Uma casa-atelier...
Samson Flexor (1907 - 1971) nasceu na Romênia e foi pintor, desenhista e professor. Teve uma densa formação em arte na Bélgica ena França e, após as sua conversão ao catolicismo, em 1933, passou a trabalhar sobrea pintura mural e a arte sacra. Na década de 1940, durante a II Guerra Mundial, foi membro da Resistência Francesa, sendo obrigado a fugir de Paris. Com o fim da guerra, Flexor retornou à cidade, enfocando, na sua produção, a geometria, a cor e a luz. A primeira viagem do artista ao Brasil ocorreu em 1946, para uma exposição na Galeria Prestes Maia, em São Paulo, e, em 1948, veio em definitivo para o país, com sua família. Nas décadas de 1950 e 1960, vinculou-se ao abstracionismo geométrico e lírico. Desta vinculação, decorreu a criação, em 1951, do Atelier-Abstração, um grupo pioneiro de divulgação da arte não-figurativa no Brasil. (Figura 1)
O Atelier-Abstração funcionava em sua casa,localizada naRua Gaspar Lourenço, 587, naVila Mariana, sendo esta projetada por Rino Levi em 1951 e inaugurada em 1954.Além de residência e espaço voltado ao ensino, o atelier era “também palco de inúmeras discussões sobre arte e cultura na época, além de recitais e conferências, e por onde circulavam outros artistas e intelectuais, como Tarsila do Amaral, Lasar Segall, Anatol Wladyslaw, e André Lhote, entre outros” (1).
Apesar da importância desta casa-atelier na cultura brasileira, a obra passou por um longo processo de abandono, culminando em sua demolição neste ano de 2012 (2) e restando dela pouquíssimos registros fotográficos. O projeto desenvolvido por Levi, com seu partido compacto e vertical,também teve uma importância menor na cultura arquitetônica, que privilegiou o estudo das casas-pátio desenvolvidas pelo arquiteto após a década de 1940.
Um olhar mais atento para o Atelier-Abstração, mesmo que só através do seu projeto, permite analisar como Levi interpretou um dos temas mais privilegiados da arquitetura moderna – a casa-atelier ou casa-estúdio.Casas-atelier, numa concepção moderna,começaram a ser projetadas por Wright já no final do século XIX, chamadas por ele de Taliesin. No início do século XX, na Europa, merece menção o projeto do Estúdio Onzenfant (1922), de Le Corbusier; e na América Latina,da casa-estúdio de Frida Kahlo e Diego Rivera, de Juan O’Gorman (1929-31). No fim da primeira metade do século XX, as casas-estúdio dos arquitetos LuisBarragán (1948) e Oscar Niemeyer (1942), esta última conhecida como Casa da Lagoa, tambémpodem ser citadas. (3)
Assim, este artigo objetiva analisar a casa-atelier de Samson Flexor. Esta análise aborda três aspectos principais: a implantação e o zoneamento; o arranjo formal; ea espacialidade. O sentido de espacialidade adotado aqui se aproxima do conceituado por Leatherbarrow (2008) (4). Para o autor, espacialidade se relaciona com a experiência concreta do espaço, através do movimento. Sua abordagem transcende a análise da simples geometria dos espaços e é uma chave para mediar a concepção do espaço abstrato e a percepção dos espaços reais. Como a Casa de Samson Flexor está demolida, a análise da experiência do espaço se dará através da maquete virtual (5). Assim, a casa será analisada pelo que ela “poderia ou pretenderia ser”, e não necessariamente por aquilo que ela “era”, o que, contudo, não impede ou minimiza a importância de sua análise.(6)
Analisada a obra, são traçadas considerações sobre possíveis relações da mesma com a própria produção de Levi e com obras emblemáticas do modernismo que possuam similaridade programática e tipológica, como o Estúdio Onzenfant (1922), de Le Corbusiere a Casa da Lagoa (1942), de Oscar Niemeyer.
