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interview ISSN 2175-6708

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Danilo Miranda – gestor cultural e diretor do Sesc São Paulo – é entrevistado por Abilio Guerra, Marta Bogéa e Giovanni Pirelli no programa Transa Marieta, episódio 4.

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GUERRA, Abilio; BOGÉA, Marta; PIRELLI, Giovanni. Danilo Miranda, um intelectual a serviço do Brasil. Transa Marieta – episódio 4. Entrevista, São Paulo, ano 21, n. 082.07, Vitruvius, jun. 2020 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/21.082/7792>.


Abaixo, segue o roteiro da entrevista elaborado pelos entrevistadores, que foi parcialmente seguido durante a realização da conversa.

Sesc Pompeia, São Paulo SP, arquiteta Lina Bo Bardi
Foto Nelson Kon

Bloco 01 – Danilo Santos de Miranda – retratos da formação
[família, formação, iniciação ideológica, grupos, amigos, predileções, universidade, pensamento]

Abilio Guerra: Danilo Santos de Miranda é nascido em Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro, em 24 de abril de 1943. Como foi sua infância, sua relação com a família e com a sociedade local?

Giovanni Pirelli: Você entra muito jovem na Escola Apostólica dos Jesuítas em Nova Friburgo, interior do Rio. Depois, em 1963, ingressa na Ordem dos Jesuítas, baseada no Mosteiro de Itaici, em Indaiatuba, interior de São Paulo. Como você entende hoje o componente religioso em sua formação como homem, cidadão e intelectual?

Marta Bogéa: Você estudou Filosofia e Ciências Sociais na PUC-SP e fez curso complementar em gestão empresarial no International Institute for Management Development – IMD, na Suíça. Você reconhece ecos de sua formação em sua vida pessoal e profissional?

Sesc 24 de Maio, São Paulo SP, arquiteto Paulo Mendes da Rocha + MMBB Arquitetos
Foto Nelson Kon

Bloco 02 – A instituição Sesc

[ingresso, participações, projetos, realizações]

Abilio Guerra: Quando e como foi seu ingresso no Sesc São Paulo?

Marta Bogéa: O Sesc proporciona educação, saúde, lazer e cultura. Em São Paulo a matriz cultural é relevante e tem abarcado uma variedade admirável de linguagens, artistas e público. Como esse traço foi se constituindo em sua gestão?

Giovanni Pirelli: O Centro de Pesquisa e Formação – CPF, inaugurado em 2012, é uma unidade do Sesc São Paulo voltada para a produção, formação e difusão de conhecimento. Nesse período, o CPF se tornou uma referência para pesquisadores e agentes culturais. Do seu ponto de vista, o CPF deve atender quais demandas?

MB: O acolhimento é um traço característico do Sesc São Paulo, sendo o espaço de convivência sua melhor expressão. Na imensa diversidade dentre as quarenta unidades operacionais (23 na grande São Paulo e 17 no interior e litoral), reconheço um importante aspecto comum: o que as une é uma certa ética, um oásis de gentileza na cidade hostil. Como você explica isso?

AG: Há distinção no mix de atividades entre as unidades do interior e da capital? E considerando a capital, há distinções entre as unidades mais centrais e as periféricas?

GP: Diante da excelência da programação do CPF, eu destacaria a iniciativa voltada para os centros culturais auto-organizados, o projeto “Casas – espaços de produção cultural”, que alimenta o diálogo entre gestores de espaços independentes da cidade. Hoje, frente à pandemia, os espaços independentes talvez sejam o elo mais dinâmico e ao mesmo tempo mais frágil do sistema cultural. Qual o papel do Sesc no diálogo proposto?

Sesc Araraquara, Araraquara SP, arquitetos Abrahão Sanovicz e Edson Jorge Elito
Foto Leonardo Finotti

Bloco 03 – O Sesc São Paulo como promotor da boa arquitetura
[projetos arquitetônicos, arquitetos, relação com a cidade]

Giovanni Pirelli: Por que o Sesc São Paulo dá tanta importância à arquitetura? Quando essa política cultural teve início?

