Em 2024 o curso de pós-graduação (especialização) Geografia, cidade e arquitetura da Escola da Cidade completa quinze anos.
Iniciado em 2010, quando foram estudados quatro países: Chile, Argentina, Brasil e México, o curso ao longo destes anos percorreu dezoito países, com 199 arquitetos convidados destes países (144 presencialmente, 27 remotamente e dezoito de forma hibrida), aproximadamente quatrocentos estudantes e foram desenvolvidos sessenta projetos em diferentes lugares, em paisagens inesquecíveis e especiais como Teotihuacan, Machu Picchu, Alhambra, Pachacamach, Chicago, Medellin, Rio Tapajós, Baia de Montevideo, Baia de Havana, Nova Iorque em um cenário de 2050, no gelado e inóspito território Inuit no Canada, entre outros (1).
O curso está baseado na discussão do projeto como uma possibilidade de aproximação com diferentes realidades e culturas e, portanto, como uma forma de pesquisa. A discussão sobre o projeto como forma de pesquisa deveria ser um tema presente nas faculdades de arquitetura e parece fundamental que as escolas incorporem os ensaios projetuais como parte do cotidiano das investigações acadêmicas. Para a realização de um projeto é necessário não somente envolver e organizar conhecimentos prévios, como desenvolver novas relações e novos conceitos (imprescindíveis para o desenvolvimento do projeto) e, portanto, produzir arquitetura é de certa forma produzir conhecimento (seja em uma dimensão técnica, seja em uma dimensão estética ou conceitual).
Outros cursos de artes já sistematizaram de forma estrutural a produção artística como pesquisa. É comum, por exemplo, na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo — ECA USP, que o trabalho de doutorado de um artista plástico seja a reflexão sobre uma exposição ou obra de arte realizada especificamente para o desenvolvimento da tese. Na mesma Universidade, no entanto, ainda não são plenamente aceitos os projetos de arquitetura.
Neste contexto se insere a proposta deste curso de especialização, de sublinhar a importância que o projeto tem como instrumento de reflexão e produção de conhecimento. Para sua realização foi imaginado um território: o continente americano, não restrito à sua parte latina, mas como uma porção geográfica única, apesar das nítidas distinções dos processos de ocupação e colonização. A partir desta amplitude imaginada desde o seu início, o curso não deixa de focar questões relacionadas ao nosso contexto e nossa inserção na porção meridional e latina da América.
A América Latina, apesar de todos os esforços superação dos processos do colonialismo que nos separam e as ações de aproximação neste século, ainda é um campo vasto de pesquisa e um território ainda a ser descoberto pela arquitetura.
Como unidade territorial, foi reconhecida no século 16 e, para os europeus, sua descoberta induz a possibilidade de um novo mundo. Esse momento coincide com o início dos processos históricos do capitalismo que, consequentemente, culminou no processo que atualmente é denominado de globalização. Os conceitos da Geografia sempre articularam a natureza, sociedade, território e cidade nesse movimento de incorporação da novidade de forma ambígua. Por exemplo, o rei de Portugal D. João VI chega à Bahia em 1808 dizendo “que fugia de Napoleão”, mas na realidade o trouxe consigo. Como afirma Jorge Luís Borges, “sempre fomos europeus desterrados” (2).
Ao mesmo tempo em que se inaugurava essa unidade no plano do conhecimento, a colonização impôs um desmembramento geopolítico do território e sua ocupação, por meio da dominação e da predação. Dizimou aproximadamente oitenta por cento da população de povos originais em menos de um século, seja por pandemias, seja pela fome ou pelo extermínio deliberado. Como consequência da retração populacional se impôs a escravidão e um território cindido. Por outro lado, vincula-nos à África.
Mesmo após a formação dos países após os respectivos processos de emancipação, sempre foi mais sedutor olhar para as respectivas e sucessivas metrópoles. Como destaca Roberto Schwarz em sua teoria das “ideias fora do lugar”, onde descreve o mecanismo singular da vida das ideias no Brasil: “Ao longo de sua reprodução social, incansavelmente o Brasil põe e repõe ideias europeias, sempre em sentido impróprio” (3). A partir desta contradição típica formaram-se as culturas nacionais em nossos países.