Ao fim se conclui que a casa Flexor, pelo seu partido e sua espacialidade, pode ser considerada uma obra excepcional na produção de Levi, mas não uma obra exemplar, se consideradascontradições observadas em algunsde seus aspectos formais e funcionais. Apesar disso, o projeto sustenta seu valor pelo controle da proporção, que dá suporte aos ambientes contínuose aos diferentes níveis. O deslocamento por entre estesambientes promoveuma experiência sensível, que articula corpo-obra-paisagem.
Implantação e zoneamento
Em um terreno estreito (dez metros de frente), Levi dispõe um volume a 6 metros do limite frontal e o cola na divisa leste, deixando 1,75m na divisa oeste, onde dispõe a escada externa que vence o grande desnível do terreno. Acomodado na topografia íngreme, o volume apresenta a fachada frontal com um pavimento e a fachada posterior, com quatro. (Figuras 2,3 e 4)
Internamente, o zoneamento em níveis é uma resposta dada à acomodação do volume na topografia. No nível de acesso, Levi dispõe o setor social e a cozinha; no pavimento superior a este, o setor íntimo; no pavimento inferior,com pé-direito duplo, o atelier de Flexor e as dependências de empregada; no subsolo,a lavanderia e um “alpendre”. (Figura 5)
Arranjo formal
O volume acomodado no terreno é compacto e rígido. Diferente de outras obras de Levi construídas após a década de 40, não há aqui volumes individualizados revelando setores. Apenas a cobertura do setor íntimo ganha altura distinta da cobertura da sala, insinuando um segundo volume que, contraditoriamente, não é explorado na fachada lateral. Há aqui uma ambiguidade entre a pressão do arranjo interno sobre a volumetria e a contenção desse arranjo por um volume pré-estabelecido. De qualquer modo, Levi não explora a volumetria pura, com terraço-jardim ou com a cobertura omitida por platibanda, o que caracterizará parte de sua produção residencial.
A natureza introspectiva da casa-atelier se explicita nas suas fachadas: poucas aberturas revelam a casa para o exterior, predominando o cheio sobre os vazios. Na fachada frontal, Levi recorre ao uso de elementos vazados, que protegem a grande vidraça da salade olhares estranhos. Na fachada posterior, onde o conceito de privacidade hipoteticamente poderia se estabelecer, a abertura se agiganta. No entanto, por ser uma fachada norte, a abertura vem protegida por brisesverticais que configuram umvolume saliente em relação ao corpo do volume principal. Na fachada lateral, Levi assume a disposição pouco ordenada de pequenas aberturas, como se aceitasse as pressões internas sobre o arranjo da fachada.(Figura 6)
Uma análise mais detalhada da fachada posterior exibe proporções próximas ao do retângulo áureo. Nas plantas, observa-se a regência de módulos de 2,75m: três, em seu sentido transversal; e cinco, no sentido longitudinal. A partir destes, Levi vai dispondo os eixos de mudança de níveis e os ambientes. (Figuras 7 e 8)
O uso da proporção pode ser entendido como um ponto de convergência entre o cliente e o arquiteto. Ambos acreditavam que o uso da proporção, ao possuir elementos matemáticos e místicos, imprimia ao trabalho uma conotação espiritual e atemporal (7). O uso da retícula na obra de Levi pode decorrer, em grande parte, de sua formação clássica na Itália, sendo comum encontrar em seus projetos o uso de proporções harmônicas– quadrado (razão 1:1), 1:√2, 1:√3. (8). Flexor, por sua vez, fez inúmeros exercícios, utilizando a proporção (Figura 9), como ocorria na produção de outros artistas que se dedicavam à arte abstrata, entre os quais Kandinsky e Mondrian(9)
Espacialidade
A acomodação do volume no terreno provoca o surgimento de pé-direito duplo no atelier e na sala que é coberta por um forro inclinado. Da sala se tem controle visual do corredor-mezanino do setor íntimo e do estúdio. Assim, uma espacialidade com impulso vertical se impõe, contrapondo à horizontalidade observada na maioria das casas de Levi. (Figuras 10 a 13)
