quarteirões da cidade. A reprodução demasiada de determinados usos acabou suplantando um organismo mais complexo e efetivo de sustentação econômica (7).

No Brasil, durante a década de 1980, a economia enfrentou um período de estagnação, expresso por uma crise financeira e fiscal, cujos efeitos repercutem até hoje. Nesse momento, intensifica-se a “decadência” urbana iniciada durante os anos 70. Segundo Zancheti (8), os velhos centros das metrópoles e das grandes cidades latino americanas iniciaram um processo de “envelhecimento urbano”, caracterizado pela desvalorização funcional, construtiva e local.

Nas últimas três décadas, o antigo centro de São Paulo viu seu papel de principal centralidade econômica metropolitana esvaziar-se e, em pouco tempo, perder força como marco referencial de identidade da população paulistana. Edifícios foram sendo desocupados e o comércio de rua, mais bem qualificado, transferiu-se para shopping centers ou para regiões mais valorizadas da cidade sendo, aos poucos, substituído pela caótica atividade de comércio informal (9).

A cidade, portanto, aparece como um cenário de atividades opostas. A cada ação de expansão urbana, se observa um paralelo na deterioração, o que se expressa nas mudanças ou nas migrações dos usos do núcleo tradicional para subcentros da cidade (10).

Mais do que isso, o processo de crescimento da cidade trouxe consigo a ampliação do processo de segregação urbana. Assim, a formação estrutural de João Pessoa configura-se, até hoje, a partir de um perfil sócio-econômico definido pelas camadas sociais de alta renda, que é injustamente refletida no solo urbano.

As camadas de média e alta renda ocupam as áreas elevadas, planas, litorâneas, que durante a evolução urbana passaram a ser munidas de infra-estrutura e serviços, como é o caso do Bairro dos Estados, Manaíra, Miramar, Tambauzinho, Tambaú, Cabo Branco, Bessa, entre outros.

Por sua vez, as camadas de baixa renda ocupam regiões desprovidas de infra-estrutura e que possuem topografias baixas e quase sempre acidentadas. É o caso do Baixo Roger, das áreas alagadas de Mandacaru, do rio Jaguaribe, do Bairro São José e até mesmo das áreas desvalorizadas do centro (11).

O processo de expansão urbana da capital paraibana revela que sua estrutura espacial segue o modelo de setores de círculos elaborado por Hoyt (1934), revelando uma cidade decomposta por divisões, muito parecidas com “fatias de pizzas”, e nos quais seus corredores viários orientam a seletividade social (ver Figura 3) (12).

Assim, tem-se o setor Centro-Leste, composto pela orientação do eixo da Avenida Epitácio Pessoa e que representa a “fatia” das camadas de alta renda e a tendência de desenvolvimento de novas centralidades. Por sua vez, o setor Centro-Sudeste é orientado pelo eixo da Avenida Pedro II, que representa o eixo da classe média e o segundo setor em dinâmica imobiliária da cidade. Em terceiro lugar, é apontado o setor Centro- Sul- Sudeste, orientado pelo eixo do Corredor 2 de Fevereiro, que representa o setor da classe média-baixa da cidade. Por fim, o setor Centro-Sul, orientado pela Avenida Cruz das Armas e o setor Sudoeste, orientado pelo acesso Oeste, que representam o setor das camadas de baixa renda.

Tais avenidas foram importantes para o desenvolvimento de novas centralidades em João Pessoa, mostrando que as atividades comerciais e de serviços seguiram sempre os caminhos ditados por alguns desses eixos e em consonância com o deslocamento das classes de alta renda.

A análise do centro principal: o centro da coletividade

Ainda durante as décadas de 1960 e 1970, existia, no Centro tradicional da cidade de João Pessoa (ver Figura 4 e 5), um tipo de sociabilidade semelhante ao de qualquer bairro da cidade. Mesmo as estigmatizadas atividades noturnas de prostituição e boemia conseguiam conviver de certa forma com atividades administrativas, serviços, comércio varejista, moradia, e até mesmo missas que eram realizadas no Varadouro, na Igreja de São Frei Pedro Gonçalves (13).

