Casa Millan, arquiteto Paulo Mendes da Rocha
Foto Helio Piñón
Paulo Mendes da Rocha
Paulo Mendes da Rocha (1928) nasceu em Vitória, no Estado do Espírito Santo, Brasil. Formou-se arquiteto pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Mackenzie, São Paulo, em 1954. Convidado por Vilanova Artigas, de 1959 a 1998 foi professor da disciplina de Projetos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Em 1955 abriu escritório próprio, tendo, mais recentemente, se associado a outros escritórios de arquitetura.
Seus projetos ganharam diversos concursos públicos no Brasil, destacando-se as propostas para o Palácio Legislativo do Estado de Santa Catarina, Ginásio de Esportes e remodelação da área para o Clube Atlético Paulistano, Sede do Jóquei Clube do Estado de Goiás, Pavilhão do Brasil na Feira Internacional Expo Osaka 70 e Museu Brasileiro da Escultura. Foi também premiado pelo projeto para o Centro Cultural Georges Pompidou, em Paris.
Sua destacada atividade profissional e docente lhe valeu inúmeras participações como conferencista e professor convidado em universidades brasileiras e estrangeiras. Sua obra foi apresentada em várias exposições internacionais, tais como: VI, X e XX Bienal Internacional de São Paulo (1961, 1968 e 1988), V Bienal de Havana (1994), Documenta de Kassel (1997), I Bienal Ibero-Americana de Arquitetura e Engenharia Civil (1998), Architectural Association School of Architecture (Londres, 1998) e Bienal de Veneza (2000).
Com o projeto de restauração da Pinacoteca do Estado de São Paulo recebeu, no ano de 2000, o II Prêmio Mies van der Rohe de Arquitetura Latino-Americana, um ano depois de ter sido indicado para o mesmo prêmio com o projeto do Museu Brasileiro da Escultura – MuBE. É autor, dentre outros, dos projetos do MuBE – Museu Brasileiro da Escultura, Centro Cultural FIESP, Pinacoteca de São Paulo (adaptação), Poupatempo Itaquera, Terminal de ônibus do Parque D. Pedro II.
Foi um dos 12 arquitetos convidados a participar de concurso internacional de idéias para a candidatura de Paris à sede dos Jogos Olímpicos em 2008. Em 2001 foi convidado pelo arquiteto holandês Jo Coenen como consultor do Projeto Deltametropolis-Holanda. Atualmente está elaborando os estudos físico-espaciais, relativos á postulação da cidade de São Paulo como sede dos Jogos Olímpicos de 2012. Foi um dos representantes da arquitetura brasileira na 7ª Mostra de Arquitetura da Bienal de Veneza, 2000.
Sua obra está publicada em diversas revistas nacionais e internacionais e também em livros: Gustavo Gili, Barcelona, 1996; Editorial Blau, Lisboa, l996; Cosac & Naify, São Paulo, 2000; Romano Guerra, São Paulo, 2002; e Verlag Niggli, Suíça, 2002.
Paulo Mendes da Rocha ganhou o Prêmio Pritzker em 2006, principal distinção dada a um arquiteto.
Andrea Macadar
Arquiteta formada pela Universidade Ritter dos Reis em Porto Alegre-RS/ Brasil. Professora pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Mestre em Arquitetura pelo Programa de Pós-Graduação Propar-RS/UFRGS.
Entrevista
Entrevista realizada no ateliê do arquiteto, no dia 14 de julho de 2004 em São Paulo SP, Brasil, e disponibilizada no Portal Vitruvius em maio de 2006.
Referências bibliográficas
“Pavilhão do Brasil na Expo’ 70”. Acrópole, nº 361. São Paulo, maio 1969.
“Arquitetura Brasileira para Expo’ 70”. Acrópole. São Paulo, abr. 1970.
MONTANER, Ma. Josep; VILAC, Isabel Maria. Paulo Mendes da Rocha. Barcelona, Editorial Gustavo Gili, 1996.
ROCHA, Paulo Mendes. Paulo Mendes da Rocha. Textos: Paulo Mendes da Rocha, Organização: Rosa Artigas, memoriais: Guilherme Wisnik. São Paulo, Cosac e Naify, 2004.
ZEIN, Ruth Verde. “Arquitetura brasileira, Escola Paulista e as casas de Paulo Mendes da Rocha”. Dissertação de mestrado. Porto Alegre, UFRGS, jun. 2000, p. 89.
Paulo Mendes da Rocha em seu escritório em São Paulo