Caminhar pelas ruas de Delhi é uma experiência arquitetônica extraordinária. Edifícios que fazem parte do patrimônio arquitetônico indiano de diversas épocas formam um conjunto de exemplares surpreendentes e soberbos. Na Índia há um ditado popular que diz “a história da Índia é a história de Delhi”, porque a cidade testemunha pela sobreposições de obras a sinergia entre diferentes culturas. Delhi é dividida em dois distritos - Delhi e Nova Delhi, e esta capital sempre foi um local estratégico, sua história tem mais de três mil anos, passados por diferentes dinastias hindus e islâmicas, que foram deixando seus testemunhos na cultura imaterial e material, incluindo as distintas arquiteturas. Delhi nasceu e se consolidou como conexão e transição das múltiplas rotas de comércio entre o norte e o sul da Índia e é formada por povos díspares, fato que se reflete até o momento nas dezoito línguas oficiais de seus habitantes. (1) Esta cidade representou na estruturação espacial da Índia a porta de entrada, sendo fisicamente o final do “caminho das Índias” e o entroncamento das rotas internas.
Testemunhos da arquitetura Mulçumana que chegaram a Delhi no século 12 e deixaram preciosidades, entre elas a da primeira mesquita construída na Índia, o Complexo de Qutab, com o Qutab Minar (construção iniciada em 1199), o minarete com 73 metros de altura, executada em blocos de pedra que foram retirados dos antigos templos hindus. A arquitetura Mughal (grupo islâmico de cultura persa) deixou um complexo com 10 hectares de jardins públicos e no centro encontra-se a tumba de Humayun. Ergue-se sobre uma plataforma erguida no centro de um parque. É o último complexo construído pelo imperador Mughal, Shah Jahan. Todo edificado em mármore branco e arenito vermelho, encontrado na maior parte do território indiano, empregado nas arquiteturas de pedra aparelhadas aparentes, dando à arquitetura a cor natural da pedra.
Nova Delhi foi projetada pelos ingleses quando o Império Britânico transfere a capital de Calcutá. As obras iniciam em 1803 e o projeto urbano prevê avenidas largas e obras monumentais com arquitetura e paisagismo ingleses. Nova inauguração da cidade é feita em 1931 quando as obras estavam quase todas concluídas e a apenas 16 anos da independência da Índia, em um dos movimentos sociais mais versados no mundo, liderados por Mahatma Gandhi.
Após a independência do país, a produção da arquitetura Indiana vai mergulhar no Modernismo, um marco em várias artes e que assinalava a recente liberdade. A ampla influência internacional na arquitetura indiana foi a do arquiteto Le Corbusier, que projetou a cidade de Chandigarh e vários edifícios em Ahmedabad, locais de peregrinação dos amantes do modernismo e da percepção da liberdade criativa que balizava os novos tempos. Os arquitetos indianos estudavam na Europa e nos Estados unidos e também traziam a influência de seus mestres, mas implantar os ideais modernos na arquitetura e cultura milenar e pluralista da Índia não foi um objetivo facilmente atingido. Os críticos de arte e arquitetura indianos designaram essa escola com influências externas de "arquitetura cosmopolita"(2). A arquitetura contemporânea na Índia é conhecida mundialmente pelas obras de grandes arquitetos como Charles Coelho (3), Raj Rewal (4) e Fariborz Sahba. As obras desses probos arquitetos com linguagens modernas e pós-modernas se mesclam com patrimônios de várias épocas, tanto da arquitetura mulçumana como da Mughal.
Arquiteto Fariborz Sahba
Fariborz Sahba é Iraniano e em 1972 formou-se em arquitetura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Teerã. Sua extensa lista de projetos inclui o Centro de produção de arte e artesanato em Tehanan, Irã, Centro Cultural de Pahlavi em Sananjad, Irã, e a embaixada Iraniana em Pequim na China, porém seus projetos para a comunidade Baha´i tiveram mais visibilidade que os demais. Além da Casa de Adoração Bahá'í em Nova Déli, na Índia, o arquiteto foi convidado novamente para projetar e construir 18 terraços para o santuário dos Bahá´is no Monte Carmelo em Haifa, Israel. Fariborz Sahba projetou belos terraços e escadarias, bem como o paisagismo de toda a encosta e a beleza do conjunto fez com que o local se tornasse um ponto turístico importante da cidade de Haifa.
O Arquiteto Sahba recebeu muitos prêmios internacionais pela obra, entre eles o Primeiro Prêmio de Honra em 1987 por "Excelência na Arquitetura" do Fórum Ecumênico da Religião, Arte e Arquitetura, uma premiação do Instituto Americano de Arquitetos.