Porém, na década de 1980, período em que se iniciava o programa de revitalização do Centro Histórico de João Pessoa, através do convênio entre Brasil e Espanha, o núcleo original da cidade, com toda sua vida urbana e comercial encontravam-se bastante deteriorados, fruto do esquecimento da população.

Pode-se afirmar que, de todas as áreas que compõem o núcleo tradicional da cidade, foi justamente no Varadouro (Cidade Baixa e Porto do Capim) que se processou uma maior perda de diversidade nos usos e funções e, consequentemente, uma deterioração física de seus imóveis. A cada dia, tal bairro ganhava novos usos desconformes com a realidade do local. É o caso, por exemplo, das oficinas mecânicas, comércio de peças automotivas, eletrônicas e de materiais de construção civil. Vale dizer: esses novos usos foram os responsáveis pela descaracterização das fachadas de importantes edificações de relevo histórico, modificando, assim, o cenário das antigas ruas do centro, a exemplo da Maciel Pinheiro.

Nas edificações da Rua Maciel Pinheiro, por exemplo, predominam as atividades voltadas para o comércio de peças automotivas e materiais de construção civil. Se em épocas anteriores existia toda uma diversidade de atividades capazes de gerar movimento, estas se foram juntamente com o processo de expansão urbana da cidade.

Contudo, o centro principal de João Pessoa, apesar de seu evidente estado de “decadência” física, ainda forma dentro da cidade, a área de maior concentração de atividades de serviços licenciados.

Atualmente, na cidade de João Pessoa, o Bairro do Centro é o que possui maior número de atividades econômicas licenciadas (ver Figura 6). São 12.175 licenças, equivalentes a 16,75% das atividades econômicas do município. E se o Centro for adicionado aos bairros do Varadouro, Torre, Tambiá e Roger (bairros adjacentes), têm-se um equivalente de 34,05% das atividades econômicas licenciadas (comércio, serviços e indústrias).

Fig. 6: Número de atividades de comércio e serviços licenciados por bairro. Em azul, os bairros componentes do núcleo litorâneo; em amarelo, os bairros do núcleo central da cidade
[fonte: Paulo Falconi a partir da Secretária da Receita Municipal, 2005]

Outro dado que reforça o vigor econômico da área central baseia-se no faturamento, por bairro, da cidade de João Pessoa, realizado no ano de 2005 pela Secretaria da Receita Estadual (ver Figura 7 e 8). O centro da cidade gerou um faturamento equivalente a R$ 1.809.915.887,37 reais. Tal fato mostra que o seu fluxo de capitais é visivelmente superior ao de bairros que, atualmente, constituem centros seletivos, como é o caso do Bairro dos Estados com um faturamento de R$ 636.869.028,06 reais ou do Bairro de Manaíra com faturamento de R$ 549.442.788,96 reais.

Fig. 7: Faturamento por bairro da cidade de João Pessoa, realizado no ano de 2005. Em azul, os bairros componentes do núcleo central; em amarelo, os bairros do núcleo central da cidade
[fonte: SECRETARIA DA RECEITA ESTADUAL, 2005]

O centro ocupa a terceira posição no faturamento por bairro da cidade de João Pessoa, apresentado no ano de 2005. É importante perceber que o Bairro do Cristo Redentor ocupa a primeira colocação em função do exorbitante faturamento atribuído à Sociedade Anônima de Eletrificação da Paraíba (SAELPA) na atividade de produção e distribuição de eletricidade (R$ 2.011.474.962,42).  

O Bairro da Torre, nas mesmas condições, ocupa a segunda posição devido ao elevado faturamento da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (CAGEPA). Atualmente, tal empresa situa-se no Bairro de Jaguaribe, porém ainda possui dados referentes ao antigo endereço: o Bairro da Torre.  Portanto, Torre e Cristo Redentor são os bairros onde se localizam os endereços das maiores prestadoras de serviço da cidade (distribuidora de luz e água).