Esta espacialidade verticalizada é tensionada pelas grandes aberturas a norte e sul que dilatam a sala e o atelier para o exterior, ou seja, para o horizonte. Ao sul, a grande vidraça se abre para um jardim que, coberto por um pergolado e fechado verticalmente por elementos vazados, cumpre o papel de um elemento de transição entre dentro e fora, estratégia recorrente nas obras de Levi (Figura 14). Ao norte, uma grande esquadria ocupa o pé direto duplo do atelier que, mesmo combrises verticais, ganha dimensões virtualmente maiores. (Figura 15)
Consequência deste arranjo, ao se acessar e percorrer a Casa Flexor, o fruidor é submetido a sensações alternadas de compressão e dilatação espacial, estratégia também recorrente em outros projetos do arquiteto (10). Adentrando a porta principal de acesso e passando pelo pequeno jardim, observa-se uma leve compressão espacial, determinada pelas dimensões e pelo seu nível de luminosidade deste espaço de transição (Figura 16). Na sala, o forro inclinado determina uma sensação de dilatação vertical que é contraposta pela dilatação horizontal provocada pela grande abertura que se observa ao se descer a escada do atelier (Figura 17).
Neste percurso se observa que a posição centralizada no volume do eixo de acesso principal busca estabelecer uma ligação imediata com a cozinha e, na sequência, com a escada que leva ao setor íntimo. Desta forma, Levi estabelece um hall virtual, que dá autonomia aos setores. Contudo, indiferente a esta lógica funcional, Levi dispõe a escada do atelier no extremo leste do volume, fragmentado o eixo de circulação vertical e forçando deslocamentos na diagonal da sala. A ruptura da lógica funcional chama atenção, já que a eficiência na articulação entre setores é uma das características mais evidentes na produção do arquiteto. Várias questões podem ser levantadas para justificar esta decisão: do ponto de vista funcional, Levi considerava o atelier autônomo em relação ao programa residencial, estabelecendo eixos de percursos distintos para estes dois programas; do ponto de vista técnico, havia a necessidade de estruturar a escada apoiada na parede, o que inviabilizava manter o eixo de circulação vertical do setor íntimo, já que a sua escada era coincidente com o balanço do mezanino; ou ainda, do ponto de vista estético, havia o desejo de promover, no se deslocar pela escada, uma dilatação espacial frontal, através da grande janela do atelier.
Contexto e Referências
O partido vertical e a relação com paisagem relacionam a casa-atelier de Flexor com outros projetos desenvolvidos por Levi ainda na década de 1930, tais como as casas Medici (1935) e Pedro Porta (1936). Nelas, grandes esquadrias horizontaisrelacionam as casas para a paisagem, que passa a ser a estruturadora da espacialidade interna.
Decorrente dessa relação do edifício com a paisagem, Anelli (1995) observa que, após a década de 1940, aproposição de "panoramas" será uma das característicasmais marcantes das casas de Levi. “Nos terrenos onde existisse uma paisagem, a arquitetura seria estruturada em função da sua contemplação. Onde não fosse possível, teríamos produção de um ‘panorama’ no próprio terreno do projeto” (11)
No caso do Atelier Abstração, contudo, observa-se que há uma ambiguidade na relação da casa com o exterior. A princípio, não há uma paisagem a ser contemplada, já que se trata de um lote pequeno, estreito e de meio de quadra. No entanto, Levi abre o atelier a norte, como se enquadrasse uma grande paisagem. Ao sul, diante da falta de cenário ou da necessidade de promover privacidade em relação à rua, o arquiteto cria um pequenopanorama artificial. Assim, no mesmo projeto, Levi busca a contemplação da paisagem natural e de cenários criados no próprio terreno.