Abilio Guerra: Como foi e tem sido sua relação com importantes arquitetos que prestaram serviço ao Sesc (Lina Bo Bardi, Paulo Mendes da Rocha, Abrahão Sanovicz, Edson Jorge Elito, Miguel Juliano, Marcelo Ferraz e Francisco Fanucci, e tantos outros)?

Marta Bogéa: Os concursos de arquitetura para novas unidades do Sesc têm sua grande qualidade ao promover o diálogo e a experimentação entre os arquitetos. Por outro lado, se coloca o desafio da instituição lidar a cada nova unidade com uma equipe distinta. Como você entende essa ambivalência e como ela é tratada pelo Sesc?

GP: Em algum momento o Sesc já pensou em unidades de outra escala, muito menores, de periferia, com mais capilaridade, utilizando lideranças culturais locais? Pequenas unidades de produção de arte e cultura, que alcancem um grupo menor de interlocutores, mas de forma mais direta e transformadora?

AG: O Sesc tem criado equipamentos em diversas cidades e regiões da capital de São Paulo. O profundo enraizamento local é marca registrada de diversos deles, o que identifico como uma dimensão urbanística dos equipamentos. Qual o segredo?

MB: O Sesc tem instalado unidades provisórias antes mesmo de contar com a materialidade arquitetônica de novos espaços, caso do Sesc D. Pedro, que visitei recentemente. Uma arquitetura de usos que antecipa a arquitetura como fato material. Gostaria de te ouvir sobre essa estratégia de ir constituindo a programação e o convívio antes mesmo de qualquer construção.

Sesc Avenida Paulista, São Paulo SP, arquitetos Jorge Königsberger e Gianfranco Vannucchi
Foto Pedro Vannucchi

 

Bloco 04 – Danilo Santos de Miranda – um intelectual a serviço do país
[questões atuais, atividades prediletas, gostos em relação às artes]

Marta Bogéa: Você já foi condecorado e homenageado em diversos países além do Brasil: Alemanha, México, Portugal, duas vezes na França, Bélgica, Turquia, EUA, Chile, Suíça e outros. Aqui no Brasil, uma das maiores homenagens foi se transformar em verso de Tom Zé, na música “O céu desabou” do álbum Estudando a bossa (2008):

Mas seremos a cultura
Gratos a nosso Fernando Faro, oh
Que Ruy Castro, que Zu Ventura, oh!

Badabadibadabadá oh
Que o Danilo nos mirando, oh!

Com o trabalho tão reconhecido, como você, através do Sesc, vê sua contribuição atual para a dignidade do nosso hoje tão frágil país?

Giovanni Pirelli: Hoje, o Sesc e diversas instituições nacionais voltadas ao bem comum estão sob pressão por parte do governo federal. Qual a estratégia para o Sesc-SP continuar na “boa tradição”?

Abilio Guerra: Você é organizador do livro “Ética e cultura”, publicado pela editora Perspectiva em 2004, que traz autores do quilate de Bento Prado Júnior, Olgária Matos, Renato Janine Ribeiro, Roberto Romano, apenas para citar alguns. Qual foi a motivação desse livro? Como você enxerga a publicação no contexto atual?

GP: Como você mesmo apontou em entrevistas recentes, depois de quase quarenta anos de serviço está se aproximando o momento de uma transição na liderança do Sesc-SP. Como você e a instituição estão se preparando para esse momento?

MB: A 12a Bienal de Arquitetura de São Paulo, intitulada “Todo dia”, ocorreu em 2019. No CCSP havia postais com desenhos de um estudo de campo ocorrido entre ETH Zurich e FAU USP, coordenado pelo Professor Tom Avermaete e chamado "Estórias do Sesc: um arquivo social”. Nos conte uma de suas (h)estórias, do seu “arquivo pessoal” com o Sesc.

AG: Como é sua diversão nas horas de lazer? O cidadão Danilo Miranda tem uma vida social e cultural fora do Sesc? [essa pergunta pode não ser feita, dependendo das circunstâncias e, em especial, da resposta à pergunta anterior]

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