Como nos alerta Paulo Mendes da Rocha, "é indispensável considerar que nós, na América, temos horizontes que, digamos assim, nunca foram abordados pela arquitetura. No fundo, é momento de revisão” (4).
Essa revisão está diretamente associada ao isolamento imposto à América Latina, à solidão, como bem definiu Gabriel Garcia Marques (5). Até pouco tempo atrás o conhecimento acerca da produção arquitetônica de países vizinhos só era possível através do crivo das editoras espanholas, ou de alguma excepcional exposição europeia ou norte americana sobre a arquitetura realizada em nosso continente, que tivesse um catálogo para sua difusão.
Surge, deste isolamento e do interesse de aproximação, a proposta da Escola da Cidade de oferecer um curso de especialização (pós-graduação lato Sensu) de projeto no continente americano, cujo título é Geografia, Cidade e Arquitetura. O curso, desde 2010, busca uma aproximação das culturas, realidades e produções artísticas e arquitetônicas relacionadas aos países do continente americano (entendida como um continente integro, indivisível pelas realidades socioeconômicas ou aspectos geológicos e geograficos). Uma maneira de olhar diretamente para a própria América sem a mediação europeia, como sempre se deu. Uma forma de estreitar laços, amizades e compartilhamento de desejos e, porque não dizer, de angústias. Cada vez mais percebemos o quanto também podemos aprender estudando as culturas indígenas e africanas como matrizes culturais.
Se trata de um curso de projeto anual dividido em quatro módulos bimestrais, quatro países. No período inicial e presencial (até 2020), cada bimestre era dividido em três ciclos. Para cada ciclo era convidado um professor do país em questão que organizava três aulas específicas a serem ministradas em São Paulo. Além dos professores convidados, eram convocados professores brasileiros que podiam contribuir complementarmente com os temas propostos em cada ciclo.
Os três ciclos eram:
- História, geografia e cultura: apresentação e discussão de questões históricas, geográficas, geopolíticas, antropológicas, arqueológicas, que sejam pertinentes ao país estudado e que ampliem a capacidade do estudante de relacionar de forma crítica os conceitos que constroem as noções de território, natureza, paisagem, sociedade, cidade e cultura.
- Arte e arquitetura: panorama da produção artística e arquitetônica do país convidado, com destaque a produção contemporânea., além de discutir as experiências de inclusão das pesquisas de artistas produtores de arte como forma de pesquisa e produção de conhecimento.
- Projeto de arquitetura: a atividade de projeto vincula as diversas reflexões oferecidas pelos professores convidados de distintas áreas do conhecimento. O projeto aqui é entendido como uma síntese das questões levantadas ao longo das aulas e permite o diálogo com os arquitetos convidados. Um instrumento de comunicação aberto, que aproxima e convoca outros saberes. Evidentemente, não é indicada uma metodologia de projeto, ao contrário, se organiza o encontro de estudantes que em grupo estabelecem os próprios temas de interesse, escala e estratégia projetual. Um projeto feito à distância, porém com amparo de professores externos, que se torna uma maneira afetiva e intensa de aproximação das realidades culturais estudadas. O tema é sugerido pelo corpo dos professores estrangeiros convidados. São oportunidades de realização de projetos inéditos cujas questões estão distantes do cotidiano dos jovens arquitetos e demais pesquisadores que fazem o curso: projetar num sítio arqueológico no Peru ou México, nas baixas temperaturas de Canada, um arranha-céu em Chicago, nas águas do Rio Prata ou nas montanhas da Cordilheira dos Andes.
Em 2016 os países formadores da America passaram a ser incorporados ao rol de países a serem estudados. Desta forma, Espanha e Portugal são incluídos, bem como os países africanos, como Moçambique e Angola. Se descortina, assim, uma ampliação de possibilidades de aproximação de outras realidades que inicialmente não se vislumbrava.
Desta primeira fase presencial, abruptamente interrompida, concluímos a publicação de nove livros que resumem nove módulos realizados, com textos críticos dos professor convidados, assim como os projetos realizados pelos estudantes.