Projeto e construção da “Flor de Lótus” de Bahapur
O templo Bahá’i (5) em Delhi principia em 1953 quando o terreno com 26 hectares foi adquirido pelos seguidores Indianos e o plano diretor prevê no futuro, além do complexo ora apresentado, instituições para serviços sociais e humanitários, escolas, bibliotecas, hospitais, orfanato e habitações para idosos carentes.
Em 1976, o órgão internacional da comunidade Bahá'í selecionou o arquiteto iraniano Fariborz Sahba e o convidou para projetar a Casa de Adoração Bahá'í em Nova Delhi. O projeto e a construção, no qual o arquiteto trabalhou por 10 anos, foi descrito pelo arquiteto canadense Arthur Erickson como "uma das realizações mais notáveis do nosso tempo”. Com mais de 3,7 milhões de pessoas por ano, o edifício comumente chamado de "Flor de Lótus de Bahapur", é o edifício mais visitado do mundo.
Denominada de “Casa de Adoração”, o projeto é inspirado na flor de lótus que é um símbolo importante para os Bahá’is. Outros templos da mesma comunidade também foram projetados inspirados na mesma flor, mas nenhum deles tem a plástica, a leveza e a linguagem deste complexo arquitetônico ora estudado. O projeto foi bem detalhado, porém, devido à complexidade da construção e desta ter utilizado mão de obra local, muitas demandas surgiram durante a execução dos trabalhos, ora de fundações, ora de forma, de concreto ou de revestimentos, o que levou o arquiteto a permanecer junto ao canteiro de obras para garantir a qualidade da obra e obter a plástica de todos os detalhes arquitetônicos. Fariborz Sahba foi o que podemos chamar de arquiteto residente durante uma década.
Inicialmente a construção foi prevista para terminar em seis anos, porém ela demorou 6 anos e oito meses devido às dificuldades do revestimento das cascas, previsto inicialmente em telhas cerâmicas especiais, mas que posteriormente foi substituído por placas finas de mármore branco. Outro fator da demora foi a ampliação do conjunto, que originalmente era só o templo e o jardim ao redor e posteriormente sofreu o acréscimo de áreas, como o pavilhão de exposições e outros usos de apoio. As obras iniciaram em abril de 1980 e terminaram em dezembro de 1986.
O projeto do templo é composto por 27 cascas finas em forma de "pétalas" arranjadas em grupos de três para formar nove lados. Nove portas abrem para um corredor ao redor da nave e esta é capaz de comportar até 2.500 pessoas. O edifício possui 70 metros de diâmetro e altura de 34,27 metros. As superfícies externas das cascas são totalmente revestidas por mármore branco, o que dá ainda mais luz e amplitude aos espaços, destacando-se nesses lanços alvos as sobreposições das cascas e os feitios orgânicos destas. Os mármores brancos, importados da região montanhosa de Penteli na Grécia, são isentos de texturas e veios e a distância de mais de dez metros são similares a material industrializado devido à homogeneidade das placas que foram meticulosamente selecionadas e aplicadas. O templo é cercado por nove lâminas de água e os jardins do entorno possuem uma área de 105.000 metros quadrados.
De uma das arestas do encontro dos apoios das cascas sai um eixo de acesso, passa sobre uma das pontes, se abre em um espaço maior sobre a cobertura dos anexos e segue retilíneo até se encontrar com o eixo perpendicular que chega do portal de entrada. Esse passeio longo e ajardinado faz com que se forme um percurso onde a nave principal e suas pétalas possam ser observadas de vários ângulos. Essa perspectiva gerada pelo longo caminho, ajardinado e às vezes com espelhos de água, é recorrente em templos Indianos antigos e o exemplo mais conhecido é o Taj Mahal. A surpresa visual se dá ao chegar próximo do pódio onde se assenta o templo, pois o observador chega em um nível mais baixo e ao ascender as escadas se depara com as diversas lâminas de água, em forma de folhas, que refletem as cascas com curvaturas para fora, formando grandes varandas ao redor da nave, que por sua vez é só vedada com esquadrias e vidro, dando a integração visual entre os espaços externos e internos que se prolongam até o lado oposto de onde se encontra o observador. Fora a ponte da chegada principal, as demais passarelas aéreas (ou pontes) possuem a mesma importância arquitetônica. Dentro da nave, apesar dos bancos estarem dirigidos ao oeste e ter um espaço mais aberto, não há nenhuma imagem, escultura ou diferença arquitetônica e em planta há portas em todos os lados e se comunicam com os passeios externos. Para se chegar ao centro da nave há alguns degraus formando o círculo central onde se localizam os bancos. A relação visual entre o espaço interno e externo é ampla e simétrica e o volume que o movimento das cascas formam internamente é um espetáculo visual extasiante. Aberturas zenitais formadas pelas pequenas frestas entre as cascas de concreto em forma de pétalas fazem com que a nave seja bem iluminada, porém sem manchas solares. Como na nave não há nenhum tipo de rito ou manifestação, o espaço é um local para meditação e contemplação. Os peregrinos adentram e saem em grande quantidade sem ruídos, imagens, hierarquias ou manifestações de qualquer natureza, o que faz com que a arquitetura interna e as relações visuais com o externo sejam as protagonistas do desfrute dos espaços. Durante as visitas (em julho de 2010) averiguou-se que centenas de pessoas entravam silenciosamente no templo e após sentarem observavam os mínimos detalhes do espaço interno, principalmente da cúpula de arestas formada pelo encontro das cascas ressaltadas pela luz zenital, posteriormente olhavam para o horizonte através dos vidros que cercam a nave. O desfrute desse templo nos remete à arquitetura do teatro grego antigo, onde a relação entre a arquitetura e paisagem é a protagonista da cena, pelo menos antes do início dos espetáculos.
