Com quatro longas-metragens, Roberto Gervitz é dono de uma obra singular e multifacetada no cinema brasileiro. Estudante de Ciências Sociais nos anos 1970, ele atua como montador e editor de som antes de estrear como diretor com o documentário Braços cruzados, máquinas paradas, realizado em parceria com Sérgio Toledo, filme considerado um clássico do documentário político em nosso país, premiado no Festival de Leipzig e selecionado para o Festival de Berlim. Em 1987, sua estreia na ficção se dá com a adaptação do autobiográfico Feliz ano velho, de Marcelo Rubens Paiva, com grande sucesso de público (um milhão de espectadores) e oito prêmios no Festival de Gramado/88.
Paralelamente, Gervitz desenvolveu uma carreira como diretor de TV, em séries como Gente que faz — para a qual desenvolveu o formato cinematográfico e dirigiu cerca de noventa episódios — e Carandiru, outras histórias, na Globo, para a qual dirigiu quatro dos dez episódios.
Em 2004, roteiriza com Jorge Durán e dirige uma adaptação livre de um conto de Júlio Cortázar, o drama de longa-metragem Jogo subterrâneo, selecionado e premiado em importantes festivais internacionais e exibido em televisões a cabo em todo o mundo.
Em Prova de coragem, Gervitz filma em Porto Alegre e Farroupilha, no Rio Grande do Sul, o roteiro inspirado no livro Mãos de cavalo, de um dos escritores brasileiros mais renomados da nova geração, Daniel Galera.