A partir de 2020, após dez anos de experiencia presencial, este modus operandi se transforma radicalmente com a pandemia e a necessidade de realização das aulas em modo remoto que, se por um lado representava um retrocesso, mas por outro ampliava a possibilidade de contar com professores dos países estudados de forma integral.
Cada país ou módulo passou a contar com um professor curador responsável pela organização do exercício e pelo cronograma de aulas agora realizadas integralmente por professores dos países estudados. Os ciclos originais ficaram esmaecidos pela nova estrutura organizacional que passou a orbitar e se relacionar mais diretamente com o tema de projeto. Temas transversais aos módulos também começaram a articular os quatro exercícios do ano. A paisagem tendo a água como elemento de desenho, ou o conceito de fronteiras, entre outros, permitem diluir a discussão somente baseada nos estados nacionais.
Outra perspectiva descortinada por este modo virtual foi a possibilidade e ingresso de estudantes de outros lugares, outras cidades e outros países, transformando o curso em ponte de conhecimento recíproco.
No momento da fundação do curso, parecia um caminho seguro que os países da América Latina estreitassem seus vínculos. Aquele momento político nacional e internacional reforçava essa crença. Esses anos iniciais ampliaram muito esses intercâmbios e enlaces entre os arquitetos, amparados também por uma difusão mais descentralizada das informações, por meio das mídias digitais. Sites como Archdaily, do Chile, num primeiro momento, construíram vínculos eficazes entre a produção dos arquitetos latino-americanos e a difusão de suas obras, além da continuidade de revistas históricas como Summa, 30/60, 1:100 e Plot (Argentina), Projeto e AU (Brasil), ARQ (Chile), Arquine (México), Escala (Colômbia), Entre Rayas (Venezuela), entre outras.
Os rebatimentos, diálogos, referências, crítica, começaram a gerar um circuito próprio, onde os arquitetos latino-americanos podem se reconhecer diretamente, sem precisarem do aval estrangeiro. Houve enorme avanço na construção destas pontes. Os resultados e reconhecimento externos vieram a reboque, basta lembrar 15ª Bienal de Veneza, em que o curador Alejandro Aravena era chileno e os prêmios principais foram para Paulo Mendes da Rocha, Brasil, e Solano Benitez, Paraguai.
O momento agora é outro. O retrocesso no mundo político, um retorno neoliberal amparado pela ascensão do nacionalismo e de partidos de extrema-direita, está gerando uma onda conservadora que acaba por frear a expansão dessa construção solidaria. A autonomia pretendida, que possibilitasse um aprofundamento das pesquisas sobre a realidade latino-americana, parece não interessar no momento do processo de globalização que vivemos. Cabe a resistência.
É neste lugar que se insere o curso Geografia, cidade e arquitetura da Escola da Cidade.
notas
1
Resumo geral 2010-2024: convidados, curadores e temas de projeto
Modo presencial (convidados)
Chile 2010
Juan Carlos Chamorro (CHI)
Pablo Talhouk (CHI)
Antonio Polidura (CHI)
Ignácio Volante (CHI)
Milton Braga
Mario Figueroa
Projeto: Hotel no Atacama
Brasil 2010
Pedro Puntoni
Guile Wisnik
Otavio Leonidio
André Vainer
Antonio Barossi
Projeto: Porto Maravilha, Rio de Janeiro
Argentina 2010
Fernando Aliata (ARG)
Graciela Silvestre (ARG)
Andrea Tapia(ARG)
Luciano Margotto
Marcelo Morettin
Projeto: Estação Ferroviária La Plata
México 2010
Humberto Ricalde (MEX)
Paloma Vera( MEX)
Arcadio Vera (MEX)
Alberto Kalach (MEX)
Fabio Valentim
Marcos Acayaba
Projeto: Equipamento Educacional na Cidade do Mexico
Paraguai 2011
Javier Corvalan (PAR)
Sergio Fanego (PAR)
Solano Benitez (PAR)
Francisco Fanucci
Angelo Bucci
Projeto: Yvyrarovana
Uruguai 2011
Lucia Cesio (URU)
Chelo Gualano (URU)
Martin Cobas (URU)
Pablo Hereñu
Pedro Souza (POR)
Projeto: Centro turístico no casco Antigo, Montevidéu
Colômbia 2011
Alejandro Echeverri (COL)
Daniel Bonilla (COL)
Luis Calejas (COL)
Newton Massafumi
Marcos Boldarini
Projeto: 8 pontes em Medellin
EUA 2011
Kevin Harrigton (EUA)
Susan Conger (EUA)
Mark Sexton (EUA)
Ciro Pirondi
Ruben Otero
Projeto: Arranha Céu em Chicago
Peru 2012
Francis Espino (PER)
Jose Canziani (PER)
Luis Jiménez (PER)
Eduardo Ferroni
Mauro Munhoz
Projeto: Centro Turístico em Maras Moray, Vale Sagrado dos Incas
Canada 2012
Neil Minuk (CAN)
Adrian Blackwell (CAN)
Eduardo Aquino (CAN)
Lua Nitsche
Alexandre Delijaicov
Projeto: Quadra em Winnipeg, Manitoba
Cuba 2012
Jorge Peña (CUB)
Tania Rodriguez (CUB)
Ruben Hernandez (CUB)
Anderson Freitas
Marcelo Ferraz
Projeto: Centro para terceira Idade em Havana
Equador 2012
Handel Guayasamin (EQU)
Jose Maria Saez (EQU)
David Barragan (EQU)
Guilherme Wisnik
Martin Corulon
Projeto: Quebrada na zona sul em Quito
Venezuela 2013
Jesus Yepes (VEN)
Alejandro Haiek (VEN)
Franco Micucci (VEN)
Cesar Shundi
Mario Biselli
Projeto: Espaços rentistas na Universidade Central da Venezuela, Caracas
Argentina 2013
Ines Moisset (ARG)
Marcelo Faiden (ARG)
Monica Bertolino (ARG)
Carlos Barrado (ARG)
Fernanda Barbara
Francisco Spadoni
Projeto: Anti-desastre naturais em Córdoba
Chile 2013
Teodoro Fernandez (CHI)
Juan Augustin Sosa (CHI)
Pablo Riquelme (CHI)
Marta Moreira
Daniel Corsi
Projeto: Praça publica em Bella Vista, Santiago
Mexico 2013
Arcadio Vera (MEX)
Paloma Vera (MEX)
Mauricio Rocha (MEX)
Cristiane Muniz
Lucas Fehr
Projeto: Novos limites em Teotihuacan
EUA 2014
Kevin Harrigton (EUA)
Susan Conger (EUA)
Mark Wigley (EUA)
Vinicius Andrade
Carlos A. Maciel
Projeto: Torre multiuso no Millenium Park, Chicago
Uruguai 2014
Lucia Cesio (URU)
Martin Cobas (URU)
Chelo Gualano (URU)
Luis Mauro Freire
Guillaume Sibaud
Projeto: Intervenção na orla fluvial de Montevidéu
Bolívia 2014
Javier Escalante (BOL)
Renzo Borja (BOL)
Fernando Martinez (BOL)
Mario Figueroa
Gui Mattos
Projeto: Intervenção em El Alto
Colômbia 2014
Natalia Castano (COL)
Camilo Restrepo (COL)
Edgar Mazo (COL)
Analia Amorim
Carla Juaçaba
Projeto: Novo Bairro em Medellin
Paraguai 2015
Solano Benitez (PAR)
Jose Cubilla (PAR)
Luis Alberto Elgue (PAR)
Javier Corvalan
Lukas Fuster (PAR)
Robert Paww
Projeto: Ponta Porã / Pedro Juan Caballero
Peru 2015
Jose Canziani (PER)
Francis Espino (PER)
Alexia Leon (PER)
Lucio Marcial (PER)
Luciano Andrades
Projeto: Pachcamac
Equador 2015
Handel Guayasamin (EQU)
Jose Maria Saez (EQU)
Monica Moreira (EQU)
Pachoal Gangotena (EQU)
Gabriel Manzi
Projeto: Centro Histórico de Quito
Canada 2015
Neil Minuk (CAN)
Randy Cohen (CAN)
Eduardo Aquino (CAN)
Felipe Noto
Maira Rios
Projeto: Warming hut no Red River, Winnipeg
Brasil 2016
Pedro Puntoni
Fernando Novais
Guile Winsnik
Laurent Troost
Marcelo Borborema
Marcos Acayaba
Projeto: Porto de Manaus
Venezuela 2016
Jesus Yepes (VEN)
Henri Vicent (VEN)
Francisco Mustieles (VEN)
Pedro Salles
Marta Lagrecca
Projeto: Avenida Libertador em Caracas
Portugal 2016
Sergio Fernandez (POR)
Jorge Figueira (POR)
Ana Milheiros (POR)
Paulo David (POR)
Luciano Margotto
Projeto: Funchal, a cidade de água
Cuba 2016
Jorge Peña (CUB)
Kyovet Sanchez (CUB)
Joislen Macias (CUB)
Gui Paoliello
Projeto: Baia de Havana
Chile 2017
Andres Maragaño (CHI)
Giuliano Pastorelli (CHI)
German Valenzuela (CHI)
Helena Ayoub
Projeto: Nova cidade de Santa Olga, Maule
Espanha 2017
Roger Subirá (ESP)
Enrique Encabo (ESP)
Inmacuada Maluenda (ESP)
Toni Girones (ESP)
Marta Moreira
Projeto: Ocupação da antiga Salumaria, Lerida
Costa Rica 2017
Luis Diego Barahona (CR)
Alvaro Rojas (CR)
Carlos Jimenez (CR)
Catherine Otondo
Projeto: Sede da prefeitura de Colón
México 2017
Miquel Adria (MEX)
Enrique de anda (MEX)
Mauricio Rocha (MEX)
Sol Camacho (MEX)
Projeto: Xochimilco, CDMX
Moçambique 2018
Luis Lage (MOÇ)
Jorge Figueira (POR)
Ana Milheiros (POR)
Jose Forjaz (MOÇ)
Luis Antonio Jorge
Projeto: Escola Rural em Inharrime
Colombia 2018
Sebastian Bustamante (COL)
Juan Pablo Aschner (COL)
Carlo Betancur (COL)
Eduardo Martini
Projeto: Parque La Ladera, Medellin
Argentina 2018
Javier Fernandez Castro (ARG)
Fernando Diez (ARG)
Marcelo Faiden (ARG)
Carlos Ferrata
Projeto: Intervenção em um lote típico de Buenos Aires
EUA 2018
Paula Lupkin (EUA)
Iker Gil (EUA)
Suzannah Drake (EUA)
Renato Anelli
Projeto: Jamaica Bay 2050, Nova Iorque
Paraguai 2019
Javier Corvalan (PAR)
Jose Cubillas (PAR)
Luis Alberto Elgue (PAR)
Solano Benitez (PAR)
Gloria Cabral (PAR)
Marcos Boldarini
Projeto: La Chacarita, Assunção
Peru 2019
Paulo Dam (PER)
Juan Carlos Doblado (PER)
Sandra Barclay (PER)
Jean Pierre Crousse (PER)
Jimmy Liendo
Projeto: Museu em Paracas
Canada 2019
Mark Kingwell (CAN)
Lola Sheppard (CAN)
Mason White (CAN)
Eduardo Aquino (CAN)
Gustavo Utrabo
Projeto: Iqaluit, Nunavut
Equador 2019
Handel Guayasamin (EQU)
Jose Maria Saez (EQU)
Monica Moreira (EQU)
David Barragan (EQU)
Mariana Viegas
Marta Moreira
Projeto: Estação de Metro Plaza del Teatro, Quito
Brasil 2020
Pedro Puntoni
Fernando Novais
Francesco Perrota
Carlos A. Maciel
Paula Zasnicoff
Projeto: Brumadinho
Modo remoto (curadores)
Uruguai 2020
Gustavo Scheps (URU)
Daniela Urrutia (URU)
Chelo Gualano (URU)
Martin Cobas (URU)
Projeto: Avenida 19 de Julio, Montevidéu
Chile 2020
Teodoro Fernandes (CHI)
Horacio Torrent (CHI)
Sebatian Irarrazaval (CHI)
Pablo Talhouk (CHI)
Projeto: Escola Binacional na Terra do Fogo
Portugal 2020
João Rodeia (POR)
Inês Lobo (POR)
Ricardo Bak Gordon (POR)
Ricardo Carvalho (POR)
Projeto: Tejo e tudo
Espanha 2021
Angela Paredes (ESP)
Ignacio Pedrosa (ESP)
Projeto: Alhambra
Colômbia 2021
Carlos Betancur (COL)
Manuel Jaen (COL)
Carlos Montoya (COL)
Projeto: Distrito Perpetuo Socorro, Medellin
Argentina 2021
Marcelo Vila (ARG)
Agustin Moscato (ARG)
Marcello Lenzi (ARG)
Projeto: Buenos Aires era por abajo
Paraguai 2021
Javier Corvalan (PAR)
Solano Benitez (PAR)
Joseto Cubilla (PAR)
Projeto: Museu, mas grande del mundo
Modo híbrido (curadores)
México 2022
Gabriela Carrilo (MEX)
Loreta Castro (MEX)
Projeto: Cidade Universitária UNAM em Xochimilco
EUA 2022
Iker Gil
Thomas Jacobs (EUA)
Projeto: Edifício de uso misto em Chicago
Peru 2022
Sandra Barclay (PER)
Jean Pierre Crousse (PER)
Sharif Kahatt (PER)
Marta Morelli (PER)
Projeto: Machu Picchu Pueblo: Águas Calientes
Angola 2022
Jorge Figueira (POR)
Ana Vaz Milheiros (POR)
Helder Pereira (ANG)
Projeto: Baia da Samba, Luanda
Brasil 2023
Marta Moreira
Projeto: Margens do rio Tapajós: Infraestruturas sustentáveis para a Amazonia
Portugal 2023
Inês Lobo (POR)
Projeto: Um manifesto: Cidade, água, habitar
Equador 2023
Jose Maia Saez (EQU)
Daniel Moreno (EQU)
Projeto: Quebradas de Quito
Uruguai 2023
Ruben Otero (URU)
Pablo Frontini (URU)
Projeto: Baia de Montevidéu
2024 — Fronteiras
Mexico 2024
Gabriela Carrilo (MEX)
Projeto: Xoconusco, Chiapas
Espanha 2024
Josep Ferrando (ESP)
Projeto: Mediterrâneo
Bolívia 2024
Fernando Martinez (BOL)
Projeto: Lago Titicaca
Macau 2024
Carlota Brunni (MAC)
Rui Leão (MAC)
Projeto: Delta do Rio das Perolas, Macau / Hong Kong
2
BORGES, Jorge Luís. Um encontro de Sumis com gente muito importante. Entrevista a Renato Modernell. Revista Status, São Paulo, ago. 1984.
3
SCHWARZ, Roberto. As ideias fora do lugar. In Ao vencedor as batatas. São Paulo, Duas Cidades,1977, p. 13–28.
4
ROCHA, Paulo Mendes da. América arquitetura e natureza. São Paulo, Estação Liberdade, 2021.
5
Discurso do escritor Gabriel García Márquez em 1982 ao receber o Prêmio Nobel de Literatura pelo conjunto de suas obras.
sobre os autores
Alvaro Puntoni é arquiteto e urbanista (1987), mestre (1999), doutor (2005) e professor livre docente (2023) pela FAU USP. Professor na FAU USP(2001_) e na Escola da Cidade (2002_), da qual é sócio fundador e presidente da Associação Escola da Cidade (2019–2024). Coordenador do curso de especialização Geografia, cidade e arquitetura e professor convidado do Taller Sudamerica na FAU UBA. Foi delegado do Brasil na IX BIAU (Rosário, 2014) e curador adjunto da X Bienal Ibero-americana de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (2016.) Desde 2004 mantêm o escritório gruposp arquitetos.
Fernando Viegas é arquiteto e urbanista (1994) e mestre (2004) pela FAU USP. Sócio fundador do escritório Una Arquitetos desde 1996 e do escritório Una Munizviegas desde 2019. Coordenador, junto com Alvaro Puntoni, do curso de pós-graduação da Escola da Cidade "Geografia, cidade e arquitetura" e presidente adjunto da Associação Escola da Cidade desde 2019. Professor convidado da Harvard Graduate School of Design (2021 e 2023) e do curso de Master in collective Housing da Politecnica de Madrid/ETH Zurich (2022).