Sahba conseguiu atingir seu objetivo principal, que era criar uma forte comunicação entre a obra de arte que é o templo e o usuário. Depois de alguns anos do término da construção, o arquiteto afirma:
I am old-fashioned architect who has always considered architecture to be an art, and no matter how practical or technical it becomes, in essence it is a work of art which communicates with its audience. This, in my opinion, is the most satisfying aspect of this profession. All other things are only tools. In the Lotus Temple a great many technical challenges has to be addressed, but I take satisfaction from the fact that my project communicates with the people, and is alive. (6)
Sahba (7) comenta a beleza e o mistério que transformam complexos arquitetônicos tão apreciados e atemporais, como por exemplo, o Taj Mahal, o arquiteto questiona o que leva multidões a visitá-lo ininterruptamente, independentemente da época ou da religião, tornando-o, um dos locais mais visitados no mundo. Sahba projetou o complexo da Flor de Lótus de Bahapur com arte e imponência, equilíbrio e emoção, arte e técnica, ajuizando em torná-lo um local de peregrinação e visitação de turistas por muito tempo, ou seja, o projeto desde os primeiros croquis continha a condicionante de ser um monumento. Para isso a materialidade de sua arquitetura teve que ser duradoura e de fácil manutenção. O arquiteto afirma que existe uma misteriosa relação entre o artista, seu trabalho e as pessoas que usufruem das obras, e este é o fator mais aprazível no exercício da arquitetura.
Como em outras religiões, seitas ou congregações, alguns elementos arquitetônicos fazem parte das determinantes projetuais. Nos templos Bahá'is exige-se a geometria em eneágono, inspirado pela flor de lótus e esta questão está recomendada nas “antigas escrituras”. No mundo há seis templos Bahá’is e cada um deles possui os mesmos conceitos básicos de projeto, porém com a identidade distinta cultural própria, que é um dos princípios da própria congregação.
Durante os dez anos de trabalho, Sahba contou com a ajuda de uma equipe de cerca de oitocentos colaboradores, entre engenheiros, técnicos, artesãos e outros trabalhadores da construção civil, formando uma equipe muito densa, pois a mão de obra empregada foi intensiva.
A estrutura do templo é apoiada em três círculos concêntricos, com nove cascas em forma de pétalas em cada camada, apoiada sobre um pódio e elevando o prédio acima da planície do entorno. Os dois primeiros círculos internos de cascas possuem curvatura para dentro, formando a cúpula interna, o terceiro e último círculo de cascas externas se curvam para fora, formando as nove entradas. As cascas são de concreto armado branco sobre forma reforçada de madeira. São revestidas de painéis de mármore branco, diagramadas para acompanhar a evolução da superfície curva. Os nove arcos que fornecem o principal apoio para a superestrutura do anel do corredor central, que envolve a nave central, onde estão localizados os bancos. Nove lâminas de água auxiliam o reflexo do edifício e em perspectiva externa a forma sugere as folhas verdes da flor de lótus. A geometria de todo o volume do templo não possui linhas retas, que só aparecem no subsolo onde estão vários apoios. Essas cascas curvas representaram um grande desafio construtivo, pois foi necessária a precisão das superfícies de dupla curvatura e seus cruzamentos, além dos espaços restritos para a elaboração de formas. Nas fotos do período de construção nota-se que todos os serviços de forma, concretagem e revestimentos foram feitos de forma artesanal e com mão de obra intensiva. Como tudo o concreto foi moldado “in loco” a obra teve processos de lançamento de concreto contínuo, cujo período chegou há 48 horas sem interrupção, objetivando uma fina casca sem emendas de etapas de concretagem, o que poderia ocasionar uma patologia após o uso.