A área central da cidade (Centro e Varadouro) apresentou um faturamento, no ano de 2005, na ordem de R$ 2.675.393.849,00 reais enquanto que o Núcleo Litorâneo (Cabo Branco, Tambaú, Manaíra e Bessa) contabilizou R$ 1.130.035.985,00 reais. Já o Núcleo Sudeste contabilizou um faturamento de R$ 541.362.192,15 reais (ver Figura 8).

Fig. 8: Resultado dos faturamentos apresentados nas áreas estudadas, realizado no ano de 2005
[fonte: SECRETARIA DA RECEITA ESTADUAL, 2005]

De forma bastante clara, várias atividades licenciadas mostram-se mais presentes no Bairro do Centro (área Central) do que em outros bairros da cidade. Entre essas atividades, destacam-se as seguintes: comércio atacadista; comércio varejista; alimentos, bebidas em geral; associações; lojas de departamentos; hotéis; hospitais; confecções, calçados, bijuterias e congêneres; construção civil; lojas de jóias, relógios, ótica ou objetos de arte; bares, restaurantes e lanchonetes; consultórios médicos e odontológicos, etc. (14).

É também, no centro tradicional, que se encontra a mais concentrada rede de serviços especializados de saúde, com diversas unidades de imagem e diagnóstico, com ambulatórios e com unidades de internação que garantem elevado grau de segurança da saúde, um atrativo considerável para revitalização e fixação de usuários para fins de moradia. Nesse aspecto, o centro apresenta uma maior quantidade de consultórios médicos e consultórios odontológicos.

Com relação às instituições de ensino, é preciso observar algumas informações: até a década de 1970, praticamente os melhores colégios e instituições de ensino da cidade localizavam-se no Centro. É o caso dos colégios Sagrado Coração de Jesus, João XXIII, Nossa Senhora das Neves, Pio XII, Marista (Pio X), Colégio CA, Lourdinas, etc. Estes atraíram, durante um bom tempo, estudantes de média e alta renda de toda a cidade.

No período compreendido entre as décadas de 1980 e 1990, o número de colégios privados se espalhou nas áreas adjacentes à Avenida Epitácio Pessoa, tendo como direção a região litorânea pertencente às camadas de alta renda. Este rápido crescimento foi incentivado pela ocupação de novas áreas e teve uma aceleração forte no final dos anos 70 e início dos anos 80, através da implantação do Projeto CURA e da melhoria do sistema de infra-estrutura e circulação interna da cidade.

No entanto, o centro tradicional, no presente momento, disponibiliza um número de vagas para alunos, superior ao de quase todos os bairros da cidade, nas suas mais variadas instituições de ensino, perdendo apenas para o Bairro de Mangabeira (ver Figura 9).

Fig. 9: Disponibilidade de vagas em escolas, nos bairros de João Pessoa
[fonte: Censo Escolar, 2005]

O Bairro de Mangabeira detém um maior número de vagas ofertadas do que o Centro e a sua população escolar é bastante elevada chegando ao número de 17.710 alunos (maior do que o número de vagas do bairro).

Por sua vez, o centro tradicional possui uma reduzida população estudantil de apenas 865 alunos em idade escolar, sendo que a quantidade de vagas oferecidas é de 16.200. Dessa forma, as 15.335 vagas restantes são ocupadas por alunos de diversas partes da cidade e, consequentemente, dos municípios circunvizinhos, como Bayeux e Santa Rita.

Outro aspecto importante no processo de vitalidade da área central de João Pessoa está na forte presença de órgãos e entidades públicas das esferas Federais, Estaduais e Municipais (ver Figura 10).

Fig. 10: Órgãos e entidades públicas presentes na área central de João Pessoa (Centro e Varadouro)
[fonte: Laboratório do Ambiente Urbano e Edificado - LAURBE/UFPB]

Todos esses órgãos e entidades, ainda hoje, conferem ao centro um intenso funcionamento diário através de atividades econômicas, geração de empregos e a sustentação de diversas outras atividades.

Tamanha diversidade de usos é fundamental para a vitalidade dessa área, uma vez que, através de um centro diversificado, a população (clientes e consumidores) minimiza seus deslocamentos, podendo ter todas as suas necessidades realizadas, em um curto período.

Avenida Epitácio Pessoa e o Núcleo Litorâneo

A Avenida Epitácio Pessoa desempenhou um importante papel como eixo condutor no desenvolvimento da cidade na direção Leste, representando o elo de ligação entre o centro principal da cidade e o novo centro das camadas de alta renda (núcleo litorâneo). Ao longo das últimas décadas do século XX, presenciou-se a transformação do uso residencial para usos de comércio, instituições e serviços, configurando-se, na própria avenida, uma nova centralidade para a cidade (ver Figura 11).

O percurso da avenida apresenta um comércio seletivo, sofisticado, pouco diversificado, porém muito rentável e bem inserido no sistema capitalista. Atualmente, as edificações presentes nesta espécie de centro linear apresentam de forma predominante usos voltados a lojas de móveis e decoração, agências bancárias e escritórios de profissionais liberais.

Os bairros adjacentes à avenida, a exemplo do Bairro dos Estados e da Torre, sofreram influências nítidas durante o desenvolvimento deste percurso.

O Bairro da Torre, além de contribuir para o início da expansão do centro tradicional ao longo do eixo constituído pela Avenida Epitácio Pessoa e, portanto, na direção Leste da cidade, trouxe consigo os usos comerciais e de serviços que acompanharam o deslocamento das classes de alta renda. Por essas razões, atualmente, este bairro possui o segundo maior número de atividades licenciadas na cidade, sendo apenas superado pelo Centro (ver Figura 6).

O espaço intra-urbano da cidade de João Pessoa modificou-se com a localização de tipologias mais sofisticadas de comércio e serviços ao longo da Avenida Epitácio Pessoa. Esta transformação, no entanto, estendeu-se, nos últimos anos, para os bairros litorâneos.

É no núcleo litorâneo da cidade que prolifera a figura de novos simulacros de centralidade: os shopping centers e os hipermercados (ver Figura 13). Na Avenida Flávio Ribeiro (“Retão de Manaíra”), por exemplo, os shoppings e edifícios comerciais apresentam uma variedade de produtos que se complementam, suprindo a maior parte das necessidades dos moradores do novo subcentro.

O Bairro de Manaíra, considerado o novo subcentro litorâneo, apresenta uma tendência à concentração em ramos de atividades mais específicas, como serviços especializados (atividade de profissionais liberais), lojas de luxo (grifes), e turismo (ver Figura 12). Este tipo de comércio e serviços é notório nas primeiras quadras próximas à praia.

Na Avenida Edson Ramalho, por exemplo, desenvolve-se um subcentro especializado e voltado para as camadas de alta renda (artigos para decoração, artigos de luxo, confecções, recepções).

De fato, segundo um estudo elaborado por Scocuglia, o Bairro de Manaíra representa, para a grande maioria da população, a área mais moderna da cidade, onde o comércio é realizado em seus shoppings e a população não precisa ir constantemente ao centro da cidade para resolver seus problemas (15). Nestes locais, encontra-se uma variedade de serviços como agências bancárias, lojas de departamento, faculdades, academias, entre outros.

Esse bairro acaba transmitindo para o resto da população citadina uma imagem de territorialidade, associada ao status e posição social.

Para se ter uma idéia, essa tendência de valorização no subcentro litorâneo se reflete na tabela seguinte, que traduz de forma bastante nítida o movimento imobiliário, verificado na cidade entre os anos de 1988 e 1999 (ver Figura 14).

Fig. 14: Número médio de imóveis residenciais comercializados semanalmente através de anúncios de jornais, no período compreendido entre out. de 1988 e fev. de 1999. Os dados apontam para um grande aumento do movimento imobiliário no núcleo litorâneo
[fonte: GONÇALVES, R. D. Análise da qualidade de vida urbana. João Pessoa, UFPB/CT, 2005]

A Figura 14 mostra de forma precisa os caminhos apontados pela dinâmica imobiliária de João Pessoa. Tais dados, verificados ao longo de uma década, apontam para médias mais altas no movimento imobiliário (vendas e aluguéis), no setor litorâneo, como é o caso do Bessa, Manaíra, Tambaú, Cabo Branco, e Intermares (Município de Cabedelo). De fato, a orla marítima das cidades brasileiras desempenha um inestimável papel de beleza (atratividade do sítio natural), representando um fator de atração para as camadas de alta renda (16).

Nos bairros do Cabo Branco, Manaíra e Tambaú, presenciam-se uma forte tendência à concentração de atividades de serviços voltadas ao turismo e, portanto, à exploração do litoral da cidade, como é o caso do considerável número de pousadas, hotéis, restaurantes, empresas e agências de turismo, nas proximidades da orla marítima. Também é evidente o agrupamento, nesses bairros, de profissionais liberais e serviços especializados que buscam atender a clientela de alta renda residente nos setores litorâneos.

Na Figura 15, o núcleo central leva em conta o somatório das atividades de serviços licenciadas nos bairros do Centro e Varadouro. Por sua vez, o núcleo litorâneo apresenta um quantitativo referente aos bairros do Cabo Branco, Tambaú, Manaíra e Bessa. Já o Núcleo Sudeste compreende Mangabeira e o conjunto dos Bancários.

Nota-se que, na área central (Centro e Varadouro), predominam a maior parte das atividades de serviço. Dentre elas, destacam-se as seguintes: instituições financeiras em geral (agências bancárias, caixa econômica, financeiras), comércio atacadista, comércio varejista, alimentos e bebidas, tecidos, confecções, lojas de departamento, consultórios médicos e odontológicos, entre outras atividades.  A classificação das atividades de serviço licenciadas no centro pode ser melhor percebida no gráfico da figura 16.

Fig. 16: Núcleo central (Centro e Varadouro), 2005
[fonte: Falconi a partir de dados da Prefeitura Municipal de João Pessoa/ SEPLAN, 2005]

O núcleo litorâneo apresentou um quantitativo superior nos ramos de serviços especializados (atividades exercidas pelos profissionais liberais): arquitetos, engenheiros, fisioterapeutas, entre outras profissões. De fato, os serviços de engenharia e arquitetura são reflexos da dinâmica imobiliária no setor litorâneo, nas últimas três décadas (ver Figura 17).

Fig. 17: Núcleo Litorâneo (Bessa, Manaíra, Tambaú e Cabo Branco) 2005
[fonte: Falconi a partir de dados da Prefeitura Municipal de João Pessoa/ SEPLAN, 2005]

Porém, os serviços de advocacia apresentaram uma predominância de suas atividades na área central da cidade. Na verdade, tais serviços costumam estar situados próximos aos órgãos e entidades do Poder Judiciário ainda presentes, em sua maioria, na área central, facilitando o deslocamento desses profissionais.

Com relação ao turismo, o setor litorâneo tem introduzido um maior número de serviços como hotéis e agências, além de um comércio de apoio como bares e restaurantes.

O subcentro Sudeste e o fenômeno Mangabeira

O Bairro de Mangabeira representa um caso bastante interessante na formação de novas centralidades em João Pessoa.  Atualmente, de todos os subcentros que surgiram no espaço intra-urbano da cidade, este já representa o principal centro secundário, em áreas fora do centro tradicional (ver Figura 18 e 19).

No ano de 2000, Mangabeira já representava uma das áreas mais populosas da capital paraibana, visto que abrigava, aproximadamente um quinto da população de João Pessoa. Sua população, inclusive, já se mostrava bem superior a de vários municípios do Estado da Paraíba, sendo superado apenas por Campina Grande, maior cidade do interior do Nordeste (17).

Este bairro, criado entre o final da década de 1970 e início da década de 1980, como o maior conjunto habitacional já implantado na cidade, teve em sua proposta de desenho urbano a utilização de uma densidade habitacional próxima do ideal, segundo recomendações de um estudo da SUDENE para a Região Nordeste. 

A presença de grande população residente em um conjunto que, à época era considerado muito afastado e isolado do centro, gerou uma grande demanda por oferta de bens e serviços, concentrada espacialmente, em função de sua alta densidade, permitindo uma rápida transformação física de seu espaço.

Embora hoje não seja exatamente o bairro que concentre maior número de licenças para atividades econômicas (3.306 licenças contra 4.319 licenças do bairro de Manaíra), suas atividades são mais diversificadas e se assemelham mais à composição de atividades características de um centro urbano tradicional.

Possui um comércio dinâmico, não em termos de porte de seus empreendimentos, mas de sua quantidade, variedade e disponibilidade. Atualmente, o bairro de Mangabeira é uma área que funciona 24 horas na cidade, ou seja, seus habitantes podem encontrar de tudo, a qualquer hora do dia ou da noite (18).

De fato, o bairro já constitui um grande centro comercial, uma vez que várias empresas localizadas na área central da cidade abrem filiais e outras empresas no bairro, retrospectos do crescimento populacional e da facilidade de bairros vizinhos da zona Sul procurarem serviços mais próximos (19).

Com isto, os moradores de Mangabeira já não precisam se deslocar até o centro tradicional da cidade para fazer compras. Eles podem encontrar tudo entre os 250 mercados de pequeno porte e um supermercado, além do mercado público e uma feira livre, sem falar nas lojas que oferecem todo tipo de produtos, desde automóveis até cosméticos. Somado tudo isso, existem também 42 farmácias.

Vale lembrar que, no caso de Mangabeira, a vitalidade econômica do bairro é ainda reforçada por um grande número de atividades informais. Esta característica, se por um lado, reflete um modo econômico mais comum no “circuito inferior” da economia, por outro, não se pode esquecer que representa uma contribuição importante na economia geral deste bairro, embora não seja contabilizada.

Outro fato surpreendente dessa força polarizadora do Bairro de Mangabeira, como centralidade secundária, é o impacto de urbanização que tem promovido no setor Sudeste da cidade (Mangabeira e Bancários), que já se configura como o segundo setor de maior dinâmica imobiliária (ver Figura 20).

Fig. 20: Mangabeira, 2005
[fonte: Paulo Falconi a partir de dados extraídos da Prefeitura Municipal de João Pessoa/ SEPLAN,]

O Bairro dos Bancários composto pelos conjuntos Anatólia, Jardim São Paulo e Cidade Universitária forma junto com Mangabeira o Setor Sudeste ou subcentro Sudeste.   

Conclusões

Do ponto de vista das atividades comerciais, de prestação de serviço e outras imprescindíveis para o processo de vitalidade da área, o centro tradicional da cidade de João Pessoa continua a produzir economia, sendo dotado do maior número de atividades licenciadas e de uma expressiva circulação monetária. Portanto, sua vitalidade e centralidade urbanas, que se expressam em uma diversidade de atividades de grande interesse sócio-econômico são, até o presente momento, bastante evidentes.

A área central da cidade é, ainda hoje, uma referência em centralidade urbana, constituindo um núcleo altamente diversificado, com uma infinidade de atividades que se complementam, mantendo uma importante relação com o resto da cidade.

O centro tradicional da cidade, espaço reservado à memória e à representação coletiva, é visto como o centro coletivo, mesmo que a nova tendência central se caracterize muito mais por um subcentro seletivo, com possibilidades de atração e deslocamento das áreas centrais, mas não de assumir o posto de centro principal.

No entanto, é preciso que o governo, as autoridades e a sociedade civil organizada introduzam propostas que tragam usos capazes de garantir a sustentabilidade do centro. A permanência e a vitalidade da área central dependem de propostas que contemplem não apenas a inserção de atividades urbanas voltadas à baixa renda como também novas atividades que consigam estabelecer nessa área populações de alta renda. Afinal, os interesses das camadas de alta renda são decisivos na estruturação intra-urbana das cidades brasileiras.

notas

1
Este trabalho é parte integrante dos resultados da Dissertação de Mestrado intitulada “Metamorfose dos centros urbanos: uma análise das transformações na centralidade de João Pessoa- PB/ 1970- 2006”, concluída no ano de 2007 dentro do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Urbana (PPGEU) da Universidade Federal da Paraíba. O presente artigo tem como autores o arquiteto Ms. Paulo Augusto Falconi de Andrade e os Professores Dr. Edson Leite Ribeiro e José Augusto R. da Silveira.
2
VILLAÇA, F. Espaço intra-urbano no Brasil. São Paulo: Lincoln Institute/FAPESP, 2001.

3
CASTELLS, M. A questão urbana. Rio de Janeiro: Paz e Terra Sociologia, 1983. p. 275.

4
VILLAÇA, F. Op. Cit., 2001, p. 303.

5
VARGAS, H. C.; CASTILHO, A. L. H. de. Intervenções em centros históricos: Objetivos, estratégias e resultados. Barueri, SP: Manole, 2006. cap. 1, p. 1-52.

6
VILLAÇA, F. Op. Cit., 2001. p. 293.

7
JACOBS, J. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2000, p. 268.

8
ZANCHETI, Sílvio Mendes. Os processos recentes de degradação e revitalização no Brasil. [S.l.], 1998.

9
PINTO, Maurício Faria; GALVANESE, Horacio Calligaris. Requalificação do centro de São Paulo: Projeto Corredor Cultural. In: VARGAS, Heliana Comin; CASTILHO, Ana Luisa Howard de (Org.). Intervenções em centros históricos: Objetivos, estratégias e resultados. Barueri, SP: Manole, 2006. cap. 4, p. 101-126.

10
RIBEIRO. E. L. Cidades (in)sustentáveis: reflexões e busca de modelos urbanos de menor entropia. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB, 2006, p. 137.

11
LIMA, M. A. S. Morfologia Urbana, qualidade de vida e ambiental em assentamentos espontâneos: O caso do Bairro São José – João Pessoa – PB. Dissertação de Mestrado – João Pessoa: PRODEMA/UFPB, 2004, p. 101.

12
SILVEIRA, J. A. R. Percursos e processo de evolução urbana: o caso da Avenida Epitácio Pessoa na cidade de João Pessoa – PB. Tese de doutorado – MDU/UFPE, 2004, p. 267.

13
SCOCUGLIA, J. B. C. Revitalização urbana e (re) invenção do centro histórico na cidade de João Pessoa (1987 – 2002). João Pessoa: Editora Universitária/ UFPB, 2004, p. 115.

14
ANDRADE, P. A. F. de. Metamorfose dos Centros Urbanos: Uma análise das transformações na centralidade de João Pessoa – PB, 1970 – 2006. Dissertação (Mestrado em Engenharia Urbana) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Urbana, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2007, p. 114.

15
SCOCUGLIA, J. B. C. Cidade, habitus e cotidiano familiar. João Pessoa: Editora Universitária/ UFPB, 2000. p. 132.

16
VILLAÇA, F. Op. Cit., 2001, p. 107.

17
NOGUEIRA, R. C. As singularidades do bairro na realização da cidade. Vitória: Geografares, 2000. pp. 109 – 115.

18
NOGUEIRA, R. C. Idem Ibidem, pp. 109 - 115.

19
O Norte Online. Emancipação de Mangabeira divide opiniões na Capital. Disponível em: <http://www.jornalonorte.com.br/noticias/?68410>. Acesso em: 06 jan. 2008.

sobre os autores

Paulo Augusto Falconi de Andrade é arquiteto e urbanista pela UFPB (2003), Mestre em Engenharia Urbana pelo PPGEU/UFPB (2007)

Edson Leite Ribeiro é arquiteto e urbanista, Doutor em Engenharia Civil (Planejamento e Engenharia Urbana – USP), docente pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB

José Augusto R. da Silveira é arquiteto e urbanista, Doutor em Desenvolvimento Urbano – UFPE, docente pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB

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