É importante observar que, antes do Atelier Abstração, a casa mais importante de Levi foi a queconstruiu para si mesmo, em 1944, em que a disposição de alas sobre o terreno configurava pequenos pátios. No mesmo ano do projeto do Atelier de Flexor, Levi desenvolveu a casa Guper (1950-51) e a Casa Alves (1950-51), ambas organizadas em alas e com pátios. Essa estratégia foi recorrente em projetos posteriores de Levi - Paulo Hess (1952), Yara Bernette (1954), Robert Kanner (1955), Castor Delgado Perez (1957). Em todos estes projetos, o arranjo formal não é definido a priori, mas nasce da investigação da melhor disposição das alas-setores sobre o lote, da tensão entre interior e exterior.
Nesta perspectiva, as estratégias projetuais de Levi evidenciam uma forte relação com a arquitetura orgânica americana (12). Segundo Arredi (1997), as plantas orgânicas são menos compactas e rígidas, crescendo segundo uma ordem ditada pela função e pelo contexto, como uma planta ou outro organismo vivo (13). Neste processo, a motivação principal não é necessariamente impressionar os olhos do homem em movimento, mas integrar organicamente a casa à paisagem (14). Em sentido oposto, segundo Miguel (2003), a planta racionalista é aquela “[...] na qual se estabelece de antemão as dimensões gerais de um edifício através de uma figura geométrica simples, para, a posteriori, usando um processo modular, chegar a uma divisão dos espaços internos”.(15)
No Atelier Abstração, observa-se que Levi adota uma volumetria prévia, a partir da qual a compartimentação é definida, e promove uma promenade ascendente e descendente, que se beneficia de panoramas naturais e artificiais. Neste arranjo, Levi estabelece maiores relações com a arquiteturaeuropeia e com a espacialidade lecorbusiana. Assim, a casa pode ser considerada excepcionalentre as obras residenciais do arquiteto produzidasnas décadas de 1940 e 1950.
A adoção deste esquema pôde estar condicionada pela configuração do lote, mas também pela adoção de projetos similares como referência, inclusive alguns que possivelmente foram vivenciados pelo próprio cliente.É importante lembrar que Flexor viveu em Paris até 1946 e que frequentava grupos acadêmicos e intelectuais voltados às artes. Neste período, provavelmente, teve contato com a produção do pintor cubista Amédée Onzenfant, que publicou em 1919 o manifesto Purista - Après le Cubisme, juntamente com Le Corbusier, arquiteto que veio a projetar seu atelier em 1922.
Analisando o Atelier Onzenfant, observa-se que Le Corbusier adota um volume com quatro pavimentos, distribuindo o programa residencialnos dois primeiros pavimentos e o atelier nos dois últimos. Os pavimentos do ateliê estão integrados visualmente por um mezanino que se abre para o exterior através de uma enorme esquadria disposta na aresta do volume. Assim, no percurso para o Atelier, o ápice da experiência espacial é a inquietante esquadria, que oferece o céu e a vegetação do entorno como panorama.
A integração visual entre pavimentos e a abertura para o exterior, ocupando o pé-direito duplo, podem ter sido referendadas por Levi na Casa Flexor. O mesmo pode ser observado na Casa da Lagoa (1942), de Oscar Niemeyer, onde o estúdio ocupa um pavimeto intermediário, uma espécie de mezanino articulador das rampas que conectam os pavimentos, abrindo-se visualmente para a sala de pé-direito duplo. Contudo, é importante observar que a experiência espacial promovida no Atelier Abstração possui especificidades. Na Ozenfant e na casa da Lagoa, a experiência espacial é ascendente. No Abstração, o acesso ao atelier é um “mergulho”. No Ozenfant, o acesso ao atelier é quase independente das funções domésticas. No Abstração, Levi abre mão dos pudores funcionalistas e concede espaço para convívio entre familiares e intelectuais que por lá circulavam,o que ocorre visualmente na casa da Lagoa.
Atelier Abstração: proporção e paisagem
Como discutido, a casa Flexor pode ser considerada uma obra excepcional na fase profissional madura de Levi. Comparada com sua produção após os anos quarenta, essa excepcionalidade se dá pelo partido adotado e pela espacialidade explorada.
O projeto, contudo, apresenta diversas contradições. O arranjo formal sugere ser pré-definido e compacto, mas apresenta-se fragmentado pela independência da cobertura do setor íntimo. O arranjo funcional é eficiente - zoneamento em níveis distintos e eixo de circulação compacto – mas a posição da escada que leva ao atelier obriga percursos pelo setor social e priva a família de isolamento. A casa se abre para o exterior, como se enquadrasse uma grande paisagem, mas o contexto do lote de meio de quadra, aparentemente, não revela grandes perspectivas.
Assim, a obra do mestre, mesmo em sua fase madura, perde o seu vigor como obra exemplar. No processo de projeto, Levi faz muitas concessões aos condicionantes do projeto, se distanciando de aspectos que aparentemente são normativos em seu trabalho. (15)
Mesmo com este distanciamento, Levi mantém identificável o “esquema moderno”. Das lições que o projeto ainda sugere, destaca-se o controle da proporção, imprimindo ao trabalho, segundo Levi, uma conotação espiritual e atemporal. De fato, é sobre o seu suporte que os ambientes são organizados e que os diferentes níveis são estabelecidos, “desenhando” uma ordem que direciona o olhar e os percursos entre os espaços contínuos, numa experiência sensível que articula corpo-obra-paisagem.
notas
1
ARTE DO SÉCULO XX-XX I- VISITANDO O MAC NA WEB. Atelier Abstração. Disponível em: http://www.mac.usp.br/mac/templates/projetos/seculoxx/modulo3/atelierabs/ogrupo.html. Acesso em: 30 fev. 2012.
2
Sobre o assunto, consultar: Oficina do livro em um marco da arquitetura. Disponível em: http://www.estado.com.br/suplementos/seub-jar/2006/03/31/seub-jar78069.xml. Acesso em: 03 jan. 2010
CASA ATELIE DE SAMSON FLEXOR ESTÁ VERGONHOSAMENTE SENDO DEMOLIDA. Disponível em: http://arteducaoonline.blogspot.com.br/2012/05/casa-atelie-de-sanson-flexor-esta.html. Acesso em: 03 jun. 2012
3
Sobre a casa da Lagoa, consultar: MIDLIN, Henrique. Modernarchitecture in Brasil. Amsterdam: Colibris, 1956.
Sobre a casa-atelier de Barragan, consultar: COMAS, Carlos Eduardo. Stud banker bang bang!: casa e ateliêBarragán em Tacubaya, México, 1947. Vitruvius,006.08 ano 01, nov 2000. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/01.006/961. Acesso em: 30 mai. 2012.
4
LEATHERBARROW, David. Espaço Dentro e Fora da Arquitetura. ARQtexto, n. 12. Porto Alegre:UFGRS -PROPAR, 2008. Disponível em: http://www. ufrgs.br/propar/publicacoes/ARQtextos/PDFs_revista_12/01_DL_espa%C3%A7o_300409.pdf. Acesso em: 07 mai. 2010.
5
A maquete foi desenvolvida como parte de atividade de iniciação científica orientada pela autora do artigo. Para maiores informações, consultar: SPINELLI, Cristine Mara Brustolin. A Tipologia Espacial nas Casas de Rino Levi. Monografia apresentada para a disciplina Laboratório de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Caxias do Sul, Curso de Arquitetura e Urbanismo, Caxias do Sul, 2008.
6
Sobre o assunto, consultar:
COSTA, Ana Elísia. O gosto pelo Sutil: Confluências entre as casas-pátio de Daniele Calabi e Rino Levi. Tese (Doutorado em Arquitetura) – Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Arquitetura – PROPAR, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011.
ABALOS, Inãki. A boa-vida: visita guiada às casas da modernidade. Barcelona: Gustavo Gili, 2003.
7
Dois depoimentos de Levi, um em 1939 e outro em 1958, evidenciam o papel da proporção em sua obra:
A forma na arquitetura acompanha a evolução da técnica construtiva, exigindo, hoje, do arquiteto, sólidos conhecimentos científicos, que deverão ser renovados e ampliados constantemente em virtude do progresso moderno. O problema estético, porém, não muda. Mudam os elementos da composição, mas não se alteram as leis e princípios que governam a plástica. Os problemas da disposição ordenada, da harmonia de ritmos, dos acordes, das proporções e da integração de todos esses fatores numa unidade, são sempre os mesmos. A estética baseia-se no ser humano, que, em sua essência, não varia (LEVI, 1958, grifo nosso)
LEVI, Rino. Aula inaugural da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Rio Grande do Sul, proferida em Porto Alegre, em 20 de março de 1958. Disponível em http://www.vitruvius. com.br/documento/arquitetos/rino01.asp.
8
Sobre o assunto consultar:
MIGUEL, Jorge Marão Carnielo. A Casa. Londrina: Eduel; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2003.
FRIZON, Mônica. Proporção nas casas-pátio de Rino Levi. Monografia apresentada para a disciplina Laboratório de Arquitetura e Urbanismo, Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul, 2008.
9
Sobre o assunto, consultar duas fontes:
BRILL, Alice. Flexor. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2005.
http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=680&lst_palavras=&cd_idioma=28555&cd_item=1
10
Sobre a espacialidade nas obras de Levi, consultar:
COSTA, Ana Elísia. O gosto pelo Sutil: Confluências entre as casas-pátio de Daniele Calabi e Rino Levi. Tese (Doutorado em Arquitetura) – Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Arquitetura – PROPAR, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011.
11
ANELLI, Renato. Arquitetura e Cidade na Obra de Rino Levi. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo. São Paulo, 1995.
12
A relação de Levi com a arquitetura americana já foi sustentada por diversos autores:
ANELLI, Renato. Arquitetura e Cidade na Obra de Rino Levi. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo. São Paulo, 1995.
MIGUEL, Jorge MarãoCarnielo. A Casa. Londrina: Eduel; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2003.
ARANHA, Maria Beatriz de C. Rino Levi: Arquitetura como Ofício. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo)-Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.
13
ARREDI, Marina Pia. La casa unifamiliare del novecento: unsecolodiarchitetturaabitativa. Torino: UTET, 1997.
14
ZEVI, Bruno. Saber ver a arquitetura. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
15
MIGUEL, Jorge MarãoCarnielo. A Casa. Londrina: Eduel; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2003.
16
Sobre os aspectos normativos na produção de Levi, vale consultar:
GONSALES, Célia Helena Castro. Racionalidade e contingência na arquitetura de Rino Levi: Estudo da obra de Rino Levi com ênfase na verificação do diálogo normativo-especial no processo de projeto. Tese (Doutorado em Arquitetura)-Escola Técnica Superior de Arquitetura de Barcelona, Universidade Politécnica da Catalunha, Barcelona, 1999.
sobre a autora
Ana Elísia da Costa possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Católica de Goiás (1993); mestrado (2001) e doutorado (2011) em Arquitetura pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, tendo realizado pesquisas no Instituto Universitário de Arquitetura da Veneza, em 2005. Atuou como professora e pesquisadora na Universidade de Caxias do Sul e na Universidade do Vale do Rio dos Sinos e hoje é professora adjunta da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em projetos de edificações, atuando principalmente em arquitetura residencial. Academicamente, dedica-se ao ensino de Projeto de Arquitetura e desenvolve pesquisas na área de Projeto e de Patrimônio Arquitetônico.