Para a realização de todas as etapas construtivas e suas especificidades, foram empregados trabalhadores locais. Muitas mulheres também trabalharam na obra, com destaque ao transporte de terra e materiais de construção, com a cesta equilibrada na cabeça e as mãos livres, comum na cultura indiana. Para a realização desse trabalho com mão de obra sem qualificação específica, o arquiteto precisou de muita paciência para o treinamento constante das equipes e muitos testes, modelos, demonstrações e outros recursos pedagógicos para o treinamento.
Os aços da estrutura de concreto foram galvanizados para evitar as manchas de oxidação nas finas cascas de 6 a 18 centímetros de espessura em concreto branco.
O conforto higrotérmico do espaço interior da nave é marcante em contraposição ao de Delhi possui temperaturas que ultrapassam a 38 graus centígrados no verão. O templo está em uma grande área sem construções próximas e o vento, qualquer lado que predomine, passa pelas lâminas de água antes de percorrer a nave e sair pelo lado oposto. Isto faz com que a temperatura interna seja muito agradável e menor que a externa, bem como a sensação de conforto é maior devido ao aumento da umidade relativa do ar.
A execução dessa obra foi considerada difícil até mesmo se fosse realizada em outros países e com recursos de altas tecnologias, porém durante os oito anos de construção todos os trabalhos empregaram mão de obra local. A gestão da obra feita pelo próprio arquiteto foi o fator que garantiu a qualidade da obra e o atendimento de todas as etapas construtivas e na formação dos trabalhadores. A sofisticação do projeto provavelmente faz muitos arquitetos acreditar que ele só poderia ser executado com alta tecnologia, porém foi totalmente construído de forma artesanal. (8). O canteiro de obras parecia um formigueiro e os moradores locais, inclusive mulheres, participaram de várias etapas da construção.
Considerações finais
Após uma década de uso contínuo, com mais de três milhões e meio de visitantes ao ano (10) o complexo se apresenta como recém inaugurado. No levantamento minudenciado in loco (julho de 2010) não foram localizadas patologias em nenhum dos componentes do complexo. Esta constatação surpreende devido às intempéries severas e os milhões de visitantes que o complexo se submeteu durante catorze anos. Nem o concreto aparente branco, nem os revestimentos de mármore demonstram desgastes, marcas do tempo ou deformações. A construção foi feita com muito cuidado, dando a delicada forma do projeto uma construção e opções por materiais totalmente adequados e resistentes. O emprego de técnicas como a galvanização do aço, as operações de concretagem ininterrupta, o tratamento das formas e outros cuidados tiveram resultados satisfatórios que se refletem no ciclo de vida do edifício. A participação do arquiteto anos a fio na obra, detalhando o pormenor, inclusive a edificação dos componentes temporários, como formas, cimbramentos e outros, garantiram a boa qualidade de sua arquitetura. Fariborz Sahba nos remete aos grandes arquitetos obreiros da história, onde a arquitetura e construção são inerentes e a materialidade se dá sob comando do próprio projetista. Para nós arquitetos brasileiros, frutos da cultura ocidental, essa obra é uma verdadeira referência do que é possível a arquitetura! Das possibilidades de um país, com muitos problemas e desigualdades sociais, com mão de obra não qualificada e clima árido, é uma demonstração de que o projeto e a construção arrojados são possíveis e que o detalhe arquitetônico e o esmero construtivo são intrínsecos. Um não consegue existir sem o outro, seja qual for à forma dessas relações, desde as altas tecnologias dos softwares até a construção de modelos físicos, maquetes ou nos croquis do canteiro de obras. Parafraseando Lúcio Costa, este belo exemplar da arquitetura indiana mostra que: “Arquitetura é, antes de mais nada, construção, ...”
notas
NA
Agradecimentos especiais ao Arquiteto Fariborz Sahba, pela atenção e generosidade em permitir o emprego de imagens de seu arquivo pessoal.
1
CHOPRA, Tarun. Majestuosa India. Delhi: Prakash Books, 2008.
2
KAMIYA, Takeo. The Guide To The Architecture Of The Indian Subcontinente. Written and photographed by Takeo Kamiya, architect. Trad. Geetha Parameswaran. India: Lopez & Collaco, 2004, p.15
3
Charles Correa estudou arquitetura na Universidade de Michigan e no Massachusetts Institute of Technology, em 1958 monta escritório em Bombaim. É um dos arquitetos que desempenhou um papel essencial na criação de uma arquitetura que caracterizasse o período da pós-independência da Índia, com influência declarada de Le Corbusier, onde entra em contato em 1955 durante a construção da casa Jaoul em Paris e nas visitas a Chandigarh. Entre suas obras na Índia destacam-se o Mahatma Gandhi Memorial Museum, o Kala Jawahar Kendra em Jaipur, o edifício Jeevan Bharathi em Nova Delhi e o planejamento de Navi Mumbai. Fora da Índia Charles Correa trabalhou em vários projetos: a Fundação Centro Champalimaud, em Lisboa e o Centro Ismaili, em Toronto, Canadá e o MIT e Ciências Cognitivas Centre, em Boston, Estados Unidos. http://www.charlescorrea.net/
4
Um dos arquitetos mais conhecidos na Índia pela produção arquitetônica que contempla a história e tradição, as obras notórias de Raj Rewal em Nova Delhi são: o Pragati Maidan Exhibition Complex, The Staff Quarters Embaixada Francesa, a Aldeia Olímpica, o Instituto Nacional de Imunologia, The World Mission Banco Regional, Nova Delhi, Central Institute of Technology, o Centro Internacional de Engenharia Genética e Biologia, o Centro Nacional de Ciências Biológicas, Bangalore, e a Biblioteca do Parlamento. Raj Rewal emprega intensamente em sua produção contemporânea o granito vermelho, presente há milhares de anos na arquitetura Mughal, mas com linguagem contemporânea. HTTP://www.rajrewal.in
5
Bahá’i é uma religião mundial, independente, com leis e escrituras sagradas próprias, nascida na antiga Pérsia (atual Irã) em 1844. A Fé Bahá’í foi fundada por Bahá’u’lláh, título de Mirzá Husayn Ali (1817-1892) e não possui dogmas, rituais, clero ou sacerdócio. Entre os princípios da religião Baha’is destaca-se: a origem comum de todas as religiões, harmonia entre ciência e religião, erradicação de todos os tipos de preconceitos, educação universal obrigatória e paz. A fé Bahá’i une o Hinduísmo, Zoroastrismo, Budismo, Judaísmo, Cristianismo, Islamismo, Janismo e Sikhismo. Presente em mais de duzentos países e no Brasil desde 1921, possui sede em Brasília e núcleos em várias cidades brasileiras. Os templos são denominados de “Casas de Adoração” pelos Bahá'ís e são construídos unicamente para a realização de orações, não há nenhum tipo de culto e é permitida a livre entrada de pessoas de todas as religiões do mundo. O termo árabe "Bahá" significa glória ou esplendor. Detalhes da religião em: http://www.bahai.org.br/
6
SAHABA, Fariborz. Extracts from interviews with the Architect. In: In: BAHÁ’IS OF INDIA, The drawning place of the remembrance of God. Bahá”I House of Workship of the Indian sub-continent New Delhi, Índia. New Delhi: Bahá’is of India, set, 2008. P. 17
7
Idem, idem, p. 08-18
8
NAHAROY, S. Architectural Blossoming of the Lotus. In: BAHÁ’IS OF INDIA, The drawning place of the remembrance of God. Bahá”I House of Workship of the Indian sub-continent New Delhi, Índia. New Delhi: Bahá’is of India, set, 2008. p. 60-76. Este livro apresenta as etapas e detalhes construtivos e é uma ótima referência para o entendimento dos materiais e técnicas utilizados.
9
A autora pediu permissão (julho de 2011) ao Arquiteto Fariborz Sahba para a publicação das imagens de seus arquivos pessoais para artigos em revistas especializadas em arquitetura e urbanismo e ele gentilmente consentiu.
10
Dado fornecido à autora em julho de 2010, na recepção do Centro de Visitantes Bahá’i de Nova Delhi.
sobre a autoraMaria Augusta Justi Pisani é arquiteta pela Faculdade Farias Brito (1979), Licenciada em Construção Civil pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1983). Especialista em patrimônio Histórico (1981) e especialista em obras de restauro (1982) pela FAUUSP - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, Mestre (1991) e Doutora (1998) em Engenharia Urbana pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Professora concursada em Projeto Arquitetônico no CEFET SP - Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo, onde lecionou de 1985 a 2005. Professora do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo de 1986 a 2010. Professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie na graduação e pós-graduação stricto sensu. Lidera o Grupo de Pesquisa: Arquitetura e Construção. Mãe de Paulo, Gustavo